terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Cereal, vinho e óleo: uma representação da Palavra, da alegria e da unção

 "Eis que vos envio o cereal o vinho e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações." Joel 2:19


Em um tempo onde o povo de Israel estava vivendo em pecado, o profeta Joel profetizou o juízo de Deus sobre aquele povo. Por causa dos seus pecados, o povo estava sofrendo com graves secas e com pragas de gafanhotos, que devastavam suas plantações.

Mesmo com os pecados do povo, Deus mandou através do profeta uma mensagem de esperança a eles, prometendo que um dia chegaria o tempo da restauração, e que Ele lhes enviaria com abundância o cereal, o vinho e o óleo, significando que aquele tempo de escassez provocado pela seca e pelas pragas se findaria. Esses três alimentos, o cereal, o vinho e o óleo eram os provedores financeiros da nação, pois eram destes alimentos que vinham as principais colheitas.

Mas hoje eu gostaria de refletir acerca do que esses três alimentos significam na esfera espiritual. 

O cereal nos fala de mantimento, de alimento sólido. A palavra de Deus é o nosso alimento. É dela que extraímos os nutrientes que diariamente necessitamos para nos mantermos de pé. O contato direto e habitual com a Palavra nos dá autoridade sobre os nossos adversários.

O vinho na Bíblia é a representação da alegria. Um coração alegre deixa o semblante mais belo. A alegria prometida por Deus não é qualquer alegria, mas é a que provém do Senhor. Em Neemias 9:7 diz que "a alegria do Senhor é a nossa força". Tendo a alegria de Deus em nós podemos vencer as dificuldades, pois ela não depende de circunstâncias para se manifestar, mas depende da presença de Deus em nós.

Por fim, temos o óleo que representa a unção de Deus em nós. A unção é a capacitação de Deus para vivermos o propósito d'Ele em nossas vidas.

Sem a unção não conseguimos viver o chamado de Deus. Essa unção vem através de uma vida de santidade e da nossa busca pelo Espírito Santo.

Assim como Deus prometeu ao povo o cereal, o vinho e o óleo e que a partir de então um novo tempo se estabeleceria para eles, o desejo do Senhor é que também tenhamos esses alimentos espirituais na nossa caminhada cristã. Cada um deles fará o seu papel e todos eles juntos darão uma nova estrutura para a nossa vida.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Por que Deus se compara na Bíblia como um cipreste?

 Eu te ouvirei e cuidarei de ti; sou como o cipreste verde, de mim procede o seu fruto. Oséias 14:8


O povo de Israel estava vivendo em grandes pecados e por isso Deus enviou seus profetas a fim de tentarem abrir as suas mentes. Um desses profetas foi Oséias, que denunciou os pecados de Israel e lhes enviou muitas mensagens de arrependimento.

Por mais que Deus enviasse palavras de juízo vindouro contra aquele povo, Ele sempre trazia uma palavra de esperança. E em uma dessas palavras de esperança, Deus disse que cuidaria deles e que seria para eles como um cipreste verde.

Quando vamos pesquisar no mundo botânico sobre o cipreste, encontramos que ela é uma árvore muito grande, chegando a 25 metros de altura, que tem longa duração, sendo que algumas existem há milhares de anos e está sempre verde. E a partir dessa ideia inicial podemos entender porque o Senhor se compara a um cipreste. A força dessa árvore, a resistência e a capacidade de estar sempre verde nos faz lembrar como o Senhor é, forte, poderoso e imbatível.

Mas são pelas suas propriedades medicinais que o cipreste mais se destaca. Essa árvore tem um poder medicinal incrível, e atua desde o sistema cardíaco, respiratório, digestivo, reprodutor, até alívio de problemas da mente. A lista de enfermidades das quais o cipreste tem poder de cura é muito extensa, sendo que ele pode ser usado como óleo ou como chá.

O pecado nas nossas vidas age como uma enfermidade, que se não tratada vai nos corroendo. O povo de Israel estava doente, mas Deus se colocou como um cipreste, que poderia curar aquele povo de todos os seus males. Ele é poderoso para nos curar das feridas que o pecado traz. Ele não mudou e continua a ser para nós uma fonte de cura, física e espiritual.


Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; (Isaías 53:4)


É o Senhor quem sara todas as tuas enfermidades (Salmos 103:3).

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

O que te impede de conhecer Jesus?

