domingo, 31 de janeiro de 2021

O perigo da exaltação própria

 Texto-base: 2 Coríntios 12:7-9


O apóstolo Paulo foi um grande homem de Deus. Após se converter ao cristianismo, vivenciou experiências com Deus incríveis, uma delas descrita no texto acima. Nesse relato, ele conta acerca de visões e revelações espirituais que ele teve, descritas por ele como inefáveis, isto é, algo tão maravilhoso que era impossível descrever.

Mas, por causa da grandeza dessas revelações, a fim de que ele não se ensoberbecesse, foi-lhe colocado um espinho na carne, algo tão incômodo que por três vezes ele pediu ao Senhor para que aquilo se afastasse dele. No decorrer de sua vida, Paulo teve inúmeras orações ouvidas da parte de Deus. Mas quando ele lhe pediu esse favor, o Senhor não o atendeu, pelo contrário, Ele lhe explicou que na vida dele, a Sua graça lhe era suficiente.

A partir dessa experiência, Paulo aprendeu que não era nos momentos de glória que ele deveria se gloriar, mas nos momentos de fraqueza, pois era nessas circunstâncias que ele sentiria a força do Senhor pousar sobre ele.

É fácil nos sentirmos fortes nos momentos em que tudo vai bem. Não apenas fácil, é também perigoso, pois corremos o risco de nos exaltarmos e acreditarmos que nossas vitórias advém da nossa própria força. Pelo contrário, nos momentos de fraqueza enxergamos a nossa dependência de Deus, nos humilhamos perante Ele, e assim nos sentimos fortes, pois compreendemos que a força para vencer os obstáculos provém Dele, e não de nós.

Muitas vezes estamos reclamando diante de situações que vivenciamos, pedindo ao Senhor o livramento delas, mas não entendemos que Deus tem usado essas circunstâncias para nos colocar na dependência Dele. Existem circunstâncias que se Deus tirá-las de nós, iremos exaltar o nosso coração. Assim, Deus permite que continuemos a enfrentá-las para que não percamos o foco.

Mesmo Paulo sendo um grande apóstolo, não estava isento do perigo da exaltação própria. Também nós temos que vigiar, para que situações de glória, ao invés de nos trazer salvação, nos tragam perdição. 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Ló: o homem que deixou ser contaminado pelo pecado

 Texto-base: Gênesis 13:1-13; 14:1-17; 19:1-38


Ló era o sobrinho de Abraão. Quando o pai de Ló e irmão de Abraão morreu, ele foi criado pelo seu avô Tera. Após a morte de Tera, Ló passou a viver com Abraão, seguindo-o por onde ele ia e tudo ia bem na vida de Ló. Abraão se tornou um homem próspero e Ló também. Entretanto, os funcionários de Ló e Abraão começaram a brigar entre si, o que os forçou a se separarem.

Abraão deu a Ló a opção de escolher para onde ele queria ir e ele, olhando apenas a aparente beleza do lugar, escolheu morar próximo a Sodoma, uma cidade onde as pessoas eram perversas e imorais.

Ló começou a habitar nas campinas do Jordão, localizado próximo a Sodoma, todavia, aos poucos ele foi se aproximando da cidade, até habitar nela. Ali, convivendo com a imoralidade do lugar, Ló e sua família se desviaram dos valores divinos.

Não há como negar que o ambiente em que convivemos influencia as nossas atitudes. Um cristão que convive em um ambiente de perversidade terá dois destinos: ou mudará o lugar de sua convivência ou será mudado pelas práticas locais. Quando estamos em lugares onde a prática do pecado é algo constante, devemos vigiar e estar em constante oração, para que o pecado não nos influencie.

Infelizmente, Ló se deixou levar pelas práticas erradas dos moradores de Sodoma, o que acabou trazendo desgraça para ele e sua família. Em certa guerra que houve entre os reis de Sodoma e outras localidades, Ló foi levado cativo. Ele só recuperou a liberdade porque Abraão saiu à luta por ele. Mas o pior na vida de Ló ocorreu quando Sodoma foi destruída por fogo e enxofre mandados por Deus.

Nessa ocasião, Ló perdeu todos os bens que havia adquirido, viu sua mulher virar uma estátua de sal, e foi morar em uma caverna, onde foi embriagado por suas próprias filhas, que se deitaram com ele. As práticas imorais de Sodoma contaminaram suas próprias filhas, que cometeram um incesto com o pretexto de gerar descendência para o pai.

A geração de Ló foi outro problema, pois os dois filhos frutos desse incesto, geraram as tribos de Moabe e Amom, dois povos idólatras que se tornaram tropeço para o povo de Israel, tanto como adversários deles quanto no sentido de influenciá-los em práticas pagãs.

Ló estava tão apegado a Sodoma, que mesmo com os anjos dizendo que iriam destruir o lugar, Ló não se apressava em sair de lá, e apenas foi embora quando os anjos pegaram ele e sua família pela mão e os colocaram fora da cidade. O relato diz que ele só saiu porque Deus lhe foi misericordioso. Em outro versículo, diz que Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló das ruínas da cidade, demonstrando que o livramento de Deus na vida de Ló se deu por causa de Abraão, e não pela integridade de Ló.

E assim termina a passagem de Ló pela Bíblia, um homem que tinha tudo para se tornar como Abraão, mas que se deixou levar pelas práticas pecaminosas ao seu redor e se perdeu no meio do caminho. Tudo isso ocorreu pelas escolhas de Ló: olhar apenas a aparência, afastar-se daquele que servia a Deus e aproximar-se daqueles que estavam cheios de pecado. As nossas escolhas nos mostram aonde chegaremos: ao sucesso ou ao fracasso.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Não pare de interceder pela sua família

Texto-base: Gênesis 6:17-18; 18:22-33; 19:29


Um dos versículos mais conhecidos de toda a Bíblia é: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa." (Atos 16:31). Muito mais do que uma promessa, essa palavra é um princípio dado por Deus de que aquele que crê tem a sua família salva por Deus. Todavia, vemos ainda muitos familiares de pessoas cristãs vivendo uma vida distante dos caminhos do Senhor.

Isso porém não deve nos desanimar, pois a Bíblia nos dá exemplos de homens que buscaram ao Senhor por seus familiares e obtiveram vitória. Dois deles são Noé e Abraão.

Noé foi descrito na Bíblia como um homem justo, íntegro e que andava com Deus. Nos tempos de Noé, não havia ninguém que andava com Deus, apenas ele. A humanidade estava totalmente corrompida pela maldade e violência e Deus ordenou, através de um dilúvio, a destruição de todo ser vivente na Terra. Dentre os seres humanos, apenas Noé e sua família escaparam.

Em toda a história de Noé não se diz nada a respeito de sua mulher, seus filhos e suas noras. Apenas Noé é descrito como um homem temente a Deus. Entretanto, toda a sua família foi salva do dilúvio. A integridade de Noé fez com que toda a sua família fosse salva.

Outro homem que foi peça fundamental na salvação da sua família foi Abraão. Como ele não tinha filhos, seu sobrinho Ló foi criado como um filho. Entretanto, por causa de brigas entre funcionários de Ló e Abraão, eles tiveram que se separar. Ló acabou indo para Sodoma, uma cidade onde as pessoas eram perversas e violentas, como nos tempos de Noé. E Deus, assim como fez no dilúvio, resolve destruir toda aquela cidade, agora não mais com água, mas com fogo e enxofre.

