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terça-feira, 20 de maio de 2025

As estratégias para vencermos nas batalhas

 Texto de referência: II Samuel 5:17-25


A história do rei Davi foi marcada por muitas batalhas, algumas delas contra os filisteus, inimigos assíduos dos israelitas, que sempre que podiam tentavam combatê-los.

Em uma destas batalhas, Davi e o reino de Israel foram atacados por duas vezes seguidas.

Quando os filisteus ficaram sabendo que Davi havia se tornado rei, eles se uniram para atacá-lo. Davi, em plena comunhão com o Senhor, consulta-o a fim de ter uma direção espiritual.

Deus então instrui o rei a subir contra eles, Davi assim o fez e saiu vitorioso. Neste dia, ele tomou os ídolos filisteus e os queimou.

Mas os filisteus, insistentes, se recomporam e voltaram a atacar a Davi. Novamente, ele orou a Deus que lhe deu outra direção, dizendo:  "Não os ataque de frente, mas rodeie por detrás deles e ataque-os por diante das amoreiras."  2Samuel 5:23 Novamente, os filisteus foram derrotados.

O inimigo era o mesmo, mas a forma de combatê-lo não foi a mesma. Essa passagem reflete muito o que acontece em tantas batalhas na nossa vida. Nem todas as guerras são vencidas da mesma forma, temos que andar em constante comunhão com o Senhor pois a cada luta Ele nos dá uma direção.

Davi experimentava essa comunhão e por isso ele também experimentou o agir de Deus em favor dele, dando-lhe a vitória em ambas as batalhas.


sábado, 28 de dezembro de 2024

Rebelião de Datã

Texto de referência: Números 16:1-33


Datã era da tribo de Levi, isto é, pertencia ao grupo que servia na Tenda da Congregação. Junto com Datã, se juntaram cerca de duzentos e cinquenta homens que faziam parte do sacerdócio israelita e iniciaram uma rebelião contra Moisés. Eles alegavam que não apenas Moisés e Arão eram santos, mas toda a congregação, isto é, estavam com inveja da forma como Deus lidava com Moisés e Arão e por isso alegavam que eles estavam achando que eram mais santos que os demais.

Em outro motim de rebelião estavam Datã e Abirão, da tribo de Ruben, que se queixavam de terem saído ao Egito apenas para morrer no deserto, e que não viram "nenhuma terra que manava leite e mel".

O castigo enviado por Deus contra os rebeldes foi duro, pois foram engolidos em uma espécie de terremoto, onde a terra se abriu e eles foram tragados vivos.

Mas o que me chama a atenção nessa revolta de Datã, Corá e Abirão é que os revoltosos eram pessoas do centro da comunidade. Os duzentos e cinquenta homens que acompanhavam Corá eram pessoas escolhidas dentre o povo, líderes que, em lugar de estar dando testemunho, estavam causando divisões entre Moisés e a comunidade israelita.

Nesse sentido, é preciso avaliar muito bem aqueles que estão à frente das lideranças eclesiásticas, os quais muitos têm causado divisões e escândalos. Alguns até colocando em descrença lideranças fidedignas e enviadas por Deus, agindo motivados por inveja, querendo ocupar o lugar deles e utilizando para isso métodos sórdidos.

O juízo de Deus sobre aqueles homens foi severo, pois não estavam prejudicando apenas o líder Moisés, mas o povo israelita, e assim, tentando prejudicar o plano de Deus para eles. Que os nossos líderes sejam homens e mulheres alinhados com o propósito de Deus, que busquem caminhar juntos, sem provocar escândalos e divisões na comunidade cristã.


terça-feira, 10 de dezembro de 2024

As dez pragas do Egito e o que elas representaram


As dez pragas que o Senhor enviou contra o Egito para que Faraó libertasse o povo hebreu é sem dúvida um dos fatos mais impressionantes da Bíblia. Mas por que Deus esperou dez pragas para que só então permitisse que Faraó libertasse o povo?

Os egípcios eram um povo muito idólatra, que cultuavam deuses de todas as formas, e, portanto, algumas dessas pragas vieram para desmistificar a crença daquelas pessoas naqueles falsos deuses e mostrar que o Deus de Israel era (e continua sendo) o único Deus verdadeiro.

Águas transformadas em sangue: para os egípcios o Nilo era um rio sagrado, inclusive havia um deus chamado Nilo, que representava a fertilidade. As águas se tornando sangue enfraqueceram a crença deles nestes mitos pagãos.

Rãs: as rãs eram animais sagrados para os egípcios, pois havia uma deusa cujo nome era Hequet, que tinha a cabeça em forma de rã. Eles foram atormentados por esse animal tão venerado por eles, para que entendessem que as rãs não passavam de meros animais.

Pestes nos rebanhos: a vaca era um animal sagrado aos egípcios, uma deusa cultuada pelos egípcios era Hator, representada por uma vaca ou uma mulher com orelhas de vaca e simbolizava a dança e o erotismo.

Gafanhotos e moscas: os egípcios tinham veneração por alguns insetos, que consideravam sagrados, como por exemplo, o escaravelho. Ter moscas e gafanhotos como pragas também era uma forma de demonstrar a fragilidade destes animais.

Escuridão: por três dias os egípcios não viram o sol e ficaram em uma escuridão total em seu país, enquanto nas casas dos hebreus havia luz. Nem mesmo o deus Rá, deus do sol e a maior divindade egípcia pode ajudá-los.