 Eis que um homem rico, chamado Zaqueu, chefe dos publicanos, procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. Lucas 19:2‭-‬3


Durante o tempo que Jesus percorreu a terra, Ele se tornou muito conhecido. Multidões o seguiam atraídas pelas Suas palavras e pelos milagres que Ele fazia.

Em Jericó, um homem chamado Zaqueu desejava ver quem era Jesus. Provavelmente ele ouviu falar de Jesus e seu coração queimou pelo desejo de conhecê-lo. Existe um anseio no coração de todos nós pelo Senhor, pois fomos criados para Ele, entretanto, o distanciamento de alguns de Deus impede que eles percebam essa necessidade, achando que tudo está normal.

Zaqueu sentiu que faltava algo, e que talvez em Jesus ele pudesse encontrar o que precisava. Talvez ele quisesse vê-Lo para saber se Ele era tudo o que realmente disseram d'Ele. Mas havia um obstáculo, Jesus estava sempre cercado por uma multidão de pessoas, e Zaqueu era um homem baixo. Como ele faria para ver Jesus?

Mas o desejo de Zaqueu por conhecer Jesus era tão grande que ele teve a ideia de subir em uma árvore e dali observá-Lo quando Ele passasse. O que Zaqueu não sabia é que Jesus já o tinha visto e já sabia tudo sobre ele. Quando Jesus passou debaixo da árvore, olhou para cima e chamou Zaqueu pelo nome. A partir daquele dia, Zaqueu se converteu ao Senhor e mudou de vida.

Poderíamos abordar muitas coisas sobre Zaqueu, mas o que eu gostaria de falar hoje é sobre os obstáculos que nos impedem de conhecer Jesus. Zaqueu se deparou com dois inconvenientes: a multidão e a sua altura. Um obstáculo era externo a ele, o outro estava nele. Mas ele não se intimidou, mesmo diante das contrariedades, Zaqueu se dispôs a superar esses obstáculos.

E Jesus, ao ver a fé de Zaqueu, honrou aquele homem, se hospedando na casa dele e levando a salvação até a sua casa. Em nossos dias, nos deparamos com muitos obstáculos que nos impedem de conhecer Jesus, mas precisamos crer que nenhum deles pode superar o nosso desejo de tê-Lo conosco. Se queremos ver Jesus, podemos, pois Deus já nos colocou acima de quaisquer circunstâncias contrárias ao nosso relacionamento com Ele. Se os obstáculos são grandes, ousamos ser maiores do que eles.



sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Queremos hospedar Jesus ou apenas vê-Lo passar?

 Texto de referência: Lucas 19:1-10


Zaqueu era um homem que morava em Jericó. A sua profissão era ser chefe dos publicanos, homens que cobravam impostos das pessoas e frequentemente cobravam a mais, para ficarem com uma parte para si. Por essa atitude, os publicanos eram detestados pelas pessoas.

Em certo dia, quando Jesus passava pela cidade de Jericó, Zaqueu ficou sabendo e começou a articular como poderia fazer para vê-Lo, uma vez que Jesus estava cercado por uma multidão e Zaqueu era baixo. Ele então resolveu subir em uma árvore, e ali ficou aguardando até o momento em que Jesus passasse ali.

Não se sabe quando Zaqueu começou a ter interesse em conhecer Jesus, mas pelas suas atitudes, percebe-se que ele realmente desejava conhecê-Lo, e que a chama do Evangelho já ardia em seu coração.

Quando Jesus passou pelo lugar em que Zaqueu estava, Ele olhou para cima, e chamou Zaqueu pelo nome, dizendo que naquele dia Ele iria hospedar-se em sua casa. Sem hesitar, Zaqueu desceu, recebeu Jesus e fez o compromisso de devolver tudo aquilo que ele havia roubado das pessoas.

A intenção de Zaqueu era conhecer Jesus, mas o desejo de Jesus era hospedar-se em sua casa. Essa história nos fala muito sobre o tipo de relacionamento que Deus quer ter conosco. Ele não deseja apenas que nós O conheçamos. Ele deseja habitar em nós, estar conosco o tempo todo. Deus é um Deus de relacionamento, o contato d'Ele com Adão no Éden já nos deixa claro isso desde o princípio da criação do mundo.

