quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Quando Deus nos pede o nosso melhor como sacrifício

Texto de referência: Gênesis 22:1-18


Gênesis 22 é um capítulo que para muitas pessoas é difícil de ler. Ele narra a história de quando Deus provou Abraão lhe pedindo seu filho Isaque como sacrifício. Sempre li esse capítulo com uma dor por causa de Abraão, até que comecei a entender particularidades dessa história.

Primeiro, é importante destacar que essa história é uma analogia ao sacrifício de Cristo na cruz. A dor que Abraão sentiu ao saber que teria que sacrificar seu único filho é comparada à dor de Deus Pai ao sacrificar seu Filho Jesus na cruz. A diferença é que Abraão não viu seu filho morto, como Deus viu.

Segundo, Isaque não relutou ao saber que ele seria o holocausto. Ele poderia correr, tentar fugir de Abraão, mas permitiu seu pai o amarrar e colocá-lo no local do holocausto. Por semelhante modo, Jesus também não relutou, mas se ofereceu espontaneamente como sacrifício por cada um de nós.

Mas quando pensamos em Abraão, vemos que aquele homem não entendeu o pedido de Deus como um fardo, mas a todo momento a sua fala e o seu comportamento dão indícios de que ele tinha fé que Deus reverteria de alguma forma aquela situação.

Quando ele diz aos seus servos que eles iriam adorar e voltariam, percebemos que Abraão entendeu o pedido de Deus como uma entrega, que é o real significado da adoração. Quando Deus nos pede algo que tem valor para nós, ao Lhe entregarmos, estamos reverenciando Ele em adoração.

Quando Ele diz a Isaque que Deus proveria o cordeiro para o sacrifício, Ele demonstra que no fundo Ele acreditava que não era Isaque o real sacrifício, mas que Deus interviria naquela situação.

Abraão já tinha vivido experiências demais com Deus, no fundo Ele sabia que a promessa de Deus em lhe dar uma descendência se cumpriria. Abraão estava certo que ali não era o fim daquela história. Ele só não sabia como seria o final, mas ele tinha certeza que seria feliz.

E por isso Gênesis 22 não precisa ser lido com pesar, porque ali um grande homem de Deus nos deixou um dos maiores legados, o de que não precisamos temer quando Deus nos pede algo. Nós o entregamos em sinal de adoração, e nós podemos ter certeza de que aquilo que damos para Deus voltará para nós de modo multiplicado

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