Quando Abraão fica sabendo que Sodoma seria destruída, intercede por Ló. E Deus ouve a sua oração, livrando não apenas Ló, mas toda a sua família.

Essas duas histórias nos mostram o quanto é importante intercedermos pelos nossos familiares. O nosso temor a Deus e a nossa intercessão por eles, fará com que eles sejam salvos. Assim como a integridade de Noé fez com que toda a sua família escapasse do dilúvio, a nossa vida com Deus poderá fazer com que a nossa família também seja salva por Ele. E assim como a intercessão de Abraão em favor de Ló trouxe o livramento àquele homem, o nosso clamor pela nossa família poderá trazer vida a eles. Se nós crermos, a nossa família poderá ser salva. Se nós orarmos, traremos vida à ela.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Mordecai: Deus honra aqueles que O temem

 Texto-base: Ester 8:15; Ester 10


Mordecai era primo de Ester e a criou como filha. Sempre cuidadoso com sua filha, todos os dias passava no átrio das mulheres para ver como Ester era tratada. Quando Ester é elevada a rainha, Ele não se deixou tomar por ambição, apesar da realeza de Ester, que poderia ter lhe dado altos cargos no palácio, mas esperou o tempo certo, e nesse tempo, Deus lhe honrou.

Em certo tempo, Mordecai descobre uma conspiração de dois servos contra a vida do rei e avisa a Ester, que fala ao rei e condena à morte os malfeitores. Mordecai não recebe a princípio nada em troca, mas não se indigna por isso, mas continua a viver sua vida em humildade. 

Quando Mordecai recebe a notícia da condenação dos judeus à morte, se humilha perante o Senhor e pede a Ester que rogue ao rei pelo seu povo. Ester a princípio tenta se esquivar, mas é repreendida por Mordecai, que cria que de alguma forma os judeus seriam salvos por Deus dessa armadilha. Ele não colocou a sua confiança em Ester, mas em Deus, pois ele sabia que se Ester não os ajudasse, Deus usaria outra pessoa para lhes dar o socorro, mas sozinhos eles não estariam. Ainda, Mordecai vislumbra que ela havia sido colocada como rainha para esse propósito: impedir o extermínio dos judeus.

Nesse intervalo, Hamã, um homem malvado e arrogante que se indignou contra Mordecai por ele não se prostrar perante ele, prepara uma forca para matá-lo. Na noite em que ia pedir a morte de Mordecai, o rei se lembra do livramento de morte que recebeu por intermédio de Mordecai e toma uma atitude para honrá-lo. Mordecai, anos após o favor feito ao rei, é recompensado. Mordecai é o exemplo da recompensa tardia, que muitas vezes não vem no momento do favor, mas que sempre vem para aqueles que crêem em Deus. Nem sempre recebemos a honra quando achamos que deveríamos, mas Deus é fiel e não se esquece de nenhum bem que fazemos. Os homens se esquecem, mas Deus não.

Mesmo tendo seu momento de honra, Mordecai volta para a porta do palácio e veste suas roupas de humilhação, buscando em Deus o livramento para a sentença de morte recebida pelos judeus. Quando Ester revela ao rei a conspiração contra os judeus, e Hamã é morto, Mordecai foi elevado a uma posição de honra no reino, cuidando da casa de Hamã, seu principal inimigo e cuidando dos negócios do rei. O nome de Mordecai se tornou cada dia mais poderoso e ele ficou conhecido em todas as províncias do reino. Ele foi o segundo homem do reino e trabalhou pelo bem estar do povo judeu.

Mordecai, um homem judeu, que foi exilado, estava no império persa como um estrangeiro, sem direitos, foi honrado e se tornou o homem mais poderoso do reino após o rei, pois Deus honra a quem Ele quer.

Na Bíblia temos outros exemplos de homens que viveram como escravos e depois foram honrados: José, que foi vendido como escravo e se tornou o segundo após Faraó, Neemias, copeiro do rei, que se tornou governador de Judá e Daniel, que também foi governador no reino Babilônico. Todos homens que não tinham prospecção alguma, mas foram honrados porque temeram a Deus mais do que aos homens e deram bom testemunho por onde passavam.

domingo, 24 de janeiro de 2021

Uma pequena reflexão sobre o Salmos 140

 Texto-base: Salmos 140


O mundo está cheio de maldades. Quando ligamos a televisão e vemos o noticiário, ficamos perplexos com tantos casos assustadores. Infelizmente, a maldade é consequência do pecado. Isto quer dizer que, enquanto houver pecado no mundo, também haverá maldade. No Salmos 140, o salmista nos alerta sobre alguns tipos de pessoas más e as suas atitudes pérfidas.

O primeiro é sobre o homem perverso e violento, cujo coração vive maquinando iniquidades. Isso quer dizer que ele é um homem cuja maldade está no seu interior. Mas, não apenas isso, ele vive forjando contendas, ou seja, criando discussões e divisões ao seu redor. Pessoas assim não buscam a paz, mas vivem arrumando brigas por onde passam. Por fim, o homem perverso e violento, tem também a sua língua comparada a uma serpente e os seus lábios destilam veneno. Pessoas desse tipo são aquelas que utilizam a língua para caluniar, maldizer, inventar mentiras contra o próximo e espalhar conversas que não lhe dizem respeito.

O segundo é o homem ímpio e violento, que não teme a Deus e quer incitar as pessoas a fazerem o mesmo, desviando elas da presença do Senhor. Existem pessoas que se empenham para desviar o cristão dos caminhos do Senhor e têm prazer em levá-los ao caminho do mal. Se vêem algo pecaminoso, logo incitam o próximo a praticar.

Por fim, os soberbos, que ocultam armadilhas e cordas para prenderem o justo e lhe preparam ciladas. Essa classe se refere às pessoas que, de forma arrogante, fazem maldades contra as pessoas e acreditam que não serão punidas. Agindo às escondidas, elas procuram prejudicar o próximo pelas costas.

Mas, como o salmista, temos que clamar ao Senhor o livramento em nossas vidas desse tipo de pessoas e crer que o Senhor protege a nossa vida e integridade durante as batalhas. Ainda, ele crê que o Senhor defende aqueles que são necessitados e oprimidos. Quanto ao homem violento e caluniador, o seu destino é cair e ser perseguido pelo mal.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Ester: a rainha usada por Deus para livrar os judeus do extermínio

 Texto-base: Ester 1-10


Ester foi uma moça pobre e órfã, criada pelo seu primo Mordecai. Quando o rei Assuero (ou Xerxes em algumas traduções) depôs a rainha Vasti, seus servos foram em busca de uma nova rainha para o trono. Dentre diversas mulheres que foram escolhidas para serem levadas ao palácio a fim de serem observadas pelo rei, Ester foi uma delas. Ela era uma mulher cheia de graça, pois logo que chegou ao palácio já encontrou favor do eunuco, que lhe tratou de forma especial.

A sua obediência a Mordecai em não declarar a sua origem judia fez com que ela fosse abençoada, pois ela soube guardar o silêncio e falar no momento oportuno.

