quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Pecados denunciados pelo profeta Oséias


A missão de um profeta nem sempre é fácil. Muitas vezes, ele é incumbido de denunciar pecados do povo e consequentemente o juízo de Deus. O profeta Oséias, que viveu durante o reinado de Jeroboão II em Israel, teve essa missão. Durante o seu ministério, Deus lhe enviou para denunciar diversos pecados do povo.

O principal deles e que mais ocupa o livro de Oséias é a idolatria. O povo de Israel, após a divisão do reino entre Roboão e Jeroboão, havia se tornado extremamente idólatra.  Fizeram um bezerro como objeto de culto e começaram a adorá-lo esquecendo-se de Deus.

Dessa forma, por diversas vezes Oséias alerta o povo acerca da idolatria, que ele denominou também de pecado da prostituição ou de infidelidade. 

Outro pecado também denunciado por Oséias foi a corrupção das autoridades, tanto reais quanto eclesiásticas, esta última referindo-se aos sacerdotes do templo. 

A imoralidade também estava muito presente na vida do povo, que fazia rituais de prostituição em meio ao culto a deuses estranhos. 

Além de todos estes, Oséias também denunciou crimes como homicídios, mentiras e roubos.

A perversão do povo culminou com o exílio, que foi o juízo de Deus sobre o povo. De fato, o pecado gera destruição e morte. Ainda hoje, vemos pecados semelhantes no meio do povo de Deus. A idolatria, a corrupção e a imoralidade infelizmente têm sido vistas no meio dos cristãos. O mesmo juízo de Deus sobre o povo de Israel pode recair sobre aqueles que cometem tais pecados, caso não haja arrependimento.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Quem foi o profeta Daniel?

 

Daniel foi um profeta que saiu ainda jovem de Judá dentre os exilados que foram para a Babilônia. Ele era de uma linhagem nobre e por isso foi morar no palácio do rei para ser ensinado na cultura e linguagem dos caldeus. 

Apesar de morar no palácio ele não se contaminou com o paganismo existente na cultura babilônica e manteve-se fiel ao Senhor tanto nos costumes da lei de Moisés quanto no hábito da oração diária. Daniel não se desviou dos caminhos de Deus.

E pela sua fidelidade, Deus concedeu a ele muita sabedoria e o dom de interpretação de sonhos e visões. No decorrer do seu livro são relatadas diversas visões e sonhos que Daniel interpretou.

Ele também era muito dedicado às suas funções terrenas. Nos postos que ocupava, Daniel sempre se portava com dedicação e fidelidade aos seus senhores, o que causava admiração nas pessoas, mas também inveja em alguns.

Pelo seu esmero como funcionário real, Daniel estava sempre no palácio, trabalhando para os reis, por parte dos quais extraía profunda admiração pela sua devoção ao seu Deus. Alguns chegaram a se converter, emitindo decretos em favor do povo de Deus.

A vida de Daniel é para nós exemplo de fidelidade a Deus, zelo nas coisas desta terra e sabedoria.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Um reino que jamais será destruído: a visão do profeta Daniel


Texto de referência: Daniel 2


O profeta Daniel foi um grande homem de Deus o qual foi agraciado por Ele com o dom da visão. No decorrer do seu livro são relatadas diversas visões, sendo uma delas muito interessante, descrita no capítulo 2 cuja referência é acerca de acontecimentos políticos futuros.

Nesta visão Daniel retrata uma estátua dividida em quatro estruturas, sendo a cabeça de ouro, o peito e braços de prata, os quadris e o ventre de bronze, as pernas de ferro e os pés que se dividiam entre metade de sua estrutura de ferro e metade de barro.

Essa estátua refere-se a quatro reinos, sendo a cabeça o império babilônico, o peito e braços o império medo-persa, que derrubaria a Babilônia, os quadris e o ventre o império grego, o qual dominaria este último e por fim as pernas seriam o império romano, sendo que os pés de ferro e barro se tratam de uma divisão pela qual o reino passaria.

Resumindo, essa visão se trata de um resumo histórico e revelações dos reinos que dominariam nos tempos futuros. Mas há um último reino, referido como uma pedra que feriria o último reino, isto é, feriria a estátua nos pés. Esse reino não teria auxílio de mãos, isto é, não seria humano. Além disso, essa pedra se transformaria em uma grande montanha, o qual encheria a terra.  

