terça-feira, 9 de março de 2021

As falhas das sete igrejas da Ásia e o que podemos aprender com elas

 Texto-base: Apocalipse 2-4


O livro do Apocalipse é famoso pelas revelações acerca do fim dos tempos,mas um aspecto que também chama a atenção nesse livro são as famosas cartas às sete igrejas da Ásia. Essas cartas não foram baseadas em orientações como as cartas de Paulo, mas recados dados pelo próprio Jesus a elas, com dois intuitos: elogiá-las acerca de suas boas atitudes ou repreendê-las acerca de comportamentos inadequados.

Por serem assuntos distintos e extensos, hoje trataremos de algumas repreensões dadas por Cristo a essas igrejas, que nos alertam sobre comportamentos que ainda hoje existem também em nossas igrejas.

Um erro da igreja de Éfeso era que eles haviam abandonado o primeiro amor, isso é, aquele fervor no serviço à obra de Deus. O primeiro amor refere-se àquela paixão que todos temos ao conhecer o Senhor. Uma espécie de fascinação pelas coisas de Deus que não pode ser perdida com o decorrer do tempo, mas que tem sido abandonada em muitas igrejas.

A igreja de Pérgamo estava sendo conivente com falsas doutrinas que estavam na igreja, induzindo outros irmãos a praticarem coisas erradas. Como nessa igreja, falsas doutrinas têm se instalado em muitas igrejas e tem arrastado cristãos fracos na fé a se curvarem diante de ideologias erradas, enfraquecendo o corpo de Cristo.

Na igreja de Tiatira o problema era outro: uma falsa profetisa ensinava e induzia os cristãos a práticas pecaminosas, idólatras e imorais. É importante que as igrejas estejam atentas às pessoas que se dizem líderes, pois falsos mestres e enganadores não se limitaram apenas ao tempo de Jesus, eles existem ainda nos dias de hoje e se infiltram nas igrejas com o intuito de perverter a fé. Nosso papel enquanto igreja é não nos aliarmos a eles.

A igreja de Sardes foi repreendida porque aparentemente estava viva, mas na verdade estava morta. As obras dessa igreja não eram consideradas íntegras na presença de Deus. A vivacidade de uma igreja não se resume ao que se vê por fora, mas à sua essência. O que traz morte espiritual é o pecado. Uma igreja que vive na prática do pecado está morta. Pode estar cheia de membros, cantar lindas músicas e até impressionar pela beleza, mas sem santidade a presença de Deus não está ali, e portanto, está morta.

Por fim, a igreja de Laodicéia, que não era fria nem quente, mas morna. Ainda, estava tomada de arrogância e cegueira, achando que era autossuficiente e não precisava de ninguém. Como existem "Laodicéias" em nosso tempo. Igrejas tomadas de relatividades, que estão em um estágio morno, nem frias nem quentes, não estão envolvidas no mundo, mas também não estão fora dele. Também enxergamos a arrogância em muitas obras, que consideram que não precisam das pessoas e não priorizam mais a comunhão e a ajuda mútua.

A Bíblia é a nossa base de vivência. As situações vividas pela igreja primitiva também se aplicam à realidade da nossa igreja hoje. Importa que tomemos esses exemplos como alertas para nós enquanto noiva que está à espera do Noivo. Que Ele nos encontre dignos de entrar em Seus aposentos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário