quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Quem foi o profeta Joel?


Não se sabe a origem do profeta Joel, apenas que ele era filho de Petuel. Também não se sabe o período no qual ele estabeleceu o seu ministério, alguns datam do período pré exílico outros dizem que pode ter sido após, o livro não esclarece e nem dá indícios certos do período em que foi escrito.

Os escritos de Joel são muito preciosos e podemos dividi-los em três partes.

Na primeira parte, o profeta denuncia os pecados do povo, dizendo que o juízo de Deus estava vindo através de uma praga de gafanhotos que roubaria todo o mantimento da nação. Como não há registros dessa praga de gafanhotos no território israelita, alguns estudiosos pensam que esses gafanhotos seriam uma linguagem figurada para alguma praga enviada. Além dos gafanhotos, Joel anuncia como castigo ao povo o Dia do Senhor, um tempo de destruição, onde exércitos inimigos invadiram a terra.

E por esses motivos, Joel chama o povo ao arrependimento, mas não apenas de lábios ou através de sacrifícios de animais, mas de coração. Ele chama a nação a promulgar um jejum e a chorar pelos seus pecados, como sinal de uma contrição sincera. Ele exalta a misericórdia do Senhor que é grande e que cobriria os pecados da nação.

Por fim, na terceira parte há uma mensagem de esperança, de um Deus que perdoa e restaura o Seu povo. Essa restauração é selada através da promessa de um derramar poderoso do Espírito Santo, sobre todos aqueles que crerem.

Esse é o livro de Joel, um profeta que anunciou a palavra de Deus com ousadia e sinceridade. Mesmo sabendo tão pouco sobre ele, o legado deixado por Joel é impressionante.


terça-feira, 21 de novembro de 2023

A ação do Espírito Santo

A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Gênesis 1:2


O Espírito Santo é tão presente na Trindade que a primeira menção que se faz d'Ele é no segundo versículo da Bíblia, já na criação do universo.

Ele já agia desde o Antigo Testamento, todavia, de forma específica e externa. Podemos confirmar isso quando lemos o livro de Juízes e percebemos como o Espírito Santo tomava aqueles juízes para libertarem a nação israelita. No novo testamento é diferente. O Espírito Santo desceu após a ascensão de Jesus e agora Ele habita em nós. Assim podemos desfrutar da sua companhia diária, tanto através de manifestações internas, quanto externas.

A presença do Espírito Santo é um divisor de águas na nossa caminhada espiritual. Quem éramos sem Ele é totalmente diferente de quem somos com Ele. Percebemos a nossa vida sendo transformada conforme o Espírito trabalha em nós.

Nesse contexto, não deveríamos fazer nada em nossas vidas sem a presença do Espírito Santo. Devemos convidá-Lo a estar conosco em todos os momentos do nosso dia, mesmo aqueles mais simples.

Concluímos então que ele sempre existiu, apenas a sua manifestação nos dias da nova aliança é diferente da forma como se manifestava na antiga aliança.

Mas e quanto a ter essa presença maravilhosa conosco? Como ser cheios do Espírito Santo? Somos cada vez mais cheios do Espírito Santo quando abrimos mão do pecado. Cada vez que nos abrimos mais a obedecer ao Senhor, a ação do Espírito Santo cresce em nós. E cada vez que Ele cresce em nós, abandonamos mais o pecado. É um ciclo, não vicioso, mas virtuoso.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Quem foi o profeta Oséias?

O profeta Oséias fez parte da geração dos profetas menores de Israel. Ele viveu nos tempos que o rei Jeroboão II governava as tribos do norte, composta por dez dentre as doze tribos de Israel.

A Bíblia não é clara sobre as origens do profeta, se ele tinha ou não linhagem sacerdotal. O principal foco do ministério de Oséias foi denunciar os pecados existentes em Israel, o qual ele também denomina por diversas vezes como Efraim.

Se a mensagem transmitida pelo profeta era dura, a sua vida também não foi fácil porque para retratar a infidelidade de Israel para com Deus, Oséias teve que se casar com Gômer, uma prostituta com a qual ele teve dois filhos, cujos nomes também profetizavam contra a nação. Após o casamento, Gômer o deixou para voltar à sua vida pecaminosa, mas Oséias foi atrás dela para resgatá-la novamente.