Também obedeceu a Hegai, eunuco do palácio, que no dia do seu encontro com o rei, lhe sugeriu o que ela deveria vestir, o que a beneficiou. Ao contrário das demais mulheres, quando Ester chega diante do rei sem muitos adereços, ela demonstra que em seu coração não havia ambição, o que agradou o soberano.

Ester encontrou favor de muitos ali na casa das mulheres. Por fim, também alcançou favor diante do próprio rei, que a tratou não apenas como uma mulher que lhe satisfaria os desejos ou que ocuparia o trono, mas alguém que ele amava e tratava com bondade e favor.

Ao se casar com Ester, o rei também tratou com bondade os seus súditos, dando-lhes alívio quanto ao pagamento de impostos e lhes dando presentes. Quando o homem tem em sua companhia uma boa esposa, ele é feliz e essa felicidade faz com que ele viva melhor com as pessoas as quais convive.

Mesmo sendo rainha, Ester continuou a ser obediente a Mordecai, respeitando a sua autoridade sobre ela. Mesmo em posições altas, temos que entender que estamos debaixo de autoridades, e quando respeitamos essa cadeia de autoridade, somos abençoados.

Quando Hamã trama contra os judeus para lhes exterminarem, Mordecai pede a Ester que rogue ao rei pelo seu povo. Ester a princípio tenta se esquivar, mas é repreendida por Mordecai, que cria que os judeus seriam salvos por Deus dessa armadilha, e lhe mostra que ela havia chegado àquele alto posto para ser instrumento nas mãos de Deus para salvar os seus descendentes.

Ester atende à repreensão de Mordecai e busca resolver aquela situação batalhando em nível espiritual. Por três dias ela e suas criadas jejuaram, indicando que as mulheres que andavam com Ester também temiam a Deus. Ainda, ela não teme mais por sua vida e se dispõe a falar com o rei, mesmo correndo risco de morte, pois ela compreende que como rainha, a vida do seu povo era mais importante do que a sua própria.

Então ela elabora uma estratégia de fazer um banquete e nessa ocasião denunciar a Hamã.

Sem se levar pela pressa, após dois banquetes ela expõe o caso ao rei, que condena Hamã à morte e dá aos judeus a oportunidade de se defenderem dos seus adversários. Ao final, o povo judeu vence a batalha.

Ester se consagra como uma rainha que lutou pelo povo de Deus e que foi instrumento nas mãos Dele para livrar o seu povo do extermínio

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

O poder de Deus é para aqueles que crêem

 Marcos 16:17-18 “E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados.”

Quando Jesus enviou os seus discípulos a sair ao mundo e evangelizar toda criatura, Ele nos disse que quem crer e for batizado será salvo. E então ele relata os sinais que seguirão aqueles que crêem, a saber: expelir demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes, não serem contaminados com os venenos do mundo, ter autoridade para curar os enfermos.

Enquanto alguns cristãos nem mesmo crêem que seja possível fazer estas coisas, grande parte dos que crêem acreditam que atos como esses só podem ser realizados por pastores ou lideranças locais.

Mas a palavra é clara ao dizer que tais sinais seguirão aos que crêem, aqueles dos quais Ele fala anteriormente, que creram e foram batizados, e assim, salvos. Isso significa que quem pode realizar esses sinais não são aqueles consagrados a uma liderança, mas qualquer um que crer em Jesus e for salvo.

Frequentemente temos subestimado o poder de Deus em nós. Se queremos uma oração de cura, logo procuramos um pastor ou grupo de oração. Temos medo das forças das trevas, nos sentimos desencorajados a orar por alguém que esteja necessitando de libertação, não falamos novas línguas.

É verdade que necessitamos ser preparados por Deus para fazer a Sua obra, mas temos que parar de estigmatizar os sinais do poder de Deus, acreditando que ele se manifeste apenas em grandes reuniões, ou com pessoas muito usadas. Deus quer revelar o Seu poder a nós seus servos, a todos os que crêem no nome de Jesus.

Existem pessoas a espera de alguém que lhes ajude, que ore sobre elas para receberem cura e libertação. E não me refiro apenas a pessoas desconhecidas, é tempo de usarmos essa autoridade em nossa casa, em favor dos nossos filhos, nosso cônjuge, nossos pais, em favor de nós mesmos. O poder de Deus não é uma utopia, ele é real. Também não é para ninguém que tenha alguma exclusividade diante de Deus, é para todos os que crêem, foram batizados e salvos. Não é uma varinha mágica, onde você aponta para o problema e ele se resolve, é um agir sobrenatural exercido através de pessoas naturais, que têm suas fraquezas, mas que crêem em um Deus que tudo pode.

Ide e pregai

 Marcos 16:15-16 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

A passagem do “Ide” é uma das mais conhecidas palavras da Bíblia. Nela Jesus nos dá duas ordens: a primeira é Ide, que denota um verbo de movimento. Fazer missões significa sair da nossa zona de conforto. Ninguém prega sentado no sofá, aguardando almas baterem à sua porta. Somos nós que temos que ir até elas.

E fazer missões não significa apenas ir a outras nações. Pregar para a família, os parentes, colegas de trabalho, vizinhos, tudo isso faz parte da vida missionária. Existem pessoas que têm mais coragem de ir à África pregar do que evangelizar a família pois sabe a resistência que enfrentará. Outros pregam muito na igreja, mas tem vergonha de falar de Jesus aos colegas de trabalho. Assim, o sentido das missões vai muito além de nações, elas começam ao nosso redor.

A segunda ordem é pregar a toda criatura. A Bíblia é clara ao dizer que quando o evangelho do Reino for pregado a todos, então virá o fim. Enquanto todas as pessoas não souberem das boas-novas, Jesus não voltará. Assim, quando pregamos, contribuímos para que Jesus volte logo.

A pregação pode surtir dois efeitos: crer ou não crer. Para aqueles que crêem, a salvação lhes é concedida. Mas aos que têm a oportunidade, devem ser batizados. Não se pode crer apenas no coração, é preciso confessar com a boca e o batismo, além de ser um simbolismo da nossa morte para o pecado, é também uma confissão pública de fé.

Para aqueles que não crêem só resta a condenação. Uma vez que a verdade foi dita, eles não podem mais alegar que não sabiam dela. E quem irá julgar esses que não creram, mesmo ouvindo a verdade, é a própria Palavra de Deus. Cumprir o Ide não é tarefa fácil. A resistência das pessoas em crer é por vezes desanimador, mas Deus promete estar conosco todos os dias, nos capacitando e nos fortalecendo, até que Ele venha.

A mulher hemorrágica

 Texto-base: Marcos 5:25-34

Uma mulher sofria por doze anos com uma hemorragia. Essa doença a tornava impura diante da sociedade, isolando-a das pessoas. Ainda, essa mulher havia gastado todos os seus bens buscando a cura, mas não melhorava, pelo contrário, piorava.

Não se sabe como ela ficou sabendo acerca de Jesus, mas é certo que ela creu, pois para ela, apenas tocar as vestes de Jesus bastaria para que ela ficasse livre do seu mal.

Aquela mulher chega por detrás de Jesus, sendo apertada pela multidão e apenas lhe toca na ponta do seu manto, sendo imediatamente curada do seu mal. Com certeza ela agora queria ir embora o quanto antes, afinal, pelas leis judaicas, nem estar na rua ela poderia. Entretanto, Jesus começa a questionar incessantemente sobre quem lhe havia tocado.

