sábado, 6 de março de 2021

Balaão, o profeta ganancioso

 Textos-base: Números 22-25; 31:8;16; Judas 11


Não se sabe muito acerca de Balaão, mas pelos relatos ele parecia ser uma espécie de adivinho. Ele foi chamado por Balaque, rei de Moabe, para amaldiçoar o povo de Israel, todavia, foi avisado por Deus de que não poderia fazer isso.

Apesar de Deus ter lhe dito que aquele povo era abençoado, Balaão, levado pela ganância insistiu em ir com Balaque, afinal este lhe prometera muitas recompensas financeiras.

Por três vezes Balaão foi instigado a amaldiçoar o povo, sendo todas sem sucesso, pois Deus não o permitiu. Balaque, irritado com essa situação, diz a Balaão que Deus o havia privado das suas recompensas.

Provavelmente Balaão também se irritou, pois o seu coração estava tomado pela ambição. Insatisfeito com essa situação, ele instiga Balaque a enviar mulheres moabitas a seduzirem os israelitas, a fim de que, coabitando com elas, eles fossem induzidos a adorar os deuses moabitas. E deu certo. Os israelitas começaram a se unir às mulheres moabitas, e logo estavam adorando deuses pagãos. Assim, eles mesmos atraíram maldição sobre si, pois esse culto idólatra causou de uma só vez a morte de vinte e quatro mil homens.

A Bíblia não relata, mas como Balaão é citado como um homem perverso, que levou os israelitas ao erro, e um homem ganancioso, imagina-se que após esse conselho dele a Balaque, este tenha lhe dado as recompensas prometidas.

O fato de Balaão ter induzido sutilmente os israelitas à perversão o levou a ter sérias consequências, pois pouco tempo depois os israelitas pelejaram contra os midianitas e o mataram. As riquezas adquiridas com a perversidade não lhe beneficiaram por muito tempo.

Balaão é o retrato daquele que um dia ouviu a voz de Deus, mas amou mais as riquezas terrenas do que as celestiais. Ele acreditou que poderia fazer as coisas do seu modo, esquecendo-se que Deus tudo vê e nos recompensa por todos os nossos atos, sejam eles bons ou maus. O verdadeiro homem de Deus não se ilude com recompensas terrenas, pois essas são transitórias e perecíveis, enquanto que as celestiais podem não ser vistas aqui, mas durarão eternamente.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário