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quinta-feira, 25 de maio de 2023

O chamado de Deus para Moisés


Moisés foi um homem extraordinário, que foi chamado como libertador do povo de Deus. A vida de Moisés se dividiu em três fases, coincidentemente, todas divididas por intervalos de quarenta anos.

Até os quarenta anos de vida, Moisés viveu como príncipe no palácio do Egito, vivendo como filho adotivo da filha de Faraó. Durante esse tempo, em algum momento da sua vida, ele sentiu o chamado de Deus para libertar o seu povo de origem - os hebreus - da escravidão dos egípcios.

Tentando agir pela sua própria força, Moisés defendeu um hebreu e matou um egípcio. Ao saber desse fato, Faraó tenta matá-lo e Moisés foge para o território de Midiã. Ali inicia-se outro processo de quarenta anos, onde ele aparentemente se esquece daquilo que considerou ser seu chamado e passa a viver como pastor de ovelhas. Na verdade, ele havia esquecido do seu chamado em libertar o seu povo, mas Deus estava treinando-o enquanto pastor para cuidar dos israelitas, que futuramente seriam suas ovelhas, bem rebeldes por sinal.

Ao fim desse "treinamento" de quarenta anos como pastor, Deus chama Moisés e claramente lhe esclarece sobre o seu chamado em libertar o povo hebreu. Moisés, que aos quarenta anos estava tão animado com esse chamado, agora tenta esquivar-se como pode, de todas as maneiras, até ser repreendido pelo Senhor.

Me chama a atenção nessa história o esfriamento do chamado por parte de Moisés. Ao fugir para Midiã, ele abandona o sonho de ser o libertador do seu povo. Mas os sonhos de Deus não morrem, os planos de Deus não podem ser frustrados. Deus já havia destinado Moisés para ser o libertador do Seu povo.

Muitas vezes também temos esfriado no propósito para o qual Deus nos chamou. Ao primeiro sinal de adversidade, achamos difícil demais continuar e desistimos. Mas se Deus nos chamou a um propósito, não é questão de escolha, devemos obedecer pois Ele nos dará todas as ferramentas necessárias para cumprir esse propósito.

Se Moisés tivesse se recusado, não teria visto e vivido tudo o que viveu, e hoje não seria o profeta considerado o mais importante da antiga aliança. Não podemos recusar o chamado de Deus para nós. Ainda que venham as dificuldades, Deus é fiel para nos sustentar e nos usar para a glória d'Ele.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Moisés, a prefiguração de Cristo


Prefigurar significa representar antecipadamente uma missão. Em outro texto, já falei sobre Isaque ser essa prefiguração de Cristo quando ele foi levado ao lugar do sacrifício. Mas outros homens também prefiguraram Cristo na Bíblia, como Davi e Moisés. Neste texto, quero falar sobre como a missão de Moisés representou o que futuramente Cristo faria entre nós.

Moisés foi escolhido por Deus para ser o libertador do seu povo. Assim como Jesus, ele não veio da maneira esperada pelas pessoas. Jesus era o Messias tão aguardado, mas veio de forma simples. Moisés seria aquele que libertaria o seu povo, mas nasceu no território inimigo, pois era o filho adotivo de Faraó.

Moisés conduziu o povo no deserto rumo à terra prometida de Canaã. Jesus é aquele que nos conduz durante todo o nosso percurso nesta Terra, para ao final, herdamos a Canaã celestial, isto é, o céu.

Por fim, Moisés sofreu muito no meio do seu povo, sendo por várias vezes criticado e rejeitado por eles como líder. Apesar de tudo o que fez por eles, de ter doado os últimos quarenta anos de sua vida em favor do povo, ele foi por diversas vezes rejeitado por eles. Jesus também foi duramente rejeitado pelo seu próprio povo judeu, que não o aceitou como o rei deles. A própria Bíblia relata em João 1:11 que Ele "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam".

A missão de Moisés foi linda, pois aquele povo estava vivendo uma escravidão terrível e esse homem se dispôs a obedecer a Deus e ser o libertador deles, expondo em perigo a própria vida. Todavia, a escravidão vivida pelos hebreus era física. Nesse contexto, a missão mais linda de todas foi a de Jesus, que veio nos tirar da escravidão espiritual a qual estávamos submetidos pelo maligno. E essa libertação lhe custou a sua própria vida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Conserve o Espírito Santo que desceu sobre você

O Senhor desceu na nuvem e lhe falou e tirou do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre as setenta autoridades. Quando o Espírito veio sobre elas, profetizaram, mas depois nunca mais tornaram a fazê-lo. Números 11:25


O Espírito Santo sempre existiu. Desde a criação do mundo, vemos a sua presença (Gênesis 1:2). Todavia, as suas manifestações não eram tão conhecidas entre as pessoas quanto vemos no Novo Testamento. Moisés foi um grande homem de Deus e cheio do Espírito Santo. Entretanto, tinha sobre si a difícil tarefa de liderar o povo de Israel, que era extremamente murmurador e ingrato.

Durante o seu período de liderança, Moisés se encontrou por diversas vezes em situações difíceis, onde o povo se voltou várias vezes contra ele. Em uma dessas situações, ele desanimou e achou difícil a sua tarefa de líder. Nesse momento, Deus interveio e designou setenta anciãos para ajudá-lo nas tarefas de liderança.

Mas para o pleno exercício dessa tarefa eles precisavam do Auxiliador, o Espírito Santo. Deus então retira do Espírito que estava sobre Moisés e derrama sobre estes homens, que passam imediatamente a profetizar. Aqueles homens estavam experimentando o derramar do Espírito sobre eles, que geralmente acontece debaixo de alguma manifestação espiritual.

O triste é que a única vez que aqueles homens profetizaram foi naquele dia. Após isso eles nunca mais profetizaram. Apesar da Bíblia não dar mais detalhes sobre o fato, podemos crer que aqueles homens não souberam preservar a unção do Espírito que desceu sobre eles.

Quando somos visitados e cheios do Espírito Santo, temos uma missão: trabalhar para que Ele não se afaste de nós. Paulo disse isso quando alertou os tessalonicenses sobre não apagarem o Espírito (1 Tessalonicenses 5:19). Ele é uma chama, que deve se manter acesa continuamente. Mas isso só será possível se nós estivermos cuidando do fogo para que ele não se apague.

Deus nos chama a sermos cheios do Espírito Santo, mas ele também nos convoca a não perdermos essa unção que Ele nos deu. Quando agimos para preservar o Espírito Santo que está em nós, poderemos experimentar o melhor d'Ele para nós, e não vamos parar de profetizar, como fizeram aqueles anciãos.


segunda-feira, 23 de maio de 2022

Prepare-se para a nova etapa

Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Josué 1:2


Moisés foi um grande líder, talvez o maior que a Bíblia tem relatado. A forma como Moisés conduzia o povo de Deus (em torno de 1 milhão de pessoas) pelo deserto era algo impressionante e desafiador aos olhos de qualquer homem. Mas um dia Moisés morreu. E o trabalho precisou continuar.

É nesse contexto que Deus levanta Josué, um fiel servo de Moisés que esteve com ele durante todo aquele período no deserto e que não retrocedeu quando todos se deixaram levar pelo medo dos adversários (Números 14:6-9).

No fundo, Josué sabia que ele seria o sucessor de Moisés, mas a ficha ainda não havia caído. Após a morte de Moisés, Deus chama Josué e lhe explica que a partir daquele momento uma nova etapa se iniciava. Moisés estava morto e Josué havia sido o escolhido para fazer o povo entrar na terra da promessa.

Se formos parafrasear o que Deus disse a Josué, talvez seria algo desse tipo: "Josué, Moisés morreu. Levanta e age, porque agora é com você." O Senhor estava despertando Josué para o início de uma nova etapa. A formação do povo no deserto estava concluída. Agora era hora de herdar a promessa.

Da mesma forma, muitas vezes estamos há tanto tempo em uma etapa das nossas vidas que já não despertamos para o início de um novo ciclo. Precisamos de coragem para avançarmos etapas, pois cada uma delas exige de nós uma posição diferente. Mas da mesma forma como o Senhor encorajou Josué Ele nos encoraja. Não precisamos temer as mudanças de ciclos em nossas vidas. Avançar faz parte da vida e se estamos com o Senhor, sempre caminharemos em vitória.


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

No meio do caminho havia um mar

 Texto-base: Êxodo 14


Muitas vezes ao meditarmos sobre a história do povo de Israel separamos a parte em que Deus promete livrá-los dos egípcios com a passagem pelo mar. Nesse texto quero levá-los a perceber como o agir de Deus foi tremendo nessas passagens e como elas estão unidas entre si.

Inicialmente Deus promete livrar o povo daquela dura escravidão. Para isso, manifesta o Seu poder através das pragas até que Faraó decide libertá-los. O povo sai do Egito rumo à terra prometida. Se não conhecêssemos a história diríamos que aquele era o fim, um final feliz.

Entretanto, ainda havia mais uma guerra para o povo vencer. Não sabiam eles, mas logo à frente havia um grande mar.

Conosco muitas vezes é assim, Deus nos promete salvação, libertação, prosperidade. Nosso coração se enche de fé e tudo começa a correr bem. Logo achamos que aquela prova está chegando ao fim. Até que nos surge no meio do caminho um grande mar. Mas Deus nos deu a promessa. Por acaso Ele mentiria ou se enganaria? Jamais!

E então, por que tudo isso nos sobreveio? Para provar a nossa fé. E se Deus nos deu a promessa, não precisamos mais ficar orando e pedindo para que Ele repita o que já nos falou. Caminhe sobre as águas, ande na Palavra que Ele lhe deu e você vencerá.

Foi assim que Deus disse a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.” Não era mais tempo de clamar, era tempo de agir.  E você? Ainda está clamando e chorando, clamando e chorando, mesmo depois de Deus já ter lhe dado a promessa?  Pare com isso agora! Agora é hora de marchar, de colocar sua fé em ação!

Renove sua fé neste dia e comece a profetizar a sua vitória. Lute contra tudo o que faz você achar que Deus não está contigo. Tão somente creia e  a vitória virá.


sábado, 8 de maio de 2021

Não apagueis o Espírito

 Texto de referência: Números 11:25


Apagar é um verbo que indica uma ação de anular algo. Geralmente nos referimos a ação de apagar a objetos que contém fogo ou claridade, como uma lâmpada. O apóstolo Paulo, instruindo a igreja, lhes ordena a não apagarem o Espírito (I Tessalonicenses 5:19).

O Espírito Santo é associado na Bíblia ao fogo. João Batista diz que Jesus traria o batismo com o Espírito e com fogo (Mateus 3:11). Os apóstolos quando foram batizados no Espírito falavam línguas de fogo (Atos 2:13). Dessa forma, se o Espírito Santo pode ser associado ao fogo, Ele também pode ser apagado.

Quando Moisés conduzia o povo no deserto, Deus ungiu no Espírito setenta homens para ajudá-lo. Quando o Espírito desceu sobre aqueles homens, eles começaram a profetizar. Mas depois, nunca mais profetizaram.

Aqui temos uma clara manifestação de como o Espírito pode ser apagado. Eles foram tomados pelo Espírito, mas não mantiveram aquela chama acesa. Em um fogo comum, para que este se mantenha aceso, é preciso atiçar, mexer a lenha e frequentemente soprar. A manifestação do Espírito em nós não é diferente. Para que sejamos cheios do Espírito e não venhamos a apagá-lo, precisamos estar constantemente ligados a Ele.

Diferente dos setenta homens do episódio de Moisés, após os apóstolos serem cheios do Espírito no dia do Pentecostes, eles estavam sempre na casa do Senhor e perseveravam em oração (Atos 2:42;46). Essas atitudes mantinham viva a chama do Espírito na vida daqueles homens.

Recebemos o Espírito quando recebemos a fé de Cristo em nós. Somos inundados pela manifestação do Espírito quando somos batizados por Ele. Mas o Espírito é um fogo, que para não ser apagado precisa ser constantemente estimulado. As nossas atitudes de obediência à Palavra e oração constante farão a chama do Espírito se manter viva em nós.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Conhecer a Deus é conhecer a Sua vontade

 Texto de referência: Êxodo 33:12-13


Poucos homens na Bíblia tiveram uma intimidade tão grande com Deus como Moisés. Na verdade, existem experiências entre Moisés e Deus que nenhum outro homem teve. Foi Moisés quem teve o privilégio de ouvir os Dez mandamentos e transmiti-los ao povo. Por quarenta dias aquele homem não comeu ou bebeu nada, sendo alimentado apenas pela presença do Senhor (Êxodo 34:28).

Outro fato singular ocorreu quando Moisés morreu. Após a sua morte no monte Nebo, o próprio Deus o sepultou, sendo que ninguém encontrou o lugar da sua sepultura (Deuteronômio 34:5-6).

Esses são apenas dois fatos que foram bastante diferentes, que não vimos em nenhum outro profeta, todavia, Moisés teve diversas outras experiências com Deus, onde falava com Ele como um homem fala com seu amigo.

Entretanto, mesmo após esses momentos tão intensos ao lado do Senhor, Moisés, em certo momento de sua vida, tem uma conversa com Deus. Ali, ele diz ao Senhor que este lhe dissera que o conhecia pelo nome. Isso era verdade, o Senhor conhecia Moisés, mas Moisés vai além, pede a Deus que lhe faça conhecer o caminho Dele, para que Moisés também O conhecesse.

Essa conversa nos retrata duas situações, onde Moisés é conhecido pelo Senhor, mas expressa o seu desejo em também conhecê-Lo. Podemos ser indagados sobre como poderia Moisés não conhecer o Senhor se ele já havia tido tantas experiências com Ele, mas o fato é que aquela conversa entre Moisés e Deus se deu em um momento onde Moisés queria saber de Deus se Ele andaria com o povo (v. 12). Antes de dizer que queria conhecê-lo, Moisés ressaltou que queria saber qual era a vontade do Senhor para eles.

Isso nos leva a crer que Moisés sentia que conhecia a Deus se soubesse a Sua vontade para eles. Conhecer a Deus vai além de termos experiências poderosas com Ele. Conhecemos a Deus quando nos é revelada a Sua vontade. E não há outra forma de O conhecermos senão pela Sua Palavra. A nossa intimidade com Deus aumenta proporcionalmente ao nosso conhecimento (e obediência, claro) à Sua Palavra.

O Senhor nos conhece, mas será que O conhecemos? Estamos no centro da Sua vontade ou queremos andar em nossos próprios caminhos? 

sábado, 17 de abril de 2021

Quando tentamos apressar do nosso jeito as promessas de Deus

 Textos para consulta: Gênesis 16; 27; Êxodo 2:11-15


Todos nós temos promessas de Deus sobre as nossas vidas. Quando Deus nos promete algo, precisamos crer que Ele é suficientemente poderoso para cumprir aquilo que nos prometeu. Só há duas ressalvas: o modo de agir é Dele, e o tempo também.

Entretanto, nem sempre temos paciência para esperar Deus agir quando e como Ele quiser, e muitas vezes tentamos interferir no processo e fazermos as coisas ao nosso modo. Três personagens bíblicos agiram dessa forma e o resultado não foi bom.

A primeira pessoa foi Sara, esposa de Abraão. Por causa da esterilidade de Sara, eles não tinham filhos, mas havia uma promessa de Deus sobre a descendência deles, isto é, em algum momento aquele filho chegaria. Ao invés de esperar, Sara resolveu entregar Agar, sua serva, como concubina a Abraão, para que ela gerasse um filho para ele. O resultado foi desentendimento no lar deles e futuras brigas entre nações.

