quarta-feira, 30 de novembro de 2022

A força do homem é inútil comparada à força do Senhor

 Texto de referência: Juízes 7


Existe uma história na Bíblia que nos impressiona, que é a história de Gideão. Gideão foi um juiz de Israel que julgou o povo durante um período muito duro da história deles, onde eles enfrentavam a opressão do povo midianita. Eles estavam vivendo debaixo de forte escravidão, em que tudo o que o povo plantava os midianitas vinham e destruíam.

Quando o povo clamou ao Senhor, Ele prometeu intervir através de Gideão. Após chamá-lo e Gideão tentar se esquivar, finalmente ele decide confiar em Deus. Gideão ouve a voz de Deus e inicia-se a peleja. Entretanto, havia uma prova para Gideão e o povo enfrentarem. Dentre os trinta e dois mil combatentes que se apresentaram para a batalha, Deus escolheu apenas trezentos.

E a justificativa para isso foi dada pelo próprio Deus. "Disse o Senhor a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou" (Juízes 7:2).

Deus queria agir através destes trezentos homens, pois com esse quantitativo, seria humanamente impossível Israel dizer que poderia vencer. Mas eles venceriam, então a única explicação para a vitória seria pelo poder de Deus.

Ao final da história, Deus agiu em favor do povo, pois houve uma confusão no meio midianita, que se desequilibrou totalmente, vindo a correr e a gritar apenas com o barulho das trombetas que o povo tocava e os cântaros que eles quebravam.

Os midianitas começaram a fugir e os israelitas foram atrás e os derrotaram. E isso tendo apenas trezentos homens para o combate. Essa história nos ensina que Deus não necessita de armas humanas quando quer conceder a vitória a alguém.

Isso não significa que seja errado utilizar estratégias humanas em nossas batalhas, mas que não devemos nos apoiar nelas como se fossem a nossa única ou melhor opção. O salmista disse que o socorro dele vinha do alto (Salmos 121:1). Mesmo que venhamos a batalhar, a honra da vitória é de Deus, pois sem Ele nada podemos fazer.

Quanto mais impossível é uma situação, mais Deus se agrada em agir, pois a nossa carne sempre irá querer puxar um pouco do mérito para si, mas existem determinadas situações que não há como não atribuir a vitória a Deus, e foi isso que o Senhor provocou na batalha de Gideão. 

Ele fez questão de colocar o povo em uma situação que de forma alguma eles poderiam atribuir essa vitória a eles próprios. Quando enfrentarmos qualquer batalha, que possamos sempre dar a honra da vitória a Deus e que jamais venhamos a querer glória para nós. "Não a nós, Senhor , não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.

Salmos 115:1"

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Josué: o líder que fez o povo entrar na terra prometida

Chamou Moisés a Josué e lhe disse na presença de todo o Israel: Sê forte e corajoso; porque, com este povo, entrarás na terra que o Senhor , sob juramento, prometeu dar a teus pais; e tu os farás herdá-la. Deuteronômio 31:7


Josué foi um grande líder em Israel. Após a morte de Moisés ele passou a liderar o povo de Deus até a entrada até a terra prometida. Antes de assumir o seu posto de líder, Josué foi preparado por Deus. Ele foi um grande guerreiro que esteve à frente de algumas batalhas que os israelitas enfrentaram. Tudo isso era uma forma de Deus prepará-lo para as diversas batalhas que ele enfrentaria quando fosse o líder.

Josué também teve algumas experiências com Deus. Quando Moisés subiu ao Monte Sinai para ouvir de Deus os mandamentos, Josué subiu com ele (Êxodo 24:13). Ele também esteve com Moisés na tenda da congregação, onde Moisés ouvia Deus falar com ele face a face, e Josué não se afastava da tenda onde Deus estava (Êxodo 33:11). Isso indica o nível de desejo que Josué tinha por Deus.

Todos esses fatores prepararam Josué para se tornar o grande líder que ele foi. As batalhas enfrentadas anteriormente fizeram com que ele tivesse forças para vencer os trinta e um reis que ele venceu na conquista da terra prometida.

O nível de adoração que ele tinha com Deus fizeram com que ele tivesse a intimidade e confiança necessárias para vencer os diversos obstáculos que vieram ao seu caminho. 

A vida de Josué é um exemplo para nós. Não apenas um grande guerreiro, Josué foi também um grande adorador.


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Somos abençoados. E de quem é a glória?

Texto de referência: Isaías 60


O capítulo 60 do livro de Isaías se lido com atenção é um bálsamo para a alma de qualquer um. Se em outras partes desse livro existem muitas mensagens de juízo ao povo de Deus, quando lemos o capítulo 60 só vemos palavras de bênção. Na verdade, muito mais do que palavras de bênção, vemos palavras de glória.

Já no primeiro versículo, o Senhor diz: "Levanta-te e resplandece!" Em todo o texto encontramos mensagens de glória, júbilo e riquezas. Uma mensagem aparentemente ideal para quando precisamos de uma "palavra de vitória".

