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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Abinadabe e Obede-Edom

Textos de referência: 1 Samuel 7:1; 2 Samuel 6:1-11


Como já expliquei em vários artigos do blog, a Arca da aliança era um símbolo do antigo testamento que representava a presença de Deus (Leia mais sobre esse assunto em: https://santidadenapalavra.blogspot.com/2020/11/a-presenca-do-senhor.html?m=1). Era uma maneira do povo sentir Deus mais perto deles. Hoje, não precisamos de nenhum objeto para representar a presença de Deus entre nós, pois esta nos é outorgada pelo Espírito Santo que habita em nós. O Espírito testifica dentro de nós que o Senhor está conosco.

A arca ficava no tabernáculo que Moisés construiu por ordem de Deus. Após a chegada do povo a Canaã e após a morte de Josué, o povo se corrompeu muito e a Arca foi perdendo o sentido entre o povo, que já não a tratava com a devida reverência. Em meio a tudo isso, em certa batalha de israelitas contra filisteus a Arca foi roubada e levada ao território inimigo. Após o juízo de Deus contra os filisteus por terem roubado a arca, eles a devolveram e ela ficou na casa de Abinadabe, sob os cuidados do seu filho Eleazar. Sabe-se que a Arca ficou por mais de vinte anos nesse lugar. Mas essa história termina aí. Nada se falou sobre o que aconteceu com Abinadabe após a chegada da Arca em sua casa.

Cerca de sessenta anos mais tarde, o rei Davi tem em seu coração o desejo de trazer a Arca da aliança de volta e colocá-la novamente no tabernáculo. Agora, ela estava aos cuidados dos dois filhos de Abinadabe, Uzá e Aiô. No meio do caminho, Uzá comete uma irreverência tocando na Arca, e é imediatamente morto.

Davi então desanima em levar a Arca para perto de si e elege Obede-Edom, um homem geteu, para durante três meses para cuidar dela. As escrituras relatam que toda a casa e tudo o que o Obede-Edom tinha foi abençoado pela presença da Arca em sua casa. Os filhos de Obede-Edom futuramente se tornaram auxiliares no templo que Salomão construiu.

Essa história nos mostra as semelhanças e diferenças entre esses dois homens - Abinadabe e Obede-Edom. Apesar de ambos terem abrigado em seus lares a arca, o destino final dos dois não foi o mesmo. Apesar de ter ficado cerca de sessenta anos em seu território, nada se sabe sobre Abinadabe e sua família, no quesito terem sido abençoados pela presença da Arca em sua casa.

Já para Obede-Edom, bastaram apenas três meses para que ele e toda a sua família fossem abençoados pela presença da Arca em seu lar.

O filho de Abinadabe morreu por ter sido irreverente com a Arca. Os filhos de Obede-Edom foram abençoados e herdaram posições no templo do Senhor.

Apesar de ambos terem tido a mesma oportunidade, um deles não soube aproveitá-la da melhor forma. Será que temos aproveitado a presença de Deus entre nós ou estamos sendo irreverentes como foi Uzá? Nunca houve tantas manifestações de que Deus está conosco como agora. Temos aproveitado essa bênção ou estamos deixando ela passar?

A presença de Deus entre nós faz milagres. Cabe a nós sermos abençoados por ela, como foi Obede-Edom.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

A presença de Deus entre nós

"E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles." Apocalipse 21:3


Em Apocalipse 21:3 nos diz que uma voz vinha do trono para dizer que o tabernáculo de Deus estava com os homens, pois Deus agora habitava com eles. Mais adiante, no versículo 22 diz que na Jerusalém celestial não havia santuário pois o Senhor Deus era o santuário deles.

Resumindo o que diz ambos os textos, podemos perceber que a nova vida que o Senhor nos promete é permeada pela presença viva e real d'Ele entre nós.

Estamos acostumados a pensar o Apocalipse como referente às coisas que ainda estão por vir. Entretanto, as revelações que este livro nos traz não se remetem apenas ao futuro, após a volta de Jesus. Muito do que lemos neste livro podemos viver também agora.

Uma dessas coisas é a presença de Deus entre nós. Não precisamos esperar a volta de Jesus para vivermos a presença de Deus real e constante em nós. Apesar de não podermos vê-Lo como O veremos no céu (1 Coríntios 13:12), podemos andar com Ele a todo momento, desfrutando com abundância da Sua presença.

