segunda-feira, 27 de maio de 2024

O que temos levado ao altar do Senhor?


Texto de referência: Malaquias 1:6-14


O livro de Malaquias traz em um de seus trechos uma repreensão severa aos sacerdotes. Escrito após o período do exílio, já na existência do templo novo, os sacerdotes não estavam reverenciando da forma correta o Templo do Senhor.

O profeta denuncia esse pecado, dizendo que os sacerdotes estavam considerando a mesa do Senhor como algo desprezível, pois mesmo tendo animais sadios em seus rebanhos ofereciam animais deficientes, uma prática proibida pela Lei. 

Apesar disso, viviam a suplicar ao Senhor o favor e a graça d'Ele. Deus, entretanto, salienta que as ofertas que eles faziam eram em vão, e que na verdade, não era eles que desprezavam ao Senhor, mas Ele é que desprezava aquelas ofertas.

O altar do Senhor é santo. Como o próprio nome diz, ele pertence ao Senhor e por isso o que nele for oferecido deve ser objeto de culto e reverência a Deus. Quando isso não é feito, traz-se maldição sobre aquele que oferece.

Dessa forma, convém refletirmos sobre o que temos colocado ou como estamos nos portando no altar do Senhor, a fim de não corrermos o risco de dar a Ele sacrifícios impuros, atitude que demonstra desprezo e apatia por Deus. Ele nos dá o melhor, portanto, importa que ofereçamos a Ele também o nosso melhor.



domingo, 26 de maio de 2024

Adorar em meio a dor


Texto-base: II Samuel 12:16-23


O rei Davi é exemplo de um grande adorador. Apesar de ser conhecido por louvar a Deus com instrumentos, festejar e até mesmo dançar na presença do Senhor, Davi também nos ensina a adorar a Deus em meio a dor.

O conhecido adultério de Davi com Bate-Seba deu origem a um filho. Antes mesmo da criança nascer, Deus já havia revelado a Davi por meio do profeta Natã que ela morreria. Ao nascer, a criança adoeceu gravemente, ficou sete dias doente e depois morreu.

Enquanto estava doente, Davi  se prostrou diante do Senhor, orou, chorou e não quis comer. Ele se humilhou diante de Deus a fim de salvar a vida de seu filho. Mas após a morte da criança, vendo Davi que o juízo de Deus já havia sido executado, tomou banho, trocou suas vestes e entrou na Casa do Senhor para adorá-Lo. A Bíblia não diz que ele entrou na Casa do Senhor para agradecer a morte de seu filho, mas para adorar a Deus.

Adoração significa rendição. Davi sabia que o que estava acontecendo era parte do plano permissivo de Deus, e que ele como homem não poderia mudar os planos do Altíssimo. Não é fácil adorar a Deus em meio a dor da perda de um filho, mas Davi nos deixa um grande exemplo.

Adoramos a Deus em meio a dor quando reconhecemos que de nós mesmos nada podemos, e que se entregarmos a Ele a nossa dificuldade, Deus estará cuidando de tudo da melhor maneira. Deixamos de adorar a Deus quando o tempo todo questionamos o porquê das adversidades ou quando tentamos a todo custo controlar por nós mesmos a situação.

Em meio a dificuldade, quando nos prostramos diante de Deus para reconhecer que por mais que aquela situação não seja o que queremos, mas que confiamos que Deus está no controle dela, reconhecemos a grandeza e a soberania de Deus sobre todos os acontecimentos da nossa vida.

Jó só obteve a restituição de tudo o que perdeu quando reconheceu que Deus tudo pode e que nenhum dos seus planos podem ser frustrados, isto é, Jó reconheceu que apesar de parecer que ele estava abandonado, Deus estava no controle de toda aquela situação.

Adorar a Deus em meio a dor não é fácil, mas é um passo necessário que indica que crescemos espiritualmente e que cremos que a dor faz parte de algum momento da nossa vida, e que mesmo nesses momentos difíceis Deus não nos desamparará!




terça-feira, 21 de maio de 2024

Buscando ao Senhor


Estenderei a mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém; exterminarei deste lugar (...) os que deixam de seguir ao Senhor e os que não buscam o Senhor , nem perguntam por ele. Sofonias 1:4‭,‬6


Quando lemos os profetas menores do antigo testamento vemos muitos pecados do povo de Israel sendo denunciados por esses profetas. No livro de Sofonias o profeta denuncia diversos pecados, e dentre eles a displicência do povo em buscar ao Senhor.

Sofonias alerta sobre aqueles que deixam de seguir ao Senhor e aqueles que não O buscam.

Existem pessoas que um dia buscaram ao Senhor e agora não O procuram mais. Conhecer ao Senhor é uma das maiores dádivas que podemos ter. Quando isso acontece, a nossa vida é transformada e recebemos paz. Já não andamos mais em trevas, sem saber para onde ir ou tomando decisões erradas.

Mas alguns, mesmo experimentando essa glória, deixam de buscá-Lo e passam a viver novamente no erro. Isso estava acontecendo com o povo de Deus, que um dia conheceu o Deus verdadeiro, mas que havia deixado de segui-Lo para ir atrás de outras divindades. Por esse pecado Deus estava anunciando o juízo através do profeta.

Mas outro pecado também denunciado era sobre aqueles que não buscavam ao Senhor ou não perguntavam por Ele, isto é, tratavam a Deus como algo sem valor. Não podemos viver sendo indiferentes a Deus. Nascemos para Ele e quando Ele não faz parte da nossa vida, ela perde o seu verdadeiro valor. 

Deus não é algo qualquer, mas é a essência da existência humana. Sem Ele não podemos nada, é nele que nos movemos e existimos (Atos 17:28).

Dessa forma, precisamos olhar para Deus e reconhecer que toda a plenitude reside n'Ele. Deus deve ser aquele que comanda toda a nossa vida e as nossas decisões. Vivendo dessa maneira, estaremos evitando o pecado de não buscá-Lo, como o povo estava vivendo.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Deixando de lado as coisas do Senhor


Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. Ageu 1:4‭,6


Após o exílio babilônico e a destruição do Templo em Jerusalém, setenta anos se passaram conforme Deus havia declarado aos profetas. Após esse período, o templo passou a ser novamente reconstruído, mas o povo não estava tão empenhado e empolgado com essa tarefa. E para exortar contra essa prática foi escrito o livro do profeta Ageu, que criticou o povo por não estar reconstruindo o templo.

O povo dizia não ser ainda o tempo da reedificação da Casa do Senhor, mas na verdade essa era apenas uma desculpa para a procrastinação do povo, que gastava seu tempo com as suas casas enquanto a casa do Senhor estava em ruínas. E por essa atitude, o povo não prosperava e tudo o que eles faziam não tinha sucesso. 

Parece ser um fato tão atual dos nossos dias, onde estamos correndo de um lado para o outro com as nossas coisas e deixando de lado as coisas do Senhor. Para as coisas de Deus procrastinamos, mas para as nossas queremos agilidade.

E por isso que tantas coisas parecem não ir para frente, porque negligenciamos a ordem de Deus dada em Mateus 6:33 de que as coisas de Deus devem estar em primeiro lugar e as demais serão acrescentadas. Algumas pessoas trabalham, correm e fazem tanto, mas nunca têm nada.

O Templo estava em ruínas, será que temos deixado a obra do Senhor às traças? Que a realidade dos tempos de Ageu não seja também a nossa.


sexta-feira, 17 de maio de 2024

Quem foi o profeta Miquéias

 

Diferente da maioria dos livros dos profetas, o livro de Miquéias não aborda sobre a sua vida. Sobre o profeta sabemos apenas que ele era morastita, isto é, morava na região de Moreste e viveu nos tempos dos reis Jotão, Acaz e Ezequias, os quais reinavam em Judá.

Seguindo uma linha semelhante aos demais profetas, Miquéias profetizou contra o pecado de Judá e Israel.

A mensagem de Miquéias contra falsos profetas que atuavam dentre o povo naquele período foi muito forte. O profeta denunciou as falsas profecias que circulavam no meio do povo e a ganância de tais profetas, que diziam coisas boas àqueles que lhes davam recompensas materiais.

Miquéias também traz uma importante mensagem de chamamento dos gentios, onde diversas nações reconheceriam o Deus de Israel como o único e verdadeiro Deus.

É também Miquéias que anuncia que de Belém viria o Salvador, o Messias, que era desde a eternidade. O Messias seria aquele que traria paz sem fim ao seu povo e o livraria dos seus adversários.

