quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Arrogância x humildade: a história de Sebna e Eliaquim

 Texto para consulta: Isaías 22:15-25


O livro do profeta Isaías é composto de muitas profecias contra diversas nações. Em meio a essas profecias, Isaías pausa para falar acerca de dois personagens, denominados Sebna e Eliaquim.

Sebna era um administrador, um mordomo da côrte real. Mas aquele homem não estava se portanto prudentemente, pois o seu coração estava tomado pelo orgulho e altivez. Isso é confirmado quando o profeta diz que ele havia aberto uma sepultura em um lugar alto, provavelmente porque se achava importante demais. O Senhor então diz a Sebna que o removeria da sua posição, pois ele envergonhava a casa do rei.

Em outra posição estava Eliaquim, filho de Hilquias, um homem que foi servo de confiança do rei Josias. Não se sabe a profissão de Eliaquim, mas sabe-se que ele era fiel ao Senhor, pois foi chamado por Ele de "meu servo". A Eliaquim, Deus disse que daria o posto de Sebna. Eliaquim teria poder e influência em todo o reino de Judá e também para a sua família, na qual ele deixaria um legado.

Esses dois homens representam dois contrastes: a soberba e a humildade. Sebna é a representação da soberba, da arrogância, daquele que ao receber o poder começa a se achar superior aos demais. A indivíduos como Sebna, o seu fim é serem arrancados dos seus postos e serem envergonhados.

Eliaquim é o exemplo da humildade, do homem que é servo de Deus. Ser servo de Deus é reconhecê-Lo como Senhor de sua vida. Quem reconhece o senhorio de Deus não se porta com soberba, pois reconhece Aquele que tem verdadeiramente o poder. Para esses, Deus prepara uma vida de honra. Enquanto os soberbos caem, os servos de Deus crescem. Não apenas crescem, eles se estabelecem e deixam um legado para as próximas gerações.

Que o Senhor encontre em nós as atitudes de Eliaquim, pois o destino dos que agem como Sebna certamente não é bom.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Descanse em Deus!

 Senhor, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu as fazes por nós. Isaías 26:3


Descansar em Deus… uma expressão tão atual, mas que carrega em si grandes desafios. Descansar é relaxar, parar de trabalhar ou se atarefar. Mas em uma época onde a sociedade está tão acelerada, correndo de um lado para o outro, buscando metas inalcançáveis, é bastante difícil pensar em descansar, afinal, essa palavra parece querer nos incentivar à procrastinação.

No versículo de hoje, o profeta Isaías pede ao Senhor a paz, porque Deus faz as nossas obras para nós. Em outras palavras, Isaías parece pedir a Deus para ajudá-lo a descansar, pois Ele estava trabalhando em seu favor.

O Senhor trabalha por nós, em todas as áreas da nossa vida, claro, se nós as confiarmos a Ele. E se o Deus que tem todo o poder e domínio sobre todas as coisas trabalha por nós, será que o nosso coração precisa viver constantemente aflito e as nossas mentes sobrecarregadas? 

Imagine que você tenha uma funcionária muito competente, que se encarrega de cuidar de tudo para você na sua casa. Deixa a casa limpa, a comida feita, as crianças arrumadas. Se você saísse para resolver algum assunto, você não ficaria descansada?

Deus não é nosso funcionário, pelo contrário, Ele é o Senhor e nós somos servos, mas tome o exemplo acima apenas como uma ilustração para que você compreenda de uma forma prática como o Senhor cuida de tudo para nós. Ele não cuida de qualquer maneira, Ele cuida da melhor maneira. O que precisamos é ficar em paz e descansar na certeza de que Ele já está fazendo tudo.

Descansar não significa ficar parado, inerte, pelo contrário, descansar exige muito de nós. Exige nos despirmos da nossa ansiedade e descansar. Exige nos despirmos do nosso orgulho e aprender a depender d'Ele. E isso é um trabalho árduo para nós seres humanos, pois somos por natureza agitados e arrogantes. Mas podemos aprender… o Espírito Santo é mestre em nos ensinar. Também podemos pedir, como Isaías fez.


Vamos orar?

Senhor, eu sei que nem sempre eu consigo descansar em Ti, mas ajuda-me pois sei que o Senhor trabalha em meu favor. Concede-me a paz, pois eu sei que tudo o que eu realmente necessito, o Senhor me dará. Em nome de Jesus, amém!

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Aprendendo a prosperar através da vida do rei Uzias

Texto de referência: II Crônicas 26:1-15


O rei Uzias foi um dos reis que Judá teve após a separação das tribos. Nesse período, havia uma instabilidade muito grande, pois enquanto alguns reis buscavam ao Senhor, outros O deixavam. O rei Uzias está incluído entre aqueles que serviram a Deus e no período do seu reinado, Israel experimentou um tempo de grande prosperidade.

A principal chave para a prosperidade nos tempos do rei Uzias foi o fato dele ter buscado ao Senhor. A Bíblia é clara ao dizer que enquanto Uzias buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar. Em Deus estão as riquezas e honras do mundo inteiro. Deus nos criou para sermos prósperos. O problema é que estamos invertendo a ordem das coisas: primeiro queremos progredir na vida, para depois buscarmos o Senhor. E assim nos esquecemos de que o certo é, na verdade, o contrário: para progredir na vida, temos que buscar ao Senhor. Quem busca em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, tem em si todas as coisas acrescentadas (Mateus 6:33).

Mas buscar ao Senhor não implica em não fazermos mais nada em favor da nossa prosperidade. À medida que O buscamos, Deus vai nos concedendo sabedoria para tomarmos as decisões certas que nos trarão o progresso. Com a vida de Uzias, aprendemos algumas outras atitudes que esse homem tomou que levaram o seu reino a prosperar.

Uzias trabalhou para derrotar os seus adversários. Ele buscou enfraquecer aquilo que era contra ele. Aquilo que temos de ponto fraco tem que ser derrubado para que os pontos fortes possam sobressair. Para não ser atrapalhado  em seus planos, Uzias buscou eliminar os seus adversários.

Uzias também fortaleceu o seu exército. Se por um lado ele deveria enfraquecer os seus adversários, por outro lado, ele deveria fortalecer aquilo que era a favor dele. E assim aprendemos outra lição com o rei Uzias, fortalecer ainda mais os nossos pontos fortes. Aquilo que está em nosso favor deve ser alimentado, pois isso nos ajudará a crescer.

Por fim, Uzias buscou diversificar o seu crescimento, apostando em várias áreas. Ele não apenas equipou o seu exército, mas também fomentou a agricultura de Judá e investiu na tecnologia para aumentar o seu poderio bélico. Isso fez com que a fama de Uzias corresse até muito longe, fazendo com que até os seus adversários lhe dessem presentes.

Infelizmente, o rei Uzias no final da sua vida acabou desperdiçando toda a prosperidade que conquistou, por ter deixado o orgulho tomar conta de si, mas os tempos de prosperidade que ele vivenciou nos ensinam muito. A Bíblia é uma fonte que não pára de jorrar, o ensino que ela nos traz pode ser aplicado a todas as áreas da nossa vida. Que possamos aprender cada dia mais com a Palavra do Senhor e aplicar os seus ensinamentos para o nosso crescimento.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Um obstáculo chamado preguiça

 Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento. Provérbios 6:6-8


A preguiça é um mal que atinge as pessoas de qualquer idade, gênero ou classe social. Eu a definiria como a capacidade das pessoas em procrastinar ou deixar de fazer as coisas por desânimo. Em geral, pessoas preguiçosas estão sempre querendo dormir, descansar e nunca são ativas.

Mas o sábio Salomão nos adverte sobre esse mal. Ele diz que enquanto o preguiçoso só pensa em dormir, cochilar ou descansar, a pobreza dele está trabalhando em sua direção e virá de forma repentina e destruidora (Provérbios 6:10-11). O sábio então nos dá um conselho, observar as formigas. Mas o que teriam as formigas de tão especial para combater a preguiça? Três características são essenciais para aprendermos com elas:

  • Elas não tem chefe ou líder, mas mesmo assim elas saem agrupadas. Muitas vezes somos tentados a não realizar algo porque acreditamos que não temos ninguém para nos direcionar. As formigas não têm esse líder, mesmo assim não deixam de buscar o seu sustento.

