quarta-feira, 7 de julho de 2021

Saul: um rei desobediente

 Texto de referência: I Samuel 15:1-31


Não se sabe nada sobre Saul antes dele ter sido escolhido rei de Israel. Ele foi o primeiro rei que a nação teve, escolhido após a petição do povo que queria "ser como as outras nações". Deus então elegeu Saul, que foi ungido pelas mãos do profeta Samuel.

Após essa unção, o Espírito do Senhor se apossou de Saul e o coração dele mudou. Apesar de não assumir imediatamente o reino, Saul guardou tudo isso consigo. O reino só veio efetivamente quando Saul saiu para lutar contra os amonitas.

Mas os seus deslizes logo começaram. Em uma guerra contra os filisteus, Saul resolveu oferecer sacrifícios, o que só era permitido ao sacerdote. Ainda, o Senhor já havia lhe dito que Samuel desceria até lá para ofertar e lhe dar a direção daquela guerra. Quando repreendido por Samuel, ao invés de Saul se retratar, ele se justificou dizendo que foi "forçado pelas circunstâncias".

Nessa mesma guerra, ele fez um voto precipitado, deixando os seus combatentes sem alimento, o que atrapalhou a guerra e quase fez seu filho Jônatas ser morto.

Saul também desobedeceu a Deus quando Ele lhe ordenou que, em uma guerra contra os amalequitas, ele destruísse todo o povo e também os animais, mas Saul deixou vivo o rei e os melhores animais. Ao ser novamente repreendido por Samuel, Saul tentou se justificar dizendo que só fez isso para sacrificar a Deus.

A partir daí, o seu reinado entrou em derrocada, pois o Espírito do Senhor se retirou dele e Saul passou a viver atormentado. Em diversas vezes agiu de forma irada, buscou para si aprovação, ao invés de buscar que o seu reino glorificasse a Deus. Ele também eliminou setenta sacerdotes inocentes em sua busca frenética por matar Davi, o qual havia sido ungido por Deus como seu sucessor.

A sua ânsia pelo reino era tamanha, que mesmo vendo a mão de Deus sobre Davi, ele continuava insistindo em querer destruí-lo. Por último, Saul se rendeu à feitiçaria para prever o futuro de uma guerra, ao ver que Deus não o respondia. Mas pelas mãos do próprio necromante, Deus permitiu que Saul soubesse o seu fim e dos seus filhos. Saul morreu naquela batalha, de um modo terrível.

Saul teve tudo para ter um reino próspero, mas a sua desobediência às ordens de Deus foi o fator principal que o fez perder o reino. Quando nos rendemos à desobediência, estamos na verdade demonstrando que o nosso coração não é totalmente do Senhor. E quando ele era repreendido por sua desobediência, Saul não se arrependia, mas sempre tentava justificar a si  próprio. Não se arrepender dos seus erros é também um sinal de dureza no coração.

Aliado a esses fatores, pesava sobre Saul o descontrole emocional, a arrogância e o amor ao seu reinado mais do que a Deus, fazendo com que ele agisse loucamente para manter-se a qualquer custo no trono.

Quando Saul foi ungido, Deus havia reservado o melhor para ele, entretanto, ele não soube desfrutar disso, e ao invés de servir ao Senhor, buscou servir a si próprio. Quando o Senhor nos unge para um ministério, pesa sobre nós a necessidade de humildade e obediência total àquele que nos ungiu. Não ocupamos cadeiras para glória própria, mas para glorificar ao Senhor. A obra é dele e a glória também. Quando nos deixamos levar pela arrogância e desobediência às ordenanças do Senhor, o destino é um só: sermos depostos do chamado ao qual fomos ungidos.

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