domingo, 28 de fevereiro de 2021

É amando o próximo que aprendemos a amar a Deus

 Texto-base: 1 João 3:16-18; 4:7-21


O apóstolo João nos fala muito sobre o amor.

Em sua primeira carta, ele nos ensina sobre o que é verdadeiramente o amor em duas vertentes: o amor de Deus e o amor fraternal, isto é, entre irmãos.

Todo amor vem de Deus. Ele é a origem do amor.

O princípio do amor não consiste em nós amarmos a Deus, mas Nele ter nos amado e enviado Seu único Filho, Jesus, para morrer por nós. E é nesse amor que devemos nos espelhar, pois assim como Deus nos ama também devemos amar nossos irmãos. E assim como Jesus deu a Sua vida por nós também devemos dar a vida pelos nossos semelhantes. Esse foi o mandamento de Jesus, que amemos nossos irmãos como Ele nos amou.

E dar a vida não significa morrer fisicamente por eles, pois isso Jesus já fez, mas exercer um amor sacrificial, isto é, capaz de deixar as nossas próprias vontades para fazer o bem ao próximo.

Isso é amar, exercer boas atitudes com as pessoas mesmo quando isso aparentemente não nos trará benefício algum, ou até mesmo nos trará prejuízo. Esse é o amor de Deus por nós, um sentimento que não exigiu nada em troca. Um amor que não se apoiou em palavras, mas em atitudes.

O amor ao próximo é a mensagem ouvida desde o início. Quando exercemos esse amor vivemos todas as bênçãos das quais Jesus nos prometeu: temos a vida, vivemos na luz, permanecemos em Deus e O conhecemos.

Mas há uma bênção ainda maior quando exercemos o amor ao próximo: somos aperfeiçoados no amor de Deus. O perfeito amor não convive com o medo. Quando amamos a Deus, aprendemos a confiar Nele. E esse amor começa pelos nossos irmãos, pois apesar de acharmos que aprendemos a amar demonstrando nosso amor a Deus, Ele nos mostra pela Palavra que a essência do nosso amor enquanto seres humanos começa quando demonstramos amor ao próximo.

Isso acontece porque o nosso relacionamento com os nossos irmãos se baseia na materialidade. Conhecemos o nosso próximo, vemos suas necessidades e suas fraquezas. Já com Deus o nosso relacionamento é imaterial. Não o vemos. Dessa forma, se não conseguimos amar alguém que vemos, que conhecemos as necessidades, os sofrimentos e não nos compadecemos, como poderemos amar a Deus que não enxergamos de forma material?

Assim, entendemos que para amarmos a Deus, precisamos primeiro amar os nossos semelhantes. Quando amamos o nosso próximo de forma atitudinal, o amor de Deus permanece em nós. 

Amar o nosso próximo não é uma opção, é um mandamento. E apesar desse mandamento ser o segundo em ordem de importância, pois o primeiro é amar a Deus, só cumpriremos o primeiro quando exercermos o segundo. Que Deus nos ajude a amar o nosso próximo. Em um mundo de amor hipócrita, enquanto cristãos, o nosso amor tem que ser verdadeiro.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

O banquete contínuo da alegria e do amor

Texto-base: Provérbios 15:15-17


O sentimento da alegria é frequentemente posto em debate. Em um mundo de tantas tragédias, estar alegre o tempo todo é considerado impossível para grande parte das pessoas. Mas o Senhor nos diz em Provérbios que a alegria do coração é banquete contínuo, isto é, não acaba. 

Diante disso, podemos refletir que quando há alegria no nosso coração, não importam as circunstâncias externas, há sempre comemoração por dentro. Um coração alegre não precisa de muito, pois está rodeado de gratidão pelas coisas simples da vida.

Ele continua dizendo que não precisamos de muito, na verdade o que realmente necessitamos é temer ao Senhor, pois se andamos com Deus não importa se para as pessoas temos pouco, para nós é o suficiente para enxergarmos o cuidado Dele em nossas vidas. Afinal, um tesouro onde há inquietação não adianta de nada. Não é apenas ter, mas saber desfrutar daquilo que temos. Um coração sem contentamento pode ser cheio das melhores coisas dessa terra que jamais irá se satisfazer.

Outro aspecto em que a despeito da quantidade de bens existentes não fará sentido, é onde não há amor. O sábio autor de Provérbios nos diz que um prato de hortaliças onde há amor é melhor do que um boi assado onde há ódio. Isso significa que o que traz abundância a qualquer situação é o sentimento que reside ali. Onde há falta de amor não pode haver abundância de nada, porque o que se está vivendo não fará sentido. O sentido das coisas é percebido pelos sentimentos que nos permeiam. Se há contentamento, há gratidão não importa a situação. Se há amor, há fartura ainda que os recursos sejam poucos.

Parecem utópicas e difíceis de viver essa realidade, haja vista vivermos em um mundo de tanto materialismo, onde somos cercados pelas ideias de que seremos felizes quando tivermos o emprego dos sonhos, um casamento invejável, um carro ou uma casa de luxo, um closet equipado, dentre outras coisas. Entretanto, não é isso que nos ensina a Palavra de Deus. Ela nos mostra que a despeito de qualquer materialidade, existem sentimentos que se sobrepõem a tudo isso.

