domingo, 31 de dezembro de 2023

Fazendo morrer a carne para que o espírito seja vivificado

Texto de referência: 2 Coríntios 4:10-18


A dicotomia entre corpo e espírito é algo presente em diversas partes da Bíblia. Nesta parte das Escrituras, encontramos o apóstolo Paulo abordando sobre os desafios presentes em se fazer morrer aquilo que é carnal. Segundo ele, o verdadeiro apóstolo leva em seu corpo o morrer de Jesus, esperando ver a vida Dele manifesta neste corpo mortificado.

Existe aqui então uma comparação entre a morte e a vida, entre corpo e espírito, entre as coisas desta vida e as da eternidade. Quando o nosso corpo morre para Jesus, a vida Dele se manifesta em nós. 

Esse morrer externo faz com que o nosso exterior se desvaneça, entretanto, faz com que o nosso interior se fortaleça e se renove diariamente, afinal, o foco do apóstolo não estava no que se via, o qual possui caráter temporal, mas no que não se via, pois este último era eterno.

O que percebemos aqui é que, quando fazemos morrer o nosso corpo, na verdade estamos nos enchendo de vida. Todavia, deixar a carne de lado não é fácil, afinal, somos frequentemente tentados a satisfazê-la, deixando de lado o espírito.

Deveria ser o contrário, afinal, as coisas dessa vida são temporais, enquanto as coisas eternas são o que de fato vão prevalecer. Deus espera de cada ser humano esse entendimento, de que quando abrimos mão da carne, abrimos espaço para Deus trabalhar em nosso interior. 

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Quem foi o profeta Joel?


Não se sabe a origem do profeta Joel, apenas que ele era filho de Petuel. Também não se sabe o período no qual ele estabeleceu o seu ministério, alguns datam do período pré exílico outros dizem que pode ter sido após, o livro não esclarece e nem dá indícios certos do período em que foi escrito.

Os escritos de Joel são muito preciosos e podemos dividi-los em três partes.

Na primeira parte, o profeta denuncia os pecados do povo, dizendo que o juízo de Deus estava vindo através de uma praga de gafanhotos que roubaria todo o mantimento da nação. Como não há registros dessa praga de gafanhotos no território israelita, alguns estudiosos pensam que esses gafanhotos seriam uma linguagem figurada para alguma praga enviada. Além dos gafanhotos, Joel anuncia como castigo ao povo o Dia do Senhor, um tempo de destruição, onde exércitos inimigos invadiram a terra.

E por esses motivos, Joel chama o povo ao arrependimento, mas não apenas de lábios ou através de sacrifícios de animais, mas de coração. Ele chama a nação a promulgar um jejum e a chorar pelos seus pecados, como sinal de uma contrição sincera. Ele exalta a misericórdia do Senhor que é grande e que cobriria os pecados da nação.

Por fim, na terceira parte há uma mensagem de esperança, de um Deus que perdoa e restaura o Seu povo. Essa restauração é selada através da promessa de um derramar poderoso do Espírito Santo, sobre todos aqueles que crerem.

Esse é o livro de Joel, um profeta que anunciou a palavra de Deus com ousadia e sinceridade. Mesmo sabendo tão pouco sobre ele, o legado deixado por Joel é impressionante.


terça-feira, 21 de novembro de 2023

A ação do Espírito Santo

A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Gênesis 1:2


O Espírito Santo é tão presente na Trindade que a primeira menção que se faz d'Ele é no segundo versículo da Bíblia, já na criação do universo.

Ele já agia desde o Antigo Testamento, todavia, de forma específica e externa. Podemos confirmar isso quando lemos o livro de Juízes e percebemos como o Espírito Santo tomava aqueles juízes para libertarem a nação israelita. No novo testamento é diferente. O Espírito Santo desceu após a ascensão de Jesus e agora Ele habita em nós. Assim podemos desfrutar da sua companhia diária, tanto através de manifestações internas, quanto externas.

A presença do Espírito Santo é um divisor de águas na nossa caminhada espiritual. Quem éramos sem Ele é totalmente diferente de quem somos com Ele. Percebemos a nossa vida sendo transformada conforme o Espírito trabalha em nós.

Nesse contexto, não deveríamos fazer nada em nossas vidas sem a presença do Espírito Santo. Devemos convidá-Lo a estar conosco em todos os momentos do nosso dia, mesmo aqueles mais simples.

Concluímos então que ele sempre existiu, apenas a sua manifestação nos dias da nova aliança é diferente da forma como se manifestava na antiga aliança.

Mas e quanto a ter essa presença maravilhosa conosco? Como ser cheios do Espírito Santo? Somos cada vez mais cheios do Espírito Santo quando abrimos mão do pecado. Cada vez que nos abrimos mais a obedecer ao Senhor, a ação do Espírito Santo cresce em nós. E cada vez que Ele cresce em nós, abandonamos mais o pecado. É um ciclo, não vicioso, mas virtuoso.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Quem foi o profeta Oséias?

O profeta Oséias fez parte da geração dos profetas menores de Israel. Ele viveu nos tempos que o rei Jeroboão II governava as tribos do norte, composta por dez dentre as doze tribos de Israel.

A Bíblia não é clara sobre as origens do profeta, se ele tinha ou não linhagem sacerdotal. O principal foco do ministério de Oséias foi denunciar os pecados existentes em Israel, o qual ele também denomina por diversas vezes como Efraim.

Se a mensagem transmitida pelo profeta era dura, a sua vida também não foi fácil porque para retratar a infidelidade de Israel para com Deus, Oséias teve que se casar com Gômer, uma prostituta com a qual ele teve dois filhos, cujos nomes também profetizavam contra a nação. Após o casamento, Gômer o deixou para voltar à sua vida pecaminosa, mas Oséias foi atrás dela para resgatá-la novamente.

Por mais que alguns estudiosos sugiram que essa união não tenha existido e que esse casamento seria uma metáfora, a grande maioria acredita que tenha sido real, o que certamente não foi fácil para o profeta.

