quarta-feira, 26 de outubro de 2022

As filhas de Zelofeade

Texto de referência: Números 27:1-11


Quando o povo de Deus findou a sua caminhada no deserto e iniciou-se o processo de herdar a terra prometida, vieram a Moisés cinco mulheres. Elas eram filhas de um homem chamado 

Zelofeade, que não teve filhos homens e já havia morrido. Como naquele tempo a herança era passada aos descendentes homens, elas vieram questionar isso a Moisés e pediram-lhe também uma parte da herança.

Moisés as despediu com a promessa de que consultaria o Senhor. Ao fazê-lo, Deus lhe respondeu que de fato, as filhas de Zelofeade tinham direito à herança, mesmo sendo mulheres. E ainda estabeleceu esse fato por direito, estendendo a outros descendentes, isto é, o homem que morresse sem filhos, a sua herança passaria ao seu parente mais próximo.

O que nos impressiona nessa história foi a coragem dessas mulheres em buscar perante Moisés o direito delas. Elas não se intimidaram por serem mulheres e não ter direito, mas buscaram, lutaram para conquistá-lo.

Essas atitudes foram vistas em muitas mulheres do passado que foram em luta dos seus direitos (muitas arriscando a própria vida), buscando ocupar o espaço que era delas. Ainda hoje, ainda muitas mulheres têm buscado os seus direitos, e têm tido êxito.

As filhas de Zelofeade deixaram um legado para nós. Em um tempo onde as mulheres tinham tão pouca visibilidade, elas nos ensinaram que nós podemos buscar os nossos direitos e que Deus se agrada de atitudes como essas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Os pães multiplicados nos tempos de Eliseu

Texto de referência: 2 Reis 4:42-44


Nos tempos de Eliseu, certo dia ele estava reunido com algumas pessoas, mais precisamente, cem pessoas. Logo chegou um homem trazendo das primícias 20 pães e algumas espigas.

Eliseu ordenou ao seu servo que desse daqueles alimentos aos presentes. O seu servo logo lhe questionou sobre como poderia fazer isso, haja vista serem tão poucos. Então Eliseu foi mais claro, dizendo que eles comeriam e ainda sobraria. O servo então deu aos homens e de fato, eles comeram, e ainda sobrou.

Alguns fatos são importantes para compreendermos esse acontecimento.

Primeiro, os pães trazidos para Eliseu foram os pães das primícias, isto é, os melhores frutos. Tudo o que de melhor você oferecer, em todos os aspectos da sua vida, Deus irá multiplicar.

Outra questão, quando Eliseu diz ao servo para servir os pães, aquela já era uma ordem do Senhor, mas o seu servo na incredulidade não creu. Por isso, Eliseu precisou novamente falar, agora explicitando claramente que o Senhor faria ali uma multiplicação.

Se Deus nos dá uma ordem, não precisamos olhar as circunstâncias, se aparentemente são ou não favoráveis. Nosso dever é cumpri-la, pois a palavra d'Ele se cumprirá conforme dito. E foi o que realmente aconteceu, os alimentos aparentemente insuficientes foram distribuídos e todos comeram com fartura.

O terceiro aspecto dessa lição é que Deus não faz milagres sob medida. Todas as vezes que Ele opera, é de forma abundante. O nosso milagre é para ser desfrutado por nós e ainda outros poderão também desfrutar do que Deus fez por nós.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Conserve o Espírito Santo que desceu sobre você

O Senhor desceu na nuvem e lhe falou e tirou do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre as setenta autoridades. Quando o Espírito veio sobre elas, profetizaram, mas depois nunca mais tornaram a fazê-lo. Números 11:25


O Espírito Santo sempre existiu. Desde a criação do mundo, vemos a sua presença (Gênesis 1:2). Todavia, as suas manifestações não eram tão conhecidas entre as pessoas quanto vemos no Novo Testamento. Moisés foi um grande homem de Deus e cheio do Espírito Santo. Entretanto, tinha sobre si a difícil tarefa de liderar o povo de Israel, que era extremamente murmurador e ingrato.

Durante o seu período de liderança, Moisés se encontrou por diversas vezes em situações difíceis, onde o povo se voltou várias vezes contra ele. Em uma dessas situações, ele desanimou e achou difícil a sua tarefa de líder. Nesse momento, Deus interveio e designou setenta anciãos para ajudá-lo nas tarefas de liderança.

Mas para o pleno exercício dessa tarefa eles precisavam do Auxiliador, o Espírito Santo. Deus então retira do Espírito que estava sobre Moisés e derrama sobre estes homens, que passam imediatamente a profetizar. Aqueles homens estavam experimentando o derramar do Espírito sobre eles, que geralmente acontece debaixo de alguma manifestação espiritual.

