sábado, 27 de julho de 2024

Reflexões sobre a parábola dos dois filhos

Texto de referência: Mateus 21:28-32


Certa vez Jesus contou a seguinte parábola: um homem tinha dois filhos. Veio até um e lhe pediu para trabalhar em sua vinha, ele disse que ia mas não foi. Ao segundo filho ele fez o mesmo pedido. Este disse que não ia, mas depois se arrependeu e foi. Por fim, Jesus concluiu que no fim das contas quem fez a vontade do pai foi o segundo filho.

Nesta parábola Jesus condena os judeus religiosos pela hipocrisia destes, comparando-os ao primeiro filho, dizendo que eles afirmavam fazer a vontade de Deus, quando na verdade eles não faziam.

Em contrapartida, muitos pecadores como os cobradores de impostos e as prostitutas, apesar de começarem no pecado, se arrependeram e passaram a fazer a vontade de Deus.

O que vale para Deus é a nossa decisão final. No dia do juízo não vai contar como começamos a nossa caminhada, mas como nós terminamos. Não adianta iniciar servindo a Deus e depois parar, também não adianta dizer que serve a Deus quando na verdade o coração está cheio de maldade, mas será salvo aquele que, mesmo tendo começado no erro, se arrepender e terminar a sua vida servindo a Deus.

Não adianta viver uma vida cristã de aparências, pois um dia tudo será trazido à luz (Lucas 12:2). Aqueles que dizem servir a Deus e não o fazem serão condenados, mas aqueles que reconhecerem os seus pecados e se afastarem deles receberão a vida eterna (Provérbios 28:13).


sábado, 13 de julho de 2024

O reino dos céus segundo Mateus


No decorrer das Escrituras, Jesus usou vários comparativos para ensinar aos seus seguidores o que era o reino dos céus. O livro de Mateus apresenta muitas, ou talvez a maioria delas. Neste texto, tais passagens foram listadas de forma resumida e referenciada para uma melhor compreensão.

Tesouro escondido no campo (Mateus 13:44): não é algo visível, nem todos o encontrarão, mas aqueles que o encontrarem terão consigo um tesouro.

Pérola de grande valor  (Mateus 13:46): é algo valioso, mais do que tudo ao qual estamos acostumados. Vale a pena abdicar de tudo por ele.

Fermento que se coloca na massa (Mateus 13:33): penetra em nosso interior e nos transforma por completo.

Grão de mostarda (Mateus 13:31-32): como uma semente plantada, ele cresce visível em nós, abençoando também aqueles que estão ao nosso redor.

É uma semente (Mateus 13:24): é semeada em nós, mas cabe a nós fazermos ela frutificar. Do contrário, essa semente será tragada ou desperdiçada.

Joio e trigo (Mateus 13:24-30): apesar do reino ser de Deus, muitos tentam dissimuladamente parecer pertencer a ele, mas o Senhor conhece os que são seus, e no final dos tempos todos os falsos crentes serão desmascarados e restarão no Reino dos céus apenas os que de fato servirem ao Senhor.

Rede que foi lançada ao mar (Mateus 13:47-50): o Senhor convida todos a participarem do seu reino, como uma grande rede que apanha todo tipo de peixes. Mas o Senhor não deixará os maus fazendo parte do Seu reino. Se eles não mudarem, serão excluídos do reino dos céus.

Trabalhadores assalariados (Mateus 20:1-16): Deus nos convida a trabalharmos no seu reino, e todos, mesmo aqueles que entrarem nele no final da vida, receberão a mesma recompensa: a vida eterna.

Bodas (Mateus 22:1-14): o reino dos céus é como uma grande festa, onde todos são convidados. Todavia, ser convidado não significa entrar, para isso acontecer, é necessário andar em santidade.

Dez virgens que se preparavam para as núpcias (Mateus 25:1-13): existe um preparo para entrar no reino dos céus, e só aqueles que se prepararem de forma adequada, vivendo com unção e autoridade (óleo) estão aptos a entrar nele.

Rei que fará acerto de contas (Mateus 18:23-35): existe uma dívida nossa com Deus que jamais poderia ser paga por nós. Mas Jesus veio quitá-la. O pagamento não foi feito com recursos materiais, mas com a Sua própria vida.

Esses são os comparativos que o Senhor usa do reino dos céus a partir do livro de Mateus.


sexta-feira, 12 de julho de 2024

O reino dos céus


Texto de referência: Mateus 13:44-46


Durante o seu tempo aqui na terra, Jesus nos deu alguns ensinamentos acerca do reino dos céus. Em dois deles, Jesus O compara a algo de grande valor. 

Em seu primeiro ensinamento, Jesus diz que o reino dos céus é semelhante a um tesouro que estava escondido no campo, que alguém achou e comprou todo aquele campo para ficar com o tesouro.

Na segunda comparação, Jesus diz que o reino dos céus é semelhante a uma pérola de grande valor, que é encontrada por um caçador de pérolas valiosas, o qual vende tudo o que tem para comprá-la.

Em ambos os ensinamentos, uma expressão chama a atenção, "vende tudo o que tem", seguido de "compra".  Nas duas situações, ambos os indivíduos venderam tudo o que possuíam para comprar aquilo que era denominado o reino dos céus, no primeiro caso o tesouro no campo e no segundo caso a pérola.

Eles abriram mão do que tinham por algo de maior valor. A dinâmica do reino dos céus é essa, deixarmos tudo o que é desta terra de lado em troca daquilo que vem dos céus. E isso não significa viver alienados, sem desfrutar da vida terrena, mas reestruturar a ordem de importância das coisas, colocando Deus em primeiro plano.

Essa não é uma palavra simples de ser praticada, especialmente para nós que nos apegamos com facilidade às coisas terrenas, mas a despeito de toda dificuldade, se o reino dos céus é para nós algo de grande valor, deve ser esse o nosso foco.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Reflexões sobre o joio e o trigo


Texto de referência: Mateus 13:24-30


O joio é uma planta de características muito semelhantes ao trigo, que só pode ser diferenciado deste quando está na fase adulta. Jesus contou aos seus seguidores acerca de uma parábola do joio e do trigo, onde em uma plantação de trigo o joio foi semeado enquanto os funcionários dormiam. Quando cresceu a plantação, os trabalhadores perceberam a infiltração do joio e queriam cortá-lo, mas o dono da plantação ordenou que o joio fosse retirado apenas na época da colheita, para que eles não arrancassem, equivocadamente, o trigo também. Essa parábola nos traz algumas reflexões.

Sabendo que a plantação é o reino de Deus, o joio são as pessoas usadas pelo maligno e o trigo são os filhos de Deus, podemos perceber que existem ambos os tipos de pessoas na obra de Deus. Distinguir o joio sozinho pode ser fácil, mas em meio ao trigo ele se mistura.

É fácil identificar pessoas perversas no mundo, mas no meio do povo de Deus elas se camuflam de uma tal forma que até parecem servir a Deus. E, por isso, essa classe de pessoas são comparadas ao joio, porque, assim como no reino, no meio da plantação, apenas se observarmos de perto, sabemos diferenciar o joio.

Outra consideração é que a separação das plantas foi feita apenas na colheita, isto é, na volta de Jesus, para que os funcionários, identificados por Jesus como os Seus anjos, não confundissem e jogassem fora trigo, achando que era joio.

Perceba que o perigo não era confundir joio achando que era trigo, mas o contrário. Tem muito trigo no Reino que pode ser confundido com joio, talvez por ter uma maneira não convencional de fazer coisas que para alguns devem ser feitas da forma "padrão".

Muitas pessoas que algumas vezes julgamos mal nesta Terra estarão no céu, pois muitos julgamentos feitos não são de acordo com a Palavra, mas conforme nossos padrões humanos de justiça. Joio não é trigo, religião não é o Reino de Deus. Saber distinguir isso faz parte da Sabedoria do Reino.



quinta-feira, 4 de julho de 2024

O mar estava revolto, entretanto, Jesus dormia.


Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança. Mateus 8:23‭-‬26 


O relato de uma tempestade narrado por Mateus nos conta que os discípulos estavam no barco com Jesus quando de repente uma grande tempestade se levantou. Uma tempestade é algo terrivelmente assombroso, entretanto, Jesus dormia. É esse o advérbio que Mateus utiliza para descrever a atitude de Jesus em meio ao caos: entretanto.

O advérbio entretanto dá uma conotação de contraste ou divergência com a ideia anterior. O fato anterior à palavra é a narrativa de que uma grande tempestade se levantou. Mateus utilizou esse advérbio porque certamente dormir em um barco no meio de uma tempestade não é algo que se espera de alguém. Entretanto, Jesus dormiu.

Descansar em meio às intempéries da vida é o que Jesus requer de nós. Enquanto o mundo desespera, espera-se que o crente tenha uma atitude de calma, sabendo que se Jesus está à frente de sua vida, nada está fora do controle d'Ele.

Jesus tinha total controle sobre aquela tempestade, por isso Ele dormia. 

Todavia, os discípulos não entendiam dessa forma. Ao verem Jesus dormindo os discípulos O acordaram e questionaram a atitude do Mestre, chegando a dizer que eles estavam perecendo. Para a atitude dos discípulos, Mateus utiliza o advérbio Mas, que tem significado semelhante a entretanto e também indica oposição à ideia anterior. Isso significa que os discípulos se opunham ao fato de Jesus dormir, não porque eles não queriam que Jesus dormisse, mas porque eles não entendiam como Jesus podia ficar tão tranquilo em meio a uma situação aparentemente tão desesperadora.

Todas as vezes que enfrentamos uma tempestade em nossa vida, podemos ter a certeza que Jesus não está no céu preocupado e sem saber o que fazer. Ele está tranquilo, pois não perdeu e jamais perderá o controle sobre qualquer acontecimento.

Como Jesus disse aos discípulos ao ser acordado, Ele também quer saber de nós onde está a nossa fé. Ele não nos quer tímidos, mas crentes. Quando esta for a nossa atitude, podemos estar certos de que os ventos serão acalmados, a tempestade desaparecerá e virá grande bonança. Ele continua o mesmo e jamais desampara aqueles que são seus.


segunda-feira, 1 de julho de 2024

É tempo de nos lembrar da misericórdia do Senhor


Texto de referência: Jeremias 3:1-40


O texto de hoje nos fala sobre o profeta Jeremias e um grande tempo de aflição em que ele estava vivendo. Entre os versículos 1 ao 19, o profeta apenas lamenta a situação em que estava vivendo. No versículo 20, ele relata que continuamente se recordava dos seus sofrimentos, e que a cada vez que isso acontecia, ele se abatia ainda mais.

Mas, surpreendentemente, a partir do versículo 21 o profeta demonstra uma atitude diferente. Talvez ele tenha entendido que viver olhando para o sofrimento do passado só aumentava a sua dor, então ele começa a trazer à sua mente apenas o que lhe podia trazer alguma esperança em meio aquela difícil situação.

E assim, nos próximos versículos o profeta começa a contemplar as misericórdias de Deus. Jeremias começa a entender que Deus tem para cada um de nós grande porção de misericórdia (v.22), fidelidade (v.23) e bondade (v.25).

Ele também começa a enxergar que o melhor é esperar no Senhor, descansar, em silêncio, isto é, sem murmurar ou questionar o porquê das aflições que lhe sobrevinham. Ele entende que o Senhor permite provações (v.28 e v.38), mas que essa condição não será para sempre, pois em algum momento o Senhor mudará essa situação.

Ele também percebe que as provações são parte da vida de todo ser humano (v. 27), mas que Deus não vê o sofrimento humano com alegria e que murmurar ou questionar não chega a nenhuma resposta (v.39).

Talvez em sua vida não tenha sido diferente, você tem vivido de passado, se lamentando pelas suas aflições e questionando continuamente a Deus. Mas, como o profeta, é preciso ter uma atitude diferente. É preciso se levantar, e ao invés de murmurar, começar a colocar esperança em sua mente e palavras, aprender a verdadeiramente descansar e crer que em algum momento o Senhor agirá. Quando aprendemos a descansar em Deus, suportamos com mais leveza as dificuldades, e quando vemos, o tempo da provação acaba. Saímos dela mais fortes, menos temerosos e mais próximos de Deus.