segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Onde está o teu tesouro?

 Texto de referência: Mateus 6:19-21


Se formos olhar a definição da palavra tesouro no dicionário, encontramos que tesouro significa conjunto de riquezas. Quem tem um tesouro certamente é rico daquilo que tal tesouro contém.

Os dias atuais nos instigam a buscarmos as riquezas materiais. Os livros mais vendidos são sobre esse assunto, os posts mais compartilhados envolvem essa temática. A busca pela riqueza tem sido frenética. 

Na contramão do que diz o mundo, Jesus nos manda não acumularmos tesouros nesta terra, porque aqui os ladrões podem nos roubar e eles podem se perder, mas para acumularmos tesouros no céu, onde eles não perdem e ladrões não roubam. Por fim, Jesus afirma que o nosso coração está onde está o nosso tesouro.

O que Jesus quer nos ensinar com essas palavras é o verdadeiro valor das coisas. Quando Ele nos ordena a ajuntar tesouros no céu, Ele nos fala acerca da importância que tem o que fazemos em prol do reino de Deus. Quando vivemos a justiça do Reino aqui nesta terra, estamos construindo um tesouro, que será desfrutado na eternidade.

Em contrapartida, ao nos desencorajar a acumular tesouros nesta terra, Jesus nos diz que, apesar de serem prazerosos, eles são passageiros e frágeis, isto é, podem acabar a qualquer instante. Jesus não nos proíbe de ter riquezas, mas deixa claro que elas não durarão para sempre.

E é nesse contexto que Ele afirma que onde está o nosso tesouro, aí estará o nosso coração. Se os nossos esforços se voltam apenas para obter bens materiais, deixaremos de cuidar do que realmente importa, que é a nossa vida eterna. Se cuidamos em primeiro lugar do reino de Deus e da sua justiça, esse é o nosso verdadeiro tesouro, e poderemos desfrutar dele para todo o sempre.

Se os nossos esforços têm se concentrado apenas nas riquezas terrenas, é tempo de olharmos para dentro de nós e reposicionarmos as coisas. O nosso maior tesouro está longe dos padrões do mundo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

É joio ou trigo?

Texto de referência: Mateus 13:24-30; 36-43


A parábola do joio e do trigo é mais uma das manifestações de Deus através da botânica. Resumidamente, a história é a seguinte: um homem dono de um campo semeou trigo em sua terra, mas enquanto seus funcionários dormiam, veio um inimigo e semeou joio na plantação. Quando a erva cresceu, eles perceberam que no meio do trigo também havia o joio. Os funcionários queriam arrancar o joio, mas o dono do campo os impediu, alegando que alguns trigos também poderiam ser arrancados por engano. Apenas na colheita as ervas seriam separadas, onde o joio seria queimado e o trigo recolhido no celeiro.

Quando vamos estudar sobre o joio, algumas características nos chamam a atenção.

É uma erva muito parecida com o trigo, essa é a sua principal característica. A diferença entre eles só fica evidente quando as espigas de ambos já estão maduras, pois elas ficam com cores diferentes. Além disso, o joio não resiste a altas temperaturas e se ingerido, prejudica a saúde por conter toxinas.

Conforme a explicação de Jesus, o trigo são os filhos do Reino e o joio são os filhos do maligno (v. 38). Quem semeou a boa semente foi Jesus, mas por um descuido dos que guardavam o campo, o joio foi semeado também. Mas, apesar de se infiltrar no campo, fingindo ser trigo, uma hora o joio será arrancado, pois ele não fica encoberto para sempre.

O joio é descoberto na maturidade da plantação, quando esta dá os seus frutos. A Bíblia diz que conheceremos se uma árvore é boa ou má pelos seus frutos. Podemos diferenciar um joio de um trigo no reino de Deus quando eles derem os seus frutos. O fruto do trigo alimenta, o do joio intoxica. Nenhum joio consegue fingir de trigo a vida toda.

Outro aspecto que neutraliza o joio no reino de Deus é o fogo. O trigo se jogado ao fogo assa ou cozinha suas espigas, enquanto o joio perde suas toxinas. Quando um servo de Deus enfrenta as tribulações da vida, ele não perde a sua essência. Quando o perverso enfrenta dificuldades, o desespero toma conta de si, e ele mostra a sua verdadeira face.

O joio existe, ele está infiltrado em muitos lugares do Reino, mas um dia ele será descoberto e arrancado da plantação, enquanto o trigo resplandecerá como o sol (v. 43). É o dono do campo quem nos garantiu.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

O que significa deixar tudo para seguir Jesus?

 "E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna." Mateus 19:29


Certa vez, Jesus utilizando a passagem de um jovem rico, que não quis vender tudo o que tinha e dar aos pobres para segui-Lo, Jesus falou aos seus discípulos que aqueles que deixam tudo para segui-Lo herdariam a vida eterna.

Esse "deixar tudo" dito por Jesus inclui casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, cônjuges, filhos ou campos. Não podemos negar que essas palavras são fortes e nos estremecem ao nos confrontar com a responsabilidade que é seguir a Jesus. Mas o que realmente significa deixar tudo para seguir a Jesus?

Os discípulos alegaram terem deixado tudo para seguir a Jesus. Realmente, a Bíblia relata que Pedro, André, Tiago e João deixaram seus postos de pescadores e donos de barcos para seguirem Jesus. Mateus também deixou a coletoria de impostos para seguir a Jesus. Temos outros casos de pessoas que deixaram seus trabalhos para seguirem a Cristo, mas isso não significa que eles viviam sem necessidades financeiras.

Acredita-se que alguns deles não exerciam mais suas profissões, mas conseguiam retirar o seu sustento de algum lugar. Além disso, apesar de dizerem que largaram tudo para seguir a Jesus, eles continuavam tendo laços familiares, pois há relatos bíblicos acerca da sogra de Pedro e da mãe de Tiago e João.

Dessa forma, presume-se que apesar de terem largado tudo, eles ainda tinham esse tudo que haviam largado. Como pode ser isso? Isso só é possível porque quando Jesus nos convida a largar tudo para servi-Lo, ele não se refere a vivermos sem trabalho ou vínculos familiares, mas a não permitir que essas coisas roubem o lugar d'Ele no nosso coração.

Jesus pode até nos pedir para renunciar um posto de trabalho para segui-Lo, mas sem dúvida Ele nos dará outra oportunidade de renda, pois todas as pessoas possuem necessidades financeiras básicas que carecem ser supridas. Quanto à família, Jesus não nos pedirá para abandonarmos nossos pais, irmãos, cônjuges ou filhos, pois a família é parte do Seu projeto para nós. Servimos a Ele enquanto cuidamos da nossa família. O que Ele nos pede é que, apesar do nosso amor e cuidado pelos nossos familiares, que eles não se tornem ídolos para nós. Apesar da extrema importância da família para nós, por mais que a amemos, a nossa convivência com ela é transitória, pois limita-se a essa vida. Quanto ao nosso relacionamento com Deus, Ele é eterno, para além dessa vida.

Esse é o real sentido de largar tudo por Jesus. Não é abandonar, mas reposicionar as coisas, não permitindo que elas ocupem o lugar d'Ele em nosso coração.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Se livre do exibicionismo espiritual

Texto de referência: Mateus 6:1-18


Um dos ensinamentos ministrados por Jesus no sermão do monte foi acerca de algo que eu vou denominar de "exibicionismo espiritual". Foram três aspectos apontados por Jesus, os quais são: esmolas, oração e jejum.

Sobre a esmola, Jesus orientou os seus discípulos a não darem esmola anunciando a todos o que fizeram, com a finalidade de serem honrados pelas pessoas. A orientação foi dar esmolas sem que ninguém o soubesse, e a honra viria da parte de Deus.

Sobre a oração, Jesus orientou os discípulos a não orarem de pé como os fariseus, que só oravam para serem vistos. A orientação foi orar em secreto, e Deus ouviria a oração.

Por fim, quando fizessem o jejum, eles deveriam jejuar em secreto, e não como os fariseus que deixavam seus rostos pálidos, para mostrar aos outros que jejuavam.

Aqui Jesus aborda sobre práticas espirituais que eram muito comuns aos religiosos da época. Todas essas práticas foram ordenanças de Deus ao povo, mas com o passar do tempo elas foram transformadas pelos religiosos em instrumentos de religiosidade, para mostrar o quão espiritual uma pessoa era.