Esse último reino foi interpretado por Daniel como um reino que não será destruído e que subsistirá para sempre. Esse último reino representa o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, que veio durante o período da dominação romana, para libertar o seu povo não do império romano, mas do poder das trevas espirituais.

Essa libertação não veio na forma política como pensava o povo, mas de modo espiritual, por isso ele não tinha conotações humanas. Jesus não veio como um rei tradicional, pelo contrário, veio ao mundo de modo humilde. Não se assentou em tronos terrenos, pois Ele mesmo afirmou que seu reino não era deste mundo.

O reino de Cristo é eterno e jamais terá fim, por isso a visão retrata um reino que não teria fim e não seria destruído. Esse é o reino de Deus, está acima de qualquer outro reino, é para ele que os nossos olhos devem voltar-se.


segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Os níveis do rio de Deus: a visão de Ezequiel

Texto de referência: Ezequiel 47:1-11


Em uma das muitas visões relatadas no livro de Ezequiel existe a visão de um rio cuja origem estava no templo do Senhor. Essa visão faz parte de algumas que Ezequiel teve relacionadas ao templo.

Nessa visão Ezequiel descreve um rio que saía do solo do templo e que de forma gradativa ia aumentando. A cada mil côvados o nível do rio aumentava, e as águas que se iniciavam nos tornozelos, passavam pelos joelhos, depois pela região lombar, até ultrapassar o limite do corpo, fazendo com que Ezequiel não pudesse mais atravessar o rio caminhando, apenas nadando.

Este rio, denominado um rio que levava vida por onde passava, é uma figura representativa de Jesus, que veio a esse mundo trazer vida eterna com salvação a todos nós. Mas o que significam esses níveis existentes no rio? A cada mil côvados representa fases, isto é, a profundidade daquele rio era indicada por fases, e só era percebida à medida que o profeta avançava. Ezequiel não conseguia enxergar a profundidade do rio a menos que ele continuasse caminhando.

A nossa caminhada com Jesus também é medida por fases. O reconhecimento de Jesus como Salvador é o princípio da caminhada, mas como o apóstolo Paulo ressalta, existe o desenvolvimento da salvação (Filipenses 2:12), indicando que o Senhor não quer apenas que sejamos salvos, Ele tem um plano para todos nós após essa decisão.

E a cada vez que caminhamos com Jesus vamos avançando essas fases, e vamos nos aprofundando mais no conhecimento d'Ele. A intimidade com Jesus que antes era rasa e superficial (tornozelos) pode se tornar profunda e intensa.

Mas isso só é possível à medida que avançamos na caminhada cristã. Parados às margens do rio não conseguimos sentir nada, só ingressaremos para mais perto de Deus no momento que nos dispomos a atravessar o rio. E o nível mais profundo desse rio só é possível atravessar a nado, isto é, mergulhando nele. Só iremos experimentar a real comunhão com o Senhor quando mergulharmos no conhecimento d'Ele.

É preciso entrar de cabeça, encharcar todo o corpo para vivenciar esse rio de vida. A pergunta é: em qual nível nós estamos? Estamos caminhando gradativamente para o nível mais profundo ou estamos estacionados na margem, molhando apenas os tornozelos e vivendo apenas o nível mais básico do que Jesus tem para nós?

Ele nos chama ao nível mais profundo. Jesus nos convida a um relacionamento da mais profunda intimidade na presença d'Ele.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Salmos 150: um guia para o louvor a Deus

Texto de referência: Salmos 150


O último Salmo da Bíblia, apesar de curto, é uma poesia que exalta o louvor ao Senhor. São seis versículos que falam sobre louvar a Deus em três aspectos:

Por que louvar: o primeiro elemento refere-se ao motivo pelo qual devemos louvar ao Senhor, que é pelo que Ele faz (seus poderosos feitos) e por quem Ele é (consoante a sua muita grandeza).

Como louvar: no segundo elemento, o salmista expressa como devemos louvar a Deus, não economizando os exemplos de todos os tipos de instrumentos e também da dança, que é muitas vezes até criticada no âmbito eclesiástico.

Quem deve louvar: neste último elemento, o salmista também se mostra bastante expansivo, ao dizer que o louvor a Deus deve ser dado por todo ser que respira.

Louvar a Deus é uma forma de expressar gratidão e reconhecimento a Ele. Deve ser uma prática diária e espontânea de todo aquele que diz amar e servir ao Senhor.