Rebeca, a nora de Sara, estava grávida de gêmeos. Havia uma promessa de Deus de que Jacó, o filho mais novo, seria maior que o filho mais velho, Esaú. Todavia, Isaque já estava velho e nada disso se cumpria. Rebeca então elabora um plano para enganar Isaque e fazer com que Jacó se disfarçasse, fingindo ser Esaú, para receber a bênção do pai. O resultado foi Jacó fugindo de Esaú e a família dividida.

Por fim, Moisés tinha um chamado por Deus para libertar o seu povo hebreu da escravidão egípcia. Achando que seria do seu jeito, Moisés ao ver um egípcio maltratando um hebreu, mata-o. Após esse fato, ele é perseguido por Faraó, acaba fugindo para o deserto e ali vive quarenta anos longe da sua família.

Em todas essas histórias, Deus acabou intervindo e cumprindo a Sua promessa. Sara e Abraão tiveram o filho Isaque, Jacó se tornou mais forte do que Esaú e Moisés se tornou o homem que Deus usou para libertar os israelitas. Entretanto, todos os atos impensados das pessoas para tentar cumprir a seu modo as promessas de Deus, tiveram consequências indesejadas.

Deus não precisa de nós para fazer cumprir a Sua Palavra. Não precisamos passar na frente das situações para darmos uma "ajudinha". Ele é autossuficiente. O Seu poder está acima de tudo, e ainda, Ele só quer o nosso bem. Cabe a nós apenas confiarmos que Ele fará, não importa o tempo ou o modo.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

As três etapas na vida de Moisés

Texto-base: Atos 7:20-36


Se fôssemos descrever Moisés teríamos sem dúvida muitos adjetivos positivos. Se a tarefa consistir em se lembrar de momentos da sua vida descritos na Bíblia, teríamos muitos momentos para exemplificar.

Na verdade, a história de Moisés pode ser dividida em três etapas, as quais são abordadas a seguir. Quando estudamos a vida desse profeta, percebemos que a cada quarenta anos a vida de Moisés sofreu uma reviravolta.

Tudo começa a partir do nascimento de Moisés até os seus quarenta anos de vida. A partir de algum momento de sua infância, Moisés passa a morar no palácio de Faraó. Ali foi criado como filho adotivo da filha de Faraó, tendo direito a todas as regalias reais, mas sempre sendo confrontado com o fato de ser filho biológico dos escravos hebreus. Aos quarenta anos e agindo de forma impulsiva, Moisés mata um egípcio e após ser perseguido por Faraó, foge para o deserto. A partir de então, começa uma nova etapa na vida de Moisés.

Vivendo no deserto entre os quarenta aos oitenta anos, Moisés se torna pastor de ovelhas. Ali ele aprende a cuidar desses animais e deixa seu estilo impulsivo para ser considerado o homem mais manso de toda a terra (Números 12:3). Na verdade, aquele era um período de experiência do que ele faria na próxima etapa de sua vida, que era pastorear o povo de Deus.

A partir dos seus oitenta anos, após voltar ao Egito e libertar o povo da escravidão, Moisés conduz o povo de Deus, extremamente rebelde, diga-se de passagem, pelo deserto. Ali ele vivencia o cuidado diário de Deus com o seu povo, tem experiências incríveis com o Senhor e é descrito como o homem que conversava com Deus face a face (Números 33:11). Após quarenta anos dessa última etapa, isto é, aos cento e vinte anos, Moisés morre.

Todas as etapas da vida de Moisés foram se encaixando até chegar à próxima. Ele foi sendo transformado aos poucos e tudo o que lhe aconteceu, seja pela vontade ou permissão de Deus, contribuiu para aquele homem ser tudo o que ele foi. Em nossa vida também não é diferente. As etapas pelas quais passamos não são  fragmentos separados, elas são parte do quebra-cabeça da vida e cada uma delas é essencial à nossa formação. Se bem aproveitadas por nós, elas trarão a maturidade necessária para vivenciarmos com sucesso a nossa vida.