  • No período da colheita, elas saem a buscar mantimento. Assim que as árvores ficam verdinhas, as formigas saem em bandos para colher pequenas folhas, que de uma a uma, irão alimentá-las por muito tempo. Se elas dormissem na colheita, certamente passariam fome no período da estiagem.

  • As formigas preparam o seu alimento no tempo da estiagem. Se no tempo da colheita elas saem para ajuntar alimentos, no tempo da estiagem elas não ficam paradas, mas preparam o seu alimento. O tempo da seca não é motivo para não fazermos as coisas, dá para produzirmos em qualquer estação, desde que tenhamos as estratégias corretas.

A preguiça existe em várias áreas da nossa vida, podendo atingir o nosso trabalho, sonhos pessoais, a nossa família e a vida espiritual. Em qualquer área, cabe a nós sempre agirmos com atitude, buscando sempre nos posicionar de maneira ativa, sem perder tempo com o desnecessário ou deixar o desânimo tomar conta de nós.

Vivemos em uma era de extremos. Ou as pessoas são muito agitadas, ativistas, e correm desesperadas de um lado para o outro sem buscar descanso, ou são preguiçosas, procrastinadoras e não correm atrás de nada. As formigas nos ensinam que dá para fazer, mesmo que de pouco a pouco, sem ninguém para liderar e ainda que sejamos pequenos. O segredo está no equilíbrio, e a natureza é uma grande mestra nesse aspecto.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

O propósito do livro de Jó

Texto de referência: Jó 1; 2; 42


Não se sabe o período em que Jó viveu, mas a hipótese mais aceita é a de que ele tenha vivido no tempo dos patriarcas. Uma das justificativas é o tempo de vida de Jó, que viveu mais de cento e quarenta anos.

A história de Jó narra a caminhada de um homem que era o mais rico do Oriente, mas que perdeu tudo o que tinha, não apenas em bens materiais, mas também sua família e saúde. A maior parte do livro narra esse período. Além de Jó, figuram como personagens do livro três amigos de Jó, que foram visitá-lo para lhe oferecer condolências, mas que acabaram se tornando acusadores dele.

Em uma tentativa de explicar o motivo do sofrimento de Jó, eles insinuaram que Jó havia pecado e que por isso Deus havia pesado a Sua mão sobre ele. Enquanto eles insistiam nessa tese, Jó refutava dizendo que nele não havia pecado. Apesar de estar errado em muitas de suas constatações, Jó reconheceu por diversas vezes a soberania de Deus, e apesar de seu aparente desânimo, ele ainda acreditava na sua redenção.

Após esses discursos, entra em cena um novo amigo de Jó, chamado Eliú, que procura demonstrar a Jó que Deus usa as aflições para que as pessoas o conheçam mais. Quando Eliú termina o seu discurso, Deus aparece a Jó no meio de um redemoinho e lhe expõe a Sua grandeza. Além disso, Deus demonstra a Jó através da criação que Ele está no controle de tudo e que nada acontece por acaso.

Ao ouvir as palavras do Senhor, Jó se convence da sua ignorância e afirma a soberania de Deus nos acontecimentos. Deus também repreende os três amigos de Jó por não terem falado de forma correta com ele.

O livro termina com o Senhor restituindo em dobro a Jó tudo o que ele havia perdido, inclusive lhe dando uma nova família.

A história de Jó é a representação do que ocorre com o sofrimento humano. Através da vida de Jó podemos perceber que as tragédias não escolhem as vítimas, elas podem acontecer com qualquer pessoa, mesmo com aquelas que temem a Deus. Também nos ensina que, apesar do sofrimento, Deus não perdeu o controle de nada. Por fim, nos ensina que mesmo em cenário de desolação, Deus pode nos restituir tudo o que perdemos, e nos trazer a alegria novamente.

sábado, 18 de setembro de 2021

Há esperança para tua vida

Texto para consulta: Jó 14:7-9


O nosso personagem de hoje é a árvore. Observe bem essa beleza da criação. Quando você vê uma árvore cortada, você fica com pena dela, mas você sabe que um dia ela poderá crescer novamente.

O versículo de hoje nos diz que a árvore, ainda que cortada, tem esperança, pois ela ainda pode se renovar e dar frutos. O texto continua dizendo que ainda que a sua raiz envelheça e seu tronco desabe (isto é, as estruturas), quando vem o tempo das águas essa planta brota novamente e volta a ser como uma planta nova.

Na sua vida também não pode ser diferente. Ainda que você sofra perseguições, calúnias, maus tratos ou qualquer outra aflição, Deus pode mudar a sua história e fazer tudo diferente. Não somente isto, você pode continuar a dar frutos para Deus. As provações não significam o fim, mas apenas uma parte da sua história.

Muitas vezes a sua estrutura de fé já não te sustenta. Morreram os sonhos, acabou a fé. Mas Deus pode trazer o tempo das águas novamente para sua vida e você pode passar de uma árvore cortada e sem vida para um árvore frutífera e renovada. Permita que Deus te faça sonhar novamente!

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Aprendendo a liderança através da vida de Neemias

Textos para consulta: Neemias 1;2;4;5


A liderança é uma habilidade muito estudada em nosso tempo. Grandes líderes influenciam pessoas, e por isso há um desejo de muitos por aprenderem essa habilidade. Enquanto alguns aprendem a liderar, outros já nascem com essa capacidade. Um exemplo de líder que a Bíblia nos mostra, dentre os muitos que ela possui, chama Neemias.

Neemias foi um homem exilado dentre os cativos de Judá que foi para a Babilônia. Lá ele se tornou copeiro do rei e era um homem estimado e de respeito pela corte. Mas, ao saber que o povo que estava em Jerusalém se encontrava em uma situação de miséria, o seu coração se moveu a ir para lá e ajudá-los. Com muita ousadia, Neemias pede ao rei para que este o liberasse para ir até Judá e o rei lhe concede. Percebemos aqui uma primeira característica do líder, ele se inquieta com as situações desafiadoras, e vai em busca de uma solução.

A segunda característica que vemos em Neemias é a sua habilidade em organizar tudo. Ao chegar em Jerusalém ele prontamente organiza uma equipe para reedificar os muros da cidade. Ele estabelece chefes, guardas, contribuições para o templo e para os sacerdotes, enfim, Neemias coloca tudo nos eixos.

Outra habilidade de liderança percebida em Neemias é a sua resiliência diante das adversidades. Diversas vezes ele se viu ameaçado diante de adversários que queriam parar a obra, mas Neemias não se curvou ao medo, mas prosseguiu. Fugiu das situações de perigo e armou-se como forma de proteção contra os adversários.

Apesar de ser líder e governador de Judá, Neemias não era ambicioso. Sabendo da condição precária em que viviam os judeus, Neemias renunciou ao seu salário. Líderes que estão na obra de Deus agindo com ganância não subsistirão pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.

Por fim, o temor do Senhor presente em toda a governança de Neemias fez com que a sua liderança alcançasse êxito. Durante todo o livro, percebemos o quanto Neemias buscava obedecer a Deus em tudo, combatendo o pecado com todas as suas forças e não dando espaço para o mal nem em sua vida e nem na comunidade judaica.

Neemias é para nós um exemplo de liderança. O Senhor procura homens como ele, que busquem ajudar o povo de Deus a se levantar, mas que façam isso por amor a Deus. Quando Ele nos chama a uma obra, Ele nos capacita a cumpri-la com êxito.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Vencendo os ataques do adversário

 Textos para consulta: Neemias 4;6


Neemias foi um grande homem de Deus que esteve entre os exilados de Judá na Babilônia. Ele serviu como copeiro do rei até o dia em que o Senhor o chamou para Jerusalém a fim de ajudar a cidade a se reerguer. Ali, Neemias começou a trabalhar na reconstrução dos muros da cidade que haviam sido derrubados.

O muro de uma cidade representava a sua proteção. Nesse sentido, uma cidade sem muro indicava um lugar abandonado e frágil, suscetível a qualquer ataque do inimigo. Quando Neemias buscou a restauração dos muros de Jerusalém, ele estava lutando para recuperar a honra e a segurança daquele lugar.

Todavia, assim como ocorre em toda grande obra de Deus, sempre existem os adversários que querem destruí-la. Na construção do muro não foi diferente. Se levantaram homens de Samaria e arredores para desencorajarem Neemias a continuar a obra de reconstrução.