Morte dos primogênitos: por fim, a morte dos primogênitos egípcios, inclusive do filho do Faraó corroborou o poder do Deus verdadeiro que domina sobre tudo, até mesmo sobre a vida e a morte, pois enquanto entre os egípcios havia um funeral em cada casa, os primogênitos dos hebreus permaneceram vivos.

Em meus estudos sobre as dez pragas eu não identifiquei cada praga como uma representação do paganismo egípcio, como alguns estudiosos apresentam, mas certamente foi uma manifestação do juízo de Deus sobre aquele povo por acreditarem em deuses que não tinham poder.

Ainda hoje, quando o nosso coração se inclina à idolatria, o Senhor busca nos mostrar quão frágil pode ser qualquer coisa que tente ocupar o lugar d'Ele em nosso coração.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Os capítulos finais do livro de juízes

Textos de referência: Juízes 17-21


Os capítulos finais de Juízes são como um anexo do livro, afinal eles não seguem muito o estilo dos demais capítulos que falam sobre algum juiz e como ele libertou Israel.

Estes capítulos abordam a história de dois levitas. Um que foi morar na casa de um homem chamado Mica que fez um santuário idólatra em sua própria casa. Este levita acabou indo embora da casa de Mica para ser sacerdote da tribo de Dã.

O mais bizarro da história é que Mica simplesmente mandou fabricar uma imagem de escultura para si e a colocou em sua casa para adorá-la. Isso mostra a depravação espiritual em que o povo de Israel se encontrava.

A segunda história conta sobre um levita que foi buscar a sua concubina que o havia abandonado. Durante o percurso de volta eles param em uma cidade de Efraim e ali ela é cruelmente abusada até a morte pelos habitantes da cidade. O levita em uma atitude de revolta esquarteja a mulher e envia as partes do seu corpo para as demais tribos que se unem para lutar contra Efraim.

O resultado dessa luta é que praticamente todos os homens da tribo de Efraim foram mortos no combate. Essa história mostra a depravação moral em que Israel se encontrava, além do estado de divisão das tribos.

Tudo isso ocorreu não muitos anos após a entrada do povo na terra prometida. O próprio livro de juízes diz que nesta época não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava mais reto. Infelizmente uma triste época do povo de Deus, onde eles não se deixaram governar pelas mãos do Senhor.

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

A força do homem é inútil comparada à força do Senhor

 Texto de referência: Juízes 7


Existe uma história na Bíblia que nos impressiona, que é a história de Gideão. Gideão foi um juiz de Israel que julgou o povo durante um período muito duro da história deles, onde eles enfrentavam a opressão do povo midianita. Eles estavam vivendo debaixo de forte escravidão, em que tudo o que o povo plantava os midianitas vinham e destruíam.

Quando o povo clamou ao Senhor, Ele prometeu intervir através de Gideão. Após chamá-lo e Gideão tentar se esquivar, finalmente ele decide confiar em Deus. Gideão ouve a voz de Deus e inicia-se a peleja. Entretanto, havia uma prova para Gideão e o povo enfrentarem. Dentre os trinta e dois mil combatentes que se apresentaram para a batalha, Deus escolheu apenas trezentos.

E a justificativa para isso foi dada pelo próprio Deus. "Disse o Senhor a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou" (Juízes 7:2).

Deus queria agir através destes trezentos homens, pois com esse quantitativo, seria humanamente impossível Israel dizer que poderia vencer. Mas eles venceriam, então a única explicação para a vitória seria pelo poder de Deus.

Ao final da história, Deus agiu em favor do povo, pois houve uma confusão no meio midianita, que se desequilibrou totalmente, vindo a correr e a gritar apenas com o barulho das trombetas que o povo tocava e os cântaros que eles quebravam.

Os midianitas começaram a fugir e os israelitas foram atrás e os derrotaram. E isso tendo apenas trezentos homens para o combate. Essa história nos ensina que Deus não necessita de armas humanas quando quer conceder a vitória a alguém.

Isso não significa que seja errado utilizar estratégias humanas em nossas batalhas, mas que não devemos nos apoiar nelas como se fossem a nossa única ou melhor opção. O salmista disse que o socorro dele vinha do alto (Salmos 121:1). Mesmo que venhamos a batalhar, a honra da vitória é de Deus, pois sem Ele nada podemos fazer.

Quanto mais impossível é uma situação, mais Deus se agrada em agir, pois a nossa carne sempre irá querer puxar um pouco do mérito para si, mas existem determinadas situações que não há como não atribuir a vitória a Deus, e foi isso que o Senhor provocou na batalha de Gideão. 

Ele fez questão de colocar o povo em uma situação que de forma alguma eles poderiam atribuir essa vitória a eles próprios. Quando enfrentarmos qualquer batalha, que possamos sempre dar a honra da vitória a Deus e que jamais venhamos a querer glória para nós. "Não a nós, Senhor , não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.

Salmos 115:1"

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Jericó e Ai: as consequências da obediência e desobediência

Textos de referência: Josué 6 e 7


Quando o povo de Deus iniciou o seu processo de entrada na terra prometida teve que vencer diversas nações inimigas. Um dos primeiros territórios a ser vencido foi Jericó. Era uma cidade grande e bem estabelecida, rodeada por uma grande muralha que a protegia dos adversários. Mas não adiantou nenhuma das suas fortalezas, pois o Senhor já havia estabelecido que Israel venceria Jericó.

Dessa forma aconteceu. Eles rodearam a cidade por sete dias, e no sétimo as muralhas caíram. Mas antes desse fato, o povo se santificou, circuncidou-se e celebrou a Páscoa, tudo obedecendo aos mandamentos do Senhor. Por estarem em estrita obediência, o Senhor deu-lhes a vitória.

Após a tomada de Jericó, a próxima nação a ser tomada era Aí. Como haviam acabado de ver uma derrota espetacular de Jericó, os israelitas estavam muito confiantes e até enviaram menos combatentes a Aí, por ser uma nação menor. Mas o resultado foi desastroso, o povo foi derrotado e teve que fugir.

Ao questionarem ao Senhor pelo motivo da derrota, descobriram que ela sobreveio devido a uma desobediência de um dos combatentes - chamado Acã, que furtou objetos valiosos para si, algo proibido por Deus. Se da primeira batalha eles obtiveram vitória pela estrita obediência, dessa vez eles foram derrotados por um pequeno ato de desobediência, de apenas uma pessoa.

Essas duas histórias servem para nos mostrar os caminhos de Deus. A obediência a Ele deve ser total para o recebimento das promessas. As coisas de Deus são sérias e Ele exige de nós total comprometimento com elas. Se as bênçãos estão condicionadas à obediência, significa que a falta desta impede aquelas. Sejamos obedientes a Deus em tudo, e receberemos o tudo d'Ele para nós.


quinta-feira, 13 de outubro de 2022

As águas amargas da alma

Texto de referência: Êxodo 15:22-27


Durante a peregrinação do povo de Deus pelo deserto, logo no início da caminhada, eles procurando por águas chegaram a um lugar onde as águas eram amargas. Isso significa que havia água, mas elas eram impossíveis de serem ingeridas.

Quando Moisés clamou ao Senhor, Ele lhe mostrou uma árvore a qual deveria ser jogada nas águas e a partir de então as águas se tornaram doces.

Todos sabemos que se um alimento tem um sabor apetitoso mas por algum motivo se torna amargo não fica nada agradável. O sabor amargo deixa o alimento ruim e ninguém quer prová-lo. 

De semelhante modo é a amargura da alma. A amargura é um mal que tem atingido muitas pessoas em nossos dias. Devido aos dias difíceis pelos quais temos vivido, algumas pessoas se refugiam em enfrentar essas dificuldades com a alma amargurada, ao invés de uma alma leve e grata pelas coisas boas já vividas.

Assim como a água amarga não se pode tomar, com uma alma amargurada não conseguimos conviver. A amargura destrói não somente a pessoa que carrega esse sentimento, mas os seus relacionamentos ao redor.

É preciso que uma árvore seja jogada nessa alma, a fim de que ela se torne doce novamente. Essa árvore é Jesus, que através do Espírito Santo trabalha o mais profundo do nosso ser e nos cura das nossas feridas da alma. A alma dantes amarga pode ser uma fonte de vida novamente.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Jetro, uma visita acertada

Texto de referência: Êxodo 18:13-27


Jetro foi o sogro de Moisés. Não se sabe muito sobre ele, mas sabe-se que ele era um sacerdote de Midiã, sua região natal. Ele a princípio não servia a Deus, mas  a partir da sua convivência com Moisés, Jetro passou a conhecê-Lo.

Quando Moisés regressou ao Egito para libertar o povo, Jetro permaneceu em Midiã, entretanto, quando Moisés e o povo saíram do Egito e estavam no deserto, Jetro foi ao encontro dele.

Ao encontrar Moisés, Jetro se espantou em como ele sozinho julgava aquele povo. Ele deu a Moisés o conselho de dividir o povo estabelecendo lideranças sobre ele que o ajudassem nos julgamentos do povo, a fim de que ele não se cansasse tanto. Os chefes fariam o julgamento das situações mais simples, deixando as mais complexas para Moisés. Ao invés de Jetro chegar até Moisés lhe criticando, ele lhe apresentou a solução.

Moisés acatou o conselho e a Bíblia não relata, mas certamente as coisas ficaram melhores para ele desde então. A visita de Jetro a Moisés foi aquelas visitas que só nos fazem bem. A sabedoria daquele homem foi tamanha que foi registrada nas escrituras.

A partir daquele dia, Jetro vendo tudo o que o Senhor fez e estava fazendo por aquele povo reconheceu a soberania do Senhor e lhe ofereceu holocaustos. Jetro não apenas era um homem sábio, mas se tornou parte do povo de Deus, pois alguns versículos fazem referência aos filhos de Jetro morando dentre o povo e conquistando a terra junto com o povo (Juízes 1:16; 4:11).

Precisamos de mais visitas como a de Jetro, que ao invés de chegarem a nós criticando, nos trazem soluções para as demandas e desafios dos nossos dias.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

No meio do caminho havia um mar

 Texto-base: Êxodo 14


Muitas vezes ao meditarmos sobre a história do povo de Israel separamos a parte em que Deus promete livrá-los dos egípcios com a passagem pelo mar. Nesse texto quero levá-los a perceber como o agir de Deus foi tremendo nessas passagens e como elas estão unidas entre si.

Inicialmente Deus promete livrar o povo daquela dura escravidão. Para isso, manifesta o Seu poder através das pragas até que Faraó decide libertá-los. O povo sai do Egito rumo à terra prometida. Se não conhecêssemos a história diríamos que aquele era o fim, um final feliz.

Entretanto, ainda havia mais uma guerra para o povo vencer. Não sabiam eles, mas logo à frente havia um grande mar.