Apesar da dureza da mensagem de juízo ao povo, Oséias termina seu livro com uma mensagem de esperança, com o Senhor prometendo perdoar aquele povo e restaurar a sua sorte.


quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Pecados denunciados pelo profeta Oséias


A missão de um profeta nem sempre é fácil. Muitas vezes, ele é incumbido de denunciar pecados do povo e consequentemente o juízo de Deus. O profeta Oséias, que viveu durante o reinado de Jeroboão II em Israel, teve essa missão. Durante o seu ministério, Deus lhe enviou para denunciar diversos pecados do povo.

O principal deles e que mais ocupa o livro de Oséias é a idolatria. O povo de Israel, após a divisão do reino entre Roboão e Jeroboão, havia se tornado extremamente idólatra.  Fizeram um bezerro como objeto de culto e começaram a adorá-lo esquecendo-se de Deus.

Dessa forma, por diversas vezes Oséias alerta o povo acerca da idolatria, que ele denominou também de pecado da prostituição ou de infidelidade. 

Outro pecado também denunciado por Oséias foi a corrupção das autoridades, tanto reais quanto eclesiásticas, esta última referindo-se aos sacerdotes do templo. 

A imoralidade também estava muito presente na vida do povo, que fazia rituais de prostituição em meio ao culto a deuses estranhos. 

Além de todos estes, Oséias também denunciou crimes como homicídios, mentiras e roubos.

A perversão do povo culminou com o exílio, que foi o juízo de Deus sobre o povo. De fato, o pecado gera destruição e morte. Ainda hoje, vemos pecados semelhantes no meio do povo de Deus. A idolatria, a corrupção e a imoralidade infelizmente têm sido vistas no meio dos cristãos. O mesmo juízo de Deus sobre o povo de Israel pode recair sobre aqueles que cometem tais pecados, caso não haja arrependimento.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Quem foi o profeta Daniel?

 

Daniel foi um profeta que saiu ainda jovem de Judá dentre os exilados que foram para a Babilônia. Ele era de uma linhagem nobre e por isso foi morar no palácio do rei para ser ensinado na cultura e linguagem dos caldeus. 

Apesar de morar no palácio ele não se contaminou com o paganismo existente na cultura babilônica e manteve-se fiel ao Senhor tanto nos costumes da lei de Moisés quanto no hábito da oração diária. Daniel não se desviou dos caminhos de Deus.

E pela sua fidelidade, Deus concedeu a ele muita sabedoria e o dom de interpretação de sonhos e visões. No decorrer do seu livro são relatadas diversas visões e sonhos que Daniel interpretou.

Ele também era muito dedicado às suas funções terrenas. Nos postos que ocupava, Daniel sempre se portava com dedicação e fidelidade aos seus senhores, o que causava admiração nas pessoas, mas também inveja em alguns.

Pelo seu esmero como funcionário real, Daniel estava sempre no palácio, trabalhando para os reis, por parte dos quais extraía profunda admiração pela sua devoção ao seu Deus. Alguns chegaram a se converter, emitindo decretos em favor do povo de Deus.

A vida de Daniel é para nós exemplo de fidelidade a Deus, zelo nas coisas desta terra e sabedoria.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Um reino que jamais será destruído: a visão do profeta Daniel


Texto de referência: Daniel 2


O profeta Daniel foi um grande homem de Deus o qual foi agraciado por Ele com o dom da visão. No decorrer do seu livro são relatadas diversas visões, sendo uma delas muito interessante, descrita no capítulo 2 cuja referência é acerca de acontecimentos políticos futuros.

Nesta visão Daniel retrata uma estátua dividida em quatro estruturas, sendo a cabeça de ouro, o peito e braços de prata, os quadris e o ventre de bronze, as pernas de ferro e os pés que se dividiam entre metade de sua estrutura de ferro e metade de barro.

Essa estátua refere-se a quatro reinos, sendo a cabeça o império babilônico, o peito e braços o império medo-persa, que derrubaria a Babilônia, os quadris e o ventre o império grego, o qual dominaria este último e por fim as pernas seriam o império romano, sendo que os pés de ferro e barro se tratam de uma divisão pela qual o reino passaria.

Resumindo, essa visão se trata de um resumo histórico e revelações dos reinos que dominariam nos tempos futuros. Mas há um último reino, referido como uma pedra que feriria o último reino, isto é, feriria a estátua nos pés. Esse reino não teria auxílio de mãos, isto é, não seria humano. Além disso, essa pedra se transformaria em uma grande montanha, o qual encheria a terra.  

Esse último reino foi interpretado por Daniel como um reino que não será destruído e que subsistirá para sempre. Esse último reino representa o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, que veio durante o período da dominação romana, para libertar o seu povo não do império romano, mas do poder das trevas espirituais.

Essa libertação não veio na forma política como pensava o povo, mas de modo espiritual, por isso ele não tinha conotações humanas. Jesus não veio como um rei tradicional, pelo contrário, veio ao mundo de modo humilde. Não se assentou em tronos terrenos, pois Ele mesmo afirmou que seu reino não era deste mundo.

O reino de Cristo é eterno e jamais terá fim, por isso a visão retrata um reino que não teria fim e não seria destruído. Esse é o reino de Deus, está acima de qualquer outro reino, é para ele que os nossos olhos devem voltar-se.


segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Os níveis do rio de Deus: a visão de Ezequiel

Texto de referência: Ezequiel 47:1-11


Em uma das muitas visões relatadas no livro de Ezequiel existe a visão de um rio cuja origem estava no templo do Senhor. Essa visão faz parte de algumas que Ezequiel teve relacionadas ao templo.

Nessa visão Ezequiel descreve um rio que saía do solo do templo e que de forma gradativa ia aumentando. A cada mil côvados o nível do rio aumentava, e as águas que se iniciavam nos tornozelos, passavam pelos joelhos, depois pela região lombar, até ultrapassar o limite do corpo, fazendo com que Ezequiel não pudesse mais atravessar o rio caminhando, apenas nadando.

Este rio, denominado um rio que levava vida por onde passava, é uma figura representativa de Jesus, que veio a esse mundo trazer vida eterna com salvação a todos nós. Mas o que significam esses níveis existentes no rio? A cada mil côvados representa fases, isto é, a profundidade daquele rio era indicada por fases, e só era percebida à medida que o profeta avançava. Ezequiel não conseguia enxergar a profundidade do rio a menos que ele continuasse caminhando.