Os adversários usaram muitas estratégias, desde inventar mentiras e calúnias contra Neemias, até utilizar falsos profetas para induzi-lo ao erro. Mas a principal estratégia utilizada foi a de tentar amedrontar Neemias. O medo é um fator que paralisa as pessoas, fazendo com que a pessoa se sinta impotente diante da situação, ainda que ela tenha total capacidade para realizar o ato.

Mas Neemias, em todo tempo, buscava se fortalecer em Deus. Ainda, a obediência dele e o seu temor a Deus faziam com que ele tivesse comunhão com o Senhor, o que lhe dava condições de vencer os seus adversários.

O inimigo é especialista em destruição. Dessa forma, toda vez que tentarmos reedificar algo destruído por ele, certamente teremos obstáculos a vencer. Entretanto, não podemos desanimar. A história de Neemias nos ensina a agir com persistência e fé diante dos ataques do adversário. Neemias não se intimidou diante das ameaças, nós também não podemos nos intimidar. É preciso buscar sabedoria em Deus para vencer qualquer afronta.

Ao final, quando o muro estava construído, os adversários e os povos ao redor temeram a Neemias e a arrogância deles foi quebrada, pois viram que o Senhor estava com os judeus e que pela ajuda d'Ele puderam terminar a obra. Se persistirmos e não pararmos, os nossos inimigos serão envergonhados, não continuarão os ataques e todos verão a glória de Deus em nossa vida. Vale a pena prosseguir, a história de Neemias nos prova isso.

sábado, 11 de setembro de 2021

Afastando o precioso do vil

 Portanto, assim diz o Senhor : Se tu te arrependeres, eu te farei voltar e estarás diante de mim; se apartares o precioso do vil, serás a minha boca; e eles se tornarão a ti, mas tu não passarás para o lado deles. Jeremias 15:19


As palavras desse versículo foram dirigidas a Jeremias, um profeta do antigo testamento que enfrentou diversos períodos de dificuldades. Em muitos deles, Jeremias questionou a Deus acerca do seu chamado. Essa palavra de Deus é uma das respostas a esses questionamentos, onde Jeremias relata a Deus que nele não havia pecado, mas que mesmo assim continuava a sofrer. 

Nesse contexto, Deus responde a Jeremias que não era exatamente como o profeta dizia e que ele deveria se arrepender dos seus pecados, para voltar à presença de Deus. Além disso, o profeta deveria apartar o precioso do vil para ser a boca de Deus para o povo. Agindo dessa forma, aqueles que estavam em pecado se voltariam para Deus, e Jeremias não se renderia mais ao pecado.

Pelo fato de Jeremias ser um profeta, ele precisava rearranjar a sua vida, não vivendo em pecado e não se misturando mais com as práticas do mal. Quando Deus orienta Jeremias a afastar aquilo que é precioso do vil, Ele se refere a não pegar aquilo que é santo e ajuntar com o que é impuro. A partir desse comportamento, Deus passaria a usar Jeremias para levar a Sua palavra.

Talvez nunca tivemos uma geração que misture tanto o precioso com o vil como esta. As coisas de Deus têm sido cada vez mais relativizadas e já não se vê diferença entre o que é santo com o profano. Pelo contrário, os próprios cristãos fazem questão de colocar tudo como se fosse uma coisa só, com a falsa ideia de que isso é uma estratégia de atrair o mundo.

Deus não nos quer vivendo isolados, mas separados do mal. Se o mundo não ver diferença naqueles que servem a Jesus, não brilharemos a luz que Ele nos mandou brilhar. Foi Jesus que disse que se o sal não tiver sabor ele não serve para nada. Usamos o sal na comida porque a sua função é proporcionar sabor. Se o sal não fizesse diferença para o alimento, certamente não faria sentido usá-lo. Somos sal, somos luz. Que possamos afastar o precioso do vil e ser a diferença que o mundo precisa enxergar em nós.


sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Você tem dado brechas para o inimigo?

 Vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha e que estava resolvido a pelejar contra Jerusalém, resolveu, de acordo com os seus príncipes e os seus homens valentes, tapar as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram.

