Texto-base: João 8:1-11
No decorrer do ministério de Jesus, Ele vivenciou o ódio dos fariseus e anciãos judeus, que o cercavam de todas as maneiras para tentar extrair Dele alguma palavra contra as leis judaicas que desse espaço para acusá-lo.
Em certo dia, trouxeram a Jesus uma mulher que havia sido pega cometendo adultério. Pela lei de Moisés o adultério era um pecado passível de morte para aqueles que o cometiam (Levíticos 20:10). Assim, trouxeram a mulher e de forma humilhante a colocaram de pé no meio de uma roda de homens judeus, todos com pedras nas mãos para atirarem nela.
Mas antes de atirarem as pedras para matar a mulher, queriam primeiro perguntar a Jesus o que Ele dizia a esse respeito, sobre o que deveria se fazer àquela mulher. Na verdade, eles queriam apanhar Jesus em alguma palavra que desse brecha para depois o acusarem. Após insistência por parte deles em saber a opinião de Jesus, Ele diz que aquele que não cometesse nenhum pecado atirasse a primeira pedra na mulher.
Ao ouvirem essas palavras aqueles homens foram saindo, um a um, começando pelos mais velhos e deixando a mulher sozinha com Jesus. Ao vê-la, o Mestre questionou-lhe sobre onde estavam os seus acusadores. Sabendo que eles foram embora, Jesus também lhe disse que também não a condenaria, todavia, ordenou que ela não pecasse mais.
A história dessa mulher adúltera nos mostra dois lados existentes ainda hoje em nossa sociedade. O primeiro lado é dos acusadores, aqueles que enxergam apenas os erros das pessoas, sem olhar para os seus. Errar não é bom, mas antes de queremos acusar alguém pelos seus pecados, devemos olhar para dentro de nós e enxergarmos os nossos erros. Além disso, Tiago 4:12 nos diz que apenas Deus é juiz e que não cabe a nós julgarmos a ninguém.
O outro lado é o de Jesus, que mesmo ciente dos nossos erros, abre Seus braços para nos acolher e perdoar. Só Deus é Santo, Ele nunca falha, e portanto apenas Ele teria o direito de nos acusar. Mesmo assim, Ele prefere nos perdoar e nos conceder uma nova oportunidade. Foi o que aconteceu com aquela mulher, que recebeu de Jesus uma segunda chance.
Ainda, quando Jesus deu a resposta àqueles homens, Ele não estava desrespeitando as leis de Deus. A lei que condenava à morte o adúltero na verdade não visava matar as pessoas, mas impor o temor sobre aquele povo, condenar a imoralidade e mostrar a eles o valor que Deus atribuía à santidade. Ao não condenar a mulher, Jesus não estava sendo conivente com o pecado, mas queria mostrar aos religiosos que ao tentarmos impor uma sanção sobre o pecado de qualquer pessoa, primeiro devemos olhar para dentro de nós, que também cometemos erros. Por fim, mostrar que apesar de abominar o pecado, Deus tem prazer em nos perdoar.
Se hoje estamos do lado dos acusadores, passemos para o lado de Jesus, que olha para nós com olhos de amor e perdão.
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