domingo, 13 de dezembro de 2020

Baraque: o homem que por duvidar perdeu a honra da batalha

Texto-base: Juízes 4


O livro de juízes retrata um tempo sombrio do povo de Israel. Foi um período marcado pelo sofrimento causado pelo pecado daquela nação, mas foi também um período em que Deus exalta o Seu poder em meio às guerras vivenciadas por Israel. Uma dessas batalhas é descrita na história de Débora, uma mulher que foi juíza de Israel. Débora era uma mulher corajosa e um elemento que comprova isso é o fato de que não se ouvia falar em mulheres líderes.

O povo de Israel durante vinte anos estava sofrendo nas mãos de Jabim, rei de Canaã. O seu exército, composto de carros de ferro, era muito forte e o medo tomou conta dos israelitas.

Mas Débora chamou a Baraque, um homem da tribo de Naftali, e lhe disse que o Senhor já havia ordenado uma peleja no ribeiro Quisom, em que as tribos de Naftali e Zebulom pelejariam contra Sísera, o comandante do exército cananeu, e o venceria. Naquele momento, Débora estava dizendo a Baraque que Deus estava entregando os inimigos de Israel nas mãos dele.

Em vez de Baraque agradecer o livramento, ele desconfia, e diz que só iria se Débora fosse com ele. Na verdade, Baraque duvida do agir de Deus e coloca a sua confiança em Débora, que o repreende, e diz que por ele ter duvidado do agir de Deus, a honra daquela batalha lhe seria tirada e dada a uma mulher.

Débora foi com Baraque e o Senhor saiu adiante do exército israelita, e perante Baraque, Deus derrotou todos os inimigos, não restando ninguém. Ao final, Sísera foi morto por uma mulher chamada Jael, que lhe armou uma emboscada.

Naquele dia, Baraque pode perceber que quem iria pelejar aquela batalha era o Senhor, não o homem. Ao receber a palavra de Deus enviada por Débora ele não precisava temer, mas crer naquilo que Deus estava lhe dizendo.

Como Baraque, muitas vezes somos enviados por Deus a determinada missão, e ao invés de a recebermos com alegria, duvidamos do que foi dito e tememos. Ainda, criamos empecilhos para cumprir o que nos foi ordenado ou então colocamos nossa confiança em fatores humanos.

Deus provou a Baraque que Ele estava naquela peleja. Poderia aquele homem ter sido um herói naquele dia aos olhos do povo, mas por não crer no poder de Deus, a honra da batalha lhe foi tirada.

Se Deus nos encaminha a uma missão, temos que estar convictos de que Ele é por si mesmo suficiente para nos dar a vitória. Não precisamos de apoio humano e não podemos nos deixar levar pelo medo. Não podemos transferir a outro aquilo que Deus nos entregou, mas temos que ter ousadia e acreditar que se Ele nos comissionou, também já nos capacitou para sairmos da batalha vitoriosos.


sábado, 12 de dezembro de 2020

O naufrágio vivenciado por Paulo. A fé na Palavra de Deus

Texto-base: Atos 27


No período em que o apóstolo Paulo estava preso, ele foi levado em um navio com destino a Roma, onde deveria ser apresentado ao imperador César. O início da viagem foi difícil pois os ventos eram contrários. Paulo, um homem que vivia sob a direção do Espírito Santo alertou o comandante de que aquela seria uma viagem difícil, mas ele não lhe deu ouvidos.

Sem saberem o que fazer, perceberam um vento brando soprando, e confiados nisso, partiram. Entretanto, logo chegou um tufão de vento e iniciou-se uma grande tempestade, o que os obrigou a aliviarem o navio. Após alguns dias em que só se viam nuvens e tempestades, os tripulantes perderam a esperança de se salvarem.

Mas Paulo servia a um Deus que acalma ventos e tempestades. Sem dúvida, clamou a Deus por socorro e Ele enviou um anjo a lhe dizer que ele não pereceria, mas se salvaria para se apresentar diante de César. A missão de Paulo nesta terra ainda não havia sido concluída e, portanto, ele não morreria. Mas não apenas ele, Deus prometeu a Paulo salvar toda a tripulação do navio.