Conosco muitas vezes é assim, Deus nos promete salvação, libertação, prosperidade. Nosso coração se enche de fé e tudo começa a correr bem. Logo achamos que aquela prova está chegando ao fim. Até que nos surge no meio do caminho um grande mar. Mas Deus nos deu a promessa. Por acaso Ele mentiria ou se enganaria? Jamais!

E então, por que tudo isso nos sobreveio? Para provar a nossa fé. E se Deus nos deu a promessa, não precisamos mais ficar orando e pedindo para que Ele repita o que já nos falou. Caminhe sobre as águas, ande na Palavra que Ele lhe deu e você vencerá.

Foi assim que Deus disse a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.” Não era mais tempo de clamar, era tempo de agir.  E você? Ainda está clamando e chorando, clamando e chorando, mesmo depois de Deus já ter lhe dado a promessa?  Pare com isso agora! Agora é hora de marchar, de colocar sua fé em ação!

Renove sua fé neste dia e comece a profetizar a sua vitória. Lute contra tudo o que faz você achar que Deus não está contigo. Tão somente creia e  a vitória virá.


terça-feira, 24 de agosto de 2021

Josué: o homem que não se afastava da presença de Deus

 "O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo. Depois Moisés voltava ao acampamento; mas Josué, filho de Num, que lhe servia como auxiliar, não se afastava da tenda." Êxodo 33:11


A história de Josué começa mesmo antes do seu nascimento, quando é contado sobre o seu antepassado, Berias, um homem que nasceu em um período de dificuldade na família, e cuja vinda não foi celebrada. Josué nasceu dessa linhagem. O seu nome a princípio era Oséias, que significa "salvo", mas depois passou a se chamar Josué, cujo significado é "o Senhor salva". A mudança do nome de Josué indica o que ele seria dali por diante, o homem usado pelo Senhor para fazer o povo entrar na terra prometida.

Em sua juventude, Josué viveu no Egito, como escravo, vivenciando na própria pele o sofrimento do povo de Israel. Ele também presenciou as dez pragas e a abertura do mar vermelho. Mas foi no deserto que o ministério de Josué se iniciou de fato. Ele estava sempre com Moisés, que confiava a ele as batalhas contra adversários do povo. Josué se tornou um grande guerreiro, habilidade que lhe foi muito útil na entrada à terra prometida, pois Josué venceu mais de trinta reais em combates.

Mas a vida vitoriosa de Josué era marcada por um fato, ele não se afastava da tenda da congregação, lugar onde Deus falava ao povo e manifestava a Sua presença. Diante dessa revelação bíblica, podemos inferir que Josué era um homem sedento pela presença de Deus e que buscava estar sempre perto d'Ele. Essa intimidade levou Josué a ter fé e coragem necessárias para ele vencer as batalhas necessárias para entrar na terra prometida.

A história de Josué é para nós um exemplo. Como ele, Deus nos coloca à frente de muitos desafios, que requerem de nós força e coragem para vencê-los. Deus não poupou Josué dos diversos reinos que ele enfrentaria, pois sabia que ele estava preparado para lutar contra eles e vencê-los. Essa preparação não ocorreu da noite para o dia, mas foi resultado de toda uma vida de Josué dedicada ao Senhor. Deus espera também de nós coragem para vencer os obstáculos e dedicação para não nos afastarmos da presença d'Ele. Como foi com Josué, também teremos a vitória.

domingo, 6 de junho de 2021

Não podemos ser remissos: a Terra Prometida está à nossa disposição

Texto de referência: Josué 18:2-3


Após muitos anos vivendo no deserto, finalmente o povo de Israel entrou na Terra Prometida. Quarenta anos se passaram com aquele povo no deserto, mas em todo o tempo o Senhor cuidou de cada um deles. Mas agora havia chegado a hora tão esperada hora de habitarem na terra da promessa. Cinco tribos já haviam conquistado a terra, mas sete tribos ainda não haviam tomado posse das suas terras.

Josué, o líder daquele povo, então chama a atenção dessas tribos, repreendendo-os por serem remissos e não apossarem das terras que Deus havia lhes dado. Quando Josué os repreende, eles então tomam uma atitude e vão em busca das suas terras. Não se sabe ao certo como o povo estava vivendo, mas talvez eles estivessem em locais improvisados e desconfortáveis, enquanto terras férteis e deleitosas estavam à disposição deles.

Essa história nos chama a atenção pela falta de iniciativa daquele povo de receber aquilo que já havia sido dado a eles. E por isso foram chamados por Josué de remissos, isto é, negligentes.

Muitas situações em nossa vida se assemelham a essa história do povo de Israel. Temos à nossa disposição promessas dadas por Deus a nós, mas muitas vezes não as recebemos. Os motivos podem ser diversos, seja por medo do novo ou por comodismo, por estarmos há tanto tempo na situação do desconforto, que acabamos nos acomodando com aquela situação e já não vamos atrás do melhor que Deus já nos concedeu.

O maior presente que recebemos foi o sacrifício de Jesus na cruz por nós, que nos trouxe remissão e redenção. Somos perdoados por Deus e libertos do poder das potestades infernais. Essa é a maior dádiva que podemos ter, mas muitas vezes ainda nos comportamos de forma remissa e não tomamos posse dessa riqueza. Ainda vivemos presos pelo pecado e ainda tememos as forças das trevas, já derrotadas por Cristo na cruz (Colossenses 2:15).

Mas como Josué chamou aquele povo a sair daquela vida remissa, Deus também nos chama a sairmos da posição de remissos e assumirmos a nossa posição de livres e tomarmos posse daquilo que Ele nos deu.


