sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Tentando tomar decisões para Deus

Texto de referência: Gênesis 16:1-6; 27


Muitos de nós recebemos promessas de Deus, e é maravilhoso quando as recebemos, todavia, mais maravilhoso ainda é quando elas se cumprem. Entretanto, sabemos que muitas promessas de Deus não se cumprem assim tão rápido quanto esperamos. Quando isso acontece, não há outra alternativa senão esperar.

O problema é que muitas pessoas não conseguem esperar e acabam tentando fazer, às próprias custas, a promessa se cumprir. Este foi o caso de duas mulheres da Bíblia, das quais eu falarei a seguir.

A primeira mulher é Sara, esposa de Abraão. Este homem tinha uma promessa de Deus de que ele geraria um filho a partir de Sara. Como o tempo se passou, e biologicamente era impossível Sara gerar um filho, ela teve a ideia de Abraão dormir com a sua serva para dela gerar um filho para eles. Uma espécie de "barriga de aluguel". Resultado: o plano não deu nada certo pois a serva começou a humilhar Sara, elas brigaram e o filho gerado não se tornou de Sara e Abraão, mas apenas de Abraão (com a serva, claro). Todavia quando Sara tinha noventa anos, ela gerou um filho, pois as promessas de Deus sempre se cumprem.

A segunda mulher foi a nora de Abraão, chamada Rebeca, que se casou com Isaque, o filho prometido de Abraão. Esse casal teve gêmeos, chamados Esaú e Jacó, e havia uma promessa de que Jacó que era o mais novo se tornaria maior do que Esaú, o primogênito. O tempo foi passando e Rebeca não via aquela promessa se cumprir, até que ela elaborou um plano para que Jacó se disfarçasse de Esaú e roubasse a bênção que lhe pertencia. Este plano também não deu certo, pois Jacó teve que fugir de Esaú que planejou matá-lo, e viveu por vinte anos longe de casa.

O que percebemos com ambas as histórias é que não adianta apressamos as promessas de Deus, pois Ele é soberano e sabe o tempo certo de todas elas se cumprirem. Quando recebemos uma promessa, nos resta confiar e esperar em Deus de que no tempo d'Ele elas se cumprirão.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

A família bagunçada de Jacó

Textos de referência: Gênesis 29:1-16;30:1-24.


Apesar de ter sido um grande homem de Deus, Jacó não teve um grande êxito quando o assunto é família. Embora ele tenha tido doze filhos, que se tornaram doze príncipes, os problemas familiares que esses filhos causaram também foram grandes.

As inconsistências familiares já tiveram início no casamento de Jacó, que teve duas mulheres, as quais disputavam entre si. Uma tinha filhos, a outra tinha o amor de Jacó. Isso gerava uma intensa disputa entre elas.

Nesse ambiente de conflitos nasceu os filhos de Jacó que cedo começaram a dar problemas ao pai. O mais velho dormiu com a concubina do pai. Dois dos seus filhos mataram à espada um vilarejo inteiro após saberem que sua irmã havia sido violentada. Por fim, os dez irmãos se uniram contra José, um dos filhos mais novos, e o venderam como escravo, mentindo ao pai, dizendo que ele havia sido morto.

Muitas pessoas são servos de Deus irrepreensíveis, mas não conseguem governar a sua própria família. Ao final de sua vida, Jacó se revelou um homem sofredor e talvez ele se enxergasse assim devido a tantos problemas familiares pelos quais passou.

A vida eterna é no céu, mas a nossa família está na terra, e é nosso dever cuidarmos dela com sabedoria, a fim de evitarmos grandes problemas, tais como Jacó enfrentou na sua.


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Quando Deus nos pede o nosso melhor como sacrifício

Texto de referência: Gênesis 22:1-18


Gênesis 22 é um capítulo que para muitas pessoas é difícil de ler. Ele narra a história de quando Deus provou Abraão lhe pedindo seu filho Isaque como sacrifício. Sempre li esse capítulo com uma dor por causa de Abraão, até que comecei a entender particularidades dessa história.

Primeiro, é importante destacar que essa história é uma analogia ao sacrifício de Cristo na cruz. A dor que Abraão sentiu ao saber que teria que sacrificar seu único filho é comparada à dor de Deus Pai ao sacrificar seu Filho Jesus na cruz. A diferença é que Abraão não viu seu filho morto, como Deus viu.

Segundo, Isaque não relutou ao saber que ele seria o holocausto. Ele poderia correr, tentar fugir de Abraão, mas permitiu seu pai o amarrar e colocá-lo no local do holocausto. Por semelhante modo, Jesus também não relutou, mas se ofereceu espontaneamente como sacrifício por cada um de nós.

Mas quando pensamos em Abraão, vemos que aquele homem não entendeu o pedido de Deus como um fardo, mas a todo momento a sua fala e o seu comportamento dão indícios de que ele tinha fé que Deus reverteria de alguma forma aquela situação.

Quando ele diz aos seus servos que eles iriam adorar e voltariam, percebemos que Abraão entendeu o pedido de Deus como uma entrega, que é o real significado da adoração. Quando Deus nos pede algo que tem valor para nós, ao Lhe entregarmos, estamos reverenciando Ele em adoração.

Quando Ele diz a Isaque que Deus proveria o cordeiro para o sacrifício, Ele demonstra que no fundo Ele acreditava que não era Isaque o real sacrifício, mas que Deus interviria naquela situação.

Abraão já tinha vivido experiências demais com Deus, no fundo Ele sabia que a promessa de Deus em lhe dar uma descendência se cumpriria. Abraão estava certo que ali não era o fim daquela história. Ele só não sabia como seria o final, mas ele tinha certeza que seria feliz.

E por isso Gênesis 22 não precisa ser lido com pesar, porque ali um grande homem de Deus nos deixou um dos maiores legados, o de que não precisamos temer quando Deus nos pede algo. Nós o entregamos em sinal de adoração, e nós podemos ter certeza de que aquilo que damos para Deus voltará para nós de modo multiplicado

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Jeroboão: o rei que não confiou em Deus

Textos de referência: 1 Reis 11:26-40; 12:25-33;


Jeroboão era um simples trabalhador braçal que se tornou rei de Israel. O sei Salomão, apesar de ser filho de Davi, não foi fiel a Deus como seu pai, pois influenciado pelas suas muitas mulheres estrangeiras, começou a adorar deuses pagãos.

Deus então manifestou juízo a Salomão, dizendo que o reino seria retirado das suas mãos e dado a outro homem, chamado Jeroboão, ficando com Salomão apenas a tribo de Judá.

Mas quem era Jeroboão? Filho de uma mulher viúva, Jeroboão provavelmente foi criado sem o pai, e teve que começar a trabalhar logo cedo. Por ser um homem forte e habilidoso, ele foi colocado como chefe dos trabalhos forçados do reino, todavia, Jeroboão não gostou muito do cargo e se rebelou contra o rei. Quando Salomão ficou sabendo que era exatamente Jeroboão que foi profetizado que reinaria em seu lugar, ele tentou matar Jeroboão, mas este fugiu para o Egito.

Após a morte de Salomão e deslizes no reinado do seu filho Roboão, o povo se rebelou e constituiu Jeroboão como rei sobre dez das doze tribos de Israel. A Jeroboão foi profetizado que, se ele servisse a Deus como Davi serviu, o seu reino seria estabelecido.

Todavia, após Jeroboão assumir o reino e experimentar o poder, ele teve medo de perder tudo aquilo e buscou impedir o povo de adorar a Deus em Jerusalém, estabelecendo um local de culto em Efraim, algo não ordenado e não aprovado por Deus. Além disso, ele colocou imagens de adoração, incentivando o povo à idolatria, a mesma causa que levou Salomão a perder o seu reino.

Por fim, o mesmo profeta que profetizou que Deus daria o reino a Jeroboão, profetizou que o reino seria tomado dele e que a sua descendência seria toda destruída. Jeroboão foi um rei escolhido por Deus, que tinha tudo para crescer, mas que não se lançou completamente ao Senhor e não confiou que Deus lhe firmaria no trono.

Da mesma forma, Deus tem colocado diante de nós reinos, Ele tem confiado a nós posições no mundo terreno e espiritual, mas muitas vezes não temos feito jus a essas posições e temos agido por conta própria, não confiando no Senhor, mas temendo perder as nossas posições. Deus nos chama a reinar, mas colocando-O como Rei Supremo, reinando sobre nós. Só assim, o que Ele nos confiou será firmado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

O perigo de olharmos apenas as aparências

Texto de referência: Gênesis 13:10-13


Há um ditado popular que diz: "As aparências enganam". De fato, apenas aparências não revelam tudo o que pode estar por trás de alguma coisa. 

Quando Deus ordenou a Samuel ir até à casa de Jessé para ungir um rei dentre os seus filhos, o profeta achou que Deus escolheria Eliabe, o primogênito, por ser alto, forte e ter uma aparência imponente. Mas Deus alertou a Samuel que Ele não olha para as aparências, mas olha o coração.