Muitas vezes somos enganados por ventos brandos, que escondem por trás grandes tufões. Não podemos ser guiados pelas circunstâncias, mas pelo Espírito de Deus, como Paulo era. E a presença de Deus na vida daquele homem fez com que toda a tripulação de um navio, destinada à morte, se salvasse. Mesmo tendo circunstâncias contrárias ao seu redor, Paulo tinha plena convicção de que se salvariam, pois era Deus quem lhe havia garantido. Muitas vezes preferimos acreditar no que vemos ao redor do que naquilo que Deus nos falou.

Se Paulo não acreditasse na Palavra de Deus, não teria sido salvo, mas ele acreditou. Comeu e animou seus companheiros, garantindo-lhes que se salvariam. E foi o que aconteceu. Após 14 dias de viagem, eles se depararam com uma pequena ilha, denominada Malta. Todo o navio se perdeu, restando apenas destroços, mas das duzentas e setenta e seis pessoas que estavam ali, nenhuma se perdeu, conforme a Palavra do Senhor dita através de Paulo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Sabedoria, inteligência e conhecimento: elementos-chave para o nosso sucesso em Deus

Texto base: Provérbios 24:3-4

Com a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma; pelo conhecimento se encherão as câmaras de toda sorte de bens, preciosos e deleitáveis.



O livro de Provérbios nos ensina muito sobre a sabedoria. Como encontrá-la, conforme a Palavra, e como utilizá-la. Vários são os versículos que nos trazem ensinamentos sobre a arte de ser sábio. Os versículos de hoje nos mostram que a sabedoria aliada a dois elementos podem mudar a nossa vida. 

Inicialmente o Senhor nos diz que através da sabedoria podemos edificar a nossa casa. Nesse contexto aplicamos a ideia de casa à nossa vida e a sabedoria à Palavra de Deus. Sem sabedoria não há como ter uma vida estruturada, pelo contrário, a vida pode se tornar uma mais profunda desordem. Não há como crescer e se desenvolver sem aplicarmos os ensinamentos santos em nossa vida. 

Entretanto não é necessário apenas nos aplicarmos em edificar uma casa, é preciso que ela fique de pé. É nessa etapa que entra a inteligência. Uma vez que a nossa vida está estruturada, somos tentados a todo momento a tomarmos decisões que nos prejudicam e que podem desmoronar aquilo que com tanto esforço construímos. Uma mentira, um deslize, uma aliança errada, qualquer decisão tomada no ímpeto pode desestruturar a nossa vida. Inteligência para tomar decisões corretas fazem a nossa casa permanecer de pé. Como diz em 1 Coríntios 10:12, "Aquele que cuida estar em pé, olhe que não caia".

Por fim, uma casa pode ser linda construída, mas tem que ter móveis por dentro, não é mesmo? Nessa fase, o conhecimento é essencial. É com o ele que podemos encher as câmaras (os cômodos) de bens de valor. Quanto mais conhecemos a Deus, mais Ele nos capacita para vivermos aqui nessa terra desfrutando do melhor que Ele tem para nós: alegria, paz interior, amizades saudáveis, família abençoada, prosperidade material e saúde para desfrutarmos de tudo isso. A nossa vida não pode estar vazia, e o conhecimento de Deus nos encherá de tudo o que for valioso. Esse conhecimento só nos pode ser dado se nós mergulharmos nos ensinamentos da Sua Palavra. Quanto mais aprendemos de Deus, mais perto estamos Dele, e mais vamos nos enchendo de tudo o que é bom.

Sabedoria, inteligência e conhecimento, estes são os elementos que nos trarão sucesso em Deus.

 

domingo, 6 de dezembro de 2020

O homem como um ser social

 

A necessidade de viver em sociedade é um aspecto intrínseco ao ser humano. É fato que necessitamos conviver com outras pessoas e nos relacionarmos com elas. A pandemia Covid-19 acentuou essa necessidade, pois o distanciamento social exigido para evitar a propagação do coronavírus provocou uma sensação de solidão que afetou muitas pessoas.

Somos seres sociais desde a criação do mundo. Quando Adão estava sozinho no Jardim do Éden, Deus viu que os animais conviviam com seres semelhantes a eles, então criou Eva, não apenas como esposa de Adão, mas como uma companhia para ele, alguém com quem ele poderia se relacionar.

