sábado, 26 de fevereiro de 2022

Os três solos inférteis

 Texto de referência: Lucas 4:8-15


A parábola do semeador é muito conhecida pelas pessoas, mas acredito que ainda que possamos lê-la centenas de vezes, sempre teremos algo novo a aprender com ela. Essa parábola é apresentada em três versões. Hoje eu gostaria de meditar acerca da versão dada pelo evangelista Lucas acerca das três sementes que caíram em solos inférteis.

Resumindo rapidamente, são três sementes e cada uma cai em um tipo de solo, tendo um fim específico.

A primeira semente caiu à beira do caminho e foi pisada, então as aves do céu a comeram. Jesus disse que essa semente refere-se às pessoas que ouvem a Palavra, mas que o diabo a tira do coração para que o ouvinte não creia e seja salvo. Percebe-se que não basta apenas ouvir, é preciso crer para ser salvo, mas o diabo sabe que ouvir é o primeiro passo. Então na sua astúcia, ele tira essa palavra do coração das pessoas através da incredulidade, fazendo com que a pessoa ouça, mas não creia e assim a palavra se torne infrutífera.

A segunda semente caiu entre pedras, mas secou por falta de umidade. A explicação dessa parte é que se refere àqueles que ouvem a palavra, recebem com alegria e chegam a crer, logo, prosseguem mais do que os primeiros da beira do caminho, mas logo desistem da Palavra quando vêm as provações e dificuldades.

A terceira semente caiu entre espinhos, vindo a ser sufocada por eles. Jesus disse que essa semente refere-se às pessoas que ouviram a palavra mas com o passar do tempo foram sufocadas pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida e assim não chegam a amadurecer os seus frutos. Semelhante à segunda semente, essas pessoas chegam a desenvolver a Palavra em si, mas não conseguem prosseguir com ela.

Se formos analisar a segunda e terceira sementes, percebemos que tanto as dificuldades quanto as facilidades da vida roubam a Palavra de nós. Enquanto muitos se desviam por não suportarem as dificuldades, outros se desviam por se envolverem demais com as facilidades.

Que a Palavra de Jesus não encontre em nós nenhum desses solos inférteis.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Amor que brota do perdão: a história da pecadora que ungiu os pés de Jesus

 Texto de referência: Lucas 7:36-50


A palavra de Deus está repleta de histórias bíblicas sobre mulheres. Em um desses episódios, Jesus estava em um jantar na casa de um fariseu quando chegou uma mulher pecadora. A Bíblia não relata o nome dessa mulher e que tipo de pecado ela praticava, mas sabe-se que era algo conhecido por muitos do lugar.

A mulher veio por trás de Jesus, ungiu os seus pés com unguento (óleo), e chorava derramando lágrimas em seus pés. A seguir, ela enxugava os pés de Jesus com seus cabelos e beijava-os. Esses gestos foram feitos repetidas vezes, gerando o incômodo de todos ao redor. Mas Jesus justificou o ato excêntrico da mulher como um gesto de amor. Para demonstrar isso, ele usou uma parábola na qual um homem que tinha dois devedores que lhe devia quantias de diferentes valores e perdoava a ambos, e explicou que o amaria mais aquele que tinha uma dívida maior, pois esta havia sido perdoada.

A explicação de Jesus foi de que, quanto mais somos perdoados, mais amamos aquele que nos perdoou. Por isso a atitude da mulher era um gesto de amor, pois ela era rotulada como pecadora perante toda a comunidade, e de fato, havia cometido pecados, mas encontrou em Jesus uma fonte de amor e perdão. Talvez pela primeira vez alguém olhava para ela sem olhar de julgamento, mas de acolhimento.

Enquanto as pessoas ao redor continuavam a julgá-la, agora pela sua atitude com Jesus, Ele a amava, pois sabia que dentro dela também havia amor por Ele. E esse amor estava fazendo com que ela se arrependesse e abandonasse os seus pecados.

Aquela mulher é exemplo para nós de arrependimento e gratidão. O fariseu achava-se justo demais, enquanto a mulher reconhecia tão veementemente o seu pecado, que se derramou aos pés de Jesus. Ela recebeu perdão e salvação e soube agradecer a Jesus por essas dádivas.



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Um cego não pode guiar outro cego

 Texto de referência: Lucas 6:39-42


A Palavra de Deus tem vários benefícios, dentre eles o de ser luz para as nossas vidas. Se você estiver em um caminho escuro, precisará de uma fonte de luz (uma lanterna, por exemplo) para clarear a estrada. Caso contrário, você poderá cair em buracos, tropeçar em obstáculos ou até ser surpreendido por algum animal.