Claro que existe uma expectativa pela volta de Jesus. A igreja clama por esse encontro com o Noivo. Mas até que isso aconteça, podemos desfrutar plenamente da Sua companhia. O livro do Apocalipse nos mostra essa verdade.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Vivendo uma vida (com Deus) abundante

 Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.  Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber. Salmos 36:7‭-‬8


Temos vivido dias difíceis onde o TER se sobrepõe ao SER. Diariamente somos bombardeados com mensagens midiáticas que nos impulsionam a comprar coisas que muitas vezes nem necessitamos, somente para sermos socialmente aceitos. Nesse contexto, na expectativa de termos cada vez mais, passamos a olhar para a Palavra de Deus com foco apenas na prosperidade material, esquecendo-nos das demais coisas.

O versículo de referência dessa mensagem nos convida a uma vida abundante. Primeiramente, ele faz referência a uma abundância que há em Deus, depois nos convida a beber em um rio de Deus onde há delícias. Quando o nosso foco está no material passamos a pensar nessa abundância apenas para esse contexto.

Mas quando meditamos profundamente na Palavra de Deus descobrimos que existe algo muito maior, que não se limita aos aspectos materiais.

Em Isaías 55:2 o Senhor nos convida a não gastarmos o nosso dinheiro em coisas que não nos satisfazem, mas nos aproximarmos de Deus e ouvi-Lo, para comermos de finos manjares. Quando lemos todo o capítulo, percebemos que esse banquete oferecido por Deus não é material, mas espiritual, pois se trata de uma vida de arrependimento sincero.

E assim, vamos saindo do foco de abundância material para apreciarmos outro tipo de plenitude: a de uma vida debaixo da Palavra de Deus. Esse pensamento se torna ainda mais nítido quando Jesus no sermão do monte afirma que aqueles que têm fome e sede de justiça serão completamente satisfeitos. Dessa forma, percebemos que somos realmente plenos, ou seja, completos, quando fazemos a vontade do Senhor.

É a mesma sociedade que nos impulsiona a comprar que nos diz que existem coisas que o dinheiro não compra. De fato, existem muitas coisas e uma delas é a presença de Deus conosco, pois esta só pode ser alcançada quando vivemos em obediência. Não é errado desejar uma vida material abundante, mas o nosso maior desejo deve ser a abundância da presença de Deus, e assim todas as demais coisas também virão até nós.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Josué: o homem que não se afastava da presença de Deus

 "O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo. Depois Moisés voltava ao acampamento; mas Josué, filho de Num, que lhe servia como auxiliar, não se afastava da tenda." Êxodo 33:11


A história de Josué começa mesmo antes do seu nascimento, quando é contado sobre o seu antepassado, Berias, um homem que nasceu em um período de dificuldade na família, e cuja vinda não foi celebrada. Josué nasceu dessa linhagem. O seu nome a princípio era Oséias, que significa "salvo", mas depois passou a se chamar Josué, cujo significado é "o Senhor salva". A mudança do nome de Josué indica o que ele seria dali por diante, o homem usado pelo Senhor para fazer o povo entrar na terra prometida.

Em sua juventude, Josué viveu no Egito, como escravo, vivenciando na própria pele o sofrimento do povo de Israel. Ele também presenciou as dez pragas e a abertura do mar vermelho. Mas foi no deserto que o ministério de Josué se iniciou de fato. Ele estava sempre com Moisés, que confiava a ele as batalhas contra adversários do povo. Josué se tornou um grande guerreiro, habilidade que lhe foi muito útil na entrada à terra prometida, pois Josué venceu mais de trinta reais em combates.

Mas a vida vitoriosa de Josué era marcada por um fato, ele não se afastava da tenda da congregação, lugar onde Deus falava ao povo e manifestava a Sua presença. Diante dessa revelação bíblica, podemos inferir que Josué era um homem sedento pela presença de Deus e que buscava estar sempre perto d'Ele. Essa intimidade levou Josué a ter fé e coragem necessárias para ele vencer as batalhas necessárias para entrar na terra prometida.