Por mais que alguns estudiosos sugiram que essa união não tenha existido e que esse casamento seria uma metáfora, a grande maioria acredita que tenha sido real, o que certamente não foi fácil para o profeta.

Apesar da dureza da mensagem de juízo ao povo, Oséias termina seu livro com uma mensagem de esperança, com o Senhor prometendo perdoar aquele povo e restaurar a sua sorte.


quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Pecados denunciados pelo profeta Oséias


A missão de um profeta nem sempre é fácil. Muitas vezes, ele é incumbido de denunciar pecados do povo e consequentemente o juízo de Deus. O profeta Oséias, que viveu durante o reinado de Jeroboão II em Israel, teve essa missão. Durante o seu ministério, Deus lhe enviou para denunciar diversos pecados do povo.

O principal deles e que mais ocupa o livro de Oséias é a idolatria. O povo de Israel, após a divisão do reino entre Roboão e Jeroboão, havia se tornado extremamente idólatra.  Fizeram um bezerro como objeto de culto e começaram a adorá-lo esquecendo-se de Deus.

Dessa forma, por diversas vezes Oséias alerta o povo acerca da idolatria, que ele denominou também de pecado da prostituição ou de infidelidade. 

Outro pecado também denunciado por Oséias foi a corrupção das autoridades, tanto reais quanto eclesiásticas, esta última referindo-se aos sacerdotes do templo. 

A imoralidade também estava muito presente na vida do povo, que fazia rituais de prostituição em meio ao culto a deuses estranhos. 

Além de todos estes, Oséias também denunciou crimes como homicídios, mentiras e roubos.

A perversão do povo culminou com o exílio, que foi o juízo de Deus sobre o povo. De fato, o pecado gera destruição e morte. Ainda hoje, vemos pecados semelhantes no meio do povo de Deus. A idolatria, a corrupção e a imoralidade infelizmente têm sido vistas no meio dos cristãos. O mesmo juízo de Deus sobre o povo de Israel pode recair sobre aqueles que cometem tais pecados, caso não haja arrependimento.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Quem foi o profeta Daniel?

 

Daniel foi um profeta que saiu ainda jovem de Judá dentre os exilados que foram para a Babilônia. Ele era de uma linhagem nobre e por isso foi morar no palácio do rei para ser ensinado na cultura e linguagem dos caldeus. 

Apesar de morar no palácio ele não se contaminou com o paganismo existente na cultura babilônica e manteve-se fiel ao Senhor tanto nos costumes da lei de Moisés quanto no hábito da oração diária. Daniel não se desviou dos caminhos de Deus.

E pela sua fidelidade, Deus concedeu a ele muita sabedoria e o dom de interpretação de sonhos e visões. No decorrer do seu livro são relatadas diversas visões e sonhos que Daniel interpretou.

Ele também era muito dedicado às suas funções terrenas. Nos postos que ocupava, Daniel sempre se portava com dedicação e fidelidade aos seus senhores, o que causava admiração nas pessoas, mas também inveja em alguns.

Pelo seu esmero como funcionário real, Daniel estava sempre no palácio, trabalhando para os reis, por parte dos quais extraía profunda admiração pela sua devoção ao seu Deus. Alguns chegaram a se converter, emitindo decretos em favor do povo de Deus.

A vida de Daniel é para nós exemplo de fidelidade a Deus, zelo nas coisas desta terra e sabedoria.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Um reino que jamais será destruído: a visão do profeta Daniel


Texto de referência: Daniel 2


O profeta Daniel foi um grande homem de Deus o qual foi agraciado por Ele com o dom da visão. No decorrer do seu livro são relatadas diversas visões, sendo uma delas muito interessante, descrita no capítulo 2 cuja referência é acerca de acontecimentos políticos futuros.

Nesta visão Daniel retrata uma estátua dividida em quatro estruturas, sendo a cabeça de ouro, o peito e braços de prata, os quadris e o ventre de bronze, as pernas de ferro e os pés que se dividiam entre metade de sua estrutura de ferro e metade de barro.

Essa estátua refere-se a quatro reinos, sendo a cabeça o império babilônico, o peito e braços o império medo-persa, que derrubaria a Babilônia, os quadris e o ventre o império grego, o qual dominaria este último e por fim as pernas seriam o império romano, sendo que os pés de ferro e barro se tratam de uma divisão pela qual o reino passaria.

Resumindo, essa visão se trata de um resumo histórico e revelações dos reinos que dominariam nos tempos futuros. Mas há um último reino, referido como uma pedra que feriria o último reino, isto é, feriria a estátua nos pés. Esse reino não teria auxílio de mãos, isto é, não seria humano. Além disso, essa pedra se transformaria em uma grande montanha, o qual encheria a terra.  

Esse último reino foi interpretado por Daniel como um reino que não será destruído e que subsistirá para sempre. Esse último reino representa o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, que veio durante o período da dominação romana, para libertar o seu povo não do império romano, mas do poder das trevas espirituais.

Essa libertação não veio na forma política como pensava o povo, mas de modo espiritual, por isso ele não tinha conotações humanas. Jesus não veio como um rei tradicional, pelo contrário, veio ao mundo de modo humilde. Não se assentou em tronos terrenos, pois Ele mesmo afirmou que seu reino não era deste mundo.

O reino de Cristo é eterno e jamais terá fim, por isso a visão retrata um reino que não teria fim e não seria destruído. Esse é o reino de Deus, está acima de qualquer outro reino, é para ele que os nossos olhos devem voltar-se.


segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Os níveis do rio de Deus: a visão de Ezequiel

Texto de referência: Ezequiel 47:1-11


Em uma das muitas visões relatadas no livro de Ezequiel existe a visão de um rio cuja origem estava no templo do Senhor. Essa visão faz parte de algumas que Ezequiel teve relacionadas ao templo.

Nessa visão Ezequiel descreve um rio que saía do solo do templo e que de forma gradativa ia aumentando. A cada mil côvados o nível do rio aumentava, e as águas que se iniciavam nos tornozelos, passavam pelos joelhos, depois pela região lombar, até ultrapassar o limite do corpo, fazendo com que Ezequiel não pudesse mais atravessar o rio caminhando, apenas nadando.

Este rio, denominado um rio que levava vida por onde passava, é uma figura representativa de Jesus, que veio a esse mundo trazer vida eterna com salvação a todos nós. Mas o que significam esses níveis existentes no rio? A cada mil côvados representa fases, isto é, a profundidade daquele rio era indicada por fases, e só era percebida à medida que o profeta avançava. Ezequiel não conseguia enxergar a profundidade do rio a menos que ele continuasse caminhando.

A nossa caminhada com Jesus também é medida por fases. O reconhecimento de Jesus como Salvador é o princípio da caminhada, mas como o apóstolo Paulo ressalta, existe o desenvolvimento da salvação (Filipenses 2:12), indicando que o Senhor não quer apenas que sejamos salvos, Ele tem um plano para todos nós após essa decisão.

E a cada vez que caminhamos com Jesus vamos avançando essas fases, e vamos nos aprofundando mais no conhecimento d'Ele. A intimidade com Jesus que antes era rasa e superficial (tornozelos) pode se tornar profunda e intensa.

Mas isso só é possível à medida que avançamos na caminhada cristã. Parados às margens do rio não conseguimos sentir nada, só ingressaremos para mais perto de Deus no momento que nos dispomos a atravessar o rio. E o nível mais profundo desse rio só é possível atravessar a nado, isto é, mergulhando nele. Só iremos experimentar a real comunhão com o Senhor quando mergulharmos no conhecimento d'Ele.

É preciso entrar de cabeça, encharcar todo o corpo para vivenciar esse rio de vida. A pergunta é: em qual nível nós estamos? Estamos caminhando gradativamente para o nível mais profundo ou estamos estacionados na margem, molhando apenas os tornozelos e vivendo apenas o nível mais básico do que Jesus tem para nós?

Ele nos chama ao nível mais profundo. Jesus nos convida a um relacionamento da mais profunda intimidade na presença d'Ele.