O próprio Deus é um ser social, pois o fato Dele andar pelo Éden e conversar com Adão nos mostra que Ele tem prazer em se relacionar conosco. Ele não precisa da nossa companhia, mas a aprecia.

Jesus também teve relacionamentos enquanto esteve na terra. Ele escolheu para si doze apóstolos que não apenas o ajudavam no ministério, mas eram seus amigos e estavam com ele em momentos de Sua intimidade. Também era amigo de Lázaro e suas irmãs e frequentava a casa deles.

Viver em sociedade é uma dádiva de Deus, mas precisamos reconhecer que existem dificuldades nesse estilo de vida, afinal, a convivência com outras pessoas traz à tona as diferenças alheias. Vivemos em um mundo de diversidades e temos que aprender a conviver com elas. As pessoas têm opiniões e comportamentos diversos diante da mesma situação. Os humores e as reações diante de fatos podem ser distintos e isso deve ser respeitado.

Queremos conviver com pessoas diferentes, mas sem respeitar as suas diferenças, exigindo que elas pensem como nós e isso não faz sentido. Deus é perfeito mas a despeito das nossas imperfeições Ele nos ama. Ele não exige que sejamos perfeitos para se relacionar conosco, então por que exigimos perfeição do nosso próximo para convivermos com ele? Vamos aceitar as diferenças existentes entre nós e fazer delas motivo para crescermos enquanto sociedade.


O propósito da mulher: uma companheira idônea

 Texto-base: Genesis 2:18 "Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea."


A mulher foi criada logo após a formação do homem. Ao criar os animais, eles tinham companheiros para si, todavia, Deus percebeu que o homem não tinha alguém semelhante a ele. Apenas a companhia dos animais não lhe era suficiente, ele precisava de alguém para lhe auxiliar, isto é, para lhe ajudar na missão de cuidar da terra, e essa pessoa precisava lhe ser idônea.

O significado de idôneo no dicionário* é "Que se adequa; que serve perfeitamente ao propósito que se refere. Que demonstra aptidão e capacidade para ocupar determinados cargos, para realizar determinadas tarefas etc.; apto e competente."

Entendemos que ao dizer que criaria alguém para o homem que lhe fosse idônea, Deus tinha o propósito de criar um ser que se adequasse ao homem, como se este fosse parte de uma peça e precisasse de outra parte que se encaixasse, para que ambas se tornassem um só elemento. E por isso Deus retira do próprio homem a carne necessária para formar a mulher pois, apesar de ser diferente, ela seria parte dele.

Dessa forma, percebemos que homem e mulher se preenchem. Um precisa do outro para se completarem. Assim, entendemos que à luz da Palavra de Deus o homossexualismo não é correto, sem gerar atritos às leis seculares, observando o ato homossexual sob o que diz as Escrituras Sagradas.

Ainda, percebemos que a criação da mulher teve um propósito e Deus a fez apta para cumpri-lo. O seu propósito é ser auxiliadora do homem e completá-lo. Isso não coloca a mulher em posição de inferioridade ou superioridade, pois se o homem precisa da mulher para se completar, esta precisa do homem para se completar também. Nenhum é melhor ou mais preferido por Deus do que o outro. Ambos precisam do outro para sobreviverem. Ambos são belezas da criação de Deus.

Mas a mulher foi criada através de uma missão: ser auxiliadora do homem e idônea. Deus criou o homem e viu que era muito bom, mas percebeu que ele não seria completo sem alguém do seu lado. E assim criou a mulher, já capacitada para sua missão. Auxiliadora, idônea, apta, competente. 



*https://www.dicio.com.br/idoneo/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O legado de Dorcas

Texto-base: Atos 9:36-42


A igreja primitiva é um exemplo para nós. A forma como aquelas pessoas viviam retrata a maneira como deve proceder a igreja dos dias de hoje. Se em nossos tempos tivermos uma igreja com tanto zelo e fervor como aquela, mudaremos o mundo.

Havia uma discípula na cidade de Jope chamada Dorcas. O relato bíblico diz que ela era uma mulher notável pelas suas boas obras e pelo cuidado com os pobres. Isso significa que Dorcas era uma mulher conhecida e admirada entre as pessoas daquele lugar. Ser conhecido não necessariamente quer dizer ser admirado. Muitos são conhecidos em nossa sociedade, mas quando convivemos intimamente com eles, não desejamos imitá-los.