Os discípulos se assustam, pois Ele estava cercado por uma multidão. Mas Jesus lhes explica que Ele não se referia ao contato natural da multidão, mas a um toque diferente, um toque feito com fé, de tal forma que Dele saíra poder.

Por vezes temos estado tão acostumados a andar com Jesus, que já não Lhe tocamos por fé, apenas pelo hábito. Há grande virtude Nele, mas não enxergamos mais isso, e ao invés de nos destacarmos pela nossa fé, passamos a ser apenas mais um na multidão.

Na verdade, Jesus sabia quem lhe tocara, mas queria naquele dia que aquele milagre fosse revelado à multidão, diferente de alguns em que ele ordenava ao curado que não revelasse a ninguém a cura.

A fé daquela mulher precisava ser revelada, afinal ela cria em Jesus a tal ponto de pensar que não precisava nem mesmo Ele lhe tocar, mas se apenas ela lhe tocasse, seria curada da sua enfermidade.

Ela foi até Jesus, e sem pedir o seu toque, pois sabia que pelas leis judaicas ela era impura, ela Lhe tocou. Ela acreditava que não precisava ser vista por Ele, ela quem precisava enxergá-lo. Jesus não precisava tocá-la, ela quem precisava tocá-lo. Na verdade, ela estava tendo uma fé ousada, crendo que o poder já havia sido liberado, ela só precisava estar na posição certa para recebê-lo. Após Jesus muito insistir, ela percebendo que seria descoberta, revela-se a Jesus, com medo do que lhe poderia acontecer. Jesus apenas a abençoa e despede, e aquela mulher, após doze anos de intenso sofrimento, recebe a vida novamente.

Isaque e a presença de Deus em sua vida

 Texto-base: Gênesis 26:28 “Temos visto claramente que o Senhor é contigo, pelo que dissemos: Haja agora juramento entre nós, entre nós e ti, e façamos um pacto contigo.”

Após haver grande fome na terra em que habitava Isaque, ele vai para Gerar, terra dos filisteus. Ao chegar ali Deus o abençoa e Isaque prospera tanto, que chega a colher cem vezes mais do que plantou. Isso gera inveja nos filisteus, que resolvem expulsá-lo de sua terra.

Ao sair de lá Isaque começa a cavar poços em busca de água, para estabelecer a sua fazenda. E onde Isaque procurava um poço, ele encontrava, o que também causava ira nos filisteus. Após cavar dois poços que foram furtados pelos filisteus, Isaque cava um terceiro e eles desistem de brigar também por esse, pois percebem que não adiantaria disputar, pois onde Isaque cavasse poços, ele acharia água.

Ao perceberem a prosperidade de Isaque não importasse o lugar para onde fosse, Abimeleque resolve que contender com Isaque não adiantaria, pelo contrário, ele deveria se aliançar com ele. A presença de Deus na vida de Isaque era tamanha, que aquele rei pagão reconheceu isso e fez as pazes com Isaque.

Isaque não demonstrava Deus em sua vida pela riqueza que possuía, mas pela devoção a Deus, pois no meio de um povo tão idólatra, por vezes vemos Isaque fazendo altares e invocando o nome do Senhor. Além disso, a reação de Isaque em não contender com os filisteus, mesmo diante das intrigas desse povo a ele, demonstrava que nele havia algo especial.

No mesmo dia em que Isaque perdoa Abimeleque e fica em paz com ele, seus servos acham mais um poço de água. Cada poço que Isaque encontrava, sua riqueza aumentava, pois a água era essencial para manutenção das terras. Quanto mais água, mais abundância de gado e plantações.

A vida de Isaque nos mostra como a presença de Deus em nós pode impactar o ambiente ao nosso redor. A forma de viver, de trabalhar e a prosperidade de Isaque chamaram a atenção daqueles povos, que servindo a deuses estranhos, não se viam como aquele homem. Perceberam que contender com o homem de Deus e estar longe dele não lhes traria benefício.

Em nossa vida não pode ser diferente. Em qualquer lugar por onde andarmos, assim como Abimeleque disse a Isaque, que as pessoas possam enxergar claramente que Deus é conosco, e que somos o abençoado do Senhor. Que sejamos o bom perfume de Cristo para exalar a sua presença através das nossa forma de viver, mais do que apenas com nossas palavras.

O cego Bartimeu

 Texto-base: Marcos 10:46-52

Jesus, próximo o tempo de sua crucificação, ia passando por Jericó. À beira do caminho estava um cego chamado Bartimeu. Quando ele escuta que Jesus passava por ali, viu a oportunidade de recuperar sua visão, uma vez que não era cego de nascença.

Mas antes de chegar até Jesus, Bartimeu teria que tomar muitas atitudes. A primeira delas foi clamar por Ele. Ele gritava: Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim. Ele verdadeiramente cria que Jesus era o Messias, ao denominá-lo Filho de Davi. Clamar por Jesus é um ato de fé, pois a atitude de clamar por Ele é uma declaração de que Ele pode nos ajudar.

A segunda atitude foi perseverar. Ao ver que Bartimeu gritava e Jesus não lhe respondia, as pessoas o repreendiam para que se calasse, mas ele gritava cada vez mais. Como tem sido a nossa reação diante daqueles que querem barrar a nossa fé para alcançarmos os milagres? Temos ficado acuados diante deles ou temos perseverando em continuar em busca do nosso milagre?

A terceira atitude foi mudar o seu interior. Ao se levantar, sair da beira do caminho e tirar a sua capa de mendigo, Bartimeu estava decidindo deixar para trás aquela vida de miséria e sofrimento. Antes de recuperar sua visão externa, Bartimeu recupera sua visão interior. Passa a se enxergar um homem capaz, que não precisava mais viver daquele jeito, afinal, ele estava diante do Filho de Deus.

Jesus ao vê-lo não lhe cura imediatamente, mas primeiro lhe pergunta qual o seu pedido. Bartimeu lhe responde que quer recuperar sua visão. Jesus não lhe toca, mas apenas lhe responde que a sua fé o salvou.

Imediatamente ele tem sua visão restaurada. As atitudes de fé de Bartimeu o fizeram receber a sua cura. Ao ser curado, ele não volta a sua vida à beira do caminho, mas segue no Caminho, seguindo a Jesus. Ele havia sido curado por dentro, e a sua vida a partir dali já não seria a mesma.

Ser como crianças

 Texto-base: Marcos 10:14-15 “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele”.

Jesus ama as crianças. Ele disse que o Reino dos Céus é delas e que aquele que não receber esse reino como uma criança, não poderá entrar nele. Mas, quais atitudes têm as crianças que fazem delas detentoras do reino de Deus? Abaixo, listamos algumas:

Pureza: a criança é pura. Uma criança não se envergonha de ficar sem roupa perante as pessoas porque não há maldade, imoralidade em seu coração. Semelhantemente, antes de pecarem, Adão e Eva viviam nus no jardim do Éden e não se envergonhavam. Como acontece com as crianças, deveria haver pureza em nós. A maldade e a imoralidade não poderiam ditar nossos pensamentos ou atitudes.