A história de Josué é para nós um exemplo. Como ele, Deus nos coloca à frente de muitos desafios, que requerem de nós força e coragem para vencê-los. Deus não poupou Josué dos diversos reinos que ele enfrentaria, pois sabia que ele estava preparado para lutar contra eles e vencê-los. Essa preparação não ocorreu da noite para o dia, mas foi resultado de toda uma vida de Josué dedicada ao Senhor. Deus espera também de nós coragem para vencer os obstáculos e dedicação para não nos afastarmos da presença d'Ele. Como foi com Josué, também teremos a vitória.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Quando somos de Deus, Ele opera em nosso favor

"para que tudo se confirme, para que o teu nome seja engrandecido para sempre e os homens digam: ‘O SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, é Deus para Israel!’ E a descendência de teu servo Davi se manterá firme diante de ti." 1 Crônicas 17:24


Esse trecho da Bíblia foi dito por Davi quando ele engrandeceu a Deus acerca do que Deus havia dito a ele, de que estabeleceria o seu reino para sempre. Conforme disse Davi, o cuidado de Deus para com o seu povo, dando a eles um reinado sólido, engrandeceria o nome do Senhor, pois os homens reconheceriam que o Senhor dos Exércitos era Deus de Israel e Deus para Israel.

Perceba que há uma diferença sutil entre essas duas expressões. Na primeira, nós temos um Deus que é do povo, e na segunda, nós temos um Deus que é para o povo.

A primeira expressão, Deus de Israel, remete ao pertencimento do povo ao Senhor. Ser o Deus de Israel significa que o povo pertencia a Deus. Ele era o Senhor do seu povo. Pertencer a Deus significa ser sua propriedade exclusiva. Isso só é possível quando a nossa vida está totalmente entregue a Ele, não superficialmente, mas verdadeiramente. Uma vida entregue a Deus se solidifica quando Ele passa a fazer parte da nossa intimidade, quando Ele está presente nas coisas mais pequenas da nossa vida. 

Convidar a Deus para tomar café conosco, para estar conosco enquanto lavamos a louça ou tomamos banho não é ser louco ou fanático, mas desejar que Ele faça parte da nossa vida como um todo. Muitas pessoas têm selecionado as áreas da sua vida as quais desejam que Deus faça parte, pois em outras elas não desejam ter o Senhor envolvido. Mas quem age assim engana-se a si mesmo, pois ou temos o Senhor em todas as áreas da nossa vida, ou não o temos. Deus não se contenta com metade de nós. Entregar uma parte da nossa vida para Ele, no fundo significa não entregar nada. Foi o próprio Jesus quem disse que não podemos servir a dois senhores (Mateus 6:24).

A segunda expressão diz que Deus é para Israel. Nessa expressão a ênfase está na palavra para. Quando Davi diz que Deus é para Israel, ele se refere a um Deus que age em favor de Israel. Em toda a caminhada do povo de Deus, vemos como o Senhor agiu em favor daquele povo, guerreando em favor deles, e lhes dando a vitória em diversas situações.

Mas essa segunda expressão está relacionada à primeira, isto é, quando a nossa vida está entregue a Deus, ele age em nosso favor. Israel só poderia dizer que Deus era por eles, se eles fossem de Deus. Uma vida entregue a Deus abre caminhos para que o Senhor opere nesta vida. Só experimentaremos o favor do Senhor se a nossa vida estiver unida ao coração de Deus. Aí sim, poderemos dizer: Deus é por mim!


domingo, 11 de julho de 2021

O impacto da presença de Deus: a história de Obede-Edom

Texto de referência: 2 Samuel 6:10-12


Não se sabia nada a respeito de Obede-Edom até o dia em que aquele homem teve o privilégio de receber a Arca da Aliança em sua própria casa. Na verdade, ela estava seguindo para a cidade do rei Davi, mas após a morte súbita de um dos homens que carregavam a Arca, Davi temeu levá-la para perto de si e acabou deixando-a por três meses na casa desse homem.

Esse pouco tempo que a Arca esteve na casa de Obede-Edom foi o suficiente para que ele e toda a sua casa fossem abençoados de tal forma que as pessoas perceberam e foram relatar a Davi, que após saber desse fato, animou-se em trazer novamente a Arca para si. Obede-Edom e tudo o que ele tinha foram abençoados por amor da Arca de Deus que estava ali.

Aquele homem que até então era desconhecido foi abençoado e a sua família fez parte dos ministros da casa de Deus, tendo o ofício de porteiros, e sendo relatados na Bíblia como homens valentes e robustos para o serviço. O seu filho primogênito foi próspero e todos oficiavam como porteiros na casa de Deus (1 Crônicas 26:4-8).