Outro personagem bíblico que olhou a aparência de algo foi Ló, sobrinho de Abraão. Quando eles tiveram que se separar devido a desentendimentos dos seus pastores, Abraão deu a Ló a oportunidade de escolher o local para onde ele queria ir. Ló, olhando para as campinas do Jordão, ao oriente, e vendo que elas eram bem regadas, resolveu escolhê-las.

Entretanto, ele não sabia que próximo ao local, na cidade de Sodoma, moravam pessoas perversas, que eram grandes pecadoras. Mais tarde, devido a maldade em Sodoma e Gomorra (cidade vizinha à Sodoma) ser muita, Deus resolveu destruir completamente as cidades e arredores, destruindo inclusive as campinas belas e regadas, que atraíram Ló para o local.

Toda a riqueza de Ló foi destruída porque ele escolheu o local errado. Se as nossas decisões se basearem apenas nas aparências e não no que o Senhor quer para nós, corremos o risco de perdermos tudo, como Ló perdeu. Para não sermos confundidos pelas aparências, devemos buscar a direção do Senhor antes de tomarmos as nossas decisões.


segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Sendo poderoso e utilizando nossa influência para o bem

"Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do Senhor ; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor . O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar." Gênesis 10:8‭-‬10

O princípio das genealogias na Bíblia aponta muitas histórias interessantes, uma delas é a história de Ninrode, um descendente de Cam, filho de Noé.

Após o dilúvio, a humanidade voltou a ser novamente formada. A terra precisava ser povoada, haja vista todos os homens (exceto Noé e sua família) terem sido destruídos pelo dilúvio.

É nesse contexto que nasce Ninrode, um homem descrito na Bíblia como muito poderoso na terra e um valente caçador. Não se tem muitas informações sobre Ninrode, mas outro fato também interessante sobre ele é que Ninrode foi o fundador do reino de Babel, o qual futuramente se tornaria a Babilônia.

A história de Babel muitos conhecem. Um grupo de pessoas começou a construir uma torre, a qual foi desenhada para chegar até o céu e unir aquele povo para que jamais se separassem.

Essas idéias contrariavam a ordem do Senhor de que os povos da terra deveriam se espalhar pela terra. Além disso, Deus viu na construção da torre de Babel uma ideia arrogante, elaborada com o intuito de exaltar a pessoa humana, e não para exaltar a Deus. No final da história, Deus mandou confundir as pessoas que estavam construindo a torre, colocando várias línguas entre elas, de forma que não se entendiam, e tiveram que interromper a construção.

A Bíblia não diz claramente o papel de Ninrode na construção da torre de Babel, mas por ele ter sido o fundador do reino e ter sido descrito como um homem poderoso, acredita-se que ele tenha sido um dos idealizadores da torre de Babel.

A reflexão que a vida de Ninrode traz para nós é que devemos ter cuidado com a forma que utilizamos o poder que conquistamos. Ninrode poderia ter construído grandes cidades, mas ter um coração humilde e pacífico.

Mas ele escolheu ser poderoso e utilizar essa qualidade para o mal. Dá para sermos pessoas influentes e com temor a Deus. A Bíblia diz que a descendência do justo será poderosa na terra (Salmos 112:2). A diferença é que Deus quer que sejamos poderosos e utilizemos essa influência não para o mal, mas para o bem.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

A oferta de Caim: o que você tem ofertado a Deus é o seu melhor?

Texto de referência: Gênesis 4:3-5


A história de Caim na Bíblia é resumida a um capítulo. Apesar disso, ele é conhecido por quase todos que sabem algo sobre a Bíblia e citado em outras partes também, inclusive no Novo Testamento.

Caim foi gerado com o auxílio do Senhor, assim disse a sua mãe Eva quando o concebeu (Gênesis 4:1). Ele cuidava da terra como um lavrador. Quando já era adulto, um certo dia, Caim trouxe da sua terra uma oferta ao Senhor. Não se sabe o que era a oferta, mas sabemos de um detalhe, Deus não se agradou da oferta dele.

A Bíblia não retrata com detalhes porque o Senhor não se agradou da oferta de Caim, mas logo em seguida diz porque se agradou da oferta do seu irmão Abel, que também havia trazido ao Senhor. É porque a oferta de Abel veio das primícias do seu rebanho, isto é, Abel trouxe o melhor do seu trabalho para Deus.