Leia também: Redenção e remissão: os dois presentes que nos foram dados por Jesus http://santidadenapalavra.blogspot.com/2021/01/redencao-e-remissao-os-dois-presentes.html?m=1

quinta-feira, 3 de junho de 2021

O perigo de tomarmos decisões sem consultarmos a Deus

Texto de referência: Josué 9:14


A vida é feita de decisões. Tomamos decisões desde o momento que acordamos até o momento que nos deitamos. Diariamente nos deparamos com escolhas simples, como por exemplo, o que vamos alimentar, se vamos praticar exercício, qual roupa iremos vestir, qual horário iremos dormir. Quando somos crianças, as pessoas decidem muitas coisas por nós. À medida que crescemos, passamos a tomar as nossas próprias decisões. De início, são coisas pequenas, como a roupa que iremos vestir ou o que comeremos. Conforme vamos amadurecendo, somos impelidos a tomarmos decisões mais importantes, que poderão impactar todo o curso da nossa vida.

Mas como cristãos, temos algo a nosso favor nos momentos de tomarmos decisões, podemos consultar  o Senhor, a fim de não decidirmos nada de forma precipitada. Nos tempos bíblicos, quando o povo de Israel se preparava para entrar na Terra Prometida, eles se depararam com um povo que veio buscando se aliançar com eles, dizendo ser de uma terra distante. Sem consultar ao Senhor, eles fizeram aliança com eles. Poucos dias depois, descobrem que na verdade aquelas pessoas eram vizinhos do lado, que mentiram para não serem mortos pelos israelitas.

Foi uma coisa simples, mas eles tiveram consequências pelo fato de não terem pedido conselho ao Senhor. Devemos consultar ao Senhor pelas nossas decisões não apenas diante de fatos impactantes para nós, como a escolha do nosso cônjuge, da nossa profissão ou do lugar onde iremos fixar residência. Mas também devemos consultar o Senhor diante de decisões pequenas, diárias e corriqueiras, que muitas vezes passam batidas diante de nós, mas que futuramente irão trazer consequências caso as tomemos de forma errada.

Naquele dia os israelitas não pediram conselho ao Senhor e fizeram aliança com alguém que eles não conheciam. Quando lemos sobre o rei Davi, percebemos que aquele homem estava sempre consultando ao Senhor para tomar as suas decisões. Davi não saía à guerra sem antes consultar ao Senhor se deveria batalhar e quais estratégias utilizar. O Senhor sempre o dirigia e Davi saía sempre vitorioso.

Deus é o nosso Pai e quer participar da nossa vida. Decisões pequenas não incluem realizar coisas óbvias, como por exemplo, se devo ou não tomar banho. Mas está relacionado a atitudes do nosso cotidiano que afetam a nossa vida em várias áreas, mas que muitas vezes preferimos decidir sozinhos, seja porque não percebemos que consultando ao Senhor podemos agir de forma mais apropriada, seja por não querermos envolver o Senhor nas nossas decisões por medo d'Ele nos pedir algo que vai contra a nossa vontade.

Mas temos que entender que colocar Deus à frente das nossas decisões só nos trará benefícios, como a direção correta do caminho a seguir e principalmente a certeza de que o que estamos fazendo será a melhor escolha para nós. 


quarta-feira, 2 de junho de 2021

O segredo dos gibeonitas

 Texto de referência: Josué 9


Durante o tempo em que Josué comandou o povo de Israel, chegaram a ele um povo um tanto estranho. Uma caravana de homens com roupas velhas, com pães embolorados, dizendo que vieram de uma terra distante e gostariam de fazer aliança com Israel. A ordem de Deus era que todas as nações ao redor de Israel fossem destruídas, mas como aquele povo era de terras distantes, eles resolveram se aliançar com eles. Acontece que na verdade aquele povo era de Gibeão, um território vizinho a Israel. 

Quando Josué fica sabendo desse fato e interroga os gibeonitas, eles reconhecem que mentiram por temerem o povo de Deus, pois sabiam que Deus estava ao lado de Israel e já havia decretado a vitória deles. Eles acreditavam que era melhor estar ao lado do povo de Deus, mesmo como escravos, mas estarem vivos, do que estarem na terra deles, com seus deuses, mas serem derrotados. O interessante é que os gibeonitas não eram um povo fraco, mas eles foram relatados como uma nação grande e de homens valentes (Josué 10:2). Embora tivessem características humanas favoráveis à guerra, eles sabiam que seriam derrotados, pois reconheceram que Deus estava com os israelitas.

Como punição aos gibeonitas, os israelitas lhes deram a função de tiradores de água e rachadores de lenha para o povo de Israel e para o serviço do altar de Deus. Aquele povo, outrora estranho, agora estava com o povo de Deus e servindo na casa do Senhor.

O povo de Gibeão se tornou tão especial para o Senhor que, ao serem atacados logo após a aliança deles com Israel, eles pediram socorro aos israelitas que foram ajudá-los. Nessa batalha, o sol e a lua pararam, até que o povo de Deus vencesse. Muito tempo depois, quando o rei Saul matou alguns gibeonitas, o Senhor castigou o território israelita, até que a justiça fosse feita àquele povo (2 Samuel 21:1-6).

