terça-feira, 26 de agosto de 2025

Quando fazemos coisas para Deus do nosso jeito

 Texto de referência: 1 Crônicas 13 e 15.


O ide por todo mundo é uma ordem, não é uma opção. Fazer a obra de Deus é o que ele espera de um cristão que ama o Evangelho. Entretanto, às vezes mesmo com boas intenções não cumprimos essa ordenança da maneira correta.

O rei Davi quando assumiu o reino de Israel resolveu trazer a arca da aliança que havia ficado vinte anos na casa de Abinadabe, abandonada, sem cumprir o seu propósito que era de aproximar o povo de Israel de Deus.

E para trazer a arca Davi fez um grande aparato. Arrumou um carro de bois novo e colocou dois homens - Uzá e Aiô - para guiarem o carro com a arca dentro dele. Todavia, no meio da festa, enquanto eles caminhavam e tocavam instrumentos, os bois tropeçaram e Uzá estendeu a mão para segurar a arca. Naquele instante, ele foi ferido por Deus e morreu ali mesmo.

Davi então ficou com medo de trazer a arca para o seu reino e a deixou na casa de Obede-Edom, o qual foi muito abençoado enquanto a arca estava com ele.

Após certo tempo Davi então percebeu o seu erro e disse:

“ Somente levitas podem carregar a arca da aliança porque foram eles que o Senhor Deus escolheu a fim de carregá-la e para servi-lo para sempre.” 1Crônicas 15:2


Ele então recomeçou o processo de trazer a arca para Jerusalém, agora da forma correta, colocando os levitas para carregá-la, nos ombros, segurando pelas varas, conforme o Senhor já havia ordenado.

E agora a festa foi completa, eles trouxeram a arca até Jerusalém ao som de músicas e danças, sacrificando animais e regozijando na presença do Senhor.

Essa história nos mostra que muitas vezes tentamos fazer as coisas certas, mas o nosso método não é o ordenado por Deus. Fazer o que Deus quer de nós implica em fazer tudo conforme Ele ordena, sem pegar atalhos ou criar métodos que não provém dele. E a nossa melhor bússola é a palavra de Deus, que nos guia em tudo segundo a vontade de Deus.


quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Apesar do sofrimento do mundo, Deus continua sendo bom o tempo todo

 Os dias são maus. Muitas tragédias, notícias tristes. O noticiário nos apresenta pessoas sendo assassinadas, crianças abandonadas, pessoas com doenças terríveis, algumas desenganadas pelos médicos.

Muitas vezes nos perguntamos o porquê de tanto sofrimento no mundo. Mas existe um versículo na Bíblia que diz que "A terra está cheia da bondade do Senhor" (Salmos 33:5). Não parece ser o planeta Terra em que habitamos, mas é. Essa mesma terra cheia de sofrimento está também cheia da bondade de Deus.

Essa palavra precisa confortar o nosso coração e nos fazer acreditar que apesar de tantas notícias ruins, Deus enche a terra todos os dias com a sua bondade. Se por um lado todos os dias tragédias acontecem, por outro lado todos os dias pessoas são curadas, famílias são protegidas de acidentes fatais, homens e mulheres são resgatados da depressão, pessoas recebem a Jesus em suas vidas e são livres da condenação eterna.

Neste dia, que a certeza de que Deus é bom o tempo todo possa encher o nosso coração de alegria, e nos traga o consolo de que o tempo de sofrimento está chegando ao fim, pois Jesus está voltando. E quando Ele vier, 

"(...) enxugará dos olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor" (Apocalipse 21:4).


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

O segundo chamado de Pedro

 Mateus 4:18-19; João 21:15-19


O chamado dos discípulos na Bíblia é algo interessante, pois cada um teve o seu chamado de uma forma diferente dos outros. Para alguns apóstolos a Bíblia não relata como ocorreu o chamado deles.

Com o apóstolo Pedro nós sabemos. Ele estava exercendo o seu trabalho quando foi chamado por Jesus para segui-Lo. Ele não hesitou, mas largou tudo e foi andar com o Mestre.

Todavia, em algum período da vida de Pedro o seu chamado esfriou. Quando Jesus estava prestes a morrer no calvário, Pedro negou diante de alguns judeus que o conhecia, ele que andou por três anos lado a lado com o Mestre agora afirma não saber quem era Ele.

Condoído com a sua covardia perante os judeus e triste pela morte de Jesus, Pedro volta a pescar. Mas o chamado de Jesus é para sempre. Pedro havia sido chamado para ser pescador de homens, ele não podia mais voltar atrás.

E assim, quando Jesus apareceu a Pedro junto ao mar de Tiberíades, após curar o coração de Pedro da dor por tê-lo negado, Jesus chama novamente aquele homem. Ele afirma a Pedro que agora era a hora de apascentar as ovelhas de Jesus. No primeiro chamado Pedro seria pescador de homens, agora ele cuidaria da primeira comunidade cristã que iria existir, a Igreja Primitiva.