Quando Deus regulamenta a prática da oferta ao Seu povo Ele é claro ao dizer que Ele observa aquilo que é ofertado. O livro de Levíticos aborda em diversas partes acerca de como seriam as ofertas do povo para Deus. Tudo foi explicado pelo Senhor, tanto na questão da oferta de bolos e pães, como na oferta de animais imolados. Neste último, há uma observação, os animais deveriam ser sem nenhum defeito.

Isso nos mostra que provavelmente Caim ofertou a Deus alguma coisa que não era o seu melhor. O restante da história nós conhecemos. Por ter Deus desagradado da oferta de Caim, ele ficou irado, matou seu irmão Abel e saiu da presença do Senhor. Caim, aquele que foi gerado com o auxílio do Senhor não se manteve na presença d'Ele, tanto porque não deu o seu melhor pra Deus, quanto porque não aceitou quando foi repreendido por Ele.

O que temos ofertado para Deus? É o nosso melhor? Ou temos trazido uma oferta qualquer? Apesar do Senhor se agradar das nossas ofertas, Ele se agrada muito mais de um coração entregue a Ele. Pois quando somos totalmente do Senhor, automaticamente damos a Ele o nosso melhor.


sábado, 3 de setembro de 2022

Obedecer é a chave para o cumprimento da promessa

"Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa." Hebreus 10:36


Vivemos dias onde tudo o que mais ouvimos falar é acerca de promessas. Todos nós temos promessas vindas de Deus, pois Deus é um Deus de promessas. Mas Ele não apenas faz promessas, Ele também as cumpre. A Bíblia diz que nenhuma das suas boas promessas feitas ao povo de Israel caíram por terra, todas foram cumpridas (Josué 21:45).

Amamos ler sobre isso, e não estamos errados, pois esta é a verdade. Todavia, muitas vezes nos esquecemos que a Bíblia é um livro escrito em conjunto. Desde Gênesis a Apocalipse, os seus livros estão interligados e uma palavra não está desconectada da outra.

Dessa forma, não podemos ler apenas os versículos das promessas, esquecendo que existem outros que nos falam acerca de outros assuntos. O que quero dizer é que não podemos querer apenas receber as promessas, sem cumprir a parte da Bíblia que nos faz ordenanças.

Se recebemos os versículos que nos fazem promessas de vitória, precisamos receber com a mesma alegria os versículos que nos pedem obediência. As promessas de Deus para nós estão condicionadas a uma vida de obediência à sua palavra.

Foi assim com Abraão. Isaque não foi gerado enquanto Abraão não consertou a sua vida perante Deus. O versículo de referência de hoje é claro ao dizer que, quando fazemos a vontade de Deus alcançamos as promessas. Se isso não for uma verdade para nós, vamos nos cansar de fazer campanhas e clamores, pois Deus não deixará de cumprir a sua palavra, tanto para bênção quanto para as suas ordenanças. 


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

As lições que aprendemos com a criação do homem

Texto de referência: Gênesis 2:4-15


Na criação da terra descrita em Gênesis, lemos que a formação do homem foi a última coisa que Deus criou. Primeiro, Deus preparou toda a terra, criando os seres espaciais, as plantas e os animais, para que o homem tivesse toda uma estrutura para viver.

A formação do homem foi a principal obra da criação, e isso fica claro quando Deus ordena que o homem domine sobre os demais elementos criados, plantas e animais. O ápice da criação foi a formação do homem.

O homem (quando digo homem me refiro ao gênero feminino e masculino) foi criado para dominar. Essa é a primeira incumbência do homem na terra, dominar sobre toda a criação (Gênesis 1:28). Infelizmente o que temos visto não é isso, mas nos dia atuais, temos vistos homens e mulheres submissas, que não se posicionam em usar a autoridade para o qual foram criados.

Outra função dada por Deus ao homem foi a de cultivar a terra (Gênesis 2:15). Deus só estabeleceu as plantas quando criou o homem para lavrar o solo. Cultivar a terra fala sobre o trabalho, haja vista no princípio a única atividade laboral ser a agricultura. Deus criou o homem para trabalhar e a ociosidade não é o plano de Deus para nós.

Por fim, Deus criou o homem para guardar a terra (Gênesis 2:15).Guardar a terra implica cuidar dela. A terra não foi feita apenas para nosso desfrute, mas também é necessário cuidarmos dela por ser o nosso lar. Preservar o meio ambiente e cuidar dos seres vivos é obrigação do homem e muitos desastres naturais que temos presenciado são resultados dessa negligência da nossa parte.

Autoridade, trabalho e cuidado. Essas três palavras resumem aquilo que Deus nos constituiu para fazermos nessa terra. Quando andamos sob esses pilares estamos cumprindo as ordenanças de Deus.