Apesar de toda a mensagem de juízo proferida por Miquéias e denúncia acerca da corrupção de Judá, sem encontrar um justo sequer dentre o povo, o livro de Miquéias termina em tom de esperança, profetizando que haveria perdão ao povo, obra de um Deus misericordioso, que não se esqueceria de ser fiel às promessas feitas aos patriarcas, Abraão e Jacó.

terça-feira, 14 de maio de 2024

Deus está em seu barco, ainda que ele naufrague, Deus te salvará!

Texto base: Atos 27:9-44


O livro de Atos nos conta um pouco sobre um naufrágio pelo qual o apóstolo Paulo passou. A princípio, os tripulantes do navio seguiam a viagem sem muitas preocupações, mas Paulo, avisado por Deus, alertava os comandantes de que aquela seria uma viagem arriscada. Eles, todavia, não deram crédito (v. 10-11). Muitas vezes somos alertados acerca de alguns perigos, mas preferimos não dar ouvidos.

E assim, resolveram partir ao verem um vento brando (v. 13), mas mal podiam esperar a tempestade que viriam mais à frente. Ventos brandos (circunstâncias favoráveis) muitas vezes nos enganam, mas o que devemos mesmo é ouvir a voz de Deus e estar sempre alertas.

Após a tempestade só piorar, os tripulantes - cerca de 276 pessoas - perderam a esperança de salvamento.

Entretanto, Deus mostra a Paulo que todos ali se salvariam, por causa da vida dele. Após ouvir a voz de Deus, Paulo estava sempre animando a tripulação, pois ele sabia que Deus iria cumprir aquilo que lhe prometeu.

A tempestade era fortíssima, por vários dias só haviam nuvens e escuridão, mas as palavras de Paulo àquele povo eram somente de ânimo.

Quando os marinheiros tentaram fugir, Paulo os alertou de que somente os que tivessem no navio se salvariam, não pelo navio em si, mas porque Deus era com Paulo dentro daquele barco.

Após muitos dias, agitados de um lado para o outro, encontraram uma ilha. O barco se perdeu completamente, como Paulo havia predito (v.22), mas todos se salvaram, cumprindo assim a Palavra de Deus (v.44).

Naquela tempestade não havia esperança (humana) de salvamento, mas havia uma Palavra d'Aquele ao qual os ventos e o mar obedecem (Marcos 4:41). Não importa o tamanho da tempestade, não importam as dificuldades durante a tempestade e até mesmo se o barco e tudo ao redor vai se perder, se Deus é com você como foi com Paulo, sua vida não se perderá. Se Ele te prometeu a vitória, Ele é fiel para cumprir!   


Quem foi o profeta Jonas


Jonas é descrito na Bíblia como o profeta filho de Amitai. O seu ministério foi desenvolvido durante o reinado de Jeroboão II em Israel e de Uzias em Judá. O profeta Jonas é muito conhecido pelo evento ocorrido com ele de ter sido engolido vivo por um grande peixe. Apesar de muitos dizerem que esse animal tenha sido uma baleia, não há evidências bíblicas para afirmar isso.

O fato é que esse evento inusitado ocorreu após Deus ter mandado Jonas ir até Nínive (capital da Assíria) pregar o juízo de Deus contra ela e ele ter agido contrariamente indo para Társis.

Devido a essa desobediência, Jonas é tragado por um animal marinho e ali, no ventre dele, ele reflete sobre o que fez, arrepende-se e por ordem de Deus, o animal vomita Jonas de sua boca, deixando-o em terra.

Quanto então Jonas vai a Nínive e prega o juízo de Deus contra ela, os habitantes da cidade arrependem-se e Deus então lhes perdoa, não executando mais naquele momento o juízo contra a cidade. Isso causa uma grande revolta em Jonas, que queria ver os ninivitas destruídos, afinal eles eram desde muito tempo inimigos do povo de Israel.

O livro de Jonas nos traz diversas reflexões, mas talvez a maior delas seja acerca do plano de salvação de Deus para a humanidade. Já naquele tempo, Deus demonstrava que ele era o Deus das nações, não apenas de Israel. Os israelitas não aceitavam tão bem essa ideia, pois tinham os gentios como povos impuros.

Apesar do livro levar o nome de Jonas, o foco não é ele, como muitos buscam colocar. A salvação de vidas é e sempre será o propósito maior, ler Jonas nos faz entender isso muito bem.