É tempo de fazermos com que tudo isso se torne realidade para nós. Que essas não sejam meras palavras, mas uma forma de viver, onde focaremos no que realmente importa e desfrutaremos do que verdadeiramente nos faz bem.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

A terra desolada ficou como o jardim do Éden

Texto-base: Ezequiel 36:35


Apesar de ser o povo escolhido de Deus, os israelitas eram muito obstinados. Frequentemente caíam em diversos pecados. Para lhes abrir os olhos, Deus enviava profetas, como o profeta Ezequiel, para lhes alertar sobre seus erros. Mesmo praticando pecados recorrentes, aquele povo sempre experimentou com abundância a misericórdia de Deus, pois Ele sempre lhes dava novas chances de se arrependerem e mudarem de vida.

Em um desses episódios, Deus revela ao profeta que restauraria a Israel de uma forma completa. Eles seriam perdoados e purificados, um novo coração seria posto neles e eles voltariam a tomar posse da sua terra. Com essa nova mentalidade, eles passariam a viver uma vida de santidade e obediência. O Espírito habitaria neles e haveria prosperidade material.

Então, as pessoas que vissem a terra do povo de Deus diria: "Esta terra desolada ficou como o jardim do Éden". Para entendermos o grau de mudança que Deus estava prometendo àquele povo, primeiro precisamos entender como era o Jardim do Éden. Plantado pelo próprio Deus, ele era um local cheio de todo tipo de árvores agradáveis e frutíferas, além de ser cercado por um rio que se dividia em quatro vertentes. Sem dúvida, o Éden era um lugar maravilhoso. E Deus prometeu ao Seu povo que eles seriam como o jardim do Éden.

Eles sairiam da desolação para um estado admirável. De um estado de ruínas para a fortificação. De um estado de abandono para plena habitação.

O que Deus prometeu ao povo de Israel não se limita a eles apenas. Aquilo que Ele desejava fazer a Israel Ele deseja fazer a todo ser humano, que atenda ao Seu chamado. Através desse texto percebemos o quanto Deus nos transforma. O perdão de Deus em nós faz com que sejamos novas criaturas. O Seu amor nos regenera e a mudança que começa por dentro fica cada vez mais nítida, perceptível aos olhos das pessoas. Todos conhecemos pessoas que foram totalmente transformadas, a tal ponto de não acreditarmos, tamanho o grau da mudança. Esse é o agir de Deus em cada um de nós, a partir do nosso encontro real com Ele. Só precisamos abrir o nosso coração.


Se até hoje você não se entregou ao Senhor, faça essa oração:

"Senhor Jesus eu te recebo hoje como Senhor da minha vida. Perdoa os meus pecados, apaga todas as minhas transgressões e escreve meu nome no Livro da Vida.

Amém."


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

As águas impróprias de Jericó: o problema estava na fonte

 Texto-base: 2 Reis 2:19-22


O texto lido relata uma situação ocorrida nos tempos do profeta Eliseu. Alguns moradores da cidade de Jericó relataram ao profeta que, apesar da cidade ser bem situada, a terra do lugar era improdutiva porque as águas eram impróprias.

Eliseu então pede que se coloque sal em um prato novo. Então o profeta vai até o manancial de onde procediam as águas e coloca o sal nelas. A partir de então, as águas passam a ser saudáveis, deixando de provocar morte e esterilidade.

As atitudes de Eliseu acerca dessa situação nos chamam a atenção. Em um prato novo, indicando novidade, ele pede para que se coloquem sal, que representava naquele tempo a fertilidade. Por fim, Eliseu foi até a fonte da cidade, de onde provinham as demais águas e colocou sal. A partir da fonte sarada, as águas não geraram mais morte nem esterilidade. 

O cerne daquele problema não era a cidade e nem a terra, mas as águas do lugar. Tanto a cidade quanto a terra tinham condições favoráveis, todavia, a origem das águas estava contaminada.

Muitas pessoas enfrentam situações semelhantes às águas estéreis de Jericó. Possuem condições favoráveis, externamente possuem todas as condições de terem sucesso, mas por anos continuam improdutivas.

E quando vamos analisar, percebemos situações em suas origens que precisam ser tratadas para que possam viver o melhor de Deus. Mas para isso, o prato precisa ser novo, isto é, é preciso eliminar os velhos hábitos e ter uma mentalidade nova.

Ainda, Deus utiliza instrumentos durante esse processo. No caso de Jericó foi o sal, mas cada situação pode ser diferente. Os instrumentos podem ser diversos, como a medicina, a psicologia, o acompanhamento de uma pessoa (ou grupo) de oração ou um conselheiro sábio. O importante é que ao entregarmos a Deus os nossos desafios, Ele se encarrega de nos direcionar para a solução.

Por fim, Eliseu foi até a origem das águas. E então elas ficaram saudáveis. Muitos problemas em nossa vida poderiam ser resolvidos se os tratássemos em sua origem. O problema é que muitas vezes queremos remediar a dor, sem tratar a sua causa. O mesmo Deus que operou nas águas de Jericó fazendo elas se tornarem férteis pode operar também em nosso favor, eliminando de nós aquilo que nos impede de viver a vida abundante que Deus tem para nós. Apesar de muitas vezes a iniciativa ter que ser nossa, a honra da nossa vitória é Dele! Tudo é para Ele!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

As contribuições do sofrimento para o crescimento do Reino de Deus

  Texto-base: Filipenses 1:12-14


Apesar de ter sido um grande servo de Deus, o apóstolo Paulo não viveu isento de grandes lutas. Em suas cartas, ele relata quantas dificuldades enfrentou, desde açoites, naufrágios, calúnias, até prisões. Paulo foi preso por duas vezes, em uma ele foi solto e na segunda vez acabou sendo morto.