Deus não nos quer apenas como servos, Ele deseja nos chamar de amigos. Ele quer intimidade conosco. Zaqueu não hesitou em receber Jesus em sua casa. Ele abriu o seu coração para recebê-lo com mais profundidade. Será que nós também desejamos hospedar Jesus, ao invés de apenas vê-lo passar?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Daniel, o amado de Deus

 "Então aquele ser semelhante a um homem tocou em mim outra vez e me fortaleceu. E disse: — Não tenha medo, homem muito amado! Que a paz esteja com você! Anime-se! Sim, anime-se!" Daniel 10:18‭-‬19


O livro do profeta Daniel apesar de ser pequeno, é bastante rico. Daniel foi um jovem dentre os nobres de Judá que foram exilados para Babilônia. Ali, ele ficou por três anos no palácio do rei aprendendo a língua e o costume dos caldeus. 

Apesar do povo de Judá estar vivendo em grandes pecados, Daniel não era assim, pois ele já chegou no exílio buscando não se contaminar com as comidas babilônicas, para não pecar contra Deus. A sua fidelidade fez com que o Senhor lhe desse grande sabedoria e o poder de interpretação de sonhos e visões.

Daniel durante toda a sua vida honrou e priorizou ao Senhor. Quando armaram uma cilada para lhe jogarem na cova dos leões, mesmo sabendo de um decreto do rei que o prejudicaria, Daniel continuou a orar a Deus. Poucos de nós teríamos a coragem de arriscar a própria vida para não pecar contra o Senhor. Daniel fez isso porque não teve a sua vida como mais preciosa do que a sua comunhão com o Altíssimo.

Outra característica de Daniel é que ele estava sempre nos palácios, como conselheiro dos reis. Foi conselheiro fiel de Nabucodonosor, depois do sucessor do reino, Belsazar, e também de Dario, que inclusive fez o que pôde para tentar livrá-lo da cova dos leões. Onde Daniel ia, ele se destacava pela sua sabedoria, mas buscava sempre glorificar a Deus por isso.

Não se viu na Bíblia um homem que relatou tantas visões de Deus como o profeta Daniel, desde visões sobre o que estava acontecendo no presente do reino babilônico, quanto visões para muitos anos à frente, inclusive visões apocalípticas.

E pela sua fidelidade, Daniel por duas vezes foi chamado de amado por um anjo que o visitou. Isso nos leva a crer que no exército dos céus Daniel era um homem amado. De forma profunda, Daniel era amado por Deus. O profeta Daniel é exemplo para nós de abnegação, fidelidade e amor ao Senhor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Qual o tamanho do desejo pelo Pentecostes em sua vida?

 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Atos 2:1‭-‬2


O mover do Espírito Santo descrito em Atos 2 é um dos textos mais marcantes da Bíblia. E não é para menos, pois foi o dia escolhido por Deus para que a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo, viesse habitar entre nós. Ele já existia, grandes homens e mulheres de Deus já o haviam experimentado na Antiga Aliança, mas agora era diferente, o Espírito Santo não apenas se manifestava, Ele estava vindo para ficar, para fazer morada no coração de todo aquele que cresse (e crê) no Evangelho.

E a partir desse dia, muito se tem falado no Espírito Santo, em Seus dons, Sua manifestação, Seu fruto. E pelo fato de lermos que os discípulos estavam em um lugar e o Espírito desceu, tendemos a acreditar que essa manifestação é fruto da busca de um dia, onde eles oraram e o Espírito se manifestou.

Enganados com essa crença, temos buscado também esse tipo de manifestação. Acreditamos que basta um dia em que a igreja esteja "avivada" e ali receberemos a unção do Espírito Santo. Mas se formos atentar bem para os textos anteriores ao dia de Pentecostes, vamos ver que após a ressurreição de Jesus, Ele apareceu para muitos discípulos (não somente os doze apóstolos) e ajustou muitas coisas que estavam fora do lugar. Como exemplo disso temos Pedro, que teve a sua conversão de fato após as aparições de Jesus ressuscitado.

Após a sua ascenção aos céus, Jesus ordenou a todos os que estavam no monte, cerca de quinhentas pessoas, que não saíssem de Jerusalém, mas que aguardassem até a manifestação do Espírito. No dia de Pentecostes (aproximadamente 50 dias após a páscoa judaica), cento e vinte pessoas estavam reunidas em um lugar, orando, quando o Espírito se manifestou.

