sábado, 30 de novembro de 2024

Selo no teu coração


Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte”. Cantares 8:6

O primeiro selo do mundo foi criado em 1840. A sua principal função era identificar ao destinatário que aquela correspondência estava paga. Nos tempos bíblicos, o selo servia para marcar objetos, a fim de comprovar a propriedade de alguém sobre ele.
O autor de Cânticos em uma de suas poesias relata um pedido do esposo para que ele fosse colocado como selo no coração de sua amada. Mas ele é ainda mais profundo, pedindo que também fosse colocado como selo nos braços dela.
O selo no coração indicava que o esposo queria que o coração da esposa pertencesse a ele. Ele não queria dividi-la com ninguém. Da mesma forma, o Senhor quer que o nosso coração seja completamente d'Ele. Isso não significa deixar de amar as pessoas ao nosso redor, mas dar a importância primária ao Senhor.
O selo no braço indica que o esposo queria que esse pertencimento fosse visível a outras pessoas. Ele desejava que a sua amada declarasse que o seu amor era do esposo.
Perceba a diferença entre os dois membros, enquanto o coração refere-se ao nosso interior, o braço refere-se ao exterior. Pertencer a Jesus não pode ser apenas uma decisão do coração, precisamos exteriorizar a nossa fé a fim de que outras pessoas também possam ser edificadas.


domingo, 20 de outubro de 2024

Benjamin ou Benoni

O nome pode revelar muito sobre a essência de um indivíduo. Nos tempos bíblicos, as pessoas costumavam dar o nome aos filhos conforme a circunstância que se estava vivendo.

Algumas pessoas receberam nomes que representaram o que aconteceria em suas vidas. É o caso de Noé, cujo significado é "Consolo, alívio", nome dado pelo seu pai indicando que Deus daria consolo ao povo após tanto sofrimento e Josué, que significa Salvação, sendo que mais tarde ele seria o escolhido para conduzir o povo à entrada na Terra Prometida.

Alguns nomes entretanto não possuíam bons significados, como é o caso de Benoni, o segundo filho que Raquel teve com Jacó. Durante o parto da sua segunda gestação, Raquel teve complicações e ao nascer o filho ela deu-lhe o nome Benoni, o qual significa "Filho das minhas aflições". Raquel então morreu e após a sua morte Jacó mudou o nome da criança para Benjamin, que significa "Filho da minha direita". 

Enquanto Raquel nomeou o seu filho de forma que todos os que o chamassem se lembrassem da dor que ele lhe causou, seu pai preferiu dar-lhe um nome que lembrasse a ele da alegria em ter tido um segundo filho com sua amada Raquel.

Foi uma atitude sábia de Jacó em relação a seu filho. Assim como aconteceu com Jacó em relação a Benjamin, Deus também é o Pai com poder de mudar o nosso destino, de sofrimento para alegria, de pecado para redenção, de dor para cura. Que possamos nos apegar a essa verdade e buscar no nosso Pai uma mudança de vida.


quinta-feira, 17 de outubro de 2024

As três aparições de satanás na Bíblia

 Em toda a Bíblia vemos três relatos de conversas de satanás. Nesse texto eu busquei resumir, a partir dos relatos destes textos, a forma como o inimigo costuma surgir.

1a forma: Satanás conversando com Eva

Tenta distorcer o que Deus disse para "puxar" conversa;

Mente dizendo que não morreriam se comessem (a morte aqui referia-se à separação do homem com Deus);

É denominado de serpente.

2a forma: Satanás conversando com Deus

Quem inicia a conversa é Deus;

Satanás tenta incitar a Deus a tocar em Jó;

Satanás não consegue tocar naquilo que Deus não permite;

É denominado satanás.

3a forma: Satanás conversando com Jesus no deserto

Tenta confundir Jesus se de fato Ele é o Filho de Deus;

Tenta seduzir Jesus a buscar glória própria;

É denominado tentador.




sábado, 5 de outubro de 2024

Algumas lições aprendidas com o jardim do Éden

Texto de referência: Gênesis 2:4-17


O jardim do Éden foi um local criado especialmente para Adão e Eva, para que eles tivessem um local específico para viver. Deus ainda não tinha feito árvores e plantas na terra, mas no jardim Deus criou árvores frutíferas para alimentar o homem e a mulher.

E não foram quaisquer árvores, mas de todos os tipos e das mais belas e frutíferas. Além das árvores, Deus criou um rio para regar o solo e provavelmente saciar a sede humana. Tudo isso para duas pessoas, porque eles eram a melhor feitura de toda a criação.

O jardim do Éden nos ensina que aquilo que Deus preparou para nós é nada menos que o melhor. Deus fez a melhor habitação para Adão e Eva, e para nós não é diferente. Ele quer nos dar o melhor desta terra, afinal tudo é para nós.

Todavia, percebemos também que Deus colocou regras naquele lugar. Primeiro, o homem deveria cultivar e guardar o jardim. Isso significa que ele deveria ter atitudes para manter belo e protegido o lugar. Aprendemos com essa ordenança que aquilo que Deus nos deu está sob nossa responsabilidade, sendo que nós devemos zelar para não perder. Isso diz respeito à nossa casa, nossa família, nosso trabalho e tudo o que estiver sob nosso uso.

A segunda ordenança era que não poderiam comer de dois tipos de árvores que haviam ali: a árvore da vida e do conhecimento do bem e do mal. Deus poderia colocar essas árvores em outro local, mas por que deixou elas bem no Éden, onde moravam o homem e a mulher? Para que eles aprendessem a obedecer e reconhecer a soberania de Deus. Apesar do Éden ser para eles e terem recebido o melhor lugar, Deus continuava sendo o dono e criador de tudo e deveria ser obedecido como Senhor.