O triste é que a única vez que aqueles homens profetizaram foi naquele dia. Após isso eles nunca mais profetizaram. Apesar da Bíblia não dar mais detalhes sobre o fato, podemos crer que aqueles homens não souberam preservar a unção do Espírito que desceu sobre eles.

Quando somos visitados e cheios do Espírito Santo, temos uma missão: trabalhar para que Ele não se afaste de nós. Paulo disse isso quando alertou os tessalonicenses sobre não apagarem o Espírito (1 Tessalonicenses 5:19). Ele é uma chama, que deve se manter acesa continuamente. Mas isso só será possível se nós estivermos cuidando do fogo para que ele não se apague.

Deus nos chama a sermos cheios do Espírito Santo, mas ele também nos convoca a não perdermos essa unção que Ele nos deu. Quando agimos para preservar o Espírito Santo que está em nós, poderemos experimentar o melhor d'Ele para nós, e não vamos parar de profetizar, como fizeram aqueles anciãos.


segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Conhecimento e sabedoria são de fato vaidade?

Texto de referência: Eclesiastes 2


O livro de eclesiastes contém várias reflexões, e uma delas é acerca das vaidades da vida. Na verdade, se formos refletir sobre uma palavra que define esse livro, essa palavra seria Vaidade. Durante todo o seu discurso, o pregador elenca várias vezes sobre aquilo que ele considera vaidade.

Um desses elementos de vaidade é a sabedoria. Durante grande parte do capítulo 2, o autor retrata que durante toda a sua vida ele se empenhou em buscar a sabedoria e o conhecimento, mas ele chegou à conclusão que tanto o sábio como o estulto, ambos morrem, e os conhecimentos adquiridos ficam na terra.

Todavia ao fim do capítulo ele pondera que, apesar da sabedoria e conhecimento não ficarem conosco para sempre, é Deus que nos dá prazer para desfrutarmos delas enquanto estamos na terra. Ele diz: Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada (v.26).

Isso nos leva a crer que, apesar de passageiros, a sabedoria e o conhecimento podem ser desfrutados com prazer. Mas isso só ocorre quando estamos conectados com Deus. Não é errado buscarmos sabedoria e conhecimento para as coisas desta terra, entretanto, elas só nos serão prazerosas se estivermos com Deus.

Isso explica um pouco de porquê tantas pessoas se empenham tanto em buscar conhecimento, sendo doutos em tantos assuntos, mas com a alma vazia. Deus nos deu tudo dessa terra para desfrutarmos, mas ao lado d'Ele, "pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se? (v. 25).

Que possamos diariamente buscar conhecimento e sabedoria, mas jamais esquecendo de quem é a glória de tudo: do Senhor Deus!

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

As águas amargas da alma

Texto de referência: Êxodo 15:22-27


Durante a peregrinação do povo de Deus pelo deserto, logo no início da caminhada, eles procurando por águas chegaram a um lugar onde as águas eram amargas. Isso significa que havia água, mas elas eram impossíveis de serem ingeridas.

Quando Moisés clamou ao Senhor, Ele lhe mostrou uma árvore a qual deveria ser jogada nas águas e a partir de então as águas se tornaram doces.

Todos sabemos que se um alimento tem um sabor apetitoso mas por algum motivo se torna amargo não fica nada agradável. O sabor amargo deixa o alimento ruim e ninguém quer prová-lo. 

De semelhante modo é a amargura da alma. A amargura é um mal que tem atingido muitas pessoas em nossos dias. Devido aos dias difíceis pelos quais temos vivido, algumas pessoas se refugiam em enfrentar essas dificuldades com a alma amargurada, ao invés de uma alma leve e grata pelas coisas boas já vividas.

Assim como a água amarga não se pode tomar, com uma alma amargurada não conseguimos conviver. A amargura destrói não somente a pessoa que carrega esse sentimento, mas os seus relacionamentos ao redor.

É preciso que uma árvore seja jogada nessa alma, a fim de que ela se torne doce novamente. Essa árvore é Jesus, que através do Espírito Santo trabalha o mais profundo do nosso ser e nos cura das nossas feridas da alma. A alma dantes amarga pode ser uma fonte de vida novamente.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Jetro, uma visita acertada

Texto de referência: Êxodo 18:13-27


Jetro foi o sogro de Moisés. Não se sabe muito sobre ele, mas sabe-se que ele era um sacerdote de Midiã, sua região natal. Ele a princípio não servia a Deus, mas  a partir da sua convivência com Moisés, Jetro passou a conhecê-Lo.

Quando Moisés regressou ao Egito para libertar o povo, Jetro permaneceu em Midiã, entretanto, quando Moisés e o povo saíram do Egito e estavam no deserto, Jetro foi ao encontro dele.

Ao encontrar Moisés, Jetro se espantou em como ele sozinho julgava aquele povo. Ele deu a Moisés o conselho de dividir o povo estabelecendo lideranças sobre ele que o ajudassem nos julgamentos do povo, a fim de que ele não se cansasse tanto. Os chefes fariam o julgamento das situações mais simples, deixando as mais complexas para Moisés. Ao invés de Jetro chegar até Moisés lhe criticando, ele lhe apresentou a solução.

Moisés acatou o conselho e a Bíblia não relata, mas certamente as coisas ficaram melhores para ele desde então. A visita de Jetro a Moisés foi aquelas visitas que só nos fazem bem. A sabedoria daquele homem foi tamanha que foi registrada nas escrituras.

A partir daquele dia, Jetro vendo tudo o que o Senhor fez e estava fazendo por aquele povo reconheceu a soberania do Senhor e lhe ofereceu holocaustos. Jetro não apenas era um homem sábio, mas se tornou parte do povo de Deus, pois alguns versículos fazem referência aos filhos de Jetro morando dentre o povo e conquistando a terra junto com o povo (Juízes 1:16; 4:11).

Precisamos de mais visitas como a de Jetro, que ao invés de chegarem a nós criticando, nos trazem soluções para as demandas e desafios dos nossos dias.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

A diferença entre o mundo e o povo de Deus

No dia em que se completaram os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do SENHOR saíram do Egito. Êxodo 12:41


Deus não esconde que há diferença entre o seu povo e os demais povos. Vemos alguns versículos na Bíblia onde o Senhor revela que o Seu povo é escolhido e é diferente dos demais. Quando o povo de Israel estava no Egito essa diferença também foi notória.

Quando Deus enviou as dez pragas, apenas os egípcios as sofreram. Enquanto eles passavam apuros com rãs, piolhos, gafanhotos, pestes nos animais, trevas, chuvas de pedras e morte dos filhos, o povo de Deus estava em suas casas, vivendo tranquilos. Os egípcios perceberam que havia Alguém Maior olhando pelos hebreus.

Quando os israelitas saíram do Egito, todos os exércitos do Senhor saíram juntos com eles. Isso nos faz perceber que Deus havia colocado o Seu exército em favor do povo, trabalhando em prol deles. Quando eles saíram do Egito, não havia mais razão para aquele exército estar ali, haja vista o Egito ser um povo idólatra e adorador de falsos deuses.

Hoje nós também somos povo de Deus, fomos adotados por Ele e fazemos parte da Sua herança. Como os hebreus, também somos guardados e tratados de forma diferenciada, não porque Deus faça acepção de pessoas, mas porque Ele guarda e cuida daqueles que lhe pertencem.

DA mesma forma que o exército de Deus estava sobre os israelitas, o exército do Senhor também está onde estamos e o mal não tem poder sobre nós. Somos escolhidos, diferenciados, amados por Deus e devemos permanecer nos seus caminhos, para que jamais percamos essa bênção do Senhor.

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Os perigos da preguiça

Texto de referência: Provérbios 24:30-34


Dentre os vários conselhos que o livro de provérbios nos traz, existem alguns direcionados às pessoas preguiçosas. O sábio escritor, pelos seus escritos, mostrava-se uma pessoa avessa à preguiça. 

Em um desses provérbios o sábio retrata que ao passar próximo à vinha do preguiçoso, ele se deparou com tudo destruído e arruinado. O motivo dessa ruína estava nas atitudes daquele homem, gastava os seus dias apenas dormindo descansando, enquanto a pobreza e a necessidade o assaltavam.

A preguiça para as coisas desta terra nos faz muito mal. A pessoa preguiçosa tende a não ter nada porque não se aplica em construir nada, apenas em ficar parada. O descanso é obra de Deus, mas Ele também nos criou para trabalharmos e adquirirmos as coisas.

Por outro lado, a preguiça no âmbito espiritual também é muito prejudicial. Uma pessoa é preguiçosa espiritualmente quando deixa de buscar a Deus através da oração, palavra e boas obras para fazer outras coisas. Muitas vezes teremos que vencer o sono para orar ou ler a Bíblia. Algumas vezes teremos que abdicar do nosso descanso para buscarmos a Deus, pois isso é necessário para a nossa vida.

O fim do preguiçoso é ir perdendo tudo, mas aos poucos. Isso porque ele vai perdendo, mas a sua morosidade não o deixa perceber. Quando ele percebe, já perdeu tudo, e por isso o sábio diz que a sua ruína vem como um ladrão, de repente