A vida de Obede-Edom mudou após uma decisão sua, receber a presença de Deus em sua casa. A Arca da aliança não era apenas um objeto, ela simbolizava a presença de Deus no meio do Seu povo  (Êxodo 25:10-16;22). Quando Obede-Edom recebeu a Arca, ele não recebeu apenas um artefato, mas ele aceitou que a presença do Senhor adentrasse em seu lar.

Quando nós recebemos o Senhor em nossas vidas, podemos crer que Ele não impactará apenas a nossa vida, mas tem poder para abençoar tudo o que temos e transformar a nossa casa de tal forma que todos verão e crerão no poder do Senhor.

A nossa forma de viver precisa testemunhar de que a presença de Deus transforma tudo ao redor. Quando as pessoas ao nosso redor nos verem sendo abençoados por estarmos servindo ao Senhor, crerão no poder de Deus e assim poderemos, como Obede-Edom, sair da posição de desconhecidos para estar com nossa família fazendo parte da história do povo de Deus aqui na Terra.


sexta-feira, 2 de julho de 2021

Icabô ou Ebenézer: foi-se a glória de Israel ou até aqui nos ajudou o Senhor?

 Textos de referência: I Samuel 4:21; 5:1; 7:11-12


A Arca da Aliança foi um símbolo muito importante na história de Israel. Ela foi instituída por Deus no período em que o povo estava no deserto. A Arca era sagrada e tinha em si a representação da presença de Deus. Mas com o passar do tempo, após a morte de Moisés e Josué, os dois líderes que o povo teve no deserto, os israelitas se desviaram dos caminhos de Deus e começaram a servir falsos deuses. 

Por causa dessas práticas pecaminosas, eles foram entregues nas mãos dos seus adversários e passaram a viver oprimidos. Em uma das batalhas de Israel contra o povo filisteu, a arca de Deus que estava em Ebenézer, território israelita, foi tomada e levada para Asdode, território dos filisteus.

A palavra Ebenézer significa, "Até aqui nos ajudou o Senhor". Podemos assim entender que até aquele momento o Senhor estava com eles, mas a partir daquele momento, não apenas a Arca da Aliança havia ido embora, mas a presença do Senhor também havia se afastado daquele povo.

Essa ideia fica clara quando a esposa grávida do sacerdote que tomava conta da arca, ao saber que ela havia sido levada, sofre as dores do parto e ao nascer o filho, coloca-lhe o nome de Icabô, que significa, "Foi-se a glória de Israel", indicando que o Senhor glorioso já não estava mais com aquele povo.

Alguns meses depois, a Arca volta ao território israelita, mas o povo continua na prática dos seus pecados. Após vinte anos se passarem, o povo, liderado pelo profeta Samuel, se volta ao Senhor, retira todos os deuses estranhos, luta novamente contra os filisteus e os vence. 

E após aquela vitória, como forma de memorial, Samuel coloca uma pedra em determinado lugar, e a chama de Ebenézer. Enquanto o povo estava na prática dos seus pecados, o Senhor não tinha compromisso em ajudá-los, mas quando o coração deles se voltou novamente ao Senhor, eles foram ajudados. O lugar denominado Ebenézer, que marcou a saída da Arca do território israelita, marcou também a ausência da presença de Deus entre eles. Ao se voltarem para Deus, eles puderam experimentar novamente o Ebenézer, pois a presença de Deus estava de volta sobre aquele povo.

Como servos de Deus, o Senhor está conosco enquanto o nosso coração está com Ele. Que o Icabô seja somente a lembrança de um passado, quando o Senhor permitiu que o seu povo fosse entregue nas mãos dos seus adversários, mas que o Ebenézer esteja sempre presente em nossa caminhada.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

O perigo de criarmos amuletos de fé

 Texto de referência: 1 Samuel 4:3


A Arca da Aliança foi instituída nos tempos de Moisés. Ela era chamada assim por representar a aliança de Deus com o seu povo. Dentro da Arca ficava uma cópia dos dez mandamentos, a fim de que o povo se lembrasse das leis do Senhor. Pelo fato de ficar no Santo dos Santos, o lugar mais sagrado do tabernáculo, a Arca era considerada o utensílio mais precioso daquele lugar. A Arca era a representação simbólica da presença de Deus entre o Seu povo  (Êxodo 25:10-16;22)

Nos tempos de Moisés o povo tinha essa noção do significado da Arca, mas com o passar dos anos essa representatividade foi sendo perdida. A partir da convivência do povo com as nações pagãs, ela foi se perdendo ainda mais. A essência da adoração foi sendo perdida, e a Arca que antes era um símbolo da presença de Deus entre o povo, que os levava a buscarem o Senhor, passou a ser para eles um mero amuleto de sorte.