Semelhantemente ao que Jesus já havia feito no início do Seu ministério, Jesus diz a Pedro Segue-me. E Pedro o seguiu.

Aquele era o segundo chamado de Pedro. Com maturidade Pedro aceitou e pouco tempo depois estava pregando com ousadia a milhares de pessoas, sendo que em uma de suas pregações cerca de 3 mil pessoas se converteram.

Essa história nos mostra que há sempre uma segunda chance vinda de Deus.

Se um dia você foi chamado mas deixou essa chama morrer, Deus pode reavivá-lo.


quinta-feira, 7 de agosto de 2025

O poder da rendição

Textos-base: Mateus 15:21-28 e Marcos 7:24-30

Como cristãos ouvimos muito falar sobre a adoração, e quando nos vem essa palavra à mente logo lembramos de músicas, de expressões como “Aleluia”, ou então de gestos típicos de adoração como levantar as mãos. Todos esses elementos podem ser expressões de adoração a Deus, mas também podem ser apenas simbologias se não forem feitos de coração.

A verdadeira adoração a Deus está na nossa rendição a Ele. Adoramos a Deus quando nos rendemos, quando reconhecemos a nossa condição de fracos, pobres de espírito, pecadores e nos submetemos à sua graça para nos ajudar, nos salvar e nos perdoar. Quando reconhecemos que não temos o controle de uma situação difícil, mas que temos um Deus que possui esse controle.

Muitas vezes pensamos sobre o porquê não temos alcançado ainda o favor do Senhor em alguma área que há tanto tempo temos clamado, orado, jejuado, e talvez o nosso milagre ainda não tenha chegado porque ainda não tomamos uma pequena atitude: nos render verdadeiramente a Deus.

O texto de hoje nos fala sobre uma mulher grega, das regiões de Tiro e Sidom, portanto, estrangeira, mas que mesmo distante dos territórios de Israel ouviu falar e creu no poder de Jesus. O problema daquela mulher era sua filha que estava terrivelmente endemoninhada. Não se sabe quanto tempo aquela mulher passava por aquela aflição, mas era tempo suficiente para que ela estivesse desesperada, a ponto de ao saber que Jesus estava em seu território, sair gritando atrás dele, clamando pela Sua ajuda.

Mas o milagre aconteceu quando aquela mulher se prostrou a Jesus e O adorou. Ela se rendeu a Ele, se submeteu ao Seu poder, e mesmo Jesus sendo aparentemente ríspido com ela, a mulher mostrou a Ele que cria que o poder d'Ele era suficiente para agir independentemente de sua territorialidade e que ela sabia que a misericórdia de Jesus alcançava a todos, independente de seu passado ou de seus erros.

O demônio saiu de sua filha, mas não precisou Jesus mandar uma palavra de repreensão como o fez em outras vezes. O próprio Jesus disse que pelas palavras daquela mulher ela já poderia ir, pois o demônio já havia se retirado. Não pela palavra, mas pela atitude por trás daquela fala. Pela atitude de rendição, de reconhecimento do poder de Deus.

Provavelmente a mulher não disse a Jesus “Aleluia” quando o adorou, ela se rendeu com a sua fé de que havia poder em Jesus e com a sua atitude de se prostrar mesmo Ele não tendo respondido inicialmente seu clamor. Ela se entregou de coração a Jesus, e o milagre na vida dela foi inevitável.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Quem foi o profeta Habacuque?

 O profeta Habacuque é considerado um dos profetas menores da Bíblia. Ele viveu em Judá no período anterior ao exílio, mas provavelmente num período já bem próximo a este acontecimento.

Não existem outras menções a Habacuque na Bíblia, mas pelas suas profecias descritas, pode-se inferir que a sua atividade profética foi anterior ao exílio.

Seu livro é dividido em três fases, a primeira onde o profeta se indigna contra a rebeldia e perversidade do povo de Judá e questiona a Deus porque Este não ouve a sua petição para cessar toda aquela injustiça.

Deus então responde ao questionamento do profeta, dizendo que enviaria os caldeus para castigar o povo judaico.

Ao saber a maldade dos caldeus contra os seus adversários, o profeta passa a clamar a Deus para livrá-lo, agora, destes inimigos que estavam por vir. Deus também responde ao questionamento, dizendo que daria livramento ao povo. Esta é a segunda etapa do livro.

Por fim, Deus se manifesta de uma maneira teofânica ao profeta, indicando que, de fato, Ele agiria em favor dos judeus. Ao ver a grandeza e o poder de Deus, Habacuque se cala, reconhece o poder de Deus e reconhece que mesmo sendo inevitável que o povo sofresse o exílio, Deus estaria com eles e daria a eles forças em meio ao caos.

O livro de Habacuque nos ensina que muitas vezes o sofrimento vem em decorrência dos nossos pecados, mas nestes momentos podemos nos voltar ao Deus da compaixão e clamarmos ao Senhor que nos perdoa e faz um novo recomeço.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Com o que estamos saciando a nossa sede?

 Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.

Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom, e vos deleitareis com finos manjares. Isaías 55:1-2


Muitos oram a Deus lhe pedindo fome e sede por Ele. John Bevere em seu livro “Paixão por Sua Presença” relata que aquilo que satisfaz o homem é aquilo pelo qual ele está cheio. Se nos alimentamos das coisas do mundo, seremos cheios das coisas terrenas e não haverá espaço para Deus em nós. Se pelo contrário nos enchemos das coisas de Deus, é d'Ele que seremos mais e mais saciados.

Através do profeta Isaías, Deus nos convida a ter mais d'Ele, nos saciando das suas águas. Vamos meditar em como os primeiros versículos do texto de Isaías 55 nos mostra em que deve estar o nosso foco.

Quando Deus nos diz para vir às águas, Ele chama aqueles que têm sede. Como foi dito, só podemos ter sede de Deus se nos esvaziarmos de nós mesmos e do mundo. Sendo assim, percebemos que o primeiro convite é para aqueles que querem algo da parte de Deus e que estão de algum modo se esforçando por isso.

Mas o texto também relata outro elemento que também satisfaz as necessidades humanas, que é o alimento. É com essa estratégia que Deus também nos convida a nos achegarmos a Ele, para ter alimento, que no texto é denominado como vinho, leite e finos manjares.

Mas o Senhor nos afirma que para ter acesso a comida não será preciso dinheiro, porque ela não tem preço. Veja bem, não é que ela não tem valor financeiro, é porque o que Deus nos oferece nenhum dinheiro no mundo é capaz de comprar. E por isso a ênfase de que, aqueles que querem o alimento de Deus não precisam de dinheiro.

Antes de oferecer o alimento, o Senhor repreende o povo, dizendo que eles estavam dispensando esforço e dinheiro em coisas que não podiam satisfazer, mas logo depois Ele afirma que o que vem d'Ele é bom e nos traz vida (v. 3).

Essa é uma palavra que nos confronta, pois temos vivido em busca de coisas materiais, de sucesso terreno e estamos esquecendo do que realmente é bom e importa. Isso não significa que seja errado a busca pelo prazer terreno, mas que ele não pode ofuscar o nosso desejo e anseio por Deus.

Enquanto não nos enchermos de Deus, vamos continuar vazios, buscando o tempo todo nos satisfazer, mas sem sucesso. Quando Ele for a nossa prioridade, vamos desfrutar do prazer da Sua presença e veremos a nossa vida terrena fluir. Se não fosse a vontade de Deus desfrutarmos dessa vida, Ele não nos daria tantos anos para viver, mas o que está em pauta é: vamos desfrutar de tudo aqui com Ele ou preferir viver correndo atrás do vento? A decisão é nossa, mas a Sua Palavra nos ensina neste dia qual é a melhor escolha.

sábado, 2 de agosto de 2025

Não olhe para trás

 Há algum tempo atrás ouvi uma mensagem muito interessante e que tinha por lema: “Não fique preso ao passado”. Comecei a observar o quanto temos a mania de lembrar do nosso passado e lamentarmos por ele, quer por ele ter sido bom ou ruim. Se o passado for bom, vem a nostalgia, se tiver sido ruim, vem o remorso ou arrependimento. Desde então passei a observar o quanto é prejudicial viver olhando para trás. 

A partir daí aprendi que o passado só tem que servir como adubo para o nosso crescimento. Isso não quer dizer que devemos esquecer e apagar o nosso passado, e sim que, se formos olhar pra ele, que seja para adquirir dele experiência, não pesares.

Jesus nos manda não olhar para trás (Lucas 9:62). Se já colocamos a mão no arado, por que vamos olhar para trás?

O anjo que salvou Ló da destruição de Sodoma e Gomorra também lhe recomendou a não olhar para trás. E Paulo recomenda aos Filipenses que também não olhassem para seu passado. (Filipenses 3:13-14). O próprio Paulo tinha um passado lamentável, se ele fosse lamentar tudo de ruim que já havia feito aos cristãos, talvez não se sentisse digno ou não conseguisse levar seu ministério adiante.

Mas ele preferiu se esquecer do que ficou para trás e decidiu avançar para o que diante dele estava.

Quem olha para trás tem que virar a cabeça, isso quer dizer que não conseguimos olhar para trás e para frente ao mesmo tempo. Quem olha para trás não consegue olhar para frente e é na frente que Deus tem o melhor para nós, pois é para o nosso futuro que Deus está trabalhando (Jr. 29:14).

Eu não sei o seu passado, Deus sabe, mas Ele não quer que você viva dele, pois o melhor de Deus pra você está na sua frente, diante dos seus olhos!