A nossa caminhada com Jesus também é medida por fases. O reconhecimento de Jesus como Salvador é o princípio da caminhada, mas como o apóstolo Paulo ressalta, existe o desenvolvimento da salvação (Filipenses 2:12), indicando que o Senhor não quer apenas que sejamos salvos, Ele tem um plano para todos nós após essa decisão.

E a cada vez que caminhamos com Jesus vamos avançando essas fases, e vamos nos aprofundando mais no conhecimento d'Ele. A intimidade com Jesus que antes era rasa e superficial (tornozelos) pode se tornar profunda e intensa.

Mas isso só é possível à medida que avançamos na caminhada cristã. Parados às margens do rio não conseguimos sentir nada, só ingressaremos para mais perto de Deus no momento que nos dispomos a atravessar o rio. E o nível mais profundo desse rio só é possível atravessar a nado, isto é, mergulhando nele. Só iremos experimentar a real comunhão com o Senhor quando mergulharmos no conhecimento d'Ele.

É preciso entrar de cabeça, encharcar todo o corpo para vivenciar esse rio de vida. A pergunta é: em qual nível nós estamos? Estamos caminhando gradativamente para o nível mais profundo ou estamos estacionados na margem, molhando apenas os tornozelos e vivendo apenas o nível mais básico do que Jesus tem para nós?

Ele nos chama ao nível mais profundo. Jesus nos convida a um relacionamento da mais profunda intimidade na presença d'Ele.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Salmos 150: um guia para o louvor a Deus

Texto de referência: Salmos 150


O último Salmo da Bíblia, apesar de curto, é uma poesia que exalta o louvor ao Senhor. São seis versículos que falam sobre louvar a Deus em três aspectos:

Por que louvar: o primeiro elemento refere-se ao motivo pelo qual devemos louvar ao Senhor, que é pelo que Ele faz (seus poderosos feitos) e por quem Ele é (consoante a sua muita grandeza).

Como louvar: no segundo elemento, o salmista expressa como devemos louvar a Deus, não economizando os exemplos de todos os tipos de instrumentos e também da dança, que é muitas vezes até criticada no âmbito eclesiástico.

Quem deve louvar: neste último elemento, o salmista também se mostra bastante expansivo, ao dizer que o louvor a Deus deve ser dado por todo ser que respira.

Louvar a Deus é uma forma de expressar gratidão e reconhecimento a Ele. Deve ser uma prática diária e espontânea de todo aquele que diz amar e servir ao Senhor.


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

O louvor e a Palavra de Deus: instrumentos poderosos para vencer as guerras

 Nos seus lábios estejam os altos louvores de Deus, nas suas mãos, espada de dois gumes,  para exercer vingança entre as nações e castigo sobre os povos; Salmos 149:6‭-‬7


O Salmos 149 é um lindo convite a louvar ao Senhor com cânticos, com danças e instrumentos. O salmista conclama aos santos para, através do louvor, se alegrarem em Deus.

Ele ressalta que para eles (os santos), o louvor ao Senhor deve estar em seus lábios, enquanto em suas mãos devem estar uma espada de dois gumes, a fim de que povos e autoridades pagãs fossem destruídos.

Assim, o salmo se mescla, passando de um convite ao louvor para um convite também à batalha. Uma batalha não necessariamente precisa estar longe do louvor, pelo contrário, através dele podemos vencer batalhas, como ocorreu com Josafá. Ao lermos a história, vemos que enquanto ele e o seu povo louvavam, Deus concedeu vitória diante dos adversários.

Mas é preciso também usar a espada, que é de dois gumes, conforme destaca o salmista. A Bíblia cita em outro texto uma espada de dois gumes, em referência à Palavra de Deus. Ela é instrumento de guerra, conforme aponta Paulo quando sugere uma armadura espiritual aos crentes (Efésios 6:17).

E assim se descobrem duas estratégias poderosas em Deus para vencermos as batalhas: o louvor e a Palavra de Deus. Enquanto o louvor exalta a grandeza de Deus, Aquele que peleja por nós, a Palavra nos orienta acerca de como nós devemos lutar. A vitória é dada por Deus, mas somos nós que estamos no campo de batalha, e por isso necessitamos da Palavra conosco para guerrear.

O convite neste dia é para nos apegarmos ao louvor e à Palavra, e assim vencermos todas as batalhas.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

A restauração que vem de dentro para fora

 Texto de referência: Ezequiel 36:24-38


Durante todo o tempo que o povo de Deus esteve no exílio Deus enviou profetas para denunciarem os pecados que eles cometeram que fizeram com que eles fossem exilados e perdessem a terra dada por Deus como herança.

Mas além das palavras de repreensão, Deus também enviou tais profetas para levarem palavras de esperança. No livro de Ezequiel estão contidas essas profecias de esperança.

Deus revela ao povo que o exílio teria fim e que as nações que os escravizaram receberiam o juízo de Deus por agirem com soberba em castigar o povo. E nesse intervalo o povo também seria restaurado e lhes seria restituída a terra. Mas essa restauração começaria primeiramente no interior daquele povo, com o Senhor limpando eles das suas iniquidades. Eles passariam a abominar o pecado, ao invés de amá-lo.

O Espírito de Deus desceria sobre eles e eles passariam a ter um coração obediente a Deus.

A partir dessa transformação, viria sobre eles abundância também financeira, nas suas plantações e a fome que assolava as nações não teria poder sobre eles. Aquela terra completamente destruída e abandonada seria comparada ao Jardim do Éden, completo e com a presença de Deus.

Percebemos que a primeira parte dessa restauração estava no interior. O pecado seria retirado e o Espírito Santo desceria. Após isso, o exterior seria modificado e as nações ao redor veriam o que Deus havia feito.

Nos dias de hoje muito se fala sobre restauração: de casamentos, de vida financeira, de restauração do emocional, mas esquecemos que antes de Deus restaurar aquilo que vemos, ele trabalha internamente. Muitas pessoas vão às igrejas para buscarem uma bênção de Deus, mas só estão ali por isso, não querem arrepender-se dos seus pecados, não querem uma vida com o Espírito Santo, só querem ver cumpridos seus anseios materialistas e humanos.