Essa conclusão se torna clara quando no tempo dos juízes, Israel enfrentou uma batalha contra os filisteus. Após perderem uma das duas batalhas relatadas, os israelitas resolveram levar a Arca do Senhor, com o argumento de que ela os livraria das mãos dos seus inimigos. A Arca jamais havia livrado o povo de qualquer batalha. Todas as guerras do povo de Deus foram vencidas porque o Senhor batalhava por eles, mas agora, eles desprezavam a presença do Senhor entre eles, colocando a sua confiança na Arca.

O que eles não haviam percebido era que o Senhor não estava entre eles, pois aquele povo estava em pecado, o que os afastou da presença do Senhor. Sem o Senhor ao lado deles, eles não poderiam vencer aquela batalha, e foi o que ocorreu, pois os israelitas foram derrotados. Ainda pior, a Arca de Deus foi tomada e levada ao território filisteu.

Assim como a Arca se tornou para o povo uma espécie de amuleto de sorte, também temos muitas vezes criado para nós amuletos de fé, estabelecendo objetos que em nossa opinião irão nos ajudar. Isso não é uma condenação a elementos como óleos ungidos, por exemplo, mas é um alerta para que não caiamos na tentação de crer que um mero objeto pode nos ajudar. 

O erro do povo não estava em tratar com reverência a Arca, pois ela era um testemunho do que Deus havia feito pelo povo. O erro estava em achar que eles poderiam viver atados aos seus pecados e que ainda assim o Senhor estaria com eles porque a Arca estava presente. O Senhor está conosco quando não nos rendemos ao pecado, mas servimos a Deus de todo o nosso coração.

Todos sabemos que a única forma de uma batalha ser vencida é quando o Senhor peleja por nós. Ele é invencível, e com Ele ao nosso lado, venceremos. Não precisamos depositar nossa fé em nenhum objeto, mas no Senhor.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Sem a presença de Deus não vale a pena caminhar

 Texto-base: Êxodo 33

Após o povo de Israel produzirem um bezerro de ouro e prostarem-se diante dele como se fosse um deus, o Senhor Deus se indigna contra aquele povo e diz a Moisés que Ele não os considerava mais como o Seu povo. É considerado povo de Deus quem obedece a Deus. A partir do momento que seguimos nossos próprios caminhos estamos nos desvencilhando de Deus.

Mas tamanho o amor de Deus com aquele povo que Ele ressaltou que enviaria o seu Anjo adiante deles, destruiria os seus inimigos e faria aquele povo entrar na terra, como havia prometido, mas Ele próprio não iria com o povo.

Muitos procuram as bençãos de Deus sem querer a Sua presença. Querem a terra prometida mas não querem desfrutar de um relacionamento com o Senhor. De nada adianta termos as bençãos se Deus não está conosco, pois é Ele quem nos dá alegria para desfrutá-las.

Moisés então diz a Deus que se o Senhor não fosse com eles, eles não poderiam sair dali, pois de nada adiantaria alcançarem a terra da promessa sem Deus ao lado deles.

Ainda, eles só eram o povo de Deus porque tinham o Senhor caminhando com eles e isso era os que os distinguia dos outros povos. Sem o Senhor ao lado deles, aquele povo seria apenas uma nação qualquer, como os outros povos, e não mais seria o povo de Deus.

Temos que enxergar a grandeza de sermos povo de Deus e de tê-Lo ao nosso lado. Talvez estejamos tão acostumados com o Senhor ao nosso lado que não damos o devido valor a isso.

Ser povo de Deus é ser separado, é não se contaminar com as finas iguarias do rei, é não ser coniventes com o pecado. Banalizar a Sua presença é ir perdendo-a aos poucos. Aquele povo naquele dia sentiu a dor de não ter o Senhor ao lado deles. E se contristaram. E nós? Temos a certeza que a presença de Deus vai conosco? Estamos almejando apenas entrar na terra da promessa ou queremos entrar lá com Deus ao nosso lado?