Tudo o que Deus nos dá é para o nosso deleite, mas não pode ser um objeto de idolatria ou possessão. Tudo é d'Ele, e a obediência a Deus está acima de qualquer coisa ou situação. 

Por terem desobedecido, Deus os expulsou do jardim e nenhum homem jamais voltou a pisar aquele lugar (Gênesis 3:23-24). Assim acontece quando não valorizamos aquilo que Deus nos dá ou não damos glória a Ele por isso. Corremos o risco de perder .

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Fazendo morrer a carne para que o espírito seja vivificado

 Texto de referência: 2 Coríntios 4:10-18


A dicotomia entre corpo e espírito é algo presente em diversas partes da Bíblia. Nesta parte das Escrituras, encontramos o apóstolo Paulo abordando sobre os desafios presentes em se fazer morrer aquilo que é carnal. Segundo ele, o verdadeiro apóstolo leva em seu corpo o morrer de Jesus, esperando ver a vida d’Ele manifesta neste corpo mortificado.

Existe aqui então uma comparação entre a morte e a vida, entre corpo e espírito, entre as coisas desta vida e as da eternidade. Quando o nosso corpo morre para Jesus, a vida d’Ele se manifesta em nós. 

Esse morrer externo faz com que o nosso exterior se desvaneça, entretanto, faz com que o nosso interior se fortaleça e se renove diariamente, afinal, o foco do apóstolo não estava no que se via, o qual possui caráter temporal, mas no que não se via, pois este último era eterno.

O que percebemos aqui é que, quando fazemos morrer o nosso corpo, na verdade estamos nos enchendo de vida. Todavia, deixar a carne de lado não é fácil, afinal, somos frequentemente tentados a satisfazê-la, deixando de lado o espírito.

Deveria ser o contrário, afinal, as coisas dessa vida são temporais, enquanto as coisas eternas são o que de fato vão prevalecer. Deus espera de cada ser humano esse entendimento, de que quando abrimos mão da carne, abrimos espaço para Deus trabalhar em nosso interior. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Reconciliação e justificação


A vinda de Cristo nessa terra sem dúvida foi um presente para todos nós. Aprendemos muito com Jesus, o Deus que se encarnou para nos ensinar a viver melhor. Mas a principal missão de Jesus aqui foi a de morrer por nós na cruz do Calvário.

Essa morte nos trouxe duas dádivas, de graça, que são a reconciliação e a justificação.

A justificação é um termo judicial que vem do grego e significa "declarar justo". Isso significa que a nossa justificação indica que perante Deus fomos considerados perdoados pelos nossos pecados. Através de Jesus, Deus abonou as nossas culpas e rasgou a cédula de dívida que tínhamos com Ele. Mas isso não foi de graça, o preço foi a própria vida de Cristo. Ele carregou sobre si os nossos pecados e por isso fomos justificados.

A segunda dádiva é a reconciliação. Quando o homem pecou no jardim do Éden, isso trouxe uma separação entre Deus e o homem. Deus estava muito perto do homem, todos os dias eles se encontravam na viração do dia, mas a partir do pecado, com a expulsão do homem do Éden, o jardim de Deus, o pecado gerou separação entre Deus e o homem.

Era preciso então reconciliar. E a ponte para essa reconciliação foi Jesus. Quando Ele deu a sua vida naquela cruz em favor de todos nós, o véu que causava separação foi rasgado e fomos reconciliados com Deus.

Como filhos de Deus, podemos desfrutar de todas essas bênçãos, a justificação e a reconciliação.


sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O propósito dos milagres

Texto de referência: João 9:1-38


Dentre as diversas curas que Jesus realizou, Ele operou na vida de um homem cego de nascença. Não se sabe a idade dele, mas a Bíblia relata que ele era adulto. Para a cura dele, Jesus utilizou uma pequena lama resultante da mistura da sua saliva com a terra. Colocou essa mistura nos olhos do cego que imediatamente ficou curado.

Esse milagre gerou muita polêmica entre os fariseus, que por inveja criticavam a Jesus utilizando a desculpa de ser dia de sábado. Após longa discussão entre os judeus e o cego, Jesus o encontra e pergunta a ele:

"Crês tu no Filho de Deus?" (v.35).

Ele então perguntou a Jesus quem era Ele para que cresse. Jesus então responde:

"Já o tens visto, e é o que fala contigo."

Perceba que Jesus diz ao cego que ele estava vendo o próprio Filho de Deus.

Qual era o sentido do homem que havia sido curado? Justamente a visão, a qual agora possibilitava ao cego ver Jesus.

Isso dá total significado ao milagre que acabava de ser operado. Jesus curou o cego e agora com os olhos curados ele podia ver Jesus. Os nossos milagres não são em vão, mas são a estratégia de Deus para que conheçamos mais d'Ele. Quando Deus faz o impossível em nós é para que conheçamos o seu poder, não apenas para o nosso bem estar físico, mas também espiritual. Milagres devem nos aproximar mais de Deus, seja trazendo salvação para uma alma perdida ou intimidade com Deus, para aqueles que já são salvos.

O problema de algumas pessoas é que elas querem somente o milagre, mas não querem Aquele que operou o milagre. Através dos milagres, Deus quer agir por nós, para que depois Ele possa agir em nós. Basta que possamos abrir o coração como o cego fez. Naquele dia aquele cego não recebeu apenas a visão, mas recebeu também a oportunidade de ver o próprio Deus, através de Jesus.