Texto de referência: Atos 8:9-21
A história da igreja primitiva traz à tona diversos personagens. Um deles se chamava Simão e vivia na região de Samaria. O relato bíblico diz que ele era um mágico que durante muitos anos iludiu diversas pessoas com suas mágicas. Todavia, quando Filipe foi até àquela região pregar o Evangelho, as pessoas se converteram e deixaram de crer no falso poder de Simão.
Até o próprio Simão abraçou a fé, foi batizado e passou a andar com Filipe, principalmente porque ele se sentia admirado com os grandes milagres que eram operados por meio dele.
Mas a principal admiração de Simão foi ao ver o batismo no Espírito Santo. Quando Pedro e João ficaram sabendo da grande conversão de Samaria, foram para lá orar pelas pessoas para que recebessem o batismo no Espírito. Ao ver isso, Simão, impressionado com o fato, ofereceu aos apóstolos dinheiro para que fosse concedido a ele também o dom de orar pelas pessoas e elas receberem o Espírito Santo.
Pedro o repreendeu severamente, e lhe disse que ele não tinha parte no ministério do Evangelho porque o coração dele não era reto diante de Deus.
Simão é a representação de muitas pessoas que temos visto hoje. Indivíduos que não tem o coração mudado, mas apenas "abraçam a fé" de forma exterior, sem transformação interior, apenas motivadas pelos sinais vistos no povo de Deus. Como não há mudança de coração, acreditam que milagres são barganhados com Deus, e vivem apenas em busca destes.
Essas pessoas não entendem que tudo o que vem de Deus é dado por graça e misericórdia, e não por mérito ou condições humanas. E por isso logo se afastam da fé, apesar de muitas serem até batizadas, pois o que nos torna salvos e participantes do Reino de Deus não é só o batismo ou uma profissão pública de fé, mas crer em Jesus e no Seu sacrifício e andar em obediência a Ele.
Não se sabe o que aconteceu com Simão, mas se ele não tiver mudado a sua postura, provavelmente logo se afastou da igreja e dos cristãos primitivos. A mudança que Deus quer de nós tem que ser algo interno, e não somente no nosso exterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário