quinta-feira, 31 de julho de 2025

O jovem que tinha 5 pães e 2 peixes

 Texto de referência: João 6:8-12


Imagine você sair de casa para encontrar alguém muito famoso em um show, um espetáculo, algo desse tipo. Você não sabe que horas irá voltar, então coloca em sua bolsa uma pequena quantidade de alimento para se alimentar lá.

Agora imagine que ao chegar no evento alguns participantes peçam a você o alimento que você trouxe. É um pouco arriscado dar o seu lanche, pois você correrá o risco de mais tarde ficar com fome e não ter o que comer.

Uma história semelhante a esta se encontra nas Escrituras. Um jovem que tinha cinco pães e dois peixes saiu de sua casa para ir a um local onde Jesus estava, muito distante do seu local de origem. Ao chegar lá, foi surpreendido com os discípulos de Jesus lhe pedindo o alimento que estava em sua bolsa. Somente ele havia levado algo para comer, ou então somente o alimento dele era conhecido por outras pessoas. Há a possibilidade de alguns presentes no local terem levado alimentos e escondido, por medo de alguém lhes pedir e eles ficarem sem nada.

O fato é que o jovem, mesmo correndo o risco de ficar sem comida, resolveu compartilhar o que tinha e o fim da história todos nós conhecemos. Aqueles poucos pães e peixes alimentaram uma grande multidão, mais precisamente cerca de 10 mil pessoas.

E esse milagre só foi possível porque alguém ali se dispôs a dividir o pouco que tinha.

Essa história nos ensina o quanto precisamos aprender a dividir aquilo que Deus tem nos dado, a fim de vermos milagres através do nosso gesto de partilhar.

Só é possível vermos uma multiplicação através do pouco. Ninguém faz render algo que já é muito. Jesus usou um ambiente de escassez para mostrar o seu poder de abundância. Mas ele fez isso a partir de um coração generoso, que ousou dar o pouco que tinha.

A generosidade em nossos dias é pouca porque a nossa sociedade capitalista prega o acúmulo cada dia maior. Mas ao lermos a história da multiplicação percebemos que para Deus não faz diferença a quantidade porque Ele é o dono de tudo. Transformar o pouco em muito faz parte do processo de aprender mais sobre um Deus que é abundante e que está disposto a derramar sobre o coração generoso o transbordar de tudo o que Deus reservou para ele.

sábado, 26 de julho de 2025

A nossa semelhança com Jesus

 Textos de referência: Efésios 1:19-21; 2:5-6


Somos muito semelhantes a Jesus, afinal fomos criados à sua imagem (Gênesis 1:26). Se fôssemos elencar todos os aspectos em que somos semelhantes a Jesus, somente um texto não bastaria. Mas nesta pequena reflexão a minha intenção é abordar um aspecto da nossa semelhança com Jesus, que é a sua morte e ressurreição.

Todos sabemos o propósito da morte de Jesus, nos libertar do império das trevas e nos reconciliar com Deus. Se Ele não tivesse vindo ao mundo e morrido por todos nós, continuaríamos a depender de sacrifícios de animais para fazer expiação por nossos pecados.

Mas um único Cordeiro, Santo e Imaculado se ofereceu para expiar de vez todos os pecados de todas as pessoas. Esse Cordeiro é Jesus.

Ao ler o livro de Efésios, logo em seu primeiro capítulo, Paulo faz uma explanação sobre a vinda, morte e ressurreição de Jesus, explicando como hoje Ele é o cabeça de todas as coisas e está acima de tudo. Entretanto, ao continuar a leitura do livro, no segundo capítulo, Paulo nos assemelha a Cristo, dizendo que com Ele nós fomos mortos, ressuscitados e também assentados nos lugares celestiais.

Todas essas constatações nos fazem entender que quando Jesus morreu, nós também morremos. O sacrifício vivo foi Ele, o sangue derramado foi d'Ele, mas ao morrer em nosso favor, pela redenção dos nossos pecados, nós também morremos para o pecado. E ao ressuscitar e vencer a morte, nós também ressuscitamos no mundo espiritual e vencemos os poderes e as potestades do mal. E agora, assim como ele está assentado no alto, acima de todos eles, nós também estamos.

Tudo isso é maravilhoso! O pecado não nos domina mais, as forças inimigas já não tem poder para nos atingir e agora somos livres e vencedores em Cristo. Que possamos nos apropriar cada dia dessas verdades e desfrutar dessa liberdade que só em Cristo podemos ter.


terça-feira, 8 de julho de 2025

Quando a nossa iniquidade é perdoada

 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Salmos 32:1

Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mateus 11:30

O pecado é um fardo difícil de carregar. Na verdade, ele é como um saco, que carrega dentro de si elementos que vão sutilmente pesando a carga total. Isso se justifica pelo fato de que, quando pecamos, não estamos carregando apenas o pecado, mas todas as cargas que ele carrega em si, que são o remorso, as consequências que o pecado traz, a tristeza de espírito por ter pecado, as acusações do maligno, dentre outras.

E por isso quando pecamos nos sentimos pesados, porque de fato estamos carregando um fardo em nós. Mas se o pecado pesa, existe Jesus que declara ter um jugo suave e um fardo leve. Como pode um jugo (carga) ser suave e uma fardo (algo que pesa) ser leve? Humanamente não são, mas Jesus faz eles serem.

Andar com Jesus é não mais carregar fardos, é não possuir nenhum peso nos ombros, é viver em liberdade. E essa leveza só é sentida pelo perdão que Ele nos concede pelos nossos pecados. 

Não existe nada melhor do que quando pecamos e estamos nos sentindo mal por isso, ir aos pés de Jesus, confessar e receber perdão. Essa atitude nos traz uma leveza tão grande que é como se tirássemos uma carga das costas. E na verdade estamos tirando, mas não uma carga física e sim, uma carga espiritual, que não podemos ver, só podemos sentir.

Por isso é tão importante confessar os nossos pecados, porque o perdão nos dignifica novamente diante de Deus. Esconder os pecados nos envelhece (Salmos 32:3). Confessar nos rejuvenesce. Pelo que você precisa pedir perdão a Deus hoje? Não espere mais, confesse e sinta a leveza de espírito que só Ele pode te dar.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

O que importa é como tudo termina

 Textos de referência: 2 Crônicas 24;26


A Bíblia é uma fonte inesgotável de conhecimento. Quando mergulhamos nas histórias que são contadas nela, podemos aprender muito e temos a oportunidade de ser muito edificados.

Muitas pessoas ali descritas tiveram uma vida completa de temor ao Senhor, nos deixando um legado impressionante. Por outro lado, alguns viveram uma vida de impiedade, e tiveram um trágico fim. Outros, no entanto, começaram bem mas se desviaram no decorrer da caminhada, como é o caso de dois reis de Judá, Joás e Uzias.

Ambos da mesma descendência, Uzias foi neto do rei Joás. Este último, estava sentenciado à morte, quando Atalia, uma mulher perversa que queria se apossar do trono, resolveu matar todos os descendentes reais, membros da sua própria família.

Mas Deus, através de uma mulher piedosa, salvou a vida de Joás que posteriormente foi criado e guardado pelo sacerdote Joiada. Joás fez muitas coisas boas e serviu ao Senhor, mas no fim da sua vida deu ouvidos a pessoas erradas e acabou se desviando, inclusive assassinando o filho do sacerdote Joiada, demonstrando uma profunda ingratidão àquele que tanto lhe ajudou. Pelos seus erros, acabou sendo assassinado e não foi sepultado junto com os reis.

O outro exemplo é o rei Uzias, que também começou o reino de uma forma espetacular. Construiu muitas obras, fortaleceu seu exército e andou nos caminhos do Senhor, mas no fim da sua vida se ensoberbeceu e começou a acreditar que era poderoso e especial demais, chegando a tentar fazer atividades no templo que eram devidas somente aos sacerdotes. Acabou ficando leproso e vivendo isolado pelo restante dos seus dias.

São duas histórias que tinham tudo pra terminar bem, mas que deixam um pouco de tristeza no leitor quando terminam. Elas nos ensinam muitas coisas, mas uma delas é que não importa como começa, mas como termina. Mesmo que tudo esteja bem, se no final não permanece, parece que todo o positivo se esvanece.

E é por isso que temos que vigiar a nossa caminhada diariamente. É preciso analisar como estamos conduzindo a nossa vida para não seguirmos caminhos sem volta. Ambos os reis foram alertados dos seus erros, mas não quiseram mudar.

Quando estamos atentos, cuidando do processo, estamos contribuindo para terminar com sucesso a nossa trajetória.


sábado, 14 de junho de 2025

Você não precisa de atalhos, só de Jesus

 Texto de referência: João 5:1-9


Segundo o dicionário online, um atalho é um caminho alternativo que encurta a distância entre dois lugares, diferente do caminho principal, utilizado pelas pessoas para evitar demoras.

No nosso cotidiano imediatista vivemos em busca de atalhos. Um certo homem relatado na Bíblia um dia buscava um atalho, mas foi ensinado que o caminho certo estava em outra direção.

Este homem era um paralítico, que há 38 anos estava definhando em uma cama, triste e desanimado. Sua única esperança era um poço, chamado Betesda, que ficava em Jerusalém. Naquele lugar ficavam muitas pessoas doentes, que acreditavam em uma história que de tempos em tempos um anjo agitava as águas do poço e o primeiro que entrasse nessas águas seria curado. 

A bíblia não desmente a história, então acredita-se que o fato era verdade. Entretanto, o paralítico nunca conseguia entrar porque pela sua enfermidade ele não conseguia a mobilidade necessária para entrar na água e sempre alguém fazia isso antes dele. E para ele não havia mais esperança de cura.

Mas chega Jesus que lhe pergunta se ele queria ser curado. Ao contar a sua história, Jesus não dá ouvidos aos murmúrios, somente lhe dá a ordem de cura. Aquele homem prontamente se levanta e deixa no passado aquela enfermidade.

Ah se todos ali soubessem que não precisavam daquele tanque, só precisavam invocar o nome de Jesus para serem sarados.

Ao curar aquele homem, Jesus nos ensina que Ele está acima de qualquer estratégia humana de resolução de problemas. Enquanto estamos matutando inúmeras soluções para tantos conflitos, com calma Jesus nos ensina que clamando a Ele tudo se resolve. Ao crer nisso, podemos deixar de lado os atalhos que criamos e olhar para a fonte de todo poder: Jesus, Aquele que tem todas as coisas debaixo dos seus pés (Hebreus 2:5-8).

terça-feira, 10 de junho de 2025

Não deixe o amado Jesus ir embora

 Texto de referência: Cânticos 5:2-8


Nas poesias relatadas no livro de Cânticos, em uma delas a esposa relata que por algum tempo perdeu o seu amado. Ela estava em casa, dormindo, ele estava na rua. Quando ele chegou em sua casa e bateu na porta, ela hesitou em abrir, pois já havia preparado toda a rotina do seu sono.

Quando a esposa resolveu finalmente abrir a porta, seu amado já havia ido embora.

A amada então relata que o seu coração se estremeceu quando o noivo lhe falou, mas agora já era tarde, pois ele já havia ido embora.

A noiva então sai pelas ruas para encontrá-lo, mas é em vão. Para piorar, os guardas que rondavam a cidade a encontraram e, talvez achando que ela fosse alguma prostituta ou delinquente, espancaram-na e levaram seu manto.

É uma poesia simbólica, não se sabe ao certo se de fato isso aconteceu entre os noivos, mas sabendo da analogia do livro de Cânticos com Cristo (noivo) e a Igreja (noiva), podemos associar a poesia com o que às vezes acontece em nossa vida com Jesus.

Muitas vezes nos encontramos em situações que acomodamos, como a noiva que já estava em seus aposentos, quietinha, preparada para dormir. Já não nos lembramos de Jesus, mas Ele está lá, sempre batendo em nossa porta, nos convidando a estar com Ele.

Muitas vezes o nosso coração até se estremece, sentimos o seu chamado, mas continuamos a procrastinar. E quando resolvemos abrir a porta, o amado já está longe de nós. 

Isaías 55:6 diz: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Isso nos leva a entender que em algum momento o Senhor pode sim se afastar, e isso não quer dizer que nunca mais teremos a sua presença, mas que estar bem perto d’Ele vai requerer de nós uma busca contínua.

Recusar ouvir a voz de Jesus é abrir a porta para os problemas, como a noiva, que quando foi atrás do noivo, foi espancada. Longe de Jesus estamos fadados a enfrentar sozinhos situações que ao lado d'Ele seriam enfrentadas com muito mais facilidade, e com vitória ao final, pois com Jesus somos sempre conduzidas em triunfo (2 Cor. 2:14).


quinta-feira, 5 de junho de 2025

Usando o que você tem em mãos para operar o milagre

 Texto de referência: 2 Reis 4:1-7


Todos nós (ou quase todos) ansiamos por viver um milagre algum dia. Milagres são instrumentos de Deus para demonstrar à humanidade o seu poder. Eles também são formas de mostrar a nós seres humanos o quanto somos frágeis.

Quando uma viúva chega até o profeta Eliseu pedindo a ele ajuda para pagar uma dívida do seu falecido marido e evitar a prisão dos seus dois filhos, Eliseu não pega uma varinha mágica e resolve imediatamente o problema, mas ele pergunta a ela: “Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa.” Ela respondeu: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.” (v. 4)

Aquilo que para ela não era nada foi o instrumento usado por Deus para transformar a vida dela e da sua família, pois aquela pequena botija de azeite multiplicou-se o suficiente para encher uma grande quantidade de vasilhas, para então serem vendidas e pagar a dívida da família.

Na nossa vida Deus também utiliza instrumentos que nós temos para operar os seus milagres. É a partir de uma pequena coisa que Ele transforma em grande, mas nós precisamos colocar ao seu dispor aquilo que temos para que Ele opere.

Foi assim também na multiplicação dos pães e peixes, a criança tinha um pequeno cesto com pães e peixes, que foram colocados à disposição de Jesus para alimentar milhares de pessoas.

Se hoje nós estamos pedindo um milagre, que possamos olhar ao nosso redor e pedir a Deus o discernimento para enxergar o que nós temos para que seja instrumento em suas mãos para operar o Seu grande poder