Todavia, algo inesperado ocorre com Dorcas. Ela adoece gravemente e vem a falecer.  Ela era de tanta estima para a igreja que o seu corpo foi colocado no cenáculo. Os cristãos então chamaram o apóstolo Pedro, que foi até Jope. Ao chegar lá, foi informado sobre a morte daquela mulher por viúvas que, com lágrimas, lhe mostraram as roupas que Dorcas fazia para elas. Pedro então, compadecido, ora e aquela mulher, já morta, revive. Sem dúvida, a alegria tomou conta de todos aqueles cristãos.

A história de Dorcas nos faz refletir sobre o legado que temos construído aqui nessa terra. Não fomos criados por Deus apenas para sermos pessoas de bem neste mundo, que tem uma família decente, bons conhecimentos acadêmicos e um trabalho digno. A nossa passagem nesta vida deve realçar o nosso amor e serviço ao próximo. Dorcas era uma mulher tão notável, que as pessoas não queriam de maneira alguma que ela morresse. E não se trata apenas da família dela, mas de viúvas que não tinham nenhum vínculo sanguíneo com ela, mas que a admiravam.

Temos sido cristãos notáveis? Fazemos a diferença por onde passamos? Se morrermos hoje, pessoas alheias à nossa família sentirão nossa falta? Que legado temos deixado para as futuras gerações? Dorcas era notável pelas suas boas obras e pelo cuidado com os pobres. Como Dorcas, Deus quer que a nossa passagem pela terra seja notada. Que o nosso legado seja também de amor e serviço ao próximo.

O verdadeiro sentido do Salmos 91

Texto-base: Salmos 91


O Salmos 91 é um texto lido por diversas pessoas de diversas religiões. Por ser um salmo que retrata a proteção de Deus sobre o indivíduo, muitas pessoas fazem dele uma oração constante. Outras fazem dele um amuleto, deixando a Bíblia aberta sobre essa passagem, estampando-a na parede ou em objetos que podem ser carregados, dentre outros exemplos.

Mas o fato é que o Salmos 91 não foi escrito para qualquer pessoa; o seu destinatário encontra-se logo no primeiro versículo e é também abordado durante o texto. O primeiro versículo do texto diz que aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente é quem pode dizer que Deus é o Seu refúgio e fortaleza. Vamos entender abaixo os dois pontos mencionados.

Habitar no esconderijo do Altíssimo: o esconderijo é um lugar de proteção. O esconderijo que Deus nos dá é a Sua Palavra. É nela que encontramos as ferramentas para nos proteger contra os ataques do mal. A fé também nos concede essa proteção, mas entendemos que a fé vem pela Palavra (Romanos 10:17), então podemos concluir que estamos no esconderijo do Altíssimo quando andamos na Sua Palavra.

Descansar à sombra do Onipotente. A sombra é um elemento interessante, pois onde alguém vai, sua sombra o acompanha. Quando descansamos à sombra do Onipotente estamos caminhando na Sua direção, andando sob aquilo que Ele nos diz e confiando que a nossa caminhada não será vã. Quando aprendemos a confiar em tudo o que Deus nos fala, alcançamos um nível de intimidade com Ele, que faz com que não O abandonemos, mesmo com circunstâncias desfavoráveis.

Então, concluímos que as promessas de proteção existentes no decorrer do salmo são destinadas a essas pessoas. A palavra de Deus não pode ser lida separada do seu contexto. De nada adianta pegarmos um versículo solto, fora do seu contexto e aplicá-lo a nós. A palavra de Deus é para nós quando a obedecemos. Deus é nosso refúgio quando cremos Nele, e crer não no sentido de acreditar que Ele existe, mas de obedecê-Lo em tudo, de fazer Dele a nossa morada, como diz o salmista no versículo nove.

Se aplicarmos o primeiro versículo às nossas vidas, poderemos tomar posse dos demais. O problema é que muitas vezes queremos apenas as promessas de bênçãos, omitindo aquelas que nos trazem obrigações. A caminhada com Deus é recíproca. Recebemos algo Dele quando Ele recebe também da nossa parte. Isso não significa pagamento, mas relacionamento.