O primeiro passo para uma restauração completa está em buscarmos a Deus e arrependermos dos nossos pecados. Então, com um coração aberto à obediência da Palavra, Deus começa a fazer mais por nós e abrir portas para bênçãos terrenas. Quando esse processo se inverte, corremos o risco de abandonar a Deus quando adquirimos o que precisamos.

Deus tem prazer em nos abençoar, mas Ele se agrada muito mais em que busquemos a Ele de todo o coração, com contrição e arrependimento, buscando obedecê-Lo. Só assim teremos a plenitude do que Deus tem para nós.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Como superar as tragédias da vida

Textos de referência: Romanos 8:15; 18; 28; 38-39.


Gostaríamos de acreditar que tragédias não acontecem com aqueles que servem a Deus, mas o fato é que tragédias podem acontecer com todas as pessoas, servindo a Deus ou não.

Mas há um alento para aqueles que confiam em Deus - as tragédias, por piores que sejam, não podem nos derrotar. Na verdade, a intenção do diabo ao agir através de uma tragédia é derrubar os servos de Deus, mas com Deus ao nosso lado, podemos superar os momentos difíceis e sempre extrair um propósito deles.

O livro de Romanos no capítulo 8 nos traz palavras de esperança que nos confortam. Primeiro o Senhor nos diz que os sofrimentos que passamos agora não se comparam à glória que há de ser revelada futuramente em nós. Apesar de todas as dores que possamos enfrentar nesta terra, sabemos que existe um lugar glorioso que nos aguarda, que é a eternidade com Deus.

O segundo aspecto diz respeito a saber que não precisamos temer nada, porque somos filhos de Deus. Não estamos largados nesta terra, somos filhos do criador de tudo, aquele que tem todas as coisas sob o seu controle. Nenhuma tragédia é maior do que Aquele que cuida de nós.

Além disso, todas as coisas têm o poder de cooperar para o nosso bem, isto é, ainda que enfrentemos as piores dificuldades, sabemos que Deus é poderoso para transformar elas em lições a serem aprendidas por nós.

Por fim, nada pode nos separar do amor de Deus. Durante as tragédias temos a tendência de pensar que Deus se esqueceu de nós e que não nos ama mais. Mas essa passagem vem nos lembrar que o amor de Deus por nós não encontra barreiras. Nada, nem mesmo o pior fato pode impedir que Deus nos ame.

Se compreendermos que existe uma glória maior que nosso sofrimento, que não precisamos temer, que mesmo os piores acontecimentos podem cooperar para o nosso bem e que nada pode nos separar do amor de Deus, podemos enfrentar todas as tribulações da vida com muito mais alento e esperança.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Quem foi João Batista?

João Batista era filho de Isabel e Zacarias, ambas pessoas idosas, que tiveram o filho através de um milagre, pois Isabel era estéril e já havia perdido as esperanças de uma gestação.

João Batista cresceu no deserto, e isso provavelmente indica que seus pais faleceram quando ele ainda era bem jovem. A alimentação dele era um tanto excêntrica - mel e gafanhotos - e suas roupas confeccionadas a partir de peles de animais. 

Mas o que mais chamava a atenção em João era a sua ousadia em falar e denunciar o pecado. Quando batizava as pessoas no rio Jordão (e daí veio a origem do seu nome Batista), ele não temia denunciar os pecados dos fariseus, publicanos e da guarda romana. Também não temeu repreender Herodes por tomar a mulher do seu irmão, motivo que lhe custou a própria vida.

João Batista estava nas escrituras antes do seu nascimento, pois os profetas antigos prenunciaram que haveria um mensageiro que clamaria no deserto anunciando o Messias. Essa voz é referenciada nos evangelhos como sendo a pessoa de João Batista.

Além dessa profecia, falaram sobre João quando os profetas disseram que Elias voltaria (Malaquias 4:5; Mateus 11:14).

João foi um homem extraordinário. Foi o próprio Jesus que deu testemunho dele. Morreu como um mártir, por ter denunciado os pecados do rei, mas não se deixou curvar pelos falsos prazeres desta terra.


terça-feira, 1 de agosto de 2023

As bênçãos da união

Texto de referência: Salmos 133


Já dizia o ditado: "Nos pequenos frascos estão os melhores perfumes". Do menor capítulo da Bíblia podemos extrair grandes lições.

O Salmos 133 fala sobre como é bom que os irmãos vivam unidos. E faz duas comparações interessantes sobre as implicações de um viver dessa maneira.

Na primeira comparação, o autor diz que viver em união é como o escorrer do óleo sacerdotal, sobre a cabeça e sobre as vestes. O óleo indica unção, o que nos leva a crer que uma vida em união traz unção e autoridade sobre quem a pratica.

Na segunda comparação, uma vida em união é comparada ao orvalho que cai sobre o monte Hermon e que desce para os montes de Sião. O orvalho representa a vida, pois onde a chuva chega traz vida. Além disso, esse orvalho é abençoador, pois possui capacidade de regar tanto o monte Hermon quanto o monte Sião, mesmo eles estando tão distantes em termos geográficos.

Por fim, o salmista salienta que onde há união, existe bênção e vida, todas decorrentes da autoridade, unção e vida que a união pode nos proporcionar. 

Esse é o precioso ensinamento do Salmos 133, de que vale a pena viver em união, pois é ordenança do Senhor e é feliz quem o pratica.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

As estratégias que Deus nos dá para combatermos nas guerras espirituais

Disse, pois, a Judá: Edifiquemos estas cidades, cerquemo-las de muros e torres, portas e ferrolhos, enquanto a terra ainda está em paz diante de nós, pois temos buscado ao Senhor , nosso Deus; temo-lo buscado, e ele nos deu repouso de todos os lados. 2 Crônicas 14:7


A Bíblia, principalmente no Antigo Testamento fala muito sobre guerras que existiram entre o povo de Deus e demais nações. Eram lutas sangrentas, com muitos mortos e feridos. Na verdade, essas guerras eram simbologias das lutas que temos nos dias atuais. Hoje sabemos que a nossa luta não é mais carnal, contra homens, mas espiritual (Efésios 6:12). Os inimigos físicos do povo de Deus apenas representavam as guerras que a igreja tem hoje, que são contra os principados e potestades do mal.