Sinceridade: nesta terra, não há ninguém mais sincero do que as crianças. Elas falam aquilo que pensam. Se elas não gostam, elas falam e se gostam falam também. Por isso ouvir um eu te amo deles é tão bom, porque sabemos que são palavras sinceras. Adultos usam máscaras, escondem o que são ou o que pensam para agradarem os outros. Na verdade, falhamos até na sinceridade com Deus, que conhece o nosso íntimo, em muitas vezes tentar ser para Ele aquilo que na verdade não somos.

Capacidade de perdoar e esquecer: muitas vezes nossos filhos nos desobedecem e somos levados a castigá-los. Eles ficam chateados, choram, mas logo estão conversando conosco, como se nada tivesse ocorrido. Eles não guardam mágoas, ressentimentos, pelo contrário são facilmente dispostos a esquecer o que fizemos a eles. Nós adultos, sempre estamos guardando o mal que nos fizeram, e não digo apenas grandes maldades, mas coisas pequenas, ditas ou feitas no dia a dia, e que amarguramos por toda a vida.

Capacidade de imitar: crianças reproduzem com facilidade as atitudes dos pais. São facilmente moldados. Apesar disso ser perigoso quando se trata de imitar o que é mau, se pensarmos que no reino celestial temos um Pai ao qual deveríamos imitar em tudo, iríamos querer ser como crianças.

Ausência de ambição: aprendemos a valorizar o ter quando crescemos pois enquanto somos crianças, tudo o que importa é o ser. Crianças não amam mais quem lhes dá presentes caros, elas amam e se apegam a quem lhes dá amor e carinho. Inclusive, um presente de maior ou menor preço para uma criança não faz diferença. Para ela, o importante mesmo é ter algo e alguém para brincar. Do mesmo modo, deveríamos amar a Deus por quem Ele é, e não pelo que Ele pode nos dar. A presença e o amor de Deus deveriam ser o fator mais importante em nosso relacionamento com Ele. Todavia, frequentemente nos “revoltamos” com Deus se estamos servindo a Ele e não conseguimos o que estamos almejando.

Ausência de discriminação: uma criança não é preconceituosa, não despreza a ninguém pela cor, pelo tipo de cabelo, por ser pobre, por ter alguma deficiência ou pela forma com que se comporta. O preconceito é desenvolvido em nós a partir das ideologias que construímos sobre o que é melhor ou pior. E muitas dessas ideias são movidas pela religiosidade, ou pelas ideias dos outros, nada fundamentado na verdade da Palavra. Deus não faz acepção de pessoas. Jesus quando estava aqui na Terra se assentava com prostitutas, pecadores, publicanos. Ele não se contaminava com as práticas deles, mas ensinava-lhes a verdade. Esses largados da sociedade viam em Jesus alguém que não lhes apontava o dedo, mas que com amor os acolhia.

Não volte para a aldeia: a cura do cego de Betsaida

 Texto-base: Marcos 8:22-26

Jesus entra em uma aldeia em Betsaida e ali lhe levam um homem cego para ser curado. Jesus então tira o cego para fora da aldeia, coloca saliva em seus olhos, impõe-lhe as mãos e pergunta se ele está vendo algo. O homem lhe responde ver os homens como se fossem árvores, o que significava que a sua visão ainda não tinha sido restaurada por completo. Jesus agora põe as mãos nos olhos do homem, e este passa a ver perfeitamente. Então Ele o manda embora para a sua casa, ordenando-lhe que não voltasse mais para a aldeia.

Esse milagre possui pontos interessantes se comparado aos demais operados por Jesus. Em outros milagres relatados, as pessoas levadas a Jesus são curadas imediatamente, já nesse milagre Jesus precisa realizar duas intervenções. Sem dúvida, isso não aconteceu por falha de Jesus, mas talvez para nos ensinar lições a partir dessa história. Uma delas é que nem sempre a nossa visão acerca de algo é restabelecida em um única vez. Muitas vezes, essa visão é restabelecida aos poucos, até que possamos ver nitidamente.

Por exemplo, quando estamos evangelizando alguém, não podemos querer que de apenas umas poucas vezes a visão daquela pessoa se abra. O nosso crescimento é um processo, que vem aos poucos. É a própria Palavra que nos diz que a luz dos justos brilha como a aurora, cada vez mais, até que seja um dia perfeito.

Outro ponto interessante nesse milagre é que, ao ser curado, Jesus ordena àquele homem que não entre na aldeia, mas que vá para sua casa. Isso significa que a aldeia não era a casa daquele homem, e que em algum momento de sua vida ele havia sido levado para lá.

Sabe-se que o homem não nasceu cego, pois o autor diz que ele, recobrando a vista, ainda não via perfeitamente. Se ele recuperou a visão é porque ele já havia visto em alguma outra época.

Talvez aquele homem tivesse sido levado para a aldeia após ter ficado cego, ou talvez tivesse ficado cego após ter ido para a aldeia. Não se sabe ao certo, mas provavelmente a volta dele à aldeia seria prejudicial à manutenção da sua cura.

Existem lugares que após sermos curados não nos convém mais voltarmos. Talvez por nos exporem ao perigo de uma nova cegueira, talvez por serem lugares que nos remetem ao estado de miséria. O fato é que, a nossa libertação é o marco para uma nova vida, e se somos diferentes a nossa atitude frente a algumas coisas tem que ser também diferentes.

Voltar para a aldeia pode simbolizar que não estamos dispostos a viver a nova vida à qual fomos chamados. Se Cristo nos libertou, que passemos a viver em novidade de vida e em liberdade.

Sem a presença de Deus não vale a pena caminhar

 Texto-base: Êxodo 33

Após o povo de Israel produzirem um bezerro de ouro e prostarem-se diante dele como se fosse um deus, o Senhor Deus se indigna contra aquele povo e diz a Moisés que Ele não os considerava mais como o Seu povo. É considerado povo de Deus quem obedece a Deus. A partir do momento que seguimos nossos próprios caminhos estamos nos desvencilhando de Deus.

Mas tamanho o amor de Deus com aquele povo que Ele ressaltou que enviaria o seu Anjo adiante deles, destruiria os seus inimigos e faria aquele povo entrar na terra, como havia prometido, mas Ele próprio não iria com o povo.

Muitos procuram as bençãos de Deus sem querer a Sua presença. Querem a terra prometida mas não querem desfrutar de um relacionamento com o Senhor. De nada adianta termos as bençãos se Deus não está conosco, pois é Ele quem nos dá alegria para desfrutá-las.

Moisés então diz a Deus que se o Senhor não fosse com eles, eles não poderiam sair dali, pois de nada adiantaria alcançarem a terra da promessa sem Deus ao lado deles.

Ainda, eles só eram o povo de Deus porque tinham o Senhor caminhando com eles e isso era os que os distinguia dos outros povos. Sem o Senhor ao lado deles, aquele povo seria apenas uma nação qualquer, como os outros povos, e não mais seria o povo de Deus.

Temos que enxergar a grandeza de sermos povo de Deus e de tê-Lo ao nosso lado. Talvez estejamos tão acostumados com o Senhor ao nosso lado que não damos o devido valor a isso.