Essas práticas não eram comuns apenas nos tempos de Jesus. Também hoje vemos pessoas que fazem determinadas coisas não para se conectar a Deus ou amar o próximo, mas para comparar o seu nível de espiritualidade com o irmão. Atitudes assim enfraquecem tanto o corpo de Cristo quanto a nossa comunhão com Deus, que conhece as nossas intenções em todas as práticas. Se fazemos algo só para sermos vistos pelas pessoas, receberemos o elogio das pessoas, mas para Deus não valerá. Se fazemos algo para o Senhor, receberemos d'Ele o galardão.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Os dois caminhos

 Texto de referência: Mateus 7:13-14


Um caminho é um local por onde você irá passar para chegar até um outro lugar. No sermão do monte Jesus nos apresenta dois caminhos, um largo e outro estreito. Para entrar por ambos os caminhos, é preciso passar por duas portas, uma larga e outra estreita.

A porta larga é aquela que dá para um caminho espaçoso. Por essa porta entram muitos, mas infelizmente o fim dela é a perdição. A porta estreita é a porta sugerida por Jesus. Ela conduz a um caminho apertado, são poucos os que entram por ela, mas ela conduz à vida.

Essas duas comparações representam a salvação e a perdição. Para acessar a ambos existe uma porta, que é a forma de acesso, e um caminho, que representa o percurso. 

Quem caminha pelo percurso largo, entrará também por um acesso largo. Esse caminho representa uma vida de facilidades, sem renúncias, onde tudo é permitido. Quem escolher esse caminho não terá dificuldades para prosseguir, mas encontrará a morte no final. Dessa forma, percebemos que este é um caminho enganoso, que parece bom, mas na verdade não é.

Quem escolhe o caminho estreito já encontra dificuldades logo no acesso a ele, que é por uma porta também estreita. Esse percurso é apertado, pois exige renúncias de quem o escolhe, mas o fim dele é a vida. E assim percebemos que, apesar de ser um caminho difícil de percorrer, é gratificante no final.

O caminho estreito representa a salvação em Cristo, e o caminho largo a perdição eterna. Para alcançarmos a salvação, precisamos da forma de acesso, que é receber Jesus em nosso coração como único Senhor. E assim, passamos a andar no caminho estreito, que é um viver com Ele. Se formos analisar, Jesus é a porta e também é o Caminho. É tudo sobre Ele, mas a escolha de entrar por essa porta e andar nesse caminho é nossa.

Se hoje você está trilhando o caminho largo, saia desse percurso enquanto é tempo, e entre pela porta estreita. Se você já está no caminho estreito, não olhe para as dificuldades do percurso, fixe seus olhos no final dele, que a vida eterna com Jesus.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Ser discípulo é ser sal e luz

 Texto de referência: Mateus 5:13-16


Durante o sermão do monte, Jesus caracteriza os seus discípulos utilizando duas coisas muito comuns ao nosso cotidiano: o sal e a luz.

Primeiro Ele diz que os discípulos são como o sal da terra. A função do sal é dar sabor ao alimento. Uma refeição pode ser muito saborosa, mas se esquecermos de colocar sal, ela perderá completamente o sabor. Jesus enfatiza que se um sal não der o sabor ele perde totalmente a sua utilidade.

Como discípulos de Jesus nós somos como o sal. Fomos criados para fazer a diferença por onde passarmos. Entretanto, muitas vezes estamos querendo viver de forma insípida, sem sermos percebidos neste mundo. Se assim vivermos, não estamos cumprindo o propósito para o qual fomos chamados.

Jesus ainda nos caracteriza como a luz do mundo e ressalta que assim como ninguém consegue esconder uma cidade que foi edificada sobre um monte, nós também não poderemos viver escondidos. Em um outro exemplo, Jesus diz que ninguém acende uma candeia para colocá-la debaixo da cama, mas em um local onde todos possam ver.

Da mesma forma que o sal, novamente Jesus enfatiza o nosso papel de sermos vistos enquanto discípulos. Nenhum discípulo verdadeiro vive escondido, mas é visto pelas pessoas desta Terra. 

Jesus não está incentivando ninguém ao exibicionismo, pois o próprio Jesus fugiu dessa atitude enquanto viveu na Terra, mas Ele está nos encorajando a não escondermos a nossa fé. Ser discípulo de Jesus é fazer a diferença por onde passa, através de uma vida de atitudes corretas. É também brilhar a luz de Jesus por onde passar, afastando as trevas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

O verdadeiro propósito dos milagres: a cura da sogra de Pedro

Texto de referência: Mateus 8:14-15


Todos os milagres de Jesus nos ensinam verdades, e o principal propósito de todos eles é ativar a nossa fé em Deus. Mas existem ensinamentos particulares em cada episódio de milagre. E na cura da sogra de Pedro podemos aprender alguns ensinamentos preciosos.

Para Deus não importa o tamanho do problema, Ele resolve a todos. Jesus efetuou diversas curas em Sua passagem à Terra, desde cura de doenças impossíveis de solução humana, como cegueira e paralisia, até a cura de uma simples febre, como foi o caso da sogra de Pedro. Se precisamos de um agir de Deus, seja para coisas grandes ou pequenas, podemos crer que Ele pode e quer nos curar.

Mas o que mais me chama a atenção nesse milagre é que após a cura, a sogra de Pedro tomou duas atitudes importantes, ela se levantou e passou a servir a Jesus.

Após a cura, ela não permaneceu no estado de prostração, mas ela se levantou. Há muitas pessoas que, mesmo recebendo o milagre, não conseguem sair da frustração constante em que vivem. O milagre vem para nos levantar e nos fazer viver o melhor de Deus para nós.

Após se levantar, ela passou a servir a Jesus. Este também é um propósito de todo milagre, nos trazer para mais perto de Deus. Acontece que muitas pessoas têm seguido o caminho inverso, ao invés de se aproximarem de Deus após receber a bênção, elas se afastam de Deus.

A sogra de Pedro entendeu o propósito do milagre que ela recebeu. Será que temos entendido também o propósito dos milagres que Deus tem operado em nossas vidas?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

O que são os falsos profetas?

 Texto de referência: Mateus 7:15-23


Tudo o que é falso significa algo que não é verdadeiro. Dessa forma, um falso profeta significa alguém que não é um profeta de verdade, mas que tenta se passar por um. Profeta é aquele que tem a revelação da Palavra de Deus. Dessa forma, um falso profeta é alguém que leva uma palavra afirmando ter vindo de Deus, mas que na verdade não é.

No sermão da montanha Jesus fala acerca dos falsos profetas, mostrando algumas características que nos ajudam a entender mais sobre eles.

Primeiramente, Jesus diz que os falsos profetas se disfarçam de ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Isso nos mostra que eles não aparentam ser maus, pelo contrário, aparentam serem bons, mas na verdade só querem devorar as pessoas. Dessa forma, como identificar um falso profeta se ele se disfarça tão bem?

Jesus diz que conheceremos de verdade se alguém é um falso profeta pelos seus frutos, isto é, pelas suas atitudes. Jesus nos ensina que assim como não se pode colher uvas em um espinheiro, uma pessoa má não consegue ter atitudes boas. Dessa forma, podemos identificar se alguém é um falso profeta se ele falar a Palavra de Deus mas não vivê-la em sua vida.

Não há comunhão entre a luz e as trevas. Deus não revela a Sua palavra a alguém que anda na prática constante e deliberada do pecado. Ler a Bíblia e falar às pessoas o que ela diz qualquer pessoa que sabe ler pode fazer, mas a revelação das Escrituras só é dada a quem anda com Deus, o que só é possível através da obediência à Sua Palavra.

Não basta apenas dizer que Deus é o Senhor, é preciso reverenciá-lo como Senhor através da obediência. Jesus diz que é possível que alguém profetize em seu nome, faça milagres e expulse demônios, sem serem conhecidos pelo Senhor. Falsos profetas sempre existirão, e por isso Jesus nos adverte para tomarmos cuidado.


quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Os três vieses da tentação

 Texto de referência: Mateus 4:1-11


A tentação é uma arma que o diabo usa para nos afastar do Senhor. Deus não tenta a ninguém, apesar disso, todos nós em diversos momentos da nossa vida enfrentamos tentações. O próprio Jesus foi tentado, e isso reforça o que acabamos de refletir, de que nós não estamos isentos da tentação.

O episódio da tentação de Jesus apresenta diversas reflexões, mas eu gostaria de atentá-los ao fato de que foram três momentos distintos de tentação, cada um com uma característica central diferente.

No primeiro momento, vemos o diabo tentando Jesus a transformar pedras em pães. Esse fato se torna ainda mais relevante ao sabermos que Jesus estava há quarenta dias sem comer e por isso estava com fome. Essa primeira tentação nos mostra um caminho usado pelo diabo para nos tentar: a tentação de resolvermos as coisas do nosso jeito. Jesus poderia fazer surgir do nada um banquete para ele, mas naquele momento ele precisava manter o seu jejum. Quando o diabo o deixou, os anjos serviram a Jesus um grande banquete. Não precisamos resolver as coisas do nosso jeito e obedecer ao diabo. A forma que Deus utiliza para resolver as coisas para nós é correta e eficaz.