E por haver muitas guerras, também são descritos muitos elementos na Bíblia que eram utilizados como instrumentos de defesa. É sobre esses elementos que trata esse post.

O primeiro elemento são portas. Para entender sobre elas é preciso saber que as cidades tinham muros ao redor, para evitar ataques inimigos. As portas eram colocadas nos muros para fechar a cidade. Para um trancamento eficaz das portas, eram colocados ferrolhos, trincos de ferro reforçados para evitar a abertura delas.

Outra estratégia também visualizada eram as torres, que se tratavam de edificações bem construídas e de grande altura, onde ficavam guardas que vigiavam dia e noite para ver se não havia nenhum inimigo espionando a cidade.

Se as guerras antigas são representativas das guerras de hoje, as armas também são. Para travar as nossas guerras espirituais, necessitamos nos blindar de elementos de defesa, portas e ferrolhos que impeçam o inimigo de entrar em nossas vidas. A santidade é a maior arma que temos para evitar isso.

A observância da Palavra nos impede de pecar (Salmos 119:11) e consequentemente impede que o inimigo entre em nós através do pecado, nos fazendo viver em santidade. Por isso, estar atentos se as nossas atitudes diárias estão dentro da Palavra de Deus é uma porta de segurança em nossas batalhas espirituais.

Além das portas e ferrolhos, precisamos estabelecer as torres para proteção. Como a função das torres era vigiar os arredores da cidade, para as guerras espirituais também é importante vigiarmos para que nenhum adversário venha nos atacar. A oração e uma vida no Espírito são as estratégias que Deus nos dá para uma vigilância eficaz (Efésios 6:18). Orar e buscar sempre o Espírito Santo nos capacita a discernir melhor as coisas no âmbito espiritual, o que faz com que estejamos atentos a possíveis ataques adversários.

Hoje aprendemos um pouco sobre as guerras espirituais. Elas existem, não podemos subestimá-las, mas estar preparados para lutar como soldados valentes e vencer.

domingo, 23 de julho de 2023

O que tem regado a sua alma?

A sua alma será como um jardim regado, e nunca mais desfalecerão. Jeremias 31:12


O ser humano é formado por três elementos: corpo, alma e espírito. A alma é a sede das emoções, é onde habitam sentimentos como alegria, tristeza, paz, tranquilidade, angústia, medo, dentre outros. É por esse motivo que vemos o salmista perguntar à sua alma por que ela estava abatida (Salmos 42:5), pois é lá que abrigam as emoções desse tipo.

E por ser o habitat das nossas emoções, a alma é um lugar tão delicado de se lidar. Em um mundo onde os problemas emocionais têm sido um dos piores inimigos da sociedade, Deus nos mostra um caminho para evitar que venhamos a ser sucumbido pelas nossas emoções.

O versículo de hoje é datado do período em que o povo de Deus estava vivendo no exílio babilônico. Apesar disso, através de Jeremias, Deus trouxe diversas palavras de esperança ao povo para o fim do cativeiro, mostrando a eles que eles sairiam de lá e nada mais os atemorizaria.

É nesse contexto que o profeta cita o texto lido acima, de que a alma daquele povo seria um jardim regado, e que nunca mais eles iriam desfalecer.

Um jardim regado indica um lugar que está sempre sendo molhado por alguém. Uma alma que se assemelha a um jardim regado é uma alma sempre cuidada, cuja terra não fica árida. Se a alma é o abrigo das emoções, é importante que a reguemos diariamente, cuidando para que ela não fique seca e jogando nela sempre uma água limpa e fresca.

Essa água representa a palavra de Deus que trará vida e a oração que trará força. 

Mas se por um lado temos que regar a alma com o que é bom, devemos evitar coisas que possam ressecar a terra, como evitar estar em lugares ou com pessoas que danificam nossas emoções. Atitudes simples como, por exemplo, acordar e não olhar notícias ruins também contribuem para uma alma regada.

Em meio a tantos problemas nesse mundo, Deus nos dá a esperança de que uma alma regada é o segredo para que nunca venhamos a desfalecer.


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Quem foi o profeta Jeremias?


O profeta Jeremias vivenciou seu ministério no período próximo e posterior ao exílio. Foi chamado por Deus para denunciar os pecados do povo, que, apesar de serem tão advertidos, não abandonavam seus pecados de idolatria, imoralidade religiosa e opressão aos pobres. 

Jeremias iniciou e findou seu ministério em um período muito difícil, onde Israel estava sob ameaça de nações adversárias. No início do ministério, o profeta estava enfrentando as ameaças de invasão da Babilônia e no decorrer do ministério o povo acabou sendo levado cativo.

Como qualquer profeta, enfrentou dificuldades para exercer seu ministério. Em alguns momentos, Jeremias se queixou de solidão. As palavras de repreensão do seu ministério profético haviam feito com que as pessoas se afastassem do profeta, o que o fez sentir-se sozinho.

Não há referências bíblicas de que Jeremias tenha se casado, mas há uma ordem vinda do Senhor de que ele não se casasse ou tivesse filhos, então provavelmente ele não se casou (Jeremias 16:1-2). 

Jeremias também foi muito perseguido pela realeza e pelo sacerdócio, por denunciar os crimes religiosos e sociais da época. Em certa ocasião, foi jogado em uma cisterna cheia de lama, em outra, foi espancado e preso, além de sofrer ameaças de morte  (Jeremias 38:6; 37:15-16).

Por algumas vezes, Jeremias questionou a Deus sobre certas direções dadas a ele. Em outras, se queixou do peso do seu chamado, mas nunca deixou de obedecer ao Senhor e de transmitir a Sua mensagem.

Ao final, Jeremias foi honrado quando, na deportação dos judeus para o exílio, ele foi tratado com toda humanidade pelo exército babilônico, a pedido do próprio rei Nabucodonosor, que ordenou ao seu capitão que tratasse a Jeremias com respeito e o deixasse livre para escolher se iria para Babilônia ou se ficaria em Jerusalém. Jeremias escolheu ficar (Jeremias 39:11-12). 

Não se sabe como e quando findou o seu ministério, mas Jeremias é um exemplo de um profeta que foi fiel a Deus em seu chamado, mesmo tendo enfrentado tanta oposição.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Os três níveis na tentação a Jesus no deserto

Texto de referência: Lucas 4:1-13


A tentação de Jesus no deserto é sem dúvidas um texto muito rico para o nosso aprendizado. Apesar de ser tentado pelo diabo, Jesus foi levado ao deserto pelo Espírito. 

Ali, durante quarenta dias, Jesus passou por todos os tipos de tentação. A Bíblia nos relata três tipos de investidas do diabo contra Jesus. 

Na primeira, o diabo tenta Jesus a transformar pedras em pães. Utilizando a frase, "Se tu és Filho de Deus", ele tenta fazer com que Jesus utilize o seu poder para fazer milagres sensacionalistas. O poder de Jesus não era para satisfazer seu próprio ego, mas para servir. Quando Jesus não cedeu à tentação, Ele demonstrou que sabia a que Ele tinha vindo.

Na segunda tentativa, o diabo tenta fazer que Jesus o adore, em troca de glória de reinos. Jesus é o Rei dos reis, tudo está sob os seus pés (Efésios 1:22), mas Ele sabia também que seu verdadeiro reino não é deste mundo (João 18:36), então aquela proposta não lhe seduziria. Novamente, Jesus sabia a que Ele tinha vindo.

Por último, o diabo tenta a Jesus no campo da proteção. Utilizando novamente a estratégia de trazer dúvida a Jesus se Ele era de fato filho de Deus, ele tenta fazer Jesus pular de um pináculo, para que anjos o segurassem, conforme estava escrito nas Escrituras, citadas pelo próprio diabo. Jesus, entretanto, sabia que o Pai sempre estava com ele, e que não precisava simular uma queda para provar isso. Jesus apenas se impõe, dizendo: "Não tentarás o Senhor teu Deus". Isso bastou para que o diabo soubesse que Jesus estava certo de quem Ele era.


segunda-feira, 10 de julho de 2023

A árvore que estende suas raízes

"Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor . Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto." Jeremias 17:7‭-‬8


Alguns versículos do capítulo 17 de Jeremias nos falam acerca do homem que confia no Senhor em contraste com aquele que não confia. Ao homem que confia no Senhor, ele compara a uma árvore que é plantada junto a ribeiros de água, e que estende as suas raízes para o ribeiro. 

Existem outras bênçãos direcionadas àquele que confia no Senhor, mas essa em especial é interessante porque fala de uma árvore que está plantada próxima a um local que tem águas. Essa condição faz dessa árvore uma planta bem colocada, pois estar próxima às águas significa que não haverá ausência do principal sustentáculo da planta.

Mas além de estar plantada próxima às águas, ela também estende as suas raízes para elas, indicando que essa árvore ao estender suas raízes para as águas busca sugar para si o que há de melhor nessa condição de estar localizada próxima às águas.

As suas raízes fixadas no rio indicam que durante todo o ano ela receberá deste rio tudo o que ela precisa para sua sobrevivência. A atitude dessa árvore tem muito a nos ensinar, pois da mesma forma Deus deseja que fixemos as nossas raízes próximo a ribeiros de águas, isto é, que estejamos fixados em locais que serão para nós fontes de sustento. Estar plantado junto às águas significa estar fixados em locais que nos trarão alimento, seja com a nossa vida na Palavra, em oração e frequentando comunidades sadias que fortalecem a nossa vida e a nossa fé.

Não adianta apenas estar próximo a um rio, é preciso extrair dele os seus nutrientes que nos trarão a sobrevivência. Existem pessoas morrendo mesmo estando perto de fontes de águas, pois não sabem extrair delas o que elas possuem de melhor.

Estender as suas raízes ao ribeiro é questão de sabedoria e sobrevivência. Identificar fontes que trazem vida é fundamental para um viver equilibrado.



quarta-feira, 5 de julho de 2023

Qual o limite da sua fé?

Texto base: 2 Reis 4:1-7


Certa viúva chega diante do profeta Eliseu e expõe sua dificuldade. Seu marido fez uma dívida e, antes de pagar, faleceu. Sem condições de quitar a dívida, ela se viu em aperto quando os credores da dívida queriam levar seus filhos como pagamento pela quantia.

Quando Eliseu lhe perguntou o que ela tinha, ela lhe disse que não tinha nada, apenas uma botija de azeite. Ela não viu na botija de azeite uma solução, mas Deus nos surpreende, ele transforma em solução coisas que muitas vezes não enxergamos.

Quando Eliseu lhe mandou pegar muitas vasilhas, talvez ela tenha entendido qual era o propósito de tudo aquilo, mas humanamente era impossível. Como aquele pouco de azeite caberia em tantas vasilhas? Aquela mulher creu e a prova de sua fé foi o tanto de vasilhas que ela buscou.

Muitas vezes Deus nos faz promessas, depende de nós ousarmos acreditar ou não. Às vezes, a promessa é feita em circunstâncias totalmente contrárias, mas é Deus quem fez, e se Ele fez, é porque cumprirá.

Na vida daquela viúva não foi diferente. Ela ousou acreditar em Deus e isso mudou sua vida. O azeite só acabou quando acabaram as vasilhas. O agir de Deus é limitado pela nossa fé, enquanto há fé, Deus continua a agir.

Deus não apenas resolveu o problema da dívida, mas deu àquela viúva um sustento para si e para seus filhos. Se ela tivesse pegado poucas vasilhas, talvez o azeite daria apenas para pagar a dívida, mas ela ousou e Deus honrou a sua fé. Creia que Deus lhe dará não somente aquilo que você acha que precisa, mas lhe dará muito mais.

terça-feira, 27 de junho de 2023

O verdadeiro sentido do Templo do Senhor

Texto de referência: Jeremias 7:1-15


Apesar da nomenclatura Templo existir na Bíblia a partir da construção feita por Salomão, o Templo do Senhor existe de certa forma desde os tempos de Moisés, quando era chamado tenda da congregação. Desde esse período, o Templo sagrado era local de adoração, perdão e reverência ao Senhor.

Com o passar dos anos, o verdadeiro sentido do templo foi se perdendo. Acontece que o povo estava vivendo em pecado, idolatria, opressão aos necessitados, mas acreditando que era só entrar no templo que tudo estaria resolvido. Na verdade, eles estavam fazendo do templo uma espécie de amuleto, o que demonstrava uma imensa irreverência ao Senhor.

A consequência para essa atitude seria o mesmo castigo dado aos filhos de Eli, que também eram irreverentes com a casa do Senhor. Na ocasião, Deus eliminou todos os descendentes de Eli, e o ofício do sacerdócio deles aos poucos foi se acabando.

Da mesma forma que o povo acreditava, nos dias atuais, muitas pessoas também fazem do templo do Senhor uma válvula de escape para os seus pecados. Em seu dia a dia pecam, fazem todo tipo de coisas erradas, mas domingo estão lá na igreja, achando que estão salvos e perdoados, pelo simples fato de terem ido ao culto.

Não há arrependimento, mas sobra religiosidade. O religioso acredita que a graça de Deus em sua vida é consequência das suas obras. Porque ele pratica determinado ato, Deus lhe estende a mão. O que Deus queria ensinar ao povo é que eles deveriam entrar na casa do Senhor arrependidos, e assim receberiam perdão.

Não devemos fazer das nossas idas a igreja um amuleto. O Templo do Senhor é um local sagrado, de reverência a Deus e se sabemos que estamos em pecado devemos entrar no templo para, humilhados, pedir perdão. Seremos perdoados e a partir de então podemos desfrutar das bênçãos que podemos ter neste lugar. 


sexta-feira, 23 de junho de 2023

As promessas de Deus para Abraão

 Ao observarmos a vida de Abraão, talvez ele seja o homem cujas promessas de Deus sejam as maiores e mais lindas. Na verdade, talvez ele não chamasse o que Deus lhe falou de promessas. Em nossos dias utilizamos muito essa nomenclatura, mas não se sabe como Abraão chamou as promessas que Deus lhe fez.

Mas quais promessas foram feitas a Abraão? Talvez logo pensamos que tenha sido ser pai de um filho, mesmo na velhice e com sua mulher sendo estéril. Sim, Deus lhe fez essa promessa, entretanto, apesar de linda essa promessa, ela não foi a maior.

A primeira promessa que eu quero destacar tem de fato a ver com Isaque, o filho da promessa. Mas não é necessariamente ter o filho, mas o que ele receberia ao ter o filho. Deus disse a Abraão que a sua descendência seria maior do que as estrelas no céu e a areia na praia. Isso significa que os filhos de Abraão seriam incontáveis, mesmo que na realidade tivesse apenas um (não falaremos neste post sobre Ismael) . 

A outra bênção prometida a Abraão seria de que nele seriam abençoadas todas as famílias desta terra. Isso significa que Abraão carregava em si tamanha bênção que seria repassada às demais famílias. Abraão era abençoado e abençoador. Na verdade, ele foi chamado de profeta.

Por fim, a última bênção também muito grande é de que aqueles que o abençoassem estariam abençoados, mas aqueles que o amaldiçoassem seriam amaldiçoados.

Imagina saber que ninguém poderia lançar palavra contrária a ele, pois aquele que o fizesse, estaria amaldiçoado (não se sabe se a maldição seria a palavra contrária lançada ou outra coisa). O fato é que ele era automaticamente abençoado, gostando as pessoas dele ou não.

E se nós imaginarmos que as bênçãos de Abraão estão sobre nós? Não que a nossa descendência será numerosa como a dele, pois todos somos filhos de Abraão, essa promessa lhe é exclusiva. Mas podemos crer que a nossa família é abençoada e que nós somos abençoados, mesmo tendo pessoas que desejam nos amaldiçoar.

Se somos filhos de Abraão, herdamos as suas promessas e cremos que nós e nossas famílias já estão abençoados, em todo o tempo.


segunda-feira, 19 de junho de 2023

O Deus que escreve a nossa história antes mesmo de existirmos

Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações. Jeremias 1:5 


Quando Deus chamou Jeremias ao ministério de profeta, ele lhe disse que antes que Jeremias fosse formado no útero da sua mãe ele já era conhecido por Deus e que ainda no ventre ele já havia sido escolhido como profeta.

Na verdade a nossa história se inicia muito antes do que imaginamos. O Salmos 139 também retrata isso, quando diz que os olhos do Senhor nos viram quando ainda éramos uma substância sem forma alguma e que cada dia nosso foi escrito quando nem um deles havia (Salmos 139:16).

É muito interessante pensar que, antes que o óvulo se una ao espermatozóide, Deus já traçou a nossa história. Mas e quando passamos por momentos difíceis ou por tragédias, será que Deus escreveu a nossa história assim? 

Acredito que Deus escreve para nós uma história, mas cabe a nós darmos a Ele o controle da nossa vida para que essa história aconteça. No decorrer da vida cedemos a alguns pecados, desobedecemos ou tentamos fazer as coisas do nosso jeito, o que desvia o curso da nossa história e faz com que enfrentemos situações delicadas.

Mas a vontade do Senhor é que nós vivamos a história que Ele escreveu para nós. O Deus que nos conheceu antes mesmo que nós existíssemos tem controle sobre tudo. Ele é poderoso para fazer milagres em nós e nos fazer viver maravilhas. Que possamos buscar viver a história d'Ele em nós, e se estamos vivendo a nossa, do nosso jeito, que possamos ainda hoje mudar esse curso.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

A palavra de Deus e a vara de amendoeira

"Veio ainda a palavra do Senhor , dizendo: Que vês tu, Jeremias? Respondi: vejo uma vara de amendoeira." Jeremias 1:11


Logo no início do chamado do profeta Jeremias, Deus lhe deu uma visão em que mostrava uma vara de amendoeira, dizendo que velava sobre a sua palavra para a cumprir.

Em hebraico, a palavra amendoeira significa vigilante. Isso acontece porque ela é a primeira árvore a florescer na primavera, anunciando o final do inverno. Dessa forma, ela é considerada vigilante porque vigia o final do inverno.