Ser povo de Deus é ser separado, é não se contaminar com as finas iguarias do rei, é não ser coniventes com o pecado. Banalizar a Sua presença é ir perdendo-a aos poucos. Aquele povo naquele dia sentiu a dor de não ter o Senhor ao lado deles. E se contristaram. E nós? Temos a certeza que a presença de Deus vai conosco? Estamos almejando apenas entrar na terra da promessa ou queremos entrar lá com Deus ao nosso lado?

Não retroceda em seu chamado

 Texto-base: Lucas 5:1-11

Pedro foi um dos discípulos mais conhecidos de Jesus. Ele era um pescador. O livro de Lucas conta com mais detalhes sobre o seu chamado. O ministério de Jesus já era bem conhecido das pessoas, e Ele estava próximo ao lago de Genesaré, falando a uma multidão.

Como estava sendo apertado pelas pessoas, resolveu pegar um barco, e era justamente o de Pedro. Após haver uma pesca milagrosa, Pedro se rende a Jesus, abandona sua profissão e decide segui-lo, com a promessa de que agora seria pescador de homens.

No decorrer do seu ministério com Jesus, Pedro vivencia diversas situações. Mas Jesus morre. Pedro, que o havia negado três vezes, se sente desolado. Não apenas ele, mas todos os discípulos, pois ainda não haviam entendido o propósito da vinda de Jesus a essa terra. E Pedro volta a pescar.

Após a ressurreição de Jesus, enquanto eles estavam pescando, Jesus aparece a Pedro e mais seis discípulos e, como no dia do seu chamado, faz um milagre na pesca daqueles homens. Nesse encontro Jesus diz a Pedro: apascenta as minhas ovelhas (Jo 21:17).

Na verdade, Jesus queria despertar Pedro sobre o porquê dele ter abandonado seu chamado de pescador de homens e ter voltado a pescar peixes. Pedro tinha sido chamado ao ministério, mas tinha voltado atrás. O desânimo pela morte de Jesus o havia feito retroceder do seu chamado.

Semelhantemente, muitos têm voltado atrás em seu chamado. Foram chamados por Jesus a exercerem uma função na obra de Deus mas o desânimo, as dificuldades, as decepções lhes fizeram voltar atrás. Ao invés de expansores do Reino, voltaram a ser o que eram antes.

Na verdade, jamais serão os que eram antes, pois agora eles têm em si a marca do chamado. A Bíblia diz que no juízo final daremos conta a Deus de todas as nossas obras. Isso é muito sério. Não queremos ser taxados de servos maus e negligentes, como aqueles que esconderam seus talentos (Mt 25:18). Queremos cumprir com fidelidade nossa missão e entrarmos com alegria do dever cumprido no Reino celestial.

Não esconda seus talentos

 Texto-base: Mateus 25:14-30

A parábola dos dez talentos prefigura acontecimentos da volta de Jesus, mas a maior parte dela se passa enquanto estamos vivendo aqui na terra. Ela se trata da história de um senhor que entregou talentos (moedas) a três homens e ao cabo de muito tempo voltou para ver o que eles tinham conseguido com os talentos recebidos.

Os dois homens que receberam dois e cinco talentos multiplicaram em igual quantidade e foram elogiados pelo bom trabalho. O homem que recebeu um talento o enterrou e foi repreendido pelo senhor.

Em nosso cotidiano, talento significa aptidão para realizar algo. Assim como aquele senhor entregou preciosidades àqueles servos, Deus também confia a nós aptidões para o serviço na obra Dele. Ele não nos dá nada além da nossa capacidade, assim como na parábola, que diz que o senhor deu os talentos conforme a capacidade de cada um.

Ninguém é melhor do que ninguém mas muitas pessoas possuem multi habilidades, outras pessoas tem menos variedades de aptidões, mas todos podemos fazer algo para o crescimento do Reino de Deus e seremos recompensados por isso.O

O problema é que muitos têm pegado os talentos que o Senhor lhes confiou e os têm escondido. Por medo, timidez, por amarem mais a glória do mundo ou por outros motivos.

Os servos que multiplicaram os talentos foram chamados de bom e fiel, pois trabalhar em prol do Evangelho é demonstração de bondade aos perdidos e fidelidade a Deus.

Aquele que enterrou o talento foi chamado de servo mau, negligente e inútil. Esconder as habilidades que Deus nos têm dado ao invés de usá-las em favor do crescimento da Sua obra é agir com maldade diante de tantos que se perdem, é negligenciar aquilo que Deus tem nos dado e se tornar inútil para o Reino de Deus.

A nossa pátria não é aqui na Terra. O nosso destino final é a eternidade, sendo assim, podemos até trabalhar para o nosso crescimento terreno, mas temos que trabalhar também (e principalmente) para o crescimento do Reino ao qual iremos quando partirmos. Agindo dessa forma, certamente participaremos da alegria do Reino de Deus.

sábado, 16 de janeiro de 2021

Onde há união, há autoridade, bênção e vida

 Texto-base: Salmos 133


O Salmos 133, um dos menores da Bíblia, nos fala sobre os benefícios da união. A palavra unidade no dicionário refere-se à capacidade de algo ser uno, ou seja, não dividido. Estar unido a algo é ser um com ele, isto é, não se separar dele.

Mas a união a que se refere o salmo em questão não é qualquer união, mas a união entre os irmãos. Essa união refere-se à unidade entre pessoas da mesma fé, entre cristãos. O salmista diz que a união entre os irmãos é algo bom e agradável. Ainda, ele diz que essa união pode ser comparada ao óleo derramado sobre a cabeça, barba e vestes de Arão e ao orvalho que cai sobre o monte Hermon, descendo sobre os montes de Sião. Neste lugar Deus ordena que haja bênção e vida.

Este salmo, passado tão desapercebido por muitas pessoas, tem grande significado. O objetivo geral dele é dizer que a união é boa, mas os seus pormenores nos ensinam muito sobre os frutos gerados pela união em uma congregação.

A união entre os irmãos gera autoridade. A unção do óleo sobre a cabeça e vestes do sacerdote indica o seu chamado e autoridade para o serviço de Deus. Consequentemente, a falta de união entre os irmãos gera a ausência dessa autoridade. Quando há divisões entre grupos ou entre toda a congregação, percebemos que há falta de autoridade do Espírito neste determinado lugar.

Ainda, a união gera vida. O orvalho que cai sobre o monte Hermom deságua no rio Jordão, principal rio que abastece o território de Israel. Como a água é fonte de vida e alimento, entendemos que a união é símbolo de bênção e vida, elementos confirmados pelo terceiro versículo. Consequentemente, quando existem desavenças entre irmãos, percebemos que falta a vida entre eles.

A união é muito boa, pois gera harmonia onde ela existe. Mas os efeitos gerados pela união são surpreendentes. Todos queremos que a nossa congregação seja cheia de autoridade de Deus e de vida, mas ainda nos esforçamos pouco para cultivarmos e mantermos a união. Onde há divisão não há união. E onde não há união, não pode haver autoridade, bênção e vida.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Redenção e remissão: os dois presentes nos dados por Jesus

Texto-base: Efésios 2:7


O sacrifício de Jesus por nós trouxe grandes benefícios para a nossa vida. Dois deles, seus principais, são a redenção e a remissão.

Ao olharmos o significado de redenção no dicionário, obtemos o seguinte: Ato ou efeito de resgatar ou de libertar de qualquer forma de escravidão ou opressão.