No segundo momento, o diabo tentou Jesus a pular da parte mais alta do Templo, e até alegou que Deus o protegeria se Ele assim fizesse. Todavia, esta tentação queria levar Jesus ao sensacionalismo, caminho que nunca foi seguido por Ele. Pelo contrário, Jesus sempre enfatizou que não era Seu propósito chamar a atenção ao operar os seus milagres, mas levar o Evangelho da Salvação. Como cristãos, somos também tentados a seguir caminhos de sensacionalismo, buscando projetar a nossa imagem pessoal, em detrimento da glória de Deus.

No último momento, o diabo tentou Jesus a se prostrar perante ele e adorá-lo, em troca de glórias e riquezas. Esse é o último viés que o diabo tentou Jesus e que frequentemente procura nos tentar, a busca frenética e descontrolada por glória e riquezas.

Jesus não caiu em nenhuma destas tentações, pois o Seu espírito estava fortalecido e o Seu foco estava no propósito confiado a Ele pelo Pai. O Senhor nos prometeu que já nos deu o escape para vencer todas as tentações às quais formos submetidos (1 Coríntios 10:13). Não precisamos temer a nenhuma delas, pois como Jesus venceu, nós também podemos vencer.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

A diferença entre aquele que serve e que não serve a Deus

 Texto de referência: Malaquias 3:13-18


Se formos analisar os questionamentos que existem entre os cristãos, um dos que mais percebemos é questionar se vale realmente a pena servir a Deus. Isso porque muitas vezes vemos pessoas que não servem a Deus e que aparentam não ter tantos problemas quanto alguns de nós que O servimos.

Esse questionamento não se limita apenas ao presente, pois nos tempos do profeta Zacarias, muito antes da vinda de Jesus à Terra, o povo de Judá também questionou isso ao Senhor. Segundo eles, estava sendo inútil servir a Deus porque os perversos e arrogantes eram felizes e prosperavam. Entretanto, o Senhor considerou duras as palavras daquele povo. Aquele questionamento entristeceu o coração do Senhor, uma vez que Ele fazia tudo pelo bem do povo.

Então, logo o Senhor buscou responder ao povo que as coisas não eram da forma como pensavam. Ele mostrou através do profeta que havia um memorial escrito para aqueles que O temiam. Para Deus eles eram como um tesouro particular, os quais seriam poupados no dia do juízo.

Este texto nos mostra que o Senhor não está alheio à nossa vida e relacionamento com Ele. Todas as nossas atitudes para com Deus são vistas por Ele, que nos dará o galardão no tempo certo. Uma das diferenças entre aquele que serve a Deus e o que não O serve é porque o Senhor ouve a oração do justo. As provações sobrevém a ambos, mas é maravilhoso saber que Deus nos ouvirá quando clamarmos por Ele.

Outro aspecto que difere o justo do ímpio é quanto ao juízo final. Um dia chegará em que todos seremos julgados. Mas o Senhor diz que no dia do juízo, Deus poupará o justo como um pai poupa ao seu filho que lhe é obediente. E por fim, o texto termina enfatizando que há diferença entre o que serve a Deus e o que não O serve.

As evidências corroboram que sim, vale muito a pena servir ao Senhor. Não podemos deixar ser enganados acreditando que é inútil servir a Deus, pois essa é a melhor escolha que podemos fazer. Não apenas pelo benefício da salvação eterna, mas pela alegria do tempo presente.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Não viva um relacionamento superficial com Deus


Estamos vivendo um período onde os relacionamentos estão cada dia mais superficiais. As pessoas têm medo de se envolverem demais umas com as outras e depois se decepcionar. Além disso, a correria dos dias atuais tem contribuído para que as pessoas se distanciem cada dia mais umas das outras. Relacionamentos que antes exigiam contato e presença física, foram substituídos pelos meios digitais.

Na verdade, não é errado ser cauteloso nos relacionamentos ou ter contato através dos meios digitais, o problema é que se por um lado é mais fácil manter um relacionamento superficial, por outro lado a falta de um contato mais profundo faz com que o conhecimento de ambas as partes seja pequeno.