Dessa forma, percebemos que a manifestação do Espírito não ocorreu como resultado daquele único dia. Havia uma promessa desde a ascenção de Jesus que estava se cumprindo ali. O Espírito não se manifestou a qualquer pessoa. Ele desceu sobre homens e mulheres que perseveraram em buscar ao Senhor, obedeceram à sua ordem de permanecer em Jerusalém e estavam com os seus corações transformados.

O intuito deste texto não é desanimar aqueles que desejam ser cheios do Espírito, pelo contrário, o objetivo é encorajar ainda mais a busca pela Sua santa presença, e desencorajar a banalização da manifestação do Espírito. Ele não se manifesta de qualquer forma ou a qualquer pessoa. O Espírito Santo deseja fazer morada e liberar os Seus dons a corações que desejem ser transformados por Ele e perseverem na busca por Sua presença. Esse é o verdadeiro Atos 2.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Não se contamine com as finas iguarias do pecado

 Texto de referência: Daniel 1:3-20


O profeta Daniel foi uma das pessoas exiladas levadas para a Babilônia como cativos. Na época ele era muito jovem. Ao chegar até a Babilônia, Daniel, juntamente com mais três amigos, foram escolhidos para serem conselheiros do rei. Esses jovens estavam entre os nobres de Judá e eram doutos em diversos assuntos.

Ao chegarem ao palácio, Daniel e seus amigos foram instruídos sobre o que eles deveriam se alimentar, que consistia em finas iguarias da mesa real e do vinho que o próprio rei bebia, a fim de terem boa aparência, para apresentar-se ao rei após três anos.

Imagine essa situação. Daniel, um dos cativos, ao contrário do seu povo que estava vivendo como escravos na Babilônia, talvez em situação de miséria, tinha a oportunidade de morar no palácio, comendo do melhor que havia na Babilônia. Apesar de ser um cativo, a situação dele era bastante superior aos seus demais parentes judeus.

Mesmo assim, Daniel resolveu em seu coração de que não iria se alimentar daquelas iguarias, para não se contaminar. Não fica claro no texto por que ele se contaminaria alimentando-se daquelas comidas, mas talvez fosse por serem comidas consagradas a ídolos. Daniel então pediu ao chefe dos eunucos, o homem que estava responsável pela educação deles, que deixasse ele e seus três amigos comerem apenas legumes e água.

Ao ver a resistência do eunuco em atender o pedido, Daniel pediu que o chefe fizesse uma experiência com eles, por dez dias utilizando essa alimentação. Ao fim desse período, ele percebeu que Daniel e seus amigos estavam mais fortes do que os demais que comiam da comida real. E então ele aceitou o pedido de Daniel.

E por essa atitude de fidelidade, Deus concedeu a eles sabedoria e conhecimento singulares, e a Daniel Deus deu sabedoria na interpretação de sonhos e visões. Passados os três anos, Daniel e seus amigos se apresentaram diante do rei, e se destacaram diante de todos os demais sábios da Babilônia, e passaram a fazer parte da cúpula real.

As finas iguarias do rei representam o pecado do mundo. Aparentemente ele parece bom, afinal sacia o nosso ego, mas quando cedemos a ele, estamos nos contaminando e perdendo a essência de Deus em nós. Daniel e seus amigos resolveram que não se contaminariam e Deus os honrou por essa atitude.

Desprezar aquelas iguarias e comer legumes certamente foi difícil, mas ao final eles perceberam que a boa comida deu a eles muito mais força do que a que era contaminada. Além disso, eles não perderam a comunhão com o Senhor, recebendo sabedoria e conhecimento.

A nossa vida é feita de escolhas. Diariamente estamos diante de situações onde devemos optar, seja por continuarmos firmes a Deus ou ceder ao pecado. Se o pecado for a nossa escolha, estamos abrindo mão de uma vida com Deus. Se a fidelidade a Deus for a nossa opção, Ele certamente nos honrará.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

O fogo da fornalha não tem poder contra nós

 Texto de referência: Daniel 3


Três homens judeus moravam na Babilônia no período do exílio. Os seus nomes eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Eles eram conselheiros de Nabucodonosor, um rei arrogante e perverso, que havia feito uma grande estátua, perante a qual todos deveriam se prostrar e adorar.

Entretanto, os três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, se recusaram a prostrar-se perante a estátua, e foram penalizados pelo rei, sendo jogados em uma fornalha de fogo. Antes de serem jogados, o rei perguntou aos homens se eles queriam mudar de atitude e prostrar-se perante a estátua. Eles não hesitaram em dizer que não se prostrariam e ressaltaram que Deus era suficientemente poderoso para livrá-los daquela situação, mas ainda que Ele não os livrasse, eles não se prostrariam perante outro que não fosse o Senhor.

Furioso com a fidelidade deles, o rei mandou jogá-los na fornalha acesa, mas se surpreendeu ao ver que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não morreram, mas caminhavam tranquilamente dentro da fornalha, acompanhados por um quarto homem, descrito pelo rei como um ser "semelhante ao filho dos deuses". Após esse fato surpreendente, eles foram retirados da fornalha por ordem do próprio rei, o qual reconheceu que o Deus deles enviou o Seu anjo para livrá-los da fornalha. O rei exaltou o nome do Senhor e promoveu os três homens na Babilônia.

Sadraque Mesaque e Abede-Nego são para nós exemplos de homens que foram fiéis ao Senhor e não se deixaram levar pelo medo do tirano Nabucodonosor. Mesmo vendo toda a província se prostrando perante a estátua, aqueles homens escolheram permanecer fiéis em sua adoração ao Senhor. Esse amor a Deus trouxe a eles também a confiança de que o Senhor agiria em favor deles livrando-os da fornalha, mas crendo que ainda que esse livramento não viesse, eles permaneceriam fiéis.

Realmente eles não escaparam de entrar na fornalha, mas foram protegidos por Deus dentro dela. Por serem fiéis a Deus, eles experimentaram a fidelidade de Deus também a eles. Embora estivessem na fornalha, aquele fogo não teve poder contra eles. A princípio, eles foram humilhados pelo rei, mas ao final, eles saíram daquela situação honrados, porque souberam honrar o nome do Senhor.

Deus não nos priva de algumas fornalhas, mas nos ajuda enquanto estamos nela. Assim como o fogo não teve poder contra os homens, ele não tem poder contra nós. Mesmo passando pelo meio do fogo, podemos sair ilesos, vendo o livramento de Deus em nosso favor. Mas Deus espera de nós fidelidade, que não venhamos a nos submeter aos deuses adorados por outras pessoas, mas que o nosso coração seja inteiramente do Senhor.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Jesus, o rio que nos traz vida e cura

Texto de referência: Ezequiel 47:1-12


O profeta Ezequiel durante o seu ministério teve uma visão muito interessante. Ele estava no templo quando viu um rio que se originava diretamente do altar. À medida que um Anjo media o rio, o profeta atravessava-o. A princípio, o rio se limitava aos tornozelos de Ezequiel. À medida que ele caminhava, essas águas subiam até o momento que ele não conseguia mais atravessar o rio a pé, apenas poderia fazê-lo nadando.

Mas a visão não terminava aí. Ezequiel foi levado às margens do rio, onde viu muitas árvores. Essas árvores dariam muitos frutos para alimento, e as suas folhas, que não se secariam, serviriam de remédio.

Ele também viu o curso das águas, que tornavam saudáveis qualquer lugar por onde ela passasse. Essas águas também traziam vida a muitíssimos peixes. Junto ao rio estavam pescadores, que tinham muito espaço para estenderem suas redes e pescarem grande quantidade de peixes.

Muitos anos após essa visão, Jesus viria ao mundo e se revelaria como o rio de águas vivas (João 4:14), do qual aquele que bebesse jamais teria sede. Esse rio representa a Jesus, que veio para nos trazer vida, cura e para saciar a sede da nossa alma.

Os que crêem em Jesus são como aquelas árvores, que dão fruto e levam cura. Assim como essas árvores só se sustentam por estarem às margens desse rio, nós só nos sustentamos e produzimos frutos quando estamos ao lado de Jesus.

Mas também somos os pescadores, usados por Cristo para atrair pessoas ao Seu reino. A extensão do seu reino não tem fim, e a quantidade de pessoas que podem crer n'Ele é inumerável.

Da mesma forma que o rio da visão era tão profundo, Jesus nos chama a caminhar e mergulhar nesse rio com profundidade, de forma a desfrutar de tudo o que a Sua presença pode nos proporcionar, a viver a vida que Ele pode nos dar, a receber a cura de que precisamos. O rio de Ezequiel foi uma visão, que já se cumpriu. Jesus já veio, esse rio que flui do trono já está entre nós.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O ministério do profeta Ezequiel

 

O profeta Ezequiel é um dos grandes profetas que estão na Bíblia. O seu ministério vem descrito logo após o livro do profeta Isaías e Jeremias. Apesar de serem todos consagrados por Deus como profetas, os seus ministérios seguiram rumos diferentes.

Todos eles denunciaram o pecado e anunciaram a restauração de Israel, mas ao lermos o livro de Isaías, percebemos que ele foi um profeta mais próximo a alguns reis da época. No caso de Jeremias, ele foi bastante rejeitado pela realeza e pelo povo. Tanto Isaías quanto Jeremias anunciaram a tomada de Judá pela Babilônia.

No caso de Ezequiel, o seu ministério já se inicia na Babilônia, dessa forma, Ezequiel não foi um profeta que anunciou o exílio. Todavia, apesar de estarem no exílio, alguns que permaneceram em Jerusalém continuavam no pecado, o que levou Ezequiel a anunciar juízo de Deus contra eles.

A narrativa de Ezequiel baseia-se muito em mensagens de juízo de Deus contra o pecado, não como uma tentativa de destruição do povo, mas como forma de levá-lo ao arrependimento. Em alguns momentos, Ezequiel se diz desacreditado pelo povo (Ezequiel 20:49).

Por conta do seu ministério profético, Ezequiel chegou a ficar mudo, isto é, foi impedido de falar por algum tempo (Ezequiel 24:27; 33:22). Ele também foi impedido por Deus de chorar a morte da sua esposa, o que certamente não foi fácil para ele (Ezequiel 24:16).

Apesar das dificuldades do chamado, Ezequiel presenciou momentos preciosos na presença de Deus, onde ele teve visões da glória de Deus e da restauração de Israel. Foi Ezequiel que teve a visão dos ossos secos que voltaram à vida (Ezequiel 37:1-14), e de um rio que saía do templo e não tinha mais fim (Ezequiel 47). 

Embora o seu livro relate muitas mensagens de juízo, o livro de Ezequiel termina com uma mensagem de esperança ao povo de Deus. O Senhor o fez ver um novo templo, dentro de uma nova cidade. Esse templo, apesar de descrito como físico, faz parte da definição de templo da nova aliança, que corresponde ao nosso coração, ele é o verdadeiro templo, lugar de habitação eterna do Senhor.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Profetiza!

 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. Ezequiel 37:10


O profeta Ezequiel, dentre os profetas existentes no Antigo Testamento foi levado pelo Espírito a um vale cheio de ossos secos, que representavam o povo de Israel, no período do exílio babilônico. Por ordem do Senhor, Ezequiel começou a profetizar sobre aqueles ossos, que logo ganharam vida.

Quando Ezequiel teve a visão do vale de ossos secos, Deus poderia tê-lo levado apenas para mostrar os ossos e o próprio Deus ter começado a falar àqueles ossos para reviverem. Mas Deus fez de uma forma diferente. Ele usou Ezequiel para essa missão.

Deus ordenou a Ezequiel que profetizasse sobre aqueles ossos para que eles revivessem. Primeiro, Ezequiel profetizou para que eles tomassem forma. Logo em seguida, ele declarou para que o Espírito viesse e entrasse naqueles ossos, para ganharem vida.

Essa visão de Ezequiel nos ensina acerca da importância de profetizar. A igreja de hoje tem perdido a noção da riqueza do dom da profecia. Não temos permitido que o Senhor use os nossos lábios como instrumentos d'Ele para chamar à existência as coisas que não existem (Romanos 4:17). O livro de Provérbios nos diz que os nossos lábios podem ser canal de bênçãos e de vida (Tiago 3:10). Quando profetizamos pelo Espírito sobre a vida de alguém ou sobre alguma circunstância, estamos permitindo que o Senhor nos use como canal de bênçãos para cumprimento da Sua obra.

Deus não precisa de nós para cumprir o que Ele quer, pois do Senhor é o querer tanto o efetuar (Filipenses 2:13), mas assim como Ele escolheu a Ezequiel para profetizar, Ele nos escolhe para profetizarmos e gerarmos vida através das nossas palavras.