sexta-feira, 6 de novembro de 2020

A presença do Senhor

 Texto base: 1Samuel 4:1-3 “E veio a palavra de Samuel a todo o Israel; e Israel saiu à peleja contra os filisteus e acampou-se junto a Ebenézer; e os filisteus se acamparam junto a Afeque.

E os filisteus se dispuseram em ordem de batalha, para sair contra Israel; e, estendendo-se a peleja, Israel foi ferido diante dos filisteus, porque feriram na batalha, no campo, uns quatro mil homens. E voltando o povo ao arraial, disseram os anciãos de Israel: Por que nos feriu o Senhor hoje diante dos filisteus? Tragamos de Siló a arca da aliança do Senhor, e venha no meio de nós, para que nos livre da mão de nossos inimigos.”

A história de hoje se passa nos tempos de Samuel. O povo enfrentava um momento de rebeldia contra os mandamentos do Senhor, corrupção no sacerdócio e práticas de idolatria. Em uma batalha com um inimigo recorrente - os filisteus, Israel é vencido e cerca de quatro mil homens morrem. Procurando um motivo para aquela derrota e uma forma de alcançar vitória, eles atribuem o desastre ocorrido pela falta da arca do Senhor durante a batalha. Para eles, se a arca estivesse com eles, então alcançariam vitória.

Aquele povo estava tão obstinado, que a expressão que eles usaram foi: “...para que venha (a arca) no meio de nós e nos livre das mãos de nossos inimigos”. Para eles, a simples presença daquela arca era suficiente para serem salvos dos seus inimigos.

Na verdade, a arca da aliança era um objeto sagrado, extremamente importante para o povo, criado desde a época de Moisés. Foi instituída por Deus para estar no tabernáculo e era o símbolo da presença de Deus na vida daquele povo, todavia eles estavam confundindo sua missão, pensando que para terem a presença de Deus era preciso apenas ter a presença da arca.

Se a presença de Deus estivesse com eles, então a arca representaria essa presença, mas sem a presença de Deus ao lado daquele povo, aquela arca representaria apenas um objeto. Na verdade, o povo estava fazendo da arca uma espécie de amuleto de sorte. Não muito diferente dos dias de hoje, quando as pessoas pensam que apenas algumas práticas irão representar toda a presença de Deus, como por exemplo, ir a igreja aos domingos, ler a Bíblia esporadicamente, dizer publicamente que é cristão. E então, apegados a essa falsa ideia, não entendem porque não recebem as bênçãos de Deus se “são pessoas de Deus”.

Se formos analisar o que a Bíblia nos diz, nós temos autoridade para vencer os nossos inimigos quando obedecemos a Deus, isto é, a Sua Palavra (Salmos 81:13-14). Ter pequenas atitudes cristãs podem nos ajudar em nossa caminhada, mas a presença de Deus só estará constantemente conosco se tivermos uma vida pautada inteiramente nos caminhos de Deus. Aí sim, venceremos os nossos adversários.

Essa afirmativa pode ser comprovada quando os israelitas, apesar de terem trazido a arca da Aliança para a batalha contra os filisteus, como relata o restante do capítulo 4, foram vencidos, com grande derrota. Os quatro mil que morreram na primeira batalha foi um número pequeno, frente aos trinta mil mortos na segunda, já com a arca da Aliança com eles.

A presença de Deus é sagrada e não pode ser comprada e nem barganhada com atitudes esporádicas. Pelo contrário, ela é fruto de um relacionamento constante e verdadeiro com Deus.

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