Da mesma forma como estamos tratando com superficialidade os nossos relacionamentos humanos, temos também algumas vezes tratado o nosso relacionamento com Deus. Isso acontece quando não falamos com Ele (através da oração) e não ouvimos a Sua voz (através da Palavra). E com o passar do tempo, vamos nos distanciando cada vez mais da Sua presença. A companhia de Deus já não é mais um desejo diário, apenas dominical. Tudo isso nos distancia d'Ele e quando percebemos, já não O temos mais por perto. 

E assim como nos relacionamentos humanos, vamos perdendo o conhecimento de Deus e vamos nos distanciando da amizade com Ele. Mas se nós conseguimos viver sem alguns relacionamentos, com Deus isso não é possível, pois nascemos para Ele, nos movemos e existimos n'Ele (Atos 17:28). Quando estamos separados de Deus, perdemos a nossa essência e a nossa existência já não tem o real propósito.

Mas a boa notícia é que podemos recuperar esse relacionamento perdido no momento que quisermos, pois o Senhor está sempre pronto a receber um coração arrependido que se achega a Ele de todo coração (Ver Lucas 15:11-32). 

Deus deseja estar sempre perto de você, não viva mais um relacionamento superficial com Ele.

sábado, 8 de janeiro de 2022

Quando a dúvida vem: o episódio de João Batista

 Texto de referência: Lucas 7:18-28


João Batista foi um homem que viveu no deserto anunciando o reino de Deus e a vinda do Messias. Ele era primo de Jesus, apesar disso não O conhecia, provavelmente porque seus pais morreram quando ele ainda era criança. Apesar disso, quando Jesus chegou para ser batizado por João, ele não teve dúvidas de que Ele era o Messias. 

Ele confirmou isso ao dizer que Deus já o havia revelado que sobre quem descesse o Espírito Santo, ele era o que batizava com fogo. Além disso, enquanto Jesus era batizado, uma voz foi ouvida do céu, confirmando que Jesus era o Filho amado do Pai.

O ministério de Jesus crescia, enquanto o de João se findava, mas ele estava ciente disso e sabia que isso fazia parte do seu ministério aqui na Terra. Após algum tempo, João foi preso por Herodes, por denunciar os pecados do monarca. Nesse momento, João manda dois dos seus discípulos a Jesus para perguntar-lhe se Ele era realmente o Messias ou se eles deveriam esperar por outra pessoa.

Naquele momento, o que se percebe é que havia uma dúvida no coração de João, que antes estava tão certo de que Jesus era o Messias. Talvez João estivesse desolado por ter sido preso e estar em perigo iminente de morte, ou talvez ele estava com dúvidas porque Jesus não era exatamente como os judeus esperavam que Ele fosse.

De qualquer forma, naquele momento Jesus exaltou o nome de João diante das pessoas, reconhecendo que ele era um homem decidido pelo reino e desapegado das coisas terrenas. Colocou ele como mais do que um profeta e revelou que ele era o Elias que haveria de vir.

Assim como aconteceu com João, muitas vezes a dúvida entra em nosso coração. Mesmo conhecendo a Jesus, às vezes duvidamos da Sua capacidade sobre o mal. Quando a dúvida veio em João, Jesus não respondeu que Ele era o Messias, mas começou a operar diversos milagres de cura e libertação perante os seus discípulos, e ao final ele disse que feliz era aquele que não achasse em Jesus motivo de tropeço.

Quando a dúvida vem ao nosso coração, podemos olhar para trás e ver tudo o que Deus já operou por nós. Podemos abrir a Palavra e ver quantas maravilhas Ele já operou em favor das pessoas. Certamente o nosso coração será avivado novamente.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

A nossa força vem do Senhor

 "O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos; ele expulsou o inimigo de diante de ti e disse: Destrói-o."Deuteronômio 33:27


Estamos vivendo tempos difíceis. Dias de luta, de guerras espirituais e físicas, onde o mal tenta prevalecer a todo custo. Mas se de um lado existe um opositor cruel, do outro lado existe o Senhor da guerra, o Senhor dos Exércitos, poderoso na batalha e invencível.

À medida que vamos lendo a Bíblia vamos percebendo que a nossa passagem aqui nesta terra é uma batalha constante. De tempos em tempos surgem grandes batalhas as quais exigem de nós força e coragem.

Grandes homens de Deus viveram grandes batalhas e todos os que venceram só o fizeram pela força do Senhor que havia sobre eles. Não há outro segredo para vencermos, senão pelo Senhor. O que nos enche de ousadia em meio a essas batalhas é crermos que o Senhor nos capacita para todas elas.

Como servos de Deus fazemos parte do Seu exército aqui nesta terra e já fomos capacitados para vencer. Quando Deus prometeu a terra de Canaã ao Seu povo, ele não os isentou de terem que batalhar contra os adversários. Ele os expulsou, mas deu ao povo a ordem de destruí-los. Isso nos leva a crer que o Senhor retirou a força dos adversários do povo, mas deu a eles a incumbência de destruí-los.

Da mesma forma, ao enfrentarmos desafios não podemos ingenuamente acreditar que não precisamos guerrear. Mesmo tendo a promessa de vitória dada por Deus, Ele espera de nós enquanto parte do Seu exército que lutemos bravamente até alcançarmos a vitória completa. O inimigo já está expulso e destituído do seu lugar, mas é nossa a incumbência de destruí-lo.

Neste dia, que possamos nos apoiar no Senhor para vencer os nossos inimigos. A nossa força vem d'Ele e a vitória também!


quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

O ministério do profeta Ageu

A glória desta última casa será maior do que a da primeira. Ageu 2:9


O livro de Ageu é pequeno, com apenas dois capítulos, mas que traz uma mensagem grandiosa. O centro do livro é sobre o templo do Senhor. No primeiro capítulo, Ageu exorta o povo a reedificar o templo, que havia sido derrubado quando Jerusalém foi entregue aos caldeus. Ageu repreende o povo por estarem cuidando dos seus negócios terrenos, enquanto a casa do Senhor estava aos monturos, mesmo o povo já tendo recebido a ordem para reconstrução.

Essa mensagem nos remete muito ao tipo de zelo que temos tido para com as coisas do Senhor. Muitas vezes nos deixamos levar pelas coisas desta terra, cuidamos dos nossos negócios e deixamos de lado o Reino de Deus, que deve estar sempre em primeiro lugar. Ageu salienta ao povo que enquanto as coisas do Senhor não fossem prioridade para eles, não haveria prosperidade material, haja vista tudo o que eles estavam adquirindo estar sendo destruído.

No segundo capítulo, ele anima o povo dizendo que a glória desse segundo templo seria muito maior do que a primeira. Ageu traz também uma revelação a Zorobabel, governador de Judá, de que o trono de Davi seria restabelecido. Na verdade, esse segundo templo a que se referia Ageu não era necessariamente físico, mas um templo espiritual, representado por Jesus. Sobre a revelação a Zorobabel, quando Deus o chama de escolhido, na verdade ele também se referia a vinda de Jesus, colocando Zorobabel como uma representação de alguém que viria no trono de Davi, para reinar eternamente.

Ageu entra na história do povo de Deus em um momento muito especial, pois o povo estava em um período de transição, onde eles saíram do cativeiro babilônico e tinham a oportunidade de se reconstruírem como povo de Deus, entretanto, aqueles erros passados de idolatria e falta de compromisso com Deus já não poderiam fazer parte deles.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Sim, existe um Deus que é misericordioso!

 Agrada-se o Senhor dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia. Salmos 147:11


A palavra misericórdia em nossos dias é bastante traduzida como compaixão, isto é, ter empatia pelo sofrimento do outro. A origem da palavra misericórdia no latim seria algo como coração compadecido, entretanto, essa palavra no hebraico tem vários significados, variando muito em termos como benevolência, ternura e bondade.

Todavia, sem nos apegarmos ao significado exato da palavra misericórdia, uma coisa temos certeza: Deus é cheio de misericórdia. A Palavra de Deus faz questão de nos recordar acerca disso, e enfatizar não apenas que Deus é cheio de misericórdia, mas que Ele se agrada daqueles que esperam nessa misericórdia.

Os dias maus têm nos feito andar muitas vezes desanimados. As aflições destes tempos tentam nos desacreditar que exista alguém no qual não haja maldade. Mas a Palavra nos garante que existe um Deus que é bom, cuja misericórdia não tem fim, pelo contrário, é renovada diariamente, a cada manhã.