Esse foi o primeiro benefício que Jesus nos trouxe com a Sua vinda. Ele nos libertou da escravidão do pecado, e nos tirou do domínio do império das trevas (Colossenses 1:13).

Havia um escrito de dívida contra nós, mas Jesus removeu inteiramente essa dívida, e na cruz Ele despojou, isto é, saqueou os principados e potestades. Ainda, triunfou deles na cruz, os expondo publicamente ao desprezo (Colossenses 2:14-15). A morte de Jesus não foi uma humilhação para Ele, pelo contrário, as forças das trevas é que foram humilhadas ali. Na cruz o diabo foi completamente derrotado.

Essa libertação tem que ser celebrada por nós cristãos. Não somos mais escravos, somos livres. O inimigo não pode mais nos prender com nenhuma armadilha, somos livres. O pecado, a morte, a doença, a opressão foram subjugadas na cruz, somos livres. O problema é que muitos de nós ainda vivemos como escravos. Somos livres, mas não entendemos isso e vivemos à mercê de todos essas forças que já foram derrotadas.

Outro benefício adquirido na cruz, tão importante quanto o primeiro mencionado, foi a remissão. No dicionário, remissão significa perdão. Quando Jesus veio ao mundo e morreu na cruz, fomos perdoados dos nossos pecados e justificados diante de Deus, isto é, nos tornamos justos aos Seus olhos.

Antes do seu sacrifício, todos nós estávamos destituídos da glória de Deus, separados de Deus, mortos em nossos delitos (Romanos 3:23; Efésios 2:1). Mas quando Cristo morreu e ressuscitou, obtivemos novamente o acesso a Deus, a esperança da vida eterna.

Tudo isso é também chamado na Bíblia de reconciliação. Através de Cristo, fomos reconciliados com Deus (2 Coríntios 5:18-19). Estávamos separados dele, mas agora fomos colocados novamente em Seu reino, como Filhos de Deus.

Entretanto, a nossa salvação não vem pelo sacrifício de Jesus, mas pela fé Nele e naquilo que Ele fez por nós. Se não cremos em Jesus, anulamos o Seu sacrifício por nós, e a Sua morte e ressurreição não trarão a nós benefício algum.

Redenção e remissão: dois benefícios nos concedidos por intermédio da graça, mas não adquiridos de graça. Pelo contrário, foi preciso um grande sacrifício: de Deus, por entregar seu único Filho, e de Jesus, por se submeter à vontade de Deus e aceitar ser escarnecido, zombado e crucificado, tudo pelo nosso bem. Não dá para sabermos disso e vivermos da mesma forma. Precisamos receber essa salvação em nossas vidas, e uma vez salvos, precisamos proclamá-la às demais pessoas.


sábado, 9 de janeiro de 2021

Conhecer a Deus e sermos conhecidos por Ele

Texto-base: Gálatas 4:9


Em nosso cotidiano, dizemos que conhecemos alguém quando temos algum contato com esse indivíduo. O nível de conhecimento que temos entre os nossos familiares e colegas de trabalho, por exemplo, é diferente, pois o tempo que passamos com cada um deles difere. Quanto mais contato temos com alguém, mais conhecimento de sua personalidade teremos.

A Bíblia nos ordena a conhecer o Senhor e prosseguir nesse processo de conhecimento (Oséias 6:3). Isso quer dizer que conhecer a Deus é uma ordenança bíblica. Conhecemos a Deus quando adquirimos relacionamento com Ele. Nos relacionamos com Deus através da prática da oração e da meditação na Palavra. À medida que vamos tendo experiências de oração e estudos da Bíblia, vamos conhecendo o Senhor, bem como os atributos do Seu caráter.

Mas existe também o processo inverso: ser conhecidos pelo Senhor. Como o Senhor nos conhece? Em 1 Coríntios 8:3, Paulo nos diz que se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele. Somos conhecidos por Deus quando demonstramos amor por Ele, o que só é possível quando guardamos os seus mandamentos (João 14:21). Resumindo, a obediência à Palavra de Deus nos faz sermos conhecidos por Ele.

Ainda, em 2 Timóteo 2:19 diz que o Senhor conhece os que lhe pertencem. Ratificando tudo isso, temos João 10:10 onde Jesus diz que Ele conhece as suas ovelhas. Quando pertencemos ao rebanho do Senhor, somos conhecidos por Ele. Assim, entendemos que nos relacionar com Deus gera um conhecimento de ambas as partes, tanto de nós para com Deus, tanto de Deus para conosco. O segredo está em nos relacionarmos com Ele.

Esse conhecimento ao qual nos referimos não se limita a Deus saber quem somos. Ele conhece todas as pessoas, afinal Ele é Onisciente. Mas quando mencionamos sobre sermos conhecidos por Deus, estamos nos referindo a fazermos parte dos seus amigos íntimos. Da mesma forma, conhecer a Deus não se refere a apenas saber que Ele existe, mas termos intimidade com Ele.

Queremos ser ouvidos por Deus, mas por vezes, não queremos nos relacionar com Ele. Todavia Deus é um ser relacional, Ele nos criou para nos relacionarmos com Ele. Isso não é para satisfazê-lo, pois Ele é totalmente completo e não necessita de nada, mas é para a nossa própria satisfação. Existe um vazio em nós que só é preenchido por Deus. Há um espaço exclusivo destinado a Ele, e nada poderá preenchê-lo senão o próprio Deus. Que através da obediência possamos ser conhecidos Dele, e que através da oração e das Escrituras possamos conhecê-Lo cada dia mais.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Tudo vem de Deus no tempo estipulado por Ele.

 Texto-base: Salmos 127:1-2


Vivemos a sociedade do egocentrismo que diz que tudo deve ser feito objetivando o bem próprio, onde as nossas necessidades devem ser satisfeitas, não importando as necessidades alheias. Também vivemos na sociedade do imediatismo. Tudo tem que ser para agora, ou então não serve. Na contramão de tudo isso, o Salmos 127 nos dá dois ensinamentos preciosos.

1) Tudo vem de Deus. Se Ele não edificar a casa, em vão trabalharão aqueles que a edificam. Se Ele não guardar a cidade, em vão vigiarão os guardas. Sem a ajuda de Deus nos nossos projetos, não há como eles terem sucesso. A princípio até pode parecer que tudo vai bem, mas se Deus não está em uma causa, ela por si só não poderá se sustentar.

2) Tudo vem de Deus no tempo estipulado por Ele. O salmista diz que é inútil corrermos contra o tempo para fazer algo. Para aqueles que se submetem à vontade de Deus, Ele lhes ajuda enquanto dormem, não no sentido fisiológico, mas no sentido de descansar e esperar.

Temos alimentado a ideia de que precisamos correr de um lado para o outro em busca de coisas, de sonhos, de projetos. Não é errado elaborar projetos, realizar sonhos, mas sem Deus ao nosso lado eles não terão o sucesso do qual esperamos. Ainda, se não for no tempo Dele, tais projetos poderão se transformar em futuros obstáculos para nós.

