Texto-base: Marcos 10:14-15 “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele”.
Jesus ama as crianças. Ele disse que o Reino dos Céus é delas e que aquele que não receber esse reino como uma criança, não poderá entrar nele. Mas, quais atitudes têm as crianças que fazem delas detentoras do reino de Deus? Abaixo, listamos algumas:
Pureza: a criança é pura. Uma criança não se envergonha de ficar sem roupa perante as pessoas porque não há maldade, imoralidade em seu coração. Semelhantemente, antes de pecarem, Adão e Eva viviam nus no jardim do Éden e não se envergonhavam. Como acontece com as crianças, deveria haver pureza em nós. A maldade e a imoralidade não poderiam ditar nossos pensamentos ou atitudes.
Sinceridade: nesta terra, não há ninguém mais sincero do que as crianças. Elas falam aquilo que pensam. Se elas não gostam, elas falam e se gostam falam também. Por isso ouvir um eu te amo deles é tão bom, porque sabemos que são palavras sinceras. Adultos usam máscaras, escondem o que são ou o que pensam para agradarem os outros. Na verdade, falhamos até na sinceridade com Deus, que conhece o nosso íntimo, em muitas vezes tentar ser para Ele aquilo que na verdade não somos.
Capacidade de perdoar e esquecer: muitas vezes nossos filhos nos desobedecem e somos levados a castigá-los. Eles ficam chateados, choram, mas logo estão conversando conosco, como se nada tivesse ocorrido. Eles não guardam mágoas, ressentimentos, pelo contrário são facilmente dispostos a esquecer o que fizemos a eles. Nós adultos, sempre estamos guardando o mal que nos fizeram, e não digo apenas grandes maldades, mas coisas pequenas, ditas ou feitas no dia a dia, e que amarguramos por toda a vida.
Capacidade de imitar: crianças reproduzem com facilidade as atitudes dos pais. São facilmente moldados. Apesar disso ser perigoso quando se trata de imitar o que é mau, se pensarmos que no reino celestial temos um Pai ao qual deveríamos imitar em tudo, iríamos querer ser como crianças.
Ausência de ambição: aprendemos a valorizar o ter quando crescemos pois enquanto somos crianças, tudo o que importa é o ser. Crianças não amam mais quem lhes dá presentes caros, elas amam e se apegam a quem lhes dá amor e carinho. Inclusive, um presente de maior ou menor preço para uma criança não faz diferença. Para ela, o importante mesmo é ter algo e alguém para brincar. Do mesmo modo, deveríamos amar a Deus por quem Ele é, e não pelo que Ele pode nos dar. A presença e o amor de Deus deveriam ser o fator mais importante em nosso relacionamento com Ele. Todavia, frequentemente nos “revoltamos” com Deus se estamos servindo a Ele e não conseguimos o que estamos almejando.
Ausência de discriminação: uma criança não é preconceituosa, não despreza a ninguém pela cor, pelo tipo de cabelo, por ser pobre, por ter alguma deficiência ou pela forma com que se comporta. O preconceito é desenvolvido em nós a partir das ideologias que construímos sobre o que é melhor ou pior. E muitas dessas ideias são movidas pela religiosidade, ou pelas ideias dos outros, nada fundamentado na verdade da Palavra. Deus não faz acepção de pessoas. Jesus quando estava aqui na Terra se assentava com prostitutas, pecadores, publicanos. Ele não se contaminava com as práticas deles, mas ensinava-lhes a verdade. Esses largados da sociedade viam em Jesus alguém que não lhes apontava o dedo, mas que com amor os acolhia.
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