A história dos gibeonitas demonstra o cuidado de Deus para com aqueles que têm fé n'Ele e trabalham para a Sua obra, independentemente de sua origem. Mesmo tendo construído a história daquele reino longe do Senhor, os gibeonitas decidiram viver uma nova vida, agora junto ao povo de Deus e trabalhando para a Sua obra. Eles foram honrados nas batalhas e reconhecidos pelo Senhor.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

A passagem do rio Jordão

 Texto de referência: Josué 3


Após a morte de Moisés, Josué toma a liderança do povo de Deus para conquistar a Terra Prometida.  Era chegada a hora deles alcançarem a promessa dita desde o patriarca Abraão. Essa missão não seria fácil, mas a vitória já estava garantida, pois ao lado deles estava o Senhor.

Um dos primeiros obstáculos enfrentados no limiar da terra foi a passagem pelo rio Jordão. Eles precisavam atravessá-lo para conseguirem chegar até a cidade de Jericó, o primeiro território a ser enfrentado. O problema é que o rio estava cheio. Eles já haviam passado por uma situação semelhante, no episódio do Mar Vermelho. Naquela ocasião, eles se desesperaram achando que morreriam, mas Deus ordenou a Moisés que estendesse o seu cajado sobre o mar, para que ele se abrisse.

E agora novamente Deus vem ao encontro daquele povo. Dessa vez a ordem do Senhor foi para que a Arca da Aliança fosse na frente, e quando os sacerdotes que carregavam a arca tocassem os pés no rio, ele também se abriria. Ao obedecerem a ordem de Deus o rio se abriu e todos passaram. Os sacerdotes ficaram dentro do rio Jordão até que todo o povo passasse.

A passagem do povo de Israel pelo rio Jordão nos ensina muitas coisas acerca do agir de Deus. As batalhas da nossa vida podem até serem semelhantes, mas jamais serão as mesmas. Em cada situação o Senhor nos conduz de uma maneira. Mas uma coisa é igual para todos os que crêem: a vitória. Se confiarmos em Deus, não importa o tamanho ou o tipo da batalha, Deus nos conduz em vitória perante todas elas.

Além disso, cada batalha é uma oportunidade que temos de amadurecer a nossa fé. Sem dúvida, na passagem do rio Jordão aquele povo já tinha a experiência do Mar Vermelho e se sentiam mais seguros para enfrentar aquela situação.

Por fim, a forma como o rio se abriu nos mostra acerca da autoridade de Deus em nós para vencermos as batalhas. Da mesma forma como a presença de Deus - representada pela arca - ia adiante do povo e os pés dos sacerdotes abriram o rio assim que os tocaram, o Senhor, através da Sua presença em nós já nos revestiu da autoridade necessária para superarmos os obstáculos que se colocam em nosso caminho.

O rio Jordão não foi páreo para o povo de Deus, pois o Senhor estava ao lado deles. Os obstáculos que surgirem diante de nós para tentar nos impedir de alcançar o que Deus tem para nós também serão destruídos, pois o Senhor está conosco.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Batalha espiritual: preparando-se para vencer

 Texto de referência: Josué 6


Após o povo de Israel peregrinar por quarenta anos no deserto chegou o momento mais esperado por eles, entrar na terra prometida. Mas até chegar a essa terra, era preciso primeiro desapossar os moradores das terras vizinhas. Um desses territórios era denominado Ai.

Após terem destruído a cidade de Jericó, os israelitas estavam confiantes. Sem muito preparo eles saem à peleja contra Ai. Não estudam com profundidade o território inimigo e enviam apenas uns poucos homens. O resultado foi a derrota dos israelitas.

Após consultarem o Senhor, Este lhes revela que a derrota ocorreu porque um homem, chamado Acã, havia pegado coisas consagradas de Jericó, o que foi proibido pelo Senhor. Após matarem Acã e se redimirem perante o Senhor, eles elaboram uma nova estratégia para vencerem Ai.

Dessa vez, por ordem do Senhor, eles enviam para a guerra cerca de trinta mil homens, cercam a cidade de emboscadas e se colocam em posição de alerta. Ainda, eles elaboram a estratégia de retirar todos os moradores da cidade, a fim de os tirarem do seu lugar seguro. Dessa vez Israel prevaleceu e todos os moradores de Ai foram destruídos.

A batalha de Ai nos traz algumas lições. O desejo contínuo do Senhor é nos dar vitória, mas Ele não compactua com o pecado. Enquanto há coisas erradas não podemos obter vitória. É preciso primeiro nos santificarmos. Além disso, toda batalha requer de nós preparo e vigilância. Não podemos sair para a guerra de qualquer forma. É preciso planejar as nossas estratégias. E por fim, enquanto estamos no território inimigo ele prevalecerá. Quando o tiramos do seu lugar e passamos a batalhar no nosso território espiritual, cobertos pela oração e pela Palavra, nós venceremos.

Santificação, estratégia e cobertura espiritual são armas que o Senhor nos ensina para guerrearmos. O final da batalha contra Ai nós já sabemos, não ficou nenhum adversário. Seguindo as orientações do Senhor também venceremos, para a glória Dele.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Cultivando a vida após a promessa

Texto de referência: Deuteronômio 7:1-4


Durante todos os quarenta anos que o povo de Israel peregrinou no deserto, o alvo deles era chegar à terra prometida - denominada Canaã. Havia uma expectativa muito grande de entrada daquele povo nesta terra, pois Deus já havia lhes adiantado de que aquela terra seria produtiva e abençoada.

