segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Um Deus que está acima da morte

Texto de referência: Ezequiel 37:1-14


Um certo dia o profeta Ezequiel, um dos grandes profetas que existiram no Antigo Testamento, foi levado pelo Espírito de Deus a um vale cheio de ossos. Aqueles ossos estavam secos, mas quando Ezequiel começou a profetizar, eles ganharam vida.

Mas aquele renascimento não foi automático. Foi necessário um processo, onde primeiro foram colocados os tendões, depois as carnes e também as peles. Aqueles antigos ossos agora tinham forma, mas ainda não tinham vida. Eles só voltaram a viver quando sobre eles foi soprado o Espírito.

Quando os ossos ganharam vida, eles se tornaram um exército numeroso. Só depois de tudo isso, Ezequiel teve a interpretação daquela visão. Por revelação do Senhor, o profeta entendeu que aqueles ossos representavam o povo de Israel, que estava morto, sem esperança no exílio babilônico. Mas Deus estava prometendo que eles seriam tirados da sepultura da escravidão, e trazidos de volta à terra de Israel.

Ossos são a representação de algo sem vida, que já morreu há muito tempo. Assim estamos nós em muitas situações. A morte não ocorre apenas de forma física. Ela pode ser a ilustração de uma vida sem Deus, inundada no pecado. Outras vezes, a morte se manifesta através de uma depressão profunda, onde toda a alegria de viver se perde, e o que se nota é apenas um corpo respirando, sem sonhos, sem esperança, sem o prazer de viver.

Mas essa visão do vale de ossos secos nos mostra que não existe situação que não possa ser mudada pelo Senhor. Ninguém que visse aqueles ossos diriam que algum dia eles poderiam viver. Mas eles viveram. Onde havia morte passou a ter vida. 

Não existe situação de morte em nós que não possa ser transformada em vida. Por mais afundados que estejamos na lama do pecado, Deus é poderoso para nos tirar de lá. Por maior que seja a decepção, a desilusão, a depressão, Deus pode trazer vida àquela situação. 

sábado, 27 de novembro de 2021

Reconhecendo o agir de Deus em nosso favor

 "Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei." Gênesis 35:3


A trajetória de vida de Jacó é muito interessante. Ele foi um homem que viveu uma juventude de mentiras e enganos, mas que no decorrer da vida conheceu a Deus e aprendeu a viver com sinceridade na presença d'Ele. Jacó teve muitos tropeços em sua caminhada, mas uma coisa é admirável em sua vida: Ele nunca abandonou a Deus. Apesar das suas falhas, Jacó sempre reconheceu que Deus é o Senhor.

No versículo de referência, vemos que Jacó levantou um altar a Deus como forma de adorá-Lo e agradecê-Lo pela sua presença durante a sua caminhada. O contexto em que Jacó toma essa atitude é após ele sair da casa de seu sogro Labão e encontrar-se com Esaú, seu irmão.

Jacó saiu de sua terra natal sem nada de bens materiais, mas voltou como um homem próspero. Saiu jurado de morte por Esaú, mas conseguiu reconciliar-se com ele. Muitas foram as dificuldades que aquele homem enfrentou, mas ele percebeu que a mão de Deus o acompanhou em sua trajetória e isso fez toda a diferença em sua vida.

A fala de Jacó demonstra gratidão por parte dele, e reconhecimento do agir de Deus em seu favor. Pode parecer que não, mas nem sempre somos gratos pelo que Deus faz por nós. Muitas vezes não reconhecemos o Seu agir em nosso favor. Outras vezes, após a aflição, nos esquecemos de tudo o que Ele fez por nós.

A gratidão não apenas nos faz ser pessoas melhores, ela abre portas também para novos milagres. Quando reconhecemos o que Deus fez por nós no momento da aflição estamos reverenciando a Ele e rendendo a Ele aquilo que a Palavra chama de sacrifício de ações de graça. Sejamos gratos a Deus, reconheçamos o Seu agir em nosso favor, e bênçãos ainda maiores virão.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Não revele o milagre antes de recebê-lo

 Então disse Eliseu: “Vá pedir emprestadas vasilhas a todos os vizinhos. Mas peça muitas. Depois entre em casa com seus filhos e feche a porta. Derrame daquele azeite em cada vasilha e vá separando as que você for enchendo”. 2 Reis 4:3‭-‬4


O livro dos Reis conta a história de uma certa viúva que chegou até o profeta Eliseu rogando-lhe por seus filhos que estavam para serem levados como escravos por credores de dívidas feitas por seu falecido esposo.

Eliseu pergunta-lhe o que ela tem, e ela diz que tem apenas uma botija de azeite. Esse pequeno instrumento foi o suficiente para Deus operar um grande milagre na vida daquela mulher. Pelo poder de Deus, aquele pouquinho de azeite se multiplicou e ela teve uma quantidade suficiente para vender o azeite e pagar a sua dívida. 

Mas antes do milagre acontecer, aquela mulher precisou seguir alguns passos de obediência. Ela precisou pedir muitas vasilhas a seus vizinhos, e quando ela estivesse de posse dessas vasilhas, a ordem de Deus foi que ela deveria entrar com seus filhos para a sua casa, fechar a porta e confiar no agir de Deus.

Provavelmente quando aquela mulher saiu pela vizinhança a pedir vasilhas, eles acharam estranho. Mas por ordem de Deus ela não deveria falar nada, apenas pedir e ir para a sua casa, porque ali, no secreto, na presença apenas da sua família, Deus operaria o milagre.

Não se sabe os motivos pelos quais Deus pediu a viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta. Talvez seria para poupá-la dos incrédulos, que poderiam desestimular a sua fé. Mas sabe-se que existem milagres que Deus deseja operar em nós que Ele não o fará na presença de uma multidão. Serão bênçãos das quais apenas a nossa família irá presenciar.

Após o milagre, a vizinhança soube que aquela mulher estava de posse de muito azeite, mas eles só ficaram sabendo desse feito após a concretização do milagre. Não revele o seu milagre antes de recebê-lo. Espere a orientação e o agir do Senhor, que na maior parte das vezes se dá em secreto, e depois sem que seja preciso você dizer, todos saberão o que o Senhor fez por sua vida.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Abraão, exemplo de obediência e fé

 Textos de referência: Gênesis 12;15;17;22


Após Noé, Abraão é o primeiro homem na Bíblia do qual se sabem tantos detalhes. Ele era descendente de Sem. Esse homem se destaca na Bíblia pela sua fé. Ele recebeu de Deus uma promessa, de que a partir dele seria estabelecida uma grande nação, e que ele seria engrandecido e abençoado.

Para que isso se cumprisse, Abraão precisava deixar a casa do seu pai. Abraão abandonou toda a sua família, sem saber para onde ia, apenas confiando na Palavra que Deus lhe dera.  Mais a frente, Deus lhe prometeu uma grande descendência. Mas o fato é que Sara, esposa de Abraão era estéril e idosa, e por esses motivos não tinha condições biológicas de lhe gerar filhos. Mesmo assim Abraão creu. 

Ele creu contra todas as possibilidades. Não havia esperança humana nenhuma, Abraão não tinha os testemunhos de fé que temos hoje, mesmo assim ele creu, e por isso Deus se agradou dele.

Todavia ele recuou na fé, quando anuiu ao conselho de Sara, de ter um filho com Agar, uma das suas servas. Esse fato pode tê-lo distanciado do Senhor, pois dos oitenta e seis anos até aos noventa e nove não há registros de diálogos entre Deus e Abraão. Quando Deus chama novamente Abraão, Ele o convida a voltar à Sua presença e mudar os seus caminhos. Abraão se rende ao Senhor, e a partir dali, passou a ter sempre comunhão com Deus.

Outra característica da vida de Abraão era a sua obediência. Quando ordenado por Deus a circuncidar todos da sua casa, Abraão prontamente obedeceu. Mas a principal prova de obediência de Abraão foi não ter negado a Deus o seu único filho. Esse ato de obediência selou a promessa de Deus na vida de Abraão, que recebeu a promessa de uma descendência vitoriosa e grandiosa.

Abraão é para nós um exemplo de obediência e fé. Ele obedeceu mesmo sendo confrontado com um pedido doloroso. Teve fé mesmo não tendo nenhuma condição favorável. Temos muito o que aprender com ele.

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Seja sincero na presença de Deus

 Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Provérbios 28:13


Deus é perfeito e maravilhoso, mas Ele nunca escondeu de nós a nossa condição de pecadores. Somos pecadores e o Senhor não nos priva de sabermos dessa realidade, entretanto, Ele também nos adverte acerca dos perigos de uma vida de permanência no pecado.

Deus nunca irá compactuar com o pecado. Ele é Santo, a Sua natureza é de santidade, em Seu reino não há espaço para o pecado, mas há lugar para o pecador. Mas isso não se dá de qualquer maneira, isto é, Deus acolhe o pecador, mas para que nós pecadores sejamos aceitos em seu reino, precisamos de uma atitude: o arrependimento.

Apesar de toda a perfeição de Deus, o Seu reino é formado de pessoas imperfeitas, mas que reconhecem a sua condição e que Deus é poderoso para transformar qualquer coração. O versículo de hoje nos diz que aquele que esconde os seus pecados não prospera, isto é, não há avanços naquele que não reconhece os seus pecados. Por outro lado, aquele que se arrepende, confessa os seus erros e se esforça para mudar encontra misericórdia por parte de Deus. 

Percebemos então que existem dois caminhos. Um caminho consiste em não reconhecer os seus erros, pelo contrário, passar panos quentes, varrer os pecados para "debaixo do tapete", com o intuito de não ser descoberto, ou em uma tentativa de enganar a si próprio. O outro caminho é daquele que reconhece perante Deus que está errado, pede perdão a Ele e muda suas atitudes. Esse indivíduo é aquele que alcança misericórdia. 

Uma característica de alguém verdadeiramente cristão é a sinceridade. Deus se agrada em sermos sinceros diante d'Ele. Podemos enganar qualquer pessoa, menos a Deus, pois Ele nos conhece no mais profundo do nosso ser. Por isso, quando somos sinceros diante do Senhor, estamos reconhecendo a nossa fragilidade perante Ele, e a um coração quebrantado, Deus não desprezará.

Se eu fosse resumir essa mensagem de hoje em uma frase, eu diria: seja sincero diante de Deus quanto aos seus pecados. Não esconda nada d'Ele, pelo contrário, confesse a Deus os seus pecados, sejam quais forem a gravidade deles, pois para aquele que confessa e arrepende, há misericórdia. Para aqueles que tentam esconder, estão tomando uma atitude inútil, pois Deus não se deixa enganar.


sábado, 20 de novembro de 2021

Das portas da morte, para a presença de Deus

Tu, que me levanta das portas da morte, para que às portas da filha de Sião, eu proclame todos os Teus louvores, e me regozije da Tua salvação. Salmos 9:13-14


O livro dos Salmos é um livro muito completo, que expressa de uma maneira muito marcante a realidade do coração do homem, que muitas vezes se sente radiante de alegria, mas outras vezes se afunda em tristezas. E por isso o livro do Salmos é tão real, pois revela a nossa fragilidade enquanto seres humanos.

É essa fragilidade que é expressa no Salmos 9, onde o salmista agradece a Deus um grande livramento recebido contra os seus adversários. Ele exalta a grandeza e a bondade de Deus, e revela que o Senhor o levantou das portas da morte e colocou às portas da filha de Sião, para que ele pudesse proclamar louvores a Deus e se alegrar em Sua salvação.

Esse versículo nos aponta duas situações. Em um primeiro momento, o salmista, cercado pelos seus adversários estava à beira da morte, sofrendo e aflito. Em um segundo momento, aquele homem foi tirado das portas da morte para ser colocado na presença de Deus. A partir desse momento, aquele homem deveria louvar a Deus e se alegrar pela salvação recebida.

Em nossa vida, muitas vezes nos encontramos como o salmista, às portas da morte. São muitas as situações que nos trazem tristeza, sofrimento e dor. Mas o Senhor é poderoso para mudar a nossa situação, e nos tirar de uma vida de dor e nos colocar na presença d'Ele, onde há regozijo e esperança.

Mas é preciso lembrar que todas as bênçãos que recebemos tem o intuito de glorificar a Deus. Nascemos para adorá-Lo, esse é o propósito da nossa existência, mas muitas vezes nos esquecemos disso, e Ele permite situações difíceis para que possamos reconhecer a Sua grandeza e o Seu poder.

A vida do salmista foi transformada, ele saiu das portas da morte para a presença de Deus. Nós também podemos experimentar isso em nossas vidas. O dia que crermos no poder e na grandeza de Deus, poderemos experimentar o melhor que Ele pode fazer em nós.


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

As etapas na vida de Abraão até o cumprimento da promessa

 E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado. Gênesis 21:2


Abraão tinha setenta e cinco anos quando recebeu de Deus a promessa de que herdaria uma terra. Mas ele não herdaria sozinho, a sua descendência também. Acontece que Sara, dez anos mais jovem do que Abraão, era estéril, e por toda a vida eles desejaram um filho, que não veio.

Mas apesar de não ter nenhuma circunstância favorável ao cumprimento da promessa, Abraão creu, e isso agradou a Deus. Mas quando Abraão tinha oitenta e seis anos, Sara lhe propõe que ele se deitasse com a sua serva para que esta engravidasse dele. Abraão consentiu e isso lhe gerou diversas consequências.

Treze anos se passaram e nesse período não há referências bíblicas de nenhum diálogo entre  Deus e Abraão. Apenas aos noventa e nove anos, Deus aparece a Abraão, ordena-lhe que fosse perfeito em seus caminhos, muda o nome de Abraão e Sara (Abrão e Sarai eram seus nomes) e novamente renova a promessa feita anteriormente. Mas dessa vez, Deus estabelece o prazo de um ano.

Após um ano, conforme a Palavra do Senhor que não falha, Abraão e Sara, com cem anos e noventa, respectivamente, recebem o tão sonhado filho.

A vida de Abraão até o cumprimento da promessa foi definida em etapas. Apesar de sua fé inicial, durante esse período de vinte e cinco anos, Abraão esmoreceu algumas vezes e até mesmo falhou, mas quando aos noventa e nove anos Deus apareceu a ele, Abraão se mostrou disposto a obedecer. 

Quando Deus fala algo conosco, até que essa palavra se cumpra, muitas vezes precisamos cumprir diversas etapas. Cada etapa até a nossa vitória completa possibilita o nosso crescimento espiritual. E isso nos prepara para que estejamos maduros na fé para recebermos as bênçãos.

A maturidade que Abraão adquiriu permitiu que ele não retrocedesse na fé quando Deus lhe pediu Isaque em sacrifício. A disponibilidade de Abraão em obedecer mostrou o seu nível de intimidade e confiança no Senhor. E é essa maturidade que Deus também espera de nós. Que não venhamos a desanimar quando tivermos que enfrentar as etapas rumo às nossas bênçãos, pois cada etapa desse processo nos fará crescer e irá nos preparar da melhor maneira para recebermos o melhor de Deus para nós.