quarta-feira, 26 de junho de 2024

Seja visto, mas não se exiba


Texto de referência: Mateus 5:14-16; 6:1-18


No sermão do monte, um dos maiores ensinamentos de Jesus, Ele mostrou aos seus seguidores as atitudes que Deus espera de nós frente a diversas situações. Em suas palavras, Jesus alertou sobre o perigo do exibicionismo dos seus discípulos.

Ele alertou sobre evitar praticar atos apenas para ser visto pelos homens. Esses conselhos incluíam dar esmolas, orar e jejuar. Tudo isso deveria ser feito de forma discreta, com o coração voltado para Deus, não com a intenção de ser visto pelos homens.

Entretanto, pouco antes desses ensinamentos, Jesus disse aos seus discípulos que eles eram a luz do mundo, e que essa luz não poderia ser escondida, mas deveria brilhar diante de todos os homens.

Parece contraditório Jesus dizer aos seus seguidores que eles não deveriam se exibir, mas ao mesmo tempo dizer que não deveriam se esconder. Na verdade, o que Jesus queria dizer é que eles deveriam brilhar a luz de Deus existente dentro deles e não tentar mostrar os seus próprios atos.

Muitas vezes queremos agir por conta própria, mostrando nossos próprios atos de justiça, pensando que assim poderemos mudar o coração de alguém. Outras vezes a intenção é a autopromoção, buscando chamar a atenção das pessoas para nós mesmos, utilizando para isso o Evangelho.

Não podemos nos esconder, mas também não podemos nos exibir. Precisamos mostrar ao mundo aquilo que eles precisam ver, o Evangelho da Salvação, afinal, não é nada sobre nós, é tudo sobre o poder de Deus

domingo, 9 de junho de 2024

O que você está disposto a deixar por Jesus?

Texto de referência: Mateus 4:18-22


Quatro dentre os doze discípulos de Jesus trabalhavam com pesca. Enquanto Pedro e André eram pescadores, Tiago e João trabalhavam junto com o pai em uma empresa de pescaria.

O chamado de Jesus para que eles fossem seus discípulos é relatado em três evangelhos: Mateus, Marcos e João. Para Pedro e André, Jesus os chamou enquanto pescavam e prometeu-lhes que eles seriam pescadores de homens.

Para Tiago e João, não há descrição de detalhes acerca deste chamado. Entretanto, ambos os irmãos deixaram tudo e seguiram Jesus. Pedro e André largaram as redes, Tiago e João largaram o barco e o pai e foram após Jesus. Os primeiros largaram a profissão, os dois últimos deixaram para trás a empresa de pesca e a família. Isso não significa que eles pararam de trabalhar ou desprezaram seus familiares, mas o intuito do texto ao dizer que largaram algo é no sentido de dizer que eles deixaram para trás os sonhos deles para se dedicarem ao propósito de Jesus.

O texto de hoje, relatado em Mateus, tem por título "A vocação dos discípulos". A partir do que meditamos fica mais nítido o motivo desse título. De fato, a nossa vocação enquanto discípulos é abandonar o nosso ego para viver o chamado do Evangelho.

Não se trata exclusivamente de abandonar coisas materiais, mas de abandonar o nosso próprio "eu", renunciar a nós mesmos e diariamente segui-Lo.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Como o fogo do ourives e o sabão das lavadeiras

Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. Malaquias 3:2


Embora nada se compare ao Senhor Jesus, existem muitas formas relacionadas que são atribuídas ao Senhor em Sua Palavra. Em uma delas o profeta Malaquias assemelha o Senhor a um fogo do ourives ou a um sabão (potassa em outras traduções) de lavadeiros.

Para compreendermos a primeira expressão, precisamos entender como funciona o trabalho do ourives. Um ourives é alguém que trabalha na confecção de joias a partir de metais nobres, como prata e ouro.  A grosso modo, o ourives precisa purificar a prata ou o ouro submetendo-o a altas temperaturas, a fim de extrair o metal e retirar as impurezas.

Agora podemos compreender com mais facilidade o motivo de Jesus ser relacionado a um fogo do ourives, pois Ele veio para nos purificar a fim de que em nós reste apenas aquilo que é bom, e que toda impureza seja retirada.

De semelhante modo, o sabão é o item que a lavadeira usa para alvejar as roupas. A água é muito importante, mas sozinha não tem a capacidade de retirar a sujeira. Essa função é do sabão que possui as propriedades químicas necessárias para quebrar as moléculas da água e penetrar na roupa, realizando o processo de lavagem.

Assim como o sabão na mão do lavadeiro, Jesus veio para limpar o nosso interior de toda sujeira. Esse ato foi consumado através da cruz do Calvário, pois ali Ele pagou o preço por nossos pecados, rasgou a nossa dívida e passamos a ser justificados. Foi pelo sacrifício de Jesus que fomos perdoados, ficando, dessa forma, limpos da sujeira que o pecado causava em nós.



quarta-feira, 5 de junho de 2024

Não é castigo, é treinamento


Em algum momento da nossa vida as provas vêm. Seja qual for o indivíduo, não importa a classe social, a religião, o partido político, a idade, as crises sempre surgem. O deserto é inevitável. Mas junto com as adversidades, costumam vir também os questionamentos sobre os motivos pelos quais as enfrentamos.

E uma das principais suposições acerca do porquê enfrentarmos crises é o castigo de Deus. É um dos primeiros pensamentos que temos é que estamos sendo castigados por Deus por termos feito algo errado. Esse julgamento pode vir tanto dos outros quanto de nós mesmos.

Talvez essa ideia surge porque é muito popular a noção de um Deus irado e vingador. E essa falsa ideia é advinda de contos e histórias lúdicas sobre deuses da mitologia grega, que agiam exatamente dessa forma. Acontece que o nosso Deus não é o retrato desses deuses mitológicos. Deus é amor, e, claro, isso não o isenta de ser um Deus vingador ou que permita as consequências dos nossos erros. Ele mesmo diz isso em Sua Palavra.

Entretanto, mesmo através do castigo, Deus te age com amor, exercendo um propósito que irá contribuir em algo para nós. O castigo na maioria das vezes produz em nós frutos de arrependimento e de crescimento. E assim ousamos dizer que aquilo que chamamos de castigo na verdade é um treinamento.

Deus não nos pune, Ele nos ensina. Se estamos enfrentando qualquer problema e estamos achando que isso é um castigo de Deus, hoje podemos descansar na certeza de que Ele não deixou de nos amar, e que ainda que Ele permita que enfrentemos consequências de qualquer dos nossos erros, isso não é para nossa destruição, mas para o nosso crescimento. Quando aprendemos com os erros nos tornamos mais fortes, mais resilientes, mais crentes.