O que Deus queria dizer a Jeremias é que tudo aquilo que ele iria falar ao povo através do profeta se cumpriria, nada cairia por terra.

Deus é aquele que fala e cumpre. O homem nem sempre cumpre com a sua palavra, Deus ao contrário, cumpre tudo o que ele diz porque ele não pode mentir e nem se enganar.

Por vezes Deus já interviu na história amenizando os castigos do povo, mas jamais deixou de cumprir aquilo que falou. A Bíblia diz que o nome de Jesus é fiel e verdadeiro (Apocalipse 19:11). Fiel para cumprir suas palavras, verdadeiro porque não compactua com a mentira.

Assim como a vara de amendoeira vigia o final do inverno para as outras árvores, Deus está sempre atento às suas palavras para cumpri-la. Se temos alguma promessa de Deus dita por ele, podemos crer que acima de qualquer circunstância contrária, ela se cumprirá.


terça-feira, 13 de junho de 2023

Quem foi o profeta Isaías?


O profeta Isaías foi um profeta da Bíblia que viveu antes do exílio babilônico. O seu ministério abrangeu os reinados de Uzias, Ezequias e Manassés. 

Nas suas profecias vemos palavras de exortação, denúncia ao pecado, mas também de esperança. Além destas, vemos muitas mensagens messiânicas, que profetizam a chegada de Jesus, tanto que ele é chamado profeta messiânico. Nas suas mensagens, o Messias é algumas vezes denominado Servo do Senhor (Cap. 42, 49, 53).

A vida do profeta, como de qualquer outro, não foi fácil. Isaías denunciou o pecado de Judá e também das demais nações, como Moabe, Babilônia, Edom, dentre outras (Cap. 13-23). Mas ele focou principalmente nos pecados de Judá, mostrando ao povo que se não se arrependessem o juízo seria iminente.

Ele se casou com uma mulher denominada profetisa, com quem teve dois filhos, ambos com nomes proféticos, que denunciavam os pecados do povo (Cap. 7:3 e 8:3).

Mas Isaías também trouxe palavras de esperança ao povo. Apesar de não esconder deles acerca do exílio que viria aos desobedientes, o profeta também declarou que Deus os tiraria de lá, e que haveria um novo tempo para aqueles que se arrependessem.



quarta-feira, 7 de junho de 2023

As nossas aflições são leves e momentâneas

Texto base: 2 Coríntios 4:17-18


Aflições todos nós enfrentamos. A Bíblia diz em Romanos 8:22-23 que não somente a criação suporta angústias, mas mesmo aqueles que possuem o Espírito Santo ao seu lado também enfrentam aflições. Por isso nesse dia não se questione mais pelas suas aflições, erga a sua cabeça e medite nesse texto que vamos falar.

O texto de hoje diz que a nossa tribulação é leve e momentânea. Paulo entendeu que, apesar de tudo o que ele estava vivendo ser tão terrível, o Senhor já tinha lhe dado forças suficientes para suportar, fazendo com que sua tribulação ficasse leve. Também entendeu que o Senhor tinha algo melhor para ele mais à frente, ele não passaria toda a sua vida naquela tribulação, portanto esta era momentânea.

Que tremenda essa revelação! Se Deus está conosco, o nosso fardo fica leve, pois quem nos ajuda a carregar é o Senhor. Além disso, se Deus está conosco, a prova vai passar, não vai durar para sempre. Vamos nos lembrar que Salmos 30:5 diz que o choro pode até durar uma noite, mas a alegria vem quando amanhece o dia!

Ainda, ele diz que aquela tribulação que era leve e momentânea tinha um propósito: produzir eterno peso de glória, acima de toda comparação. Isto nos leva a crer que, as nossas aflições não são por acaso, são maneiras que Deus usa para intervir em nossas vidas. E após a tribulação podemos esperar a glória do Senhor (não a glória humana) se manifestando em nós.

Isso implica dizer que ainda que as nossas provas sejam grandes, aquilo de bom que Deus tem preparado para as nossas vidas é ainda maior, algo que não se poderá comparar. Mas é preciso crer, pois o texto também diz que ele não se atentava para o que ele estava vendo, mas para aquilo que ele não via, pois o que ele estava enfrentando era temporal, isto é, passageiro, mas o que estava por vir seria eterno.

Por fim, no início do texto diz que não podemos desanimar. Paulo não desanimava porque ele sabia de tudo isso que acabamos de meditar. Mas ele afirma que ainda que o nosso exterior sofra com as tribulações, o nosso interior permanece forte, renovado diariamente. Se renove no Senhor hoje, deixe Ele te ajudar a carregar seu fardo!

Temos enfrentado dias difíceis, mas podemos ter a certeza de que o que Deus tem para nós é muito maior e incomparavelmente melhor. Mas a nossa atenção tem que estar naquilo que não se vê, isto é, a nossa fé tem que ser fortalecida, pois é através da fé que poderemos alcançar o melhor de Deus!

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Quem foi o profeta Isaías?


O profeta Isaías foi um profeta da Bíblia que viveu antes do exílio babilônico. O seu ministério abrangeu os reinados de Uzias, Ezequias e Manassés. 

Nas suas profecias vemos palavras de exortação, denúncia ao pecado, mas também de esperança. Além destas, vemos muitas mensagens messiânicas, que profetizam a chegada de Jesus, tanto que ele é chamado profeta messiânico. Nas suas mensagens, o Messias é algumas vezes denominado Servo do Senhor (Cap. 42, 49, 53).

A vida do profeta, como de qualquer outro, não foi fácil. Isaías denunciou o pecado de Judá e também das demais nações, como Moabe, Babilônia, Edom, dentre outras (Cap. 13-23). Mas ele focou principalmente nos pecados de Judá, mostrando ao povo que se não se arrependessem o juízo seria iminente.

Ele se casou com uma mulher denominada profetisa, com quem teve dois filhos, ambos com nomes proféticos, que denunciavam os pecados do povo (Cap. 7:3 e 8:3).

Mas Isaías também trouxe palavras de esperança ao povo. Apesar de não esconder deles acerca do exílio que viria aos desobedientes, o profeta também declarou que Deus os tiraria de lá, e que haveria um novo tempo para aqueles que se arrependessem.