Não adianta viver lutando com nossas próprias forças. Como cristãos, temos que reconhecer que a nossa força vem de Deus. Não adianta corrermos ansiosos, pois o que é nosso virá no tempo estipulado por Deus para nós. De Deus vem o nosso bem, no tempo Dele tudo dará certo. Com essas certezas ao nosso lado, poderemos desfrutar do melhor que Ele tem para nós. Sem essas certezas, viveremos a correr atrás do vento.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Mais sábios do que os adversários, mais entendidos do que os mestres, mais prudentes do que os idosos

Texto-base: Salmos 119:98-100


Todos sabemos da importância da Palavra de Deus e a transformação que ela causa em nós quando cremos nela. Ela é luz para os nossos caminhos e a força que precisamos para sermos vivificados. A Palavra de Deus é tão completa que no Salmos 119:96, o salmista diz que os mandamentos de Deus estão além dos limites da perfeição.

A Palavra nos orienta diante de diversas situações. Três delas são abordadas nos versículos lidos acima. A primeira direção é que a Palavra de Deus nos faz mais sábios do que nossos adversários, porque ela está sempre conosco, ao contrário deles, que não a tem consigo. Sabemos que os nossos adversários não são pessoas, mas as potestades das trevas. Quando temos a Palavra sempre conosco, não somos surpreendidos pelos ataques do mal, sejam eles físicos, emocionais ou espirituais, pois para cada ataque maligno há sempre uma palavra de Deus para nos defender.

Na segunda direção, entendemos que ao meditarmos na Palavra, podemos compreender mais do que os mestres, isto é, as pessoas intelectuais do nosso tempo. Todo conhecimento vem de Deus, até mesmo os conhecimentos seculares da Física, Química, Linguagens, etc. Na Palavra de Deus encontramos a direção para qualquer situação, mesmo aquelas referentes aos problemas terrenos.

E a terceira direção é que quando guardamos a Palavra, nos tornamos mais prudentes do que os idosos, isto é, a Palavra nos dá uma maturidade superior àquela que é adquirida apenas com os anos vividos. Essa maturidade nos capacita a não tomarmos decisões imprudentes.

A Palavra de Deus é completa. Por ela podemos sempre vencer. Mas para que possamos receber todos os benefícios que a Palavra nos dá, devemos sempre meditar nela. Ela deve estar sempre em nossa mente e devemos praticá-la com prazer.

sábado, 2 de janeiro de 2021

As controvérsias de Deus

 Texto-base:1 Coríntios 1:27-29; 2 Coríntios 6:9-10


Andar com Deus é viver na contramão do mundo. Quando verdadeiramente decidimos viver para Deus, estamos escolhendo o caminho da controvérsia. O apóstolo Paulo em suas cartas aos Coríntios explica um pouco de tudo isso. Em um dos trechos, ele diz que Deus escolhe as coisas loucas e fracas do mundo para envergonhar as coisas sábias e fortes. Para os ideais humanos, o proveitoso é ser sábio e forte.

E por que Deus escolheria um caminho oposto ao que estamos acostumados? Para que ninguém se glorie em vão na presença Dele. Quando Deus nos leva a um caminho oposto e controverso, a Sua intenção é nos manifestar a Sua glória, é nos mostrar que o controle de tudo é Dele, e não nosso.

Em outro trecho de suas cartas, Paulo nos fala sobre contradições vividas por ele e pelos seus irmãos de fé durante a caminhada cristã. Após relatar algumas das diversas tribulações enfrentadas por eles, ele diz que houve situações em que, para os homens eles estavam morrendo, mas na verdade estavam vivendo. Eram entristecidos, mas estavam sempre alegres; eram pobres, mas enriqueciam a muitos; não tinham nada, mas possuíam tudo.

Essas palavras nos confirmam o que Paulo queria dizer ao afirmar que Deus escolhe as coisas loucas para confundir as sábias. Os caminhos que Deus traça para nós muitas vezes parecem controversos perante o mundo, mas é a estratégia que Ele usa para nos revelar o Seu controle sobre a situação. As circunstâncias ao redor não nos amedrontam, não nos entristecem, não nos comandam, pois quando estamos sob o agir de Deus, Ele transforma tudo o que é maldição em bênção.

Humanamente falando, ninguém pode morrer vivendo, ou ficar alegre sendo entristecido, ou enriquecer sendo pobre. Mas quando estamos em Deus, tudo isso é possível, porque o que é importante aos olhos humanos, não faz diferença aos olhos de Deus. Mesmo que o exterior esteja corrompido, o nosso interior é diariamente transformado.

Ele é poderoso para nos fazer vitoriosos mesmo diante das piores circunstâncias, porque aquilo que é derrota para o homem do mundo, pode se transformar na maior vitória do homem com Deus.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

O fluxo da pregação da Palavra

Texto-base: Romanos 10:14‭-‬15 "Como pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?"


A fé vem pela pregação, e a pregação pela Palavra de Cristo, isso é o que Paulo nos exorta em Romanos 10:17. Precisamos da fé para, através da graça, sermos salvos. Só conseguimos nos manter no Caminho se tivermos fé, pois as revelações de Deus não se seguem por vista, mas por fé.

Todavia só teremos fé se a Palavra nos for pregada por alguém. O versículo acima nos traz um fluxo gerado através da pregação da Palavra de Deus. 

O apóstolo Paulo nos diz que todo aquele que invoca ao Senhor é salvo, mas o sentido de invocar não é apenas dizer o Seu nome, mas segui-Lo. 

Entretanto, só podemos seguir ao Senhor se crermos Nele, do contrário estamos fazendo algo sem propósito. Deus quer que O sigamos tendo a plena certeza de quem Ele é. 

Mas como as pessoas poderão crer em Deus sem conhecê-Lo? Ninguém acredita em alguém que não conhece. Para crermos em Deus precisamos conhecê-Lo, quer seja pelas obras em favor do Seu povo ou em nosso favor.

E como ouvirão falar de Deus se não há pessoas que O anunciem? Precisamos de pregadores, anunciadores das Boas-Novas, pessoas que proclamem a salvação trazida por Jesus. Um eunuco etíope que vinha de Jerusalém lendo o livro de Isaías, ao ser questionado pelo apóstolo Filipe se ele entendia o que lia, respondeu que não entendia, porque não havia quem explicasse a ele aquelas palavras. Pregar a Palavra não se resume a ler a Bíblia para as pessoas, mas falar com autoridade. E essa autoridade não nos pode ser dada, senão pelo Espírito Santo. E é esse o último aspecto do fluxo da pregação da Palavra.

Para pregarmos, temos que ser enviados, isto é, ser comissionados e estarmos preparados. Muitos têm escandalizado o Evangelho porque enfrentam uma missão sem serem enviados, isto é, sem receberem a unção do Espírito. A obra é de Deus, e não nossa, e o maior inimigo, o diabo, tenta a todo momento enfraquecê-la, pois sabe que ela não pode ser destruída. Pregar a Palavra é uma missão de todos nós que somos discípulos de Jesus. Quando Ele subiu aos céus, nos incumbiu dessa missão. Mas só conseguimos avançar em pregar o Evangelho se recebermos a autoridade do Espírito Santo. Sem ela, nosso esforço será em vão.

Existe um fluxo da Palavra. Somos enviados, pregamos, as pessoas ouvem, depois crêem, então invocam ao Senhor e recebem a salvação. Que possamos ser instrumentos nas mãos de Deus para contribuirmos para que o Evangelho seja pregado a todos os povos e para que as pessoas recebam salvação.