Entretanto, quando mergulhamos mais profundamente nos versículos, percebemos que na verdade, existem muitas promessas a Israel, mas todas as vezes que o capítulo se refere a alguma glória, esta é do Senhor (ver versículos 1, 7, 13 e 19).

Toda a abundância que aquele povo iria experimentar não vinha de outro senão de Deus. Tudo vinha d'Ele, para glória do nome d'Ele! A Bíblia diz que Jesus é o Rei da Glória. O Senhor ainda nos diz que a Sua glória ele não dará a outro. Ora, por mais abençoados que sejamos, glória de fato somente um é digno de receber: o Senhor!

Assim, concluímos que, apesar do capítulo 60 ser um texto que contém muitas promessas, tudo converge para o Senhor. Nada do que recebemos vem de nós, e nada é para o nosso nome ser exaltado, mas o nome d'Ele! Ao Senhor seja a glória por tudo, hoje e sempre.


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Jericó e Ai: as consequências da obediência e desobediência

Textos de referência: Josué 6 e 7


Quando o povo de Deus iniciou o seu processo de entrada na terra prometida teve que vencer diversas nações inimigas. Um dos primeiros territórios a ser vencido foi Jericó. Era uma cidade grande e bem estabelecida, rodeada por uma grande muralha que a protegia dos adversários. Mas não adiantou nenhuma das suas fortalezas, pois o Senhor já havia estabelecido que Israel venceria Jericó.

Dessa forma aconteceu. Eles rodearam a cidade por sete dias, e no sétimo as muralhas caíram. Mas antes desse fato, o povo se santificou, circuncidou-se e celebrou a Páscoa, tudo obedecendo aos mandamentos do Senhor. Por estarem em estrita obediência, o Senhor deu-lhes a vitória.

Após a tomada de Jericó, a próxima nação a ser tomada era Aí. Como haviam acabado de ver uma derrota espetacular de Jericó, os israelitas estavam muito confiantes e até enviaram menos combatentes a Aí, por ser uma nação menor. Mas o resultado foi desastroso, o povo foi derrotado e teve que fugir.

Ao questionarem ao Senhor pelo motivo da derrota, descobriram que ela sobreveio devido a uma desobediência de um dos combatentes - chamado Acã, que furtou objetos valiosos para si, algo proibido por Deus. Se da primeira batalha eles obtiveram vitória pela estrita obediência, dessa vez eles foram derrotados por um pequeno ato de desobediência, de apenas uma pessoa.

Essas duas histórias servem para nos mostrar os caminhos de Deus. A obediência a Ele deve ser total para o recebimento das promessas. As coisas de Deus são sérias e Ele exige de nós total comprometimento com elas. Se as bênçãos estão condicionadas à obediência, significa que a falta desta impede aquelas. Sejamos obedientes a Deus em tudo, e receberemos o tudo d'Ele para nós.


quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Você precisa ver para crer?

Bem-aventurados os que não viram e creram. João 20:29


Vivemos em um mundo onde tudo se tornou muito relativo. Diz uma canção que: "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia". De fato, o hoje não será igual o ontem e nem o amanhã. As gerações mudam, as ideias mudam, mas existe alguém que não muda e jamais mudará: o Senhor Jesus. A Bíblia nos afirma que Ele é o mesmo, em qualquer época (Hebreus 13:8).

Isso nos traz conforto, pois sabemos que não importa se tudo mudar, Jesus permanecerá sempre o mesmo.

Quando Jesus ressuscitou, Ele não apareceu de imediato. Primeiro um anjo apareceu e disse às mulheres o que havia ocorrido. Elas creram e correram a anunciar aos discípulos. Estes não creram, pelo contrário, acharam que elas deliravam. Jesus então apareceu a eles, e agora, vendo Ele em própria pessoa, acreditaram. Jesus ao vê-los, repreendeu-lhes a incredulidade.

Mas neste dia faltava um dos discípulos, que era Tomé. Este, nem ouvindo o relato de dez homens, acreditou que Jesus estivesse vivo. Pelo contrário, disse que só creria ao tocar nos cravos das suas mãos. Jesus logo tratou de aparecer também a Tomé e lhe mostrar seus cravos. Mas Jesus também repreendeu a incredulidade de Tomé, dizendo que aqueles que não viram, mas creram eram muito abençoados.

Apesar de não podermos ver Jesus em pessoa, como todos daquela época tiveram a oportunidade, cremos em tudo o que Ele fez. Cremos que da mesma forma que Ele operou, ele pode operar também nos nossos tempos. Jesus não mudou, o seu poder também não e a sua vontade de operar milagres menos ainda.

Bem aventurados os que não viram e creram. Hoje nós temos a oportunidade de sermos diferentes de Tomé, crer no que Jesus pode fazer, mesmo sem vê-Lo em pessoa. Crer que Ele pode nos tocar, mesmo sem sentir o seu toque físico. Os que não vêem, mas crêem recebem a bênção, pois esta lhes é imputada por fé.


sábado, 12 de novembro de 2022

O que os personagens da Bíblia José e Davi têm de semelhante?