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

O louvor e a Palavra de Deus: instrumentos poderosos para vencer as guerras

 Nos seus lábios estejam os altos louvores de Deus, nas suas mãos, espada de dois gumes,  para exercer vingança entre as nações e castigo sobre os povos; Salmos 149:6‭-‬7


O Salmos 149 é um lindo convite a louvar ao Senhor com cânticos, com danças e instrumentos. O salmista conclama aos santos para, através do louvor, se alegrarem em Deus.

Ele ressalta que para eles (os santos), o louvor ao Senhor deve estar em seus lábios, enquanto em suas mãos devem estar uma espada de dois gumes, a fim de que povos e autoridades pagãs fossem destruídos.

Assim, o salmo se mescla, passando de um convite ao louvor para um convite também à batalha. Uma batalha não necessariamente precisa estar longe do louvor, pelo contrário, através dele podemos vencer batalhas, como ocorreu com Josafá. Ao lermos a história, vemos que enquanto ele e o seu povo louvavam, Deus concedeu vitória diante dos adversários.

Mas é preciso também usar a espada, que é de dois gumes, conforme destaca o salmista. A Bíblia cita em outro texto uma espada de dois gumes, em referência à Palavra de Deus. Ela é instrumento de guerra, conforme aponta Paulo quando sugere uma armadura espiritual aos crentes (Efésios 6:17).

E assim se descobrem duas estratégias poderosas em Deus para vencermos as batalhas: o louvor e a Palavra de Deus. Enquanto o louvor exalta a grandeza de Deus, Aquele que peleja por nós, a Palavra nos orienta acerca de como nós devemos lutar. A vitória é dada por Deus, mas somos nós que estamos no campo de batalha, e por isso necessitamos da Palavra conosco para guerrear.

O convite neste dia é para nos apegarmos ao louvor e à Palavra, e assim vencermos todas as batalhas.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

A restauração que vem de dentro para fora

 Texto de referência: Ezequiel 36:24-38


Durante todo o tempo que o povo de Deus esteve no exílio Deus enviou profetas para denunciarem os pecados que eles cometeram que fizeram com que eles fossem exilados e perdessem a terra dada por Deus como herança.

Mas além das palavras de repreensão, Deus também enviou tais profetas para levarem palavras de esperança. No livro de Ezequiel estão contidas essas profecias de esperança.

Deus revela ao povo que o exílio teria fim e que as nações que os escravizaram receberiam o juízo de Deus por agirem com soberba em castigar o povo. E nesse intervalo o povo também seria restaurado e lhes seria restituída a terra. Mas essa restauração começaria primeiramente no interior daquele povo, com o Senhor limpando eles das suas iniquidades. Eles passariam a abominar o pecado, ao invés de amá-lo.

O Espírito de Deus desceria sobre eles e eles passariam a ter um coração obediente a Deus.

A partir dessa transformação, viria sobre eles abundância também financeira, nas suas plantações e a fome que assolava as nações não teria poder sobre eles. Aquela terra completamente destruída e abandonada seria comparada ao Jardim do Éden, completo e com a presença de Deus.

Percebemos que a primeira parte dessa restauração estava no interior. O pecado seria retirado e o Espírito Santo desceria. Após isso, o exterior seria modificado e as nações ao redor veriam o que Deus havia feito.

Nos dias de hoje muito se fala sobre restauração: de casamentos, de vida financeira, de restauração do emocional, mas esquecemos que antes de Deus restaurar aquilo que vemos, ele trabalha internamente. Muitas pessoas vão às igrejas para buscarem uma bênção de Deus, mas só estão ali por isso, não querem arrepender-se dos seus pecados, não querem uma vida com o Espírito Santo, só querem ver cumpridos seus anseios materialistas e humanos.

O primeiro passo para uma restauração completa está em buscarmos a Deus e arrependermos dos nossos pecados. Então, com um coração aberto à obediência da Palavra, Deus começa a fazer mais por nós e abrir portas para bênçãos terrenas. Quando esse processo se inverte, corremos o risco de abandonar a Deus quando adquirimos o que precisamos.

Deus tem prazer em nos abençoar, mas Ele se agrada muito mais em que busquemos a Ele de todo o coração, com contrição e arrependimento, buscando obedecê-Lo. Só assim teremos a plenitude do que Deus tem para nós.