Após a peregrinação no deserto, eles chegaram aos limites da terra, mas a entrada deles ali estava condicionada à derrubada dos atuais moradores daquela terra. Deus os alertou de que eles deveriam eliminar todos os moradores da terra, bem como seus objetos de culto, a fim de que eles futuramente não se tornassem empecilhos para eles. 

Os moradores de Israel finalmente tomaram posse de Canaã, mas eles não desapossaram totalmente os moradores da terra e no futuro sofreram muito com eles.

Essa história nos faz refletir sobre a importância da nossa trajetória após conquistarmos as promessas de Deus. Quando tomamos posse das promessas de Deus, é essencial que busquemos cultivar aquilo que alcançamos. Ao experimentarmos o sucesso almejado, podemos ser tentados a abandonarmos o Senhor, mas devemos ser firmes em não nos esquecermos de tudo o que Ele fez por nós.

Ainda, mesmo durante a nossa estadia na terra da promessa, podemos experimentar problemas que querem nos retirar do lugar que Deus preparou para nós. Quando isso acontece, cabe a nós sermos firmes e nos apegarmos a todas as nossas experiências com o Senhor, para não vacilarmos.

Para muitos, ser fiel a Deus quando tudo vai bem pode ser mais difícil do que quando tudo vai mal, haja vista estarmos em um ambiente livre de problemas. Tomar posse das promessas que Deus nos deu é algo maravilhoso, entretanto, algumas vezes essa é apenas uma etapa do processo. Cultivar a fé vivendo na terra da promessa também é um grande desafio. 

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Arão: o líder negligente

Texto de referência: Êxodo 32:1-6 


Todos conhecemos Moisés e a grande libertação do povo no Egito que o Senhor operou por meio dele. Moisés desde o início do seu ministério contou com uma ajuda, a de Arão, seu irmão. Deus o havia instituído como boca de Moisés, para falar a Faraó a mensagem do Senhor. Mais tarde, Arão foi consagrado como o sacerdote do povo.

Entretanto, como todo ser humano, Arão teve suas falhas. Quando Moisés subiu ao monte Horebe onde Deus lhe falaria os principais estatutos dados ao povo, Arão ficou encarregado de cuidar deles.

Moisés ficou no monte por quarenta dias e enquanto ele estava lá, o povo se incomodou com a demora dele em voltar e pediu a Arão para lhes fazer um deus para guiá-los de volta ao Egito pois não sabiam o que poderia ter acontecido a Moisés.

Esse fato já demonstra a displicência de Arão em liderar o povo, pois se ele desempenhasse bem o seu papel de líder substituto, o povo de forma alguma sentiria falta de Moisés. A fala deles pedindo um deus para guiá-los indica que eles estavam no momento sem liderança.

Arão então, em vez de repreender o povo, os atende e fabrica um bezerro utilizando as jóias de ouro dadas pelo povo. Eles então se prostram perante o bezerro e começam a adorá-lo. Quando Moisés desce do monte, ele se revolta com o povo, que é castigado por Deus pela sua idolatria.

Sem dúvida o povo de Israel agiu completamente errado nessa situação. Todos que lemos a Bíblia sabemos como o povo de Israel era obstinado e rebelde contra Deus, todavia, faltou a Arão a sabedoria de um líder para não deixar que eles agissem daquela maneira.

O relato bíblico diz que Arão os deixou à solta, para vergonha deles (Êxodo 32:25). A atitude de Arão foi de um líder que ao invés de dirigir os seus liderados, se deixou levar pela vontade deles.

Como Arão, temos visto lideranças que não têm dirigido a sua comunidade, pelo contrário, tem se deixado influenciar pelos desejos do povo, e ao invés de fazerem o que é correto perante Deus, preferem se submeter aos desejos dos homens, para atendê-los. Muitos agem dessa forma com receio de perder membros da comunidade.

O papel do líder é central. Todos esperam que ele esteja no comando. Arão foi um líder relapso, que não atendeu às expectativas de Moisés em sua ausência. Não apenas isso, ele não repreendeu o povo em suas práticas pecaminosas, mas compactuou com elas. Enquanto lideranças, Deus espera de nós compromisso com a Sua obra. Temos que ser a voz de Deus ao povo, falando da salvação e do amor mas também pregando a santidade que Ele espera das pessoas.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Arão e Hur, os dois amigos que sustentaram Moisés durante a batalha

 Texto de referência: Êxodo 17:8-13


Pouco tempo após a saída dos israelitas do Egito, eles se depararam com um inimigo: os amalequitas. Descendentes de Esaú, eles vieram à peleja contra Israel.

Moisés então ordena a seu assistente Josué que escolhesse homens de guerra para enfrentarem Amaleque. Israel saiu à peleja, enquanto Moisés subiu ao monte com dois anciãos, Arão seu irmão e Hur. Lá de cima eles poderiam observar como estava a batalha.

Moisés segurando o seu bordão ergue as suas mãos em direção ao campo de batalha, e eles observam que enquanto as mãos de Moisés estavam estendidas, o povo de Deus vencia e enquanto as mãos de Moisés estavam abaixadas, os amalequitas venciam.

Diante dessa situação, eles percebem que Moisés não poderia abaixar as suas mãos enquanto a peleja não terminasse, todavia, Moisés não conseguiria por si só ficar com as mãos erguidas o tempo todo. Sabendo disso, Arão e Hur tomam a atitude de segurar as mãos de Moisés, cada um de um lado, e assim Moisés conseguiu ficar com as mãos levantadas desde a manhã até o pôr do sol, possibilitando a vitória do povo de Israel.