Textos de referência: Gênesis 37:5-8; 41:39-43; 1 Samuel 16:1;13: 2 Samuel 5:4-5


José do Egito e o rei Davi são personagens da Bíblia que fazem parte da história do povo de Deus. Certamente quem não conhece um, conhece o outro, ou talvez muitos conheçam a história de ambos. Ao ler a história destes dois personagens comecei a pensar que existem diversas semelhanças entre eles.

Tanto José quanto Davi receberam uma promessa quando ainda eram muito jovens. Aos dezessete anos José sonhou que sua família se prostraria perante ele. Davi, ainda bastante jovem (estima-se que aproximadamente aos quinze anos) foi ungido rei de Israel.

Ambos os personagens não viram suas promessas se cumprirem imediatamente. Pelo contrário, José teve que esperar por 13 anos, pois se tornou governador aos trinta anos. Davi, por coincidência também se tornou rei aos trinta anos, mas o seu tempo de espera foi maior - aproximadamente 15 anos.

José e Davi enfrentaram muitas dificuldades durante esse processo. José foi vendido como escravo, acusado falsamente de trair o seu patrão e preso injustamente. Davi foi perseguido por Saul, fugiu da morte várias vezes, foi afastado de sua família para viver como fugitivo, passou fome e necessidade, teve que fingir-se de louco para sobreviver e precisou abrigar-se em território inimigo.

Todavia, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, ambos permaneceram fiéis até o fim e receberam o cumprimento das promessas. José se tornou governador do Egito, o segundo homem mais importante da nação. Além disso,viu cumprir-se o sonho que teve ao ver seus irmãos indo até ele em busca de mantimento. Por fim, teve sua família restituída, tanto com seus irmãos quanto com seu pai.

Davi se tornou o mais importante rei de Israel. Em seu governo, o povo de Deus ganhou muitas batalhas e foi próspero.

Diante de todas essas constatações percebemos que Davi e José têm muitas coisas em comum, e que a vida deles tem muito a nos ensinar.


terça-feira, 1 de novembro de 2022

Abinadabe e Obede-Edom

Textos de referência: 1 Samuel 7:1; 2 Samuel 6:1-11


Como já expliquei em vários artigos do blog, a Arca da aliança era um símbolo do antigo testamento que representava a presença de Deus (Leia mais sobre esse assunto em: https://santidadenapalavra.blogspot.com/2020/11/a-presenca-do-senhor.html?m=1). Era uma maneira do povo sentir Deus mais perto deles. Hoje, não precisamos de nenhum objeto para representar a presença de Deus entre nós, pois esta nos é outorgada pelo Espírito Santo que habita em nós. O Espírito testifica dentro de nós que o Senhor está conosco.

A arca ficava no tabernáculo que Moisés construiu por ordem de Deus. Após a chegada do povo a Canaã e após a morte de Josué, o povo se corrompeu muito e a Arca foi perdendo o sentido entre o povo, que já não a tratava com a devida reverência. Em meio a tudo isso, em certa batalha de israelitas contra filisteus a Arca foi roubada e levada ao território inimigo. Após o juízo de Deus contra os filisteus por terem roubado a arca, eles a devolveram e ela ficou na casa de Abinadabe, sob os cuidados do seu filho Eleazar. Sabe-se que a Arca ficou por mais de vinte anos nesse lugar. Mas essa história termina aí. Nada se falou sobre o que aconteceu com Abinadabe após a chegada da Arca em sua casa.

Cerca de sessenta anos mais tarde, o rei Davi tem em seu coração o desejo de trazer a Arca da aliança de volta e colocá-la novamente no tabernáculo. Agora, ela estava aos cuidados dos dois filhos de Abinadabe, Uzá e Aiô. No meio do caminho, Uzá comete uma irreverência tocando na Arca, e é imediatamente morto.

Davi então desanima em levar a Arca para perto de si e elege Obede-Edom, um homem geteu, para durante três meses para cuidar dela. As escrituras relatam que toda a casa e tudo o que o Obede-Edom tinha foi abençoado pela presença da Arca em sua casa. Os filhos de Obede-Edom futuramente se tornaram auxiliares no templo que Salomão construiu.

Essa história nos mostra as semelhanças e diferenças entre esses dois homens - Abinadabe e Obede-Edom. Apesar de ambos terem abrigado em seus lares a arca, o destino final dos dois não foi o mesmo. Apesar de ter ficado cerca de sessenta anos em seu território, nada se sabe sobre Abinadabe e sua família, no quesito terem sido abençoados pela presença da Arca em sua casa.

Já para Obede-Edom, bastaram apenas três meses para que ele e toda a sua família fossem abençoados pela presença da Arca em seu lar.

O filho de Abinadabe morreu por ter sido irreverente com a Arca. Os filhos de Obede-Edom foram abençoados e herdaram posições no templo do Senhor.

Apesar de ambos terem tido a mesma oportunidade, um deles não soube aproveitá-la da melhor forma. Será que temos aproveitado a presença de Deus entre nós ou estamos sendo irreverentes como foi Uzá? Nunca houve tantas manifestações de que Deus está conosco como agora. Temos aproveitado essa bênção ou estamos deixando ela passar?

A presença de Deus entre nós faz milagres. Cabe a nós sermos abençoados por ela, como foi Obede-Edom.