Mas Paulo tinha a convicção de quem ele era para Deus e de quem Deus era para ele. Em uma dessas prisões, Paulo relata aos filipenses que, a sua prisão estava contribuindo para o progresso do Evangelho, de forma que, enquanto ele estava preso, ele continuava pregando a Palavra, e os demais cristãos, ao invés de estarem desanimados por vê-lo preso, estavam falando com mais ousadia a Palavra de Deus.

Paulo era um homem como nós. Talvez sua mente fosse muitas vezes tomada pelos questionamentos do porquê ele estava ali, preso e em sofrimento, mas em Deus, ele pôde perceber que até mesmo o seu sofrimento estava contribuindo para a expansão do Evangelho. Mais à frente, ele recomenda aos irmãos que não ficassem em nada intimidados pelos adversários. A prisão já não intimidava Paulo, pois ele sabia que havia um propósito em tudo aquilo. Ainda, Paulo tinha a certeza de que em Cristo ele era livre. A liberdade de Paulo não se limitava ao aspecto físico, o seu corpo estava preso, todavia sua alma era livre.

Da mesma forma, Deus quer em nós essa concepção. Ele quer nos fazer enxergar que as dificuldades enfrentadas não podem nos derrubar ou enfraquecer o ministério para o qual fomos chamados, mas elas podem ser instrumentos nas mãos de Deus até mesmo para que a Sua palavra cresça, tanto dentro de nós quanto na vida dos outros.

Paulo não se intimidou pelos adversários, pelo contrário, enxergou o seu sofrimento como um fator pelo qual Deus estava trabalhando em favor do Reino. Como temos enxergado as nossas aflições? Apenas como setas inflamadas de satanás para nos derrubar? Ou como elementos nas mãos de Deus para expandir a Sua palavra? Quantos homens de fé surgiram através de aflições. Homens que fizeram a diferença para o Reino de Deus. Que possamos enxergar o agir de Deus em meio à dor, certos de que os nossos sofrimentos trarão resultados para a obra Dele. Por fim nos lembraremos deles não como pedras de tropeço, mas como pontes pelas quais Deus nos levará a um novo patamar, de graça e intimidade.


domingo, 21 de fevereiro de 2021

A fé morta

Texto-base: Tiago 2:14-26


Vivemos em uma sociedade de pouca fé. As pessoas, entristecidas pela maldade humana, não têm mais fé, não crêem em nada, e assim esvaziam mais e mais as suas almas. Mas ainda existem alguns que dizem ter fé. Se perguntarmos às pessoas se elas crêem em Deus, muitas dirão que sim. Mas o livro de Tiago nos diz que não basta apenas crer, é preciso provar que cremos.

Ele fala acerca de uma fé que não tem obras, e diz que essa fé é morta. A fé não se expressa apenas por palavras, mas por atitudes. Dizer que crê em Deus é fácil, até demônios crêem. Apesar de ser forte essa expressão, é a verdade, pois não basta apenas crer. Quem é de Deus mostra a sua fé pelas suas atitudes, não apenas por palavras.

Por exemplo, dizer que tem fé, mas não ajudar um irmão necessitado não nos traz proveito. A verdadeira fé nos faz agir em prol do outro, nos impulsiona a fazer o bem todas as vezes que tivermos oportunidade.

Abraão também teve sua fé provada. Ao oferecer Isaque como sacrifício a Deus, ele provou crer que Deus era Soberano e que ele estava debaixo da Sua divina autoridade. Quando tomou essa atitude, ele mostrou a Deus que tinha fé, e por isso foi chamado Seu amigo.

Por fim, assim como um corpo sem espírito não se aproveita, uma fé sem obras também não. O nosso lugar enquanto cristãos não é com aqueles que dizem ter fé apenas por dizer, precisamos mostrar ao mundo a nossa fé, e isso não será feito apenas com palavras, precisamos demonstrar atitudes de verdadeiros cristãos, compromissados com o Evangelho da justiça e da verdade.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

O público-alvo da carne e suas paixões

 Texto-base: Provérbios 7


A Bíblia é o nosso manual de sobrevivência para esta terra e para além dela. Escrita há milhares de anos, ela continua a nos ensinar, pois a vivacidade das letras sagradas jamais se acabará.

O livro de Provérbios é uma parte da Bíblia que nos incentiva a um viver sábio. Todo o capítulo 7 deste livro é destinado a nos alertar sobre o adultério. O sábio autor alerta sobre uma mulher astuta, que anda à procura de homens simples. Ao encontrar um homem despido de juízo, ela o seduz com palavras enganadoras, lhe oferece uma noite aparentemente maravilhosa, bem longe do perigo. Acreditando em suas palavras de lisonjas, esse homem vai atrás dela, como um "boi que vai ao matadouro…, sem saber que isso lhe custará a vida" (v. 22-23).

Esse capítulo retrata sobre uma tentação da carne, o adultério, mas podemos fazer uma analogia do adultério aos prazeres gerais da carne. Da mesma forma que ocorre com o adultério, os demais prazeres da carne nos atraem de forma sorrateira, oferecendo-nos situações aparentemente boas e satisfatórias, mas que nos trazem a morte espiritual, que significa a nossa separação de Deus.

Viver na carne nos dá prazer porque satisfaz o nosso ego, a nossa natureza carnal. Mas quando optamos por viver a vida de Deus em nós, abrimos mão de satisfazer a nós mesmos para agradar Àquele que nos criou. O pecado não prende qualquer pessoa, o seu alvo primordial são aqueles que estão distraídos com as coisas deste mundo, andando próximos às suas práticas. A estes o inimigo engana com suas falsas seduções, e após ficarem presos, experimentam a morte. O caminho para nos afastarmos da carne e suas paixões é andar no Espírito (Gálatas 5:16). Cada vez que buscamos a Deus, somos mais revestidos pela presença do Espírito em nós, e essa presença nos afasta da carne. Ainda, andar com Deus nos dá a sabedoria e o discernimento necessários para identificarmos o que é errado e nos afastarmos logo de início.

Que possamos nos prover do discernimento necessário para evitarmos o mal e nos apegarmos cada vez mais aos ensinamentos de Deus para que não sejamos vencidos pela carne e suas paixões.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Vença a preguiça espiritual

 Texto-base: Provérbios 6:6-11


Se formos pesquisar o significado de preguiça no dicionário, obteremos: Estado de prostração e moleza, de causa orgânica ou psíquica. A preguiça ocorre quando nos deixamos levar por uma prostração, que nos impede de fazermos as nossas atividades cotidianas.

O livro de Provérbios nos adverte contra a preguiça por meio de diversos versículos. Neste versículo acima, especificamente, ele chama o preguiçoso a observar as formigas. Esse pequeno animal, apesar de não ter liderança, ajunta todo o seu alimento na primavera, quando as folhas estão verdinhas, para que no outono e inverno, quando tudo está seco, ela tenha mantimentos o suficiente para se alimentar. Se formos observar as formigas, elas carregam pequenas folhas, uma a uma, até chegarem ao seu abrigo. E por esse motivo o sábio escritor de Provérbios manda o preguiçoso aprender com a formiga. 

A preguiça física é extremamente prejudicial, mas a preguiça espiritual é ainda pior, pois se a primeira nos priva de adquirirmos riquezas nesta terra, a preguiça espiritual nos priva da vida eterna. A preguiça espiritual ocorre quando deixamos a prostração ou a inércia nos dominar, e dessa forma não nos dedicamos à nossa vida espiritual, através dos três pilares de sustentação que todo cristão deve ter: oração constante, leitura fervorosa da Bíblia e prática do jejum.

A preguiça espiritual é ampliada através das distrações às quais somos diariamente submetidos, tanto pela internet, quanto em atividades de entretenimento que temos ao nosso dispor, e até mesmo com os afazeres domésticos.

As consequências da preguiça são a pobreza e a necessidade, ambas sobrevindo de forma repentina, com o intuito de roubar aquilo que o homem possui. A preguiça espiritual se desenvolve aos poucos. De forma sorrateira, ela entra na vida do cristão. São pequenas atitudes diárias que vão contribuindo para nos prostrarmos e perdermos a nossa comunhão diária com Deus. A princípio, aparentemente não estamos perdendo nada, mas com o passar do tempo, de forma repentina percebemos a destruição que a procrastinação pode nos causar.

O diabo quer nos roubar o nosso maior tesouro: a salvação. E nem sempre é com comportamentos visivelmente pecaminosos. Muitas vezes é utilizando de estratégias disfarçadas. E a preguiça espiritual tem sido uma  dessas estratégias, pela qual ele tem obtido êxito. É tempo de despertar. Deus também hoje nos alerta: Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Sobre maturidade

Envelhecimento é diferente de maturidade. O primeiro tem a ver com a idade, o segundo se refere ao tempo certo das coisas. Uma fruta madura é aquela que enfrentou todo um processo, desde a sua concepção, passando pelo seu crescimento, até o momento certo de ser colhida.
Espera-se que todas as pessoas envelheçam, mas também espera-se que todas as pessoas amadureçam. É o natural da vida: envelhecer e amadurecer. Se o tempo nos traz o envelhecimento, deve também trazer maturidade. Todavia, apesar de todos envelhecerem, nem todos amadurecem.

A Bíblia nos relata acerca de pessoas que amadureceram com o passar dos anos, e então viram sua vida florescer.

José foi um jovem imaturo em sua juventude. Agindo com irresponsabilidade, denunciava seus irmãos perante seu pai, acendendo a ira destes. Agindo de forma imatura, contava sonhos a sua família e exaltava a si próprio. Após ser vendido como escravo, acusado injustamente de adultério, viver por anos em uma prisão, José amadureceu. Ele aprendeu a calar e a falar no tempo certo. A maturidade o ajudou no processo de perdoar seus irmãos. José aprendeu a receber as coisas na hora certa. E se tornou o segundo homem mais poderoso do império egípcio.

Pedro é outro exemplo de alguém que amadureceu. No decorrer do seu ministério ao lado de Jesus ele cometeu erros. Falou demais ao repreender Jesus quando este falava sobre sua dolorosa morte, agiu com impulsão cortando a orelha de um dos homens que queriam prender Jesus. Por três vezes negou conhecer Jesus. Mas com o decorrer do tempo, a presença do Espírito na vida dele fez Pedro se tornar um homem diferente: aquele que um dia negou a Cristo levou de uma só vez três mil pessoas à conversão e morreu como um mártir, dando a sua vida por amor ao Evangelho.

Poderíamos citar outros exemplos bíblicos de imaturidade, como Sansão, que agia impulsivamente, não medindo as consequências dos seus atos, ou de maturidade como Abigail, que agiu da forma correta e falou na hora certa perante o seu esposo e perante Davi. 

Andar com Deus e seguir as orientações do Espírito nos faz pessoas maduras, Mas, é preciso entender que a maturidade é um processo e uma escolha, pois podemos receber de Deus a orientação correta e escolhermos agir do nosso jeito. No âmbito do processo, não nascemos maduros, amadurecemos com o tempo. Todos os dias temos a oportunidade de subir mais um degrau rumo à maturidade. Isso não pode ser desperdiçado.


domingo, 14 de fevereiro de 2021

Quatro passos para alcançarmos a vida eterna

 Texto-base: Filipenses 3:10-11


De todos os nossos anseios enquanto cristãos, um deles é latente: queremos ser achados em Cristo, isto é, queremos que as pessoas que convivam conosco encontrem Cristo em nós. Mas também ansiamos por outra coisa: alcançar a vida eterna, através da ressurreição. Nessa vida queremos Cristo, e após essa vida o desejamos mais ainda.

Entretanto, alcançar a vida eterna é um grande desafio, afinal, vivemos em um mundo que jaz no maligno. Buscar as coisas de Deus é andar na contramão do mundo. Negar a nós mesmos para viver em Cristo é uma contracultura, pois a cultura do mundo é satisfazer a nós mesmos, e tudo o que mais ouvimos é que o importante é ser feliz. Mas o apóstolo Paulo nos dá quatro revelações importantes sobre como buscar obter a vida eterna.

Conhecer a Jesus: conhecemos a Cristo quando mergulhamos em Sua Palavra. Aprofundar na palavra de Deus não se resume a lê-la, mas buscar as revelações espirituais que ela nos traz e obedecer ao que ela diz.

Conhecer o poder da Sua ressurreição: a ressurreição de Jesus nos trouxe muitas vitórias, mas a principal delas foi a supremacia de Jesus sobre a morte. A morte não é mais o fim do cristão, ela é apenas uma passagem para uma nova vida.

Reconhecer a comunhão dos Seus sofrimentos: apesar de ser filho de Deus, Cristo sofreu nessa terra. Ele foi humilhado, rejeitado e traído. Comungar com Seus sofrimentos é saber que nessa terra também enfrentamos sofrimentos, como Cristo enfrentou. Entretanto, isso não deve nos desanimar, pois apesar de Cristo ter sofrido, não recordamos Dele como alguém que sofreu, mas que, a despeito de todo sofrimento, ensinou o amor e venceu.

Conformar-nos com Ele na Sua morte: conformar com Cristo na Sua morte é morrermos com Ele, isto é, ter em nós o mesmo sentimento de Cristo ao padecer na cruz, um sentimento de obediência completa ao Pai. Assim como Cristo se esvaziou de Si mesmo, nós também devemos nos esvaziar do nosso próprio "eu" para vivermos a completa vontade de Deus em nós.

Sabemos que a salvação vem pela graça, isto é, não existem obras que possamos fazer para merecermos ela, mas apesar de ser pela graça, só a obtém quem crê nessa graça, obtida através do sacrifício de Jesus. O destino da nossa caminhada cristã é o céu. Alcançar a vida eterna é um longo processo, mas podemos ter a certeza que se buscarmos de coração a Deus, obteremos êxito em nossa busca.


sábado, 13 de fevereiro de 2021

Espinheiro ou cipreste? Sarça ou murta?

Texto-base: Isaías 55:13 "Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em lugar da sarça, crescerá a murta; e será isto glória para o Senhor e memorial eterno, que jamais será extinto."


A Bíblia é cheia de citações botânicas. Como as plantas faziam (e ainda fazem) parte do nosso cotidiano, há muitas comparações sobre plantas nas narrativas bíblicas. Em uma delas, o Senhor ao dar esperança de dias melhores ao povo de Israel, compara o espinheiro com o cipreste e a sarça com a murta.

O Senhor chama o povo ao arrependimento, e os convida ao banquete da graça, que não necessita de dinheiro, obras ou sacrifícios para se manifestar. Esse banquete é para todos que a receberem, não importando de onde vierem.

Nessa nova vida que o povo iria viver, haveria transformação: em lugar do espinheiro haveria cipreste, e em lugar da sarça haveria a murta.

Tanto o espinheiro como a sarça possuem duas características em comum: são árvores secas e que possuem espinhos, afugentando portanto as pessoas delas. A árvore seca não possui vida, não é atraente às pessoas, não possui beleza. Já o cipreste e a murta, apesar de serem plantas diferentes, também possuem duas características similares: suas folhas não caem e ficam sempre verdes. 

Assim como o Senhor chama Israel a um novo tempo, Ele também nos chama. Deus quer que saiamos de uma vida seca e espinhosa, para vivermos o melhor Dele para nós. Ele nos quer sempre verdes e cheios de vida. E por isso esse texto se inicia nos convidando a vir para Deus, a experimentar o que Ele tem para nós de mais precioso, que é a Sua graça.

Quando nos abrimos ao Senhor e começamos a viver debaixo dessa graça, a morte já não tem lugar em nós. O pecado, que antes nos escravizava e trazia morte, já não tem poder sobre nós. Viver com Deus é nos libertar da sequidão e dos espinhos, que afastam as pessoas de nós, para nos enchermos de folhas verdes. A vida e consequentemente a alegria de Deus atraem as pessoas para perto de nós.

A vida é feita de escolhas e hoje nos deparamos com duas opções: ou somos espinheiros e sarça, secos e sem vida, ou escolhemos ser ciprestes e murta, que não se secam e são cheios de beleza. A segunda opção é a melhor e só ao lado de Deus poderemos viver assim.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Desvia os meus olhos das distrações

"Desvia os meus olhos das coisas inúteis; faze-me viver nos caminhos que traçaste". Salmos 119:37


O pecado é o principal obstáculo que nos afasta de Deus. Contra ele, devemos unir todas as nossas forças a fim de combatê-lo. Mas existe também outra coisa que tem o poder de nos afastar de Deus e do que Ele tem para nós: as distrações.

As distrações são elementos que não são necessariamente pecado, mas que se não soubermos gerenciá-los, nos levarão ao pecado, nos afastando de Deus. O salmista do texto acima também sabia da existência das distrações, tanto que pediu ao Senhor para livrá-lo daquilo que ele chamou de inútil, para poder viver nos caminhos que Deus traçou para ele. Isso significa que as distrações nos tiram do propósito de Deus para nós.

O entretenimento é uma distração: o shopping, as pizzarias, os seriados, os clubes, tudo isso se não forem utilizados com equilíbrio, roubam o nosso tempo com Deus.

A internet é outra distração que tem roubado a vida com Deus de muitos cristãos. Seja pelas redes sociais, pelo YouTube, pelos games, pelas inúmeras atrações que ela oferece, muitas pessoas têm deixado de orar, ler a Bíblia e estar na presença de Deus para curtir um tempo mais na Web. Ainda que você esteja ouvindo singles cristãos ou pregando em seus grupos de WhatsApp, o seu tempo a sós com Deus não deve ser substituído por nada.

Os afazeres também são outra distração. Muitas vezes se não deixamos tudo de lado para nos ajoelharmos em oração, não conseguimos ter tempo para Deus. Uma tarefa vai levando a outra e assim quando percebemos, já terminamos o dia e não nos colocamos na presença de Deus para orar ou meditar na Palavra. Podemos nos lembrar de Marta, que estava tão preocupada em seus afazeres, enquanto Maria estava sentada aos pés de Jesus, ouvindo Seus ensinamentos. Quem mais agradou a Jesus foi Maria, pois ela escolheu a boa parte.

Até mesmo o ministério se torna uma distração quando nos deixamos levar pelo ativismo ministerial, que ocorre quando ocupamos cargos em excesso na igreja, e já não temos mais tempo para demais coisas, inclusive para Deus.

E quando nos deixamos levar pelas distrações, saímos do caminho que Deus traçou para nós.

Poderíamos falar de diversas outras distrações, pois cada pessoa tem as suas peculiaridades. Apesar de não serem pecado, se não forem utilizadas com sabedoria, elas nos afastarão de Deus tanto quanto o pecado. O segredo para não nos deixarmos levar por elas está no equilíbrio e no foco que temos. Quando o nosso foco está em Deus, não nos deixamos desviar para nada que nos leve para longe Dele. Ainda, quando buscamos o equilíbrio, não nos deixamos levar pelos excessos, o que nos livra de gastarmos tempo demais em coisas que não nos irão acrescentar em nossa intimidade com Deus.

Mesmo com foco e equilíbrio, precisamos como o salmista, reconhecer a nossa impotência enquanto seres humanos e buscar a misericórdia de Deus para nos livrar das distrações. Agindo assim, obteremos graça e êxito da parte de Deus.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

O poder do Evangelho não reside em sabedoria humana

 Texto-base: 1 Coríntios 2


O apóstolo Paulo foi um grande pregador da Palavra. Antes de sua conversão ele era um fariseu, instruído pelo mestre Gamaliel. Dessa forma, provavelmente Paulo era muito eloquente e sabia utilizar bem as palavras. 

O apóstolo Pedro também foi um grande pregador. Apenas dois dos seus discursos relatados na Bíblia foram suficientes para converter cinco mil pessoas. Todavia, Pedro era um homem de pouquíssima instrução escolar e sem habilidades intelectuais (Atos 4:13). 

Como explicar a intrepidez para pregar desses dois homens tão diferentes em termos de instrução? O apóstolo Paulo explica isso em 1 Coríntios 2. Ele relata aos cristãos que quando estava entre eles, não falava com uma linguagem culta ou intelectualizada, mas decidiu agir como se não soubesse de nada, para que eles fossem ensinados pelo Evangelho da cruz, não por ele. Ainda, o Evangelho por ele pregado não consistia em palavras, mas no poder do Espírito.

Quando Pedro foi preso após fazer um dos seus discursos, os religiosos perguntaram com qual poder ou em nome de quem eles faziam isso. Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes respondeu que ele fazia isso em nome de Jesus. O propósito da pregação era Jesus, e o poder para pregarem lhes era dado pelo Espírito.

Paulo nos fala que existem mistérios das revelações de Deus, e eles apenas nos são revelados pelo Espírito, o qual penetra até mesmo as profundezas de Deus.

Tudo isso nos faz enxergar que não há revelação da Palavra se não for pelo Espírito. Mas não apenas para quem prega. Paulo termina esse capítulo dizendo que as coisas espirituais apenas se discernem espiritualmente. Se para falar temos que ter o Espírito, para entender também.

Muitos pregadores estão tentando convencer as pessoas utilizando as suas palavras, muito lindas por sinal, mas que não surtem efeito porque não são reveladas pelo Espírito, mas pela sua sabedoria humana.

Ao pregarmos, temos que nos esvaziar dos nossos conhecimentos seculares, deixando que prevaleça o saber de Deus em nós. E temos que entender que se não houver o poder do Espírito as nossas palavras serão meras palavras.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Os perigos da religiosidade

 Texto-base: Gálatas 5:1-5


O pecado é um grande obstáculo que nos impede de chegarmos a Deus, todavia, existe também outro obstáculo tão nocivo quanto o pecado: a religiosidade. Pelo fato dela ser mascarada de performance para Deus, ela tem o poder de nos enganar, nos fazendo acreditar que servimos a Deus de verdade, quando na verdade , servimos apenas os preceitos religiosos.

Os judeus viveram isso. A lei de Moisés estava tão latente na maneira como eles serviam a Deus, que eles não adoravam mais a Deus, mas viviam presos em rituais severos do judaísmo, e acreditavam que tais rituais os fariam serem próximos de Deus.

Mas então chega Jesus. Um homem que praticava a lei sem se sujeitar a ela. Acolhia as prostitutas, tocava em leprosos, sentava-se com os cobradores de impostos. O seu propósito não era abandonar a lei, mas nos mostrar que não devemos viver como escravos dela.

Quando os cristãos da Galácia, os chamados Gálatas, queriam circuncidar-se para receberem a salvação, o apóstolo Paulo os lembrou de que se eles cumprissem esse ritual, Cristo para eles não teria função. Se eles passassem a viver para a lei, o propósito da graça estaria anulado.

Hoje, os preceitos religiosos que nos aprisionam não são as regras do judaísmo, mas rituais criados no decorrer da história do cristianismo. Mas, como saber se o que estou praticando é religiosidade? Tudo o que nos faz acreditar que é a técnica que nos aproximará de Deus, é preceito religioso. O oposto da lei é a graça. Então, quando fazemos crendo que será aceito não pelo mérito do que fazemos, mas pelo amor que tem por nós quem recebe o que fazemos, estamos no âmbito da graça.

Paulo estava preocupado com os Gálatas pelo retrocesso que aquela comunidade estava vivendo, pois após terem recebido e experimentado da graça, estavam se submetendo novamente aos preceitos da lei.

A religiosidade é tão perigosa porque ela tem a capacidade de cegar aqueles que a praticam. Como ela vem com a aparência de obras para Deus, o religioso não enxerga as coisas como realmente são, pelo contrário, acredita que as suas obras o justificam. 

Que possamos clamar a Deus a sua misericórdia para nos livrar da religiosidade, pois tão prejudicial quanto o pecado, ela nos afasta de Deus e anula o maior presente que recebemos de Deus: a salvação pela graça.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Hamã: a soberba precede a ruína

 Texto-base: Ester 3

O livro de Ester narra uma linda história em que se tem três personagens centrais: Ester, uma órfã judia que se tornou rainha, Mordecai, o judeu temente a Deus que criou Ester, lutou para salvar o seu povo e se tornou grande no reino da Pérsia e Hamã, um homem malvado e ambicioso, que por se colocar como adversário do povo de Deus, foi sucumbido.

Não se sabe como ele chegou ao alto escalão da realeza, mas Hamã se tornou o segundo homem do reino, detendo apenas menos poder do que o rei. Ambicioso e arrogante, Hamã gostava de ser reverenciado pelas pessoas, que se prostravam quando ele passava. Entretanto, havia o judeu Mordecai, que não se prostrava quando ele passava, o que lhe deixou em estado de grande fúria. Para se vingar de Mordecai, Hamã elabora um plano diabólico, onde planeja exterminar todos os judeus das 127 províncias que haviam no reino persa.

A maldade de Hamã era tão intensa, que apesar de apenas Mordecai não lhe ser submisso, ele quis destruir todos os judeus. Na verdade, esse era um propósito satânico para destruir o povo de Deus. Entretanto, sabemos que qualquer tentativa de destruir o povo de Deus é frustrada desde a sua concepção, pois ninguém poderá destruir o povo escolhido do Senhor.

O rei, incitado por mentiras contadas por Hamã, decreta a morte dos judeus. Um decreto horrendo, que onde chegava causava espanto e desespero, pois aquele povo seria morto sem nenhum motivo aparentemente grave e de forma cruel, pois não teria o direito à defesa.

Sem estar plenamente satisfeito, Hamã tenta antecipar a morte de Mordecai, construindo uma forca para matá-lo. Na noite em que ia pedir a morte de Mordecai, o rei se lembra do livramento de morte que recebeu por intermédio de Mordecai e toma uma atitude para honrá-lo. 

Após isso, Hamã fica impedido de pedir ao rei a morte de Mordecai, e assim começa a sua queda. Quando a rainha Ester o chama para um banquete, ele se envaidece. Mas ele não sabia que na verdade o banquete da rainha tinha o propósito de desmascarar o seu plano diante do rei. Hamã é condenado à morte, e morre enforcado na própria forca que construiu para Mordecai. No dia da batalha dos judeus contra os seus adversários, os dez filhos de Hamã são mortos. 

E assim, termina a história de Hamã, um homem que tinha todas as armas para ser bem sucedido, mas que deixou a maldade e a arrogância dominarem seu coração. Ainda, tentou destruir o povo indestrutível pelo homem, o povo de Deus. Atentar contra o povo de Deus é insurgir contra o próprio Deus. Quem assim age, busca o juízo para si próprio.

Hamã é o exemplo de que o mal que plantamos para o outro nós mesmos colhemos. A vitória será sempre do povo de Deus. Não adianta tentar contra a obra do Senhor, pois Deus sempre vence. O povo de Deus pode chorar, como choraram os judeus, mas Deus sempre dará o escape. Quanto aos inimigos, serão derrotados para sempre.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Noé, o homem que andou com Deus

 Texto-base: Gênesis 6:9


Os rumos da vida de Noé começam desde o seu nascimento. Por ter aumentado a maldade humana, Deus amaldiçoa a terra e as pessoas passam a viver em grande sofrimento. Mesmo sofrendo, elas não invocavam a Deus.

Mas um homem chamado Lameque gera um filho, dá-lhe o nome de Noé profetizando que ele seria um consolo do sofrimento que a terra estava enfrentando. E o que ele profetiza se cumpre. Após milhares de anos sem ver qualquer citação de um homem que servia a Deus, surge Noé, o qual é intitulado como um homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos, e que andava com Deus.

Noé achou graça diante de Deus porque, mesmo com uma geração inteira corrupta e má, aquele homem não se contaminou. Noé não tinha nenhum exemplo para se espelhar, não tinha ninguém para lhe servir de influência, todavia, a despeito de tudo isso, ele era justo.

Vivemos em uma sociedade totalmente corrompida. Mesmo nos lugares onde deveríamos encontrar honestidade e santidade, existe corrupção. E nesse contexto, vemos muitas pessoas alegando que não servem a Deus pelos péssimos exemplos que vêem entre os cristãos. Mas a história de Noé nos mostra que mesmo não tendo nenhum exemplo ao nosso redor, podemos andar com Deus. Quem assim vive, é recompensado, como Noé foi. Diante de toda a terra destruída pelo dilúvio, apenas Noé e sua família foram salvos.

Noé também foi um homem de fé. Ao dizer que Noé andava com Deus, podemos entender que ele tinha comunhão, intimidade com Deus, o que lhe fazia crer nos planos do Altíssimo. Aos olhos humanos, a construção daquela arca era uma loucura, mas Noé cria que se Deus estava ordenando, ele poderia crer que aquilo era para o bem dele. Somente quando andamos com Deus, podemos ter fé em Seus planos para nós. Se temos intimidade com Deus, cremos naquilo que Ele fala, e obedecemos às Suas ordens.

Noé era um homem extremamente obediente, pois na construção da arca, ele fez conforme tudo o que Deus lhe ordenara. E quando estava na arca, mesmo tendo ficado um ano dentro dela, esperou pacientemente a ordem do Senhor para sair dela.

Ao sair da arca, fez um altar ao Senhor. Este se agradou do sacrifício de Noé e prometeu nunca mais amaldiçoar a terra e nem privá-la das estações. Cumpria-se ali o que Lameque profetizou ao nascer Noé, pois Deus, a partir da integridade e da obediência de Noé, prometeu não mais amaldiçoar a terra. Não há relatos de que Lameque servia a Deus, provavelmente não servia, mas a sua autoridade como pai lhe fez abençoar Noé, e a sua palavra se cumpriu. Noé foi o escolhido por Deus para dar continuidade à descendência humana. Ele se tornou como Adão, que foi criado por Deus para povoar a terra e cultivá-la. Por fim, Deus fez com Noé a aliança de que a terra nunca mais seria destruída por águas. O arco-íris foi o símbolo dessa aliança.

Noé, um homem nascido em uma geração totalmente perversa e desenganada, se tornou a prova de que Deus nunca desiste do homem, a maior beleza da criação. Noé é o exemplo de que, mesmo diante dos piores exemplos ao nosso redor, podemos ser luz na nossa geração. Noé andou com Deus. Que possamos também andar com Ele e encontrar graça aos olhos Dele, como Noé encontrou.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Há diversidade na casa de Deus

 Texto-base: II Timóteo 2:20 "Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos."


Muito se fala em nossos dias sobre diversidade, e não há nada contraditório em se falar sobre esse assunto porque ele é real. As pessoas são diversas. Há diversidade de ideias, de credos, de pensamentos. Isso não significa que todas as ideias estão corretas mediante a Palavra de Deus. Algumas diversidades fazem parte do plano de Deus para o homem, outras não. Todavia, como cristãos não podemos maltratar e nem ofender a ninguém pela divergência de pensamentos com relação ao nosso. A Bíblia nos ordena tratar a todos com amor, e se formos disciplinar a alguém, que seja com mansidão.

Se no mundo há diversidade, na casa de Deus também, pois a igreja é constituída de pessoas, e onde existem pessoas, existe a diversidade. O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo nos explica sobre essa diversidade, comparando-a com utensílios existentes em uma casa, que podem ser de ouro, prata, madeira ou barro. Alguns para honra, outros para desonra.

A igreja é composta de pessoas diferentes. Assim como a estrutura dos elementos citados acima são diferentes, também encontramos na igreja pessoas de diferentes estruturas. Algumas resistem ao fogo, outras se queimam facilmente. Algumas são fortes, outras são frágeis. Todavia, todas podem ser úteis perante Deus, se não se deixarem ser usadas pelo pecado. Se isso ocorrer, deixam de ser vasos de honra para serem instrumentos de desonra.

O que prejudica a obra de Deus não é a diversidade, essa é saudável e faz parte de toda obra, pois Deus nos criou diferentes uns dos outros. O que prejudica a obra de Deus é o pecado, pois ele enfraquece a verdade da Palavra de Deus.

A diversidade na obra não é para ser questionada e nem para trazer divisões, ela é para ser respeitada. Devemos respeitar os limites, capacidades e estruturas de cada um. Alguns são ouro em determinados quesitos, e barro em outros. Em algumas situações, pessoas se comportam como a prata, em outras, como a madeira. Isso não ocorre porque somos fracos, mas porque temos estruturas diversas, suportando algumas coisas mais do que outras. Enquanto essa diversidade não está ligada ao pecado, mas à nossa estrutura enquanto seres humanos, ela é salutar e enriquece o corpo de Cristo. Nosso papel é respeitar essa diversidade e crescermos com ela.