2Crônicas 32:2‭-‬3


É maravilhoso como somos ensinados em tudo pela Palavra de Deus. Nos tempos do rei Ezequias, Judá enfrentou uma guerra contra um reino muito potente, o reino da Assíria, governado pelo idólatra e perverso Senaqueribe. Nesse período, a Assíria vinha conquistando muitos reinos, e quando investiu contra Judá, todo o povo temeu.

Ao ter certeza que a Assíria estava verdadeiramente disposta a investir contra eles, o rei Ezequias resolveu tapar todas as fontes de água que havia nos arredores do reino, a fim de que os adversários não encontrassem águas ao cercá-los.  A intenção de Ezequias era enfraquecer o seu adversário no cerco, impedindo que o próprio território de Judá servisse de auxílio para eles.

Ao tapar essas fontes de água, Ezequias se animou em fazer também outras coisas, como restaurar partes quebradas do muro, edificar torres de vigia, fortificar cidades e construir armas e escudos. A história dessa batalha é longa, mas ao final, Deus deu a vitória ao seu povo, por terem confiado n'Ele (2Crônicas 32:21-22).

Esse pequeno trecho da história nos ensina como Ezequias bloqueou os espaços que haviam nos arredores de Judá que favoreciam a entrada do inimigo em seu território. De forma semelhante, muitas vezes temos dado brechas para o inimigo atuar em nossas vidas. São atitudes pequenas que fazem com que o mal se aproxime de nós e encontre espaço para nos atacar.

O segredo para evitarmos essas "brechas" é andar com o Senhor, pois dessa forma teremos sabedoria para identificar aquilo que tem feito o inimigo crescer ao nosso redor. Quando tomamos algumas atitudes para bloquear esses espaços, o inimigo perde a força e já não consegue atuar. Ezequias foi sábio e tapou as fontes de água que poderiam nutrir os seus adversários. Que possamos ter sabedoria para exterminar qualquer brecha que favoreça a entrada do inimigo em nossas vidas.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Uzias, o rei derrotado pelo orgulho

 "Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso." 2Crônicas 26:16


O rei Uzias tinha apenas dezesseis anos quando começou a reinar, e reinou por cinquenta e dois anos. Durante o tempo do seu reinado, Judá experimentou um dos períodos de maior prosperidade após se separar das demais tribos de Israel. Tudo isso ocorreu porque ele se propôs a buscar a Deus.

Durante o reinado de Uzias, ele obteve diversas vitórias sobre adversários já conhecidos de Judá.  Ele também utilizou a prosperidade da nação para edificar torres e cavar cisternas, em busca de água, para manter as propriedades agrícolas que tinha adquirido.

Uzias também aumentou o seu poderio bélico, capacitando seus combatentes com diversos armamentos de guerra. À sua disposição, Uzias tinha mais de trezentos mil soldados, e mais de dois mil chefes de exército. A força de Uzias era tão grande que ele se tornou famoso até grandes distâncias, de forma que até mesmo inimigos de Judá, como os amonitas, deram a ele presentes.

Entretanto, Uzias não soube desfrutar de forma correta dessa prosperidade e notoriedade que o Senhor havia lhe concedido. Em vez de se humilhar perante o Senhor e reconhecer que Ele havia lhe concedido tudo, Uzias se encheu de orgulho, acreditando que era santo demais e que poderia entrar no templo do Senhor para queimar incenso a Ele, atribuição dada apenas aos sacerdotes.

Ao ser repreendido pelos sacerdotes, ao invés de se arrepender, Uzias se encheu de fúria. Neste momento, o seu corpo foi tomado pela lepra, e ele foi expulso imediatamente do templo, por ter se tornado imundo, segundo as leis judaicas. Uzias então teve que se isolar em uma casa longe das pessoas, não pôde mais governar, e transferiu precocemente o reino ao seu filho Jotão.

E assim termina a história do rei Uzias, um homem que teve tudo para findar o seu reinado de forma próspera, mas que perdeu tudo por ter se deixado levar pelo orgulho. Uzias não perdeu as riquezas, mas por ser leproso, não conseguiu mais desfrutar delas. O orgulho é um sentimento traiçoeiro, pois ele transforma a prosperidade, instrumento de bênção dada por Deus, em um motivo de queda e ruína.

Prosperidade é bênção de Deus, mas o crescimento em qualquer área deve vir acompanhado da humildade necessária para reconhecermos que de nós mesmos não conseguimos nada. É preciso também maturidade para saber administrar aquilo que nos foi confiado, a fim de não haja desperdícios ou decisões erradas.

A história de Uzias nos ensina que Deus é poderoso para engrandecer o homem que O busca, mas também nos alerta de que Ele é poderoso para nos tirar tudo o que nos deu, se não tivermos gratidão o suficiente e deixarmos o orgulho tomar conta de nós.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Amazias, o rei que não serviu a Deus de coração inteiro

Texto de referência: 2 Crônicas 25


O rei Amazias assumiu o trono de Judá após a morte do seu pai, Joás. Mas no início da sua história, o relato bíblico afirma que ele serviu a Deus, mas não de coração inteiro. Esse é um dos maiores perigos que a humanidade tem sofrido. Se formos avaliar a quantidade de cristãos no mundo, são muitos, mas se formos analisar quais desses servem a Deus com integridade de coração, o número será muito menor.

Não servir a Deus de coração inteiro, significa servi-lo, mas ter o coração também voltado a práticas pecaminosas. Muitas vezes queremos ser de Deus, mas não estamos dispostos a abandonar práticas que O desagradam, achando que "não tem nada a ver". O fato é que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24), e quando isso ocorre, o perigo de se cair e acabar servindo ao senhor do mal é muito grande.

O fato de Amazias não ter um coração íntegro a Deus fez com que ele se ensoberbecesse após uma vitória contra os edomitas, achando que a força do seu braço tinha lhe dado vitória. Além disso, o coração corrompido de Amazias o fez adorar os deuses edomitas, o que acendeu a ira do Senhor contra ele. 

Quando não reconhecemos a Deus como Senhor absoluto das nossas vidas, diminuímos para nós quem Ele verdadeiramente é, e começamos a pensar que somos mais do que realmente somos. Amazias começou a se achar forte demais, e isso o fez iniciar por conta própria uma guerra contra Israel, o que o levou a uma grande derrota.

No final do reinado de Amazias, conspiraram contra ele, que teve que fugir para Laquis, mas ali foi encontrado e morto. Mesmo tendo visto o braço do Senhor operar em favor dele na guerra contra Edom, Amazias não reconheceu o senhorio de Deus, o que fez com que ele passasse a caminhar sozinho no seu reinado. Quando nos submetemos a Deus de todo coração, Ele cuida de tudo o que é nosso. Quando queremos servi-Lo do nosso jeito, acabamos caminhando sozinhos, o que nos traz consequências que muitas vezes são irreversíveis.

sábado, 4 de setembro de 2021

Joás, o rei que não conseguiu reinar sozinho

 Texto de referência: 2 Crônicas 23-24


A vida do rei Joás começou agitada. Quando ainda era um bebê, sua avó Atalia planejou a morte de todos os integrantes da família real, mas a sua tia, irmã do seu pai que era rei, o pegou e o escondeu no templo do Senhor. Ali Joás foi criado por seis anos, por sua tia e pelo esposo dela, o sacerdote Joiada. Nesse tempo, Judá vivia nos caminhos da idolatria, governado pela perversa Atalia.

No sétimo ano de Joás, o sacerdote Joiada planeja a retomada do reino das mãos de Atalia, e obtém sucesso. O pequeno Joás, com sete anos, começa a reinar. Como ainda era uma criança, Joiada tomou as rédeas do reino, e foi bem sucedido, pois temia ao Senhor.

Quando atingiu a maioridade, Joás passou a reinar, mas sempre dirigido por Joiada, e assim Judá tinha êxito. O sacerdote Joiada faleceu aos cento e trinta anos, e foi sepultado no sepulcro dos reis, devido a todo o bem que havia feito ao reino de Judá. Mas quando Joiada morreu, Joás começou a seguir os conselhos dos perversos e levou o povo novamente à idolatria.