Naquele dia, Arão e Hur tiveram um papel essencial na vitória do povo de Deus. Apesar da autoridade espiritual estar sobre Moisés, eles dois foram o suporte que aquele homem precisou em seu momento de fraqueza. Sozinho, Moisés não conseguiria ajudar o povo de Deus. Nesse sentido, Arão e Hur foram os instrumentos usados por Deus para ajudarem Moisés.

Essa verdade se aplica também a muitas lideranças espirituais. Ninguém vive sozinho. A despeito de toda autoridade no Espírito que possamos ter, sempre precisaremos de pessoas que nos ajudem em nossos momentos de fraqueza, quando as limitações humanas nos impedem de batalhar espiritualmente.

Recusar a ajuda de amigos, achando que somos autossuficientes é uma atitude de orgulho. Deus nos fez seres humanos relacionais, e conviver com pessoas, inclusive nos ajudando mutuamente, só nos faz crescer.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

O segredo do maná

 Texto de referência: Êxodo 16:14:36


Maná foi o nome do alimento o qual o povo de Deus comeu no deserto durante os quarenta anos em que peregrinaram até chegarem à terra prometida. Ele tinha uma espessura fina, lembrava a semente de coentro, tinha sabor de bolo de mel e podia ser preparado cozido ou assado.

O maná era enviado literalmente do céu, pois ele caía diariamente do céu após o orvalho da manhã. Todos os israelitas colhiam o maná em porções específicas para cada família. Diariamente o maná era colhido, conforme a necessidade de cada um, exceto na sexta-feira quando ele caía em dobro, pois no sábado ele não cairia e o povo não poderia colhê-lo.

Se alguém guardasse o maná para o dia seguinte, ele se deteriorava e perdia, exceto o maná da sexta-feira, que poderia ser guardado para o dia seguinte que não perdia. O próprio Deus explicou que o segredo do maná cair diariamente, com a porção apenas para aquele dia, era com a finalidade de provar o povo de Israel quanto à dependência do Senhor.

O maná cessou de cair do céu quando os israelitas começaram a comer os frutos da terra que estavam para possuir. No dia seguinte a este, o maná parou de cair, pois ele não era mais necessário, haja vista os israelitas terem outras opções de alimentos.

Toda essa história se passou na antiga aliança. No Novo Testamento, Jesus declarou aos seus seguidores que Ele era o verdadeiro pão do céu. O maná que os israelitas comeram na verdade prefigurava a vinda de Cristo ao mundo. Jesus disse que quem se alimenta dele tem a vida eterna. Quando questionado pelo povo sobre como poderiam se alimentar Dele, Jesus diz que deveriam comer da Sua carne (João 6:54). Se alimentar de Jesus é estar na Palavra. Ela é o nosso pão diário. Viver diariamente a Palavra, fazendo a vontade de Deus é o nosso verdadeiro alimento.

E assim como o maná caía diariamente, conforme a necessidade do povo para aquele dia, somos diariamente alimentados por Deus na Palavra conforme a nossa necessidade.

Jesus é o pão da vida, é desse pão que verdadeiramente necessitamos. Ele é o nosso sustento e estando com Ele, jamais sentiremos fome (João 6:35).

sábado, 6 de março de 2021

Balaão, o profeta ganancioso

 Textos-base: Números 22-25; 31:8;16; Judas 11


Não se sabe muito acerca de Balaão, mas pelos relatos ele parecia ser uma espécie de adivinho. Ele foi chamado por Balaque, rei de Moabe, para amaldiçoar o povo de Israel, todavia, foi avisado por Deus de que não poderia fazer isso.

Apesar de Deus ter lhe dito que aquele povo era abençoado, Balaão, levado pela ganância insistiu em ir com Balaque, afinal este lhe prometera muitas recompensas financeiras.

Por três vezes Balaão foi instigado a amaldiçoar o povo, sendo todas sem sucesso, pois Deus não o permitiu. Balaque, irritado com essa situação, diz a Balaão que Deus o havia privado das suas recompensas.

Provavelmente Balaão também se irritou, pois o seu coração estava tomado pela ambição. Insatisfeito com essa situação, ele instiga Balaque a enviar mulheres moabitas a seduzirem os israelitas, a fim de que, coabitando com elas, eles fossem induzidos a adorar os deuses moabitas. E deu certo. Os israelitas começaram a se unir às mulheres moabitas, e logo estavam adorando deuses pagãos. Assim, eles mesmos atraíram maldição sobre si, pois esse culto idólatra causou de uma só vez a morte de vinte e quatro mil homens.

A Bíblia não relata, mas como Balaão é citado como um homem perverso, que levou os israelitas ao erro, e um homem ganancioso, imagina-se que após esse conselho dele a Balaque, este tenha lhe dado as recompensas prometidas.

O fato de Balaão ter induzido sutilmente os israelitas à perversão o levou a ter sérias consequências, pois pouco tempo depois os israelitas pelejaram contra os midianitas e o mataram. As riquezas adquiridas com a perversidade não lhe beneficiaram por muito tempo.

Balaão é o retrato daquele que um dia ouviu a voz de Deus, mas amou mais as riquezas terrenas do que as celestiais. Ele acreditou que poderia fazer as coisas do seu modo, esquecendo-se que Deus tudo vê e nos recompensa por todos os nossos atos, sejam eles bons ou maus. O verdadeiro homem de Deus não se ilude com recompensas terrenas, pois essas são transitórias e perecíveis, enquanto que as celestiais podem não ser vistas aqui, mas durarão eternamente.