E não apenas essa misericórdia existe, mas está disponível a todos aqueles que crêem nela. Pela Sua palavra, o Senhor nos convida a confiarmos na Sua misericórdia. O nosso sofrimento não está oculto, existe um Deus pleno de misericórdia que se compadece de nós, e que tem poder para nos ajudar a enfrentar as aflições de cabeça erguida, sem nos sentirmos sós. É tempo de confiar na misericórdia do Senhor!



terça-feira, 4 de janeiro de 2022

O livro do profeta Habacuque

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira; ainda que a colheita da oliveira decepcione, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas desapareçam do aprisco, e nos currais não haja mais gado,  mesmo assim eu me alegro no Senhor , e exulto no Deus da minha salvação. Habacuque 3:17‭-‬18


Apesar de ser um livro de poucos capítulos, o livro de Habacuque tem muito a nos ensinar. Não se sabe muito sobre a vida do profeta, mas sabe-se que ele viveu em um período onde o povo de Judá estava vivendo fortes tensões, oprimido pelos inimigos que queriam dominar seu território.

O capítulo inicial de Habacuque é uma oração questionando a Deus sobre o porquê de toda aquela ameaça de destruição. O profeta questiona se Deus é realmente justo ao permitir que um povo perverso oprima o Seu povo. Deus então revela a Habacuque a futura destruição que viria sobre os caldeus.

Além disso, Deus  revela o Seu poder a Habacuque, como um Deus da guerra e que tem o controle de tudo em suas mãos. Habacuque percebeu que a salvação do seu povo viria, mas que até esse acontecimento, ele deveria esperar com paciência e fé. É neste momento que Habacuque percebeu que, apesar de todo o sofrimento que o povo iria enfrentar, tudo poderia ser melhor se eles se apegassem ao Senhor em meio a dor.

Mesmo que tudo não estivesse bem, ainda que o povo perdesse tudo, se a alegria deles estivesse no Senhor, eles enfrentariam tudo isso de cabeça erguida. Muitos homens de Deus tiveram que enfrentar o exílio babilônico, que de fato veio sobre os judeus, mas há muitos relatos bíblicos de homens e mulheres que se sobressaíram no território caldeu, como Mordecai e Daniel por exemplo, e isso porque eles não abandonaram o Senhor.

Se eu fosse resumir o livro de Habacuque em poucas palavras, eu diria que a mensagem principal do livro é, alegre-se no Senhor, apesar de qualquer circunstância. Não permita que as dificuldades abalem a sua fé, pelo contrário, permita que elas façam sua fé crescer. Ao invés de questionar o porquê dos seus problemas, permita-se ver Deus trabalhando através deles.






sábado, 1 de janeiro de 2022

Não despreze os humildes começos

E os que não deram valor a um começo tão humilde vão ficar alegres quando virem Zorobabel terminando a construção do Templo. (Zacarias 4:10)


A Bíblia é um manual de vida. Tudo o que precisamos para ter uma vida vitoriosa podemos encontrar na Palavra de Deus. Na verdade, nem todas as instruções estão dadas claramente, mas se buscarmos acerca de qualquer assunto, Deus sempre irá nos revelar através da Palavra, ainda que seja utilizando uma passagem que aos olhos humanos não faça tanto sentido, pois a Bíblia nos é revelada pelo Espírito.

Tudo o que hoje é grande um dia foi pequeno. Nada começa grande, qualquer projeto necessita de um tempo para ser idealizado, planejado e executado, até que comece a crescer. Quando o povo de Judá saiu do exílio da Babilônia e recebeu permissão para reconstruir o templo, eles voltaram para Jerusalém, a fim de iniciarem a construção.

Esse período de construção levou muitos anos, pois no decorrer desse tempo, houve paradas na construção. Além disso, o templo que estava sendo construído era pequeno e simples, comparado ao templo majestoso construído pelo rei Salomão. O responsável pela construção era Zorobabel, ordenado governador de Judá na época.

Algumas pessoas duvidaram e lutaram contra a construção do templo em Jerusalém. Mas eles não puderam impedir porque aquela obra não era projeto humano, mas projeto do Senhor para o Seu povo. E é nesse contexto que o profeta Zacarias declara que Zorobabel que havia iniciado a construção do templo, ele próprio findaria aquele projeto, e que aqueles que desprezaram aquele início de construção, aparentemente tão simples, veriam aquela obra se concretizar.

Algumas vezes estamos diante de projetos que se iniciam tão pequenos, sem muita visibilidade, mas se esse projeto vem do coração de Deus, ele irá crescer e prosperar. Uma das habilidades que devemos ter quando estamos diante de um novo projeto é perseverança. Nada se inicia grande, tudo precisa de tempo e esforço para tomar forma e crescer. Não despreze os humildes começos pois tudo o que hoje é grande, um dia começou pequeno.