Muitos profetas enviados do Senhor vieram ao rei para alertá-lo, mas ele não ouviu. Um desses profetas foi Zacarias, filho de Joiada, o qual o rei mandou matar. Esse ato de ingratidão de Joás fez com que o seu reino entrasse em derrocada. No mesmo ano da morte de Zacarias, Deus permitiu que os siros derrotassem a Joás, e logo vieram alguns servos dele e o mataram à conspiração. Por causa desses pecados, Joás não foi sepultado no sepulcro dos reis.

Joás, o homem que tinha tudo para continuar o seu reino de forma próspera, desperdiçou tudo isso, pois não soube manter tudo aquilo que havia aprendido do sacerdote Joiada. Em poucas palavras, podemos dizer que Joás não soube caminhar sozinho. Todos nós precisamos de mentores, líderes espirituais que nos ajudam e nos orientam em nossa caminhada cristã. Mas não podemos viver eternamente na dependência deles, pelo contrário, precisamos de independência para que na ausência deles nós não percamos aquilo que juntos construímos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

O perigo das alianças erradas: a história de Josafá

 Textos para consulta: 2 Crônicas 18:1-3, 19:1-3, 21:1-20, 22:10-12


As alianças fazem parte da história do povo de Deus. Ele é conhecido como um Deus de aliança, justamente porque fez aliança com o Seu povo de que se eles temessem e adorassem a Ele, estaria sempre com eles. Deus fez aliança com Abraão, com Jacó, com Moisés, e também quer fazer uma aliança conosco. Uma aliança é um compromisso, um acordo, um pacto, que se quebrado gera consequências.

Uma aliança é algo sério e por isso, deve-se avaliar bem a outra parte antes de fazê-la. A Bíblia conta a história de um rei, chamado Josafá, que fez uma aliança errada e teve muitas consequências por causa disso. No tempo do reinado de Josafá, o reino de Israel estava dividido. Na parte de Israel, chamado reino do Norte, governava o rei Acabe, que era perverso e idólatra. Na parte de Judá, chamado reino do Sul, governava Josafá, o qual temia a Deus.

Todavia, mesmo sendo um homem reto, Josafá fez aliança com Acabe, dando seu filho Jeorão para se casar com Atalia, filha de Acabe. Essa aliança foi feita quando Acabe percebeu que Josafá tinha grande prosperidade em seu reino. O que Acabe realmente queria era ver a sua linhagem governando todo o território de Israel.

Mas quando Josafá morreu, seu filho Jeorão que assumiu o reino, não foi um bom rei. Logo no início do reinado, ele matou todos os seus seis irmãos. Apenas esse fato demonstra o desequilíbrio de Jeorão. Ele também levou todo o Judá a praticar a idolatria que Israel praticava. Deus então executou juízo sobre Jeorão, fazendo com que seus filhos e bens fossem levados pelos estrangeiros e ele tivesse uma doença horrível, que o fez sofrer muito. Por tudo isso, Jeorão não foi sepultado no sepulcro dos reis.

Seu filho Acazias então começa a reinar, mas também, incentivado pela família de Acabe, pratica idolatria e coisas perversas entre o povo. Um homem chamado Jeú, que tinha a tarefa dada por Deus de exterminar a descendência de Acabe, matou a Acazias. Quando sua mãe Atalia viu que em Israel a descendência de Acabe estava se acabando, e em Judá também, ela mesma se encarregou de matar o restante da descendência, a saber, seus próprios netos, para se tornar rainha.

Neste intervalo, uma filha de Jeorão que não havia sido morta com os irmãos, pegou o seu sobrinho, o bebê Joás, filho de Acazias, e o escondeu para não ser morto. Esse menino ficou por seis anos escondido no templo, até que com sete anos, foi apresentado ao povo como o novo rei de Israel. A partir do reino de Joás, as coisas melhoraram no território de Judá.

Toda essa história é a demonstração do que alianças erradas podem causar na nossa vida. Sobre a casa de Acabe, havia uma maldição de que toda a sua descendência seria exterminada. Quando Josafá se aparentou com Acabe, ele trouxe essa maldição para a sua própria família. Como dito no início, aliança é um compromisso e deve ser feito com aqueles que andam com o Senhor, pois não há comunhão entre luz e trevas (2 Coríntios 6:14). Que a história de Josafá seja para nós um exemplo para nos alertar e assim evitarmos nos aliançar com pessoas erradas.