Mas a Palavra não é uma luz propriamente dita. A expressão de ser luz é apenas uma metáfora, no sentido de que quando andamos sob a Palavra, sabemos com clareza qual direção seguir. O discípulo de Jesus vive sob a instrução da Palavra. Se assim ele viver, ele poderá ser como Jesus, nunca maior, mas como Ele. Não em glória e majestade, mas nas mesmas obras.

O problema é que o discípulo dos dias atuais não têm buscado a instrução da Palavra e sobre isso Jesus também nos alertou, ao dizer que um cego não pode guiar outro cego, pois se isso ocorrer, ambos cairão no buraco. Essa comparação se refere à Palavra, pois aquele que não tem a instrução desta, vive em completa escuridão, como aqueles que não enxergam.

E, mesmo sem uma vida na Palavra, muitos discípulos têm, mesmo vivendo em sua cegueira, buscado ensinar a outros, mas Jesus nos alerta de que isso não é possível, pois só podemos levar luz quando temos luz em nós.

Toda essa situação acarreta outro problema, o de ver problemas no outro, sem enxergarem os seus próprios. 

Não dá para exercemos o nosso chamado sem termos a nossa vida pautada na Palavra. Não dá para vivermos um ministério de curas, milagres e libertação se a instrução da Palavra não estiver em nós. Se a luz não estiver em nós, nós também seremos trevas. Como então poderemos clarear o caminho do outro se o nosso está em completa escuridão?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A plenitude do Espírito no início do ministério de Jesus

 "Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto. (...) Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galileia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança." Lucas 4:1;14


No início do Seu ministério, Jesus foi batizado por João no Rio Jordão. Naquele momento, o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea de uma pomba e ele foi cheio da Sua presença. Mas logo em seguida, Jesus enfrentou uma situação desafiadora, pois o mesmo Espírito do qual Ele estava cheio O levou ao deserto para ser tentado pelo diabo.

Ali Jesus foi tentado de diversas maneiras (mais sobre esse assunto no texto: disponível pelo link:https://santidadenapalavra.blogspot.com/2022/01/os-tres-vieses-da-tentacao.html?m=1), mas não caiu em nenhuma delas. Ao final dos quarenta dias, Jesus venceu aquela etapa e uma nova se iniciava: o seu ministério. Nesse momento, a Palavra relata que ele regressou para a Galiléia no poder do Espírito.

Há três menções sobre o Espírito Santo nesse texto, sendo a primeira a respeito de que Jesus estava cheio do Espírito, a segunda a qual diz que Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e a terceira que diz que Jesus regressou do deserto no poder do Espírito para dar início ao Seu ministério público.

O mesmo Espírito do qual Jesus foi cheio O levou ao local onde seria tentado. Quando Ele superou as tentações, o Espírito O encheu de poder para que Ele anunciasse o Reino de Deus às pessoas. O Espírito Santo é a nossa companhia diária. Quando temos Ele conosco, sabemos que em todas as situações nós sentiremos a Sua presença. O Espírito não abandonou Jesus enquanto Ele estava no deserto, mas estava lá o tempo todo. Jesus viveu na plenitude do Espírito, para nos ensinar que nós também podemos viver assim, para a glória do Senhor.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

As consequências do pecado

 Texto de referência: Salmos 38


Em geral é muito difícil reconhecer os nossos pecados, pois ele revela as nossas fraquezas. Somos bons em reconhecer pecados alheios, mas péssimos em reconhecer os nossos. Mas uma das provas de que amadurecemos espiritualmente é quando reconhecemos as nossas falhas. O salmista Davi no Salmos 38 reconheceu, e demonstrou arrependimento (v. 20).

Neste salmo, ele apresenta a Deus o seu pecado e expõe tudo o que ele causou em sua vida. 

Doenças físicas: o salmista diz em algumas partes que o seu corpo físico estava doente como consequência do seu pecado (v. 3, 5 e 7). Apesar de sabermos que nem toda enfermidade tem relação direta com algum pecado, sabemos que de fato o pecado pode causar algumas enfermidades em nosso corpo.

Abatimento e tristeza: o salmista encontrava-se abatido, havia tristeza em seu coração (v. 6, 18). Essa é uma das consequências do pecado, pois sabemos que fomos criados para Deus e quando estamos distantes d'Ele, o nosso prazer interior acaba.

Fraqueza: o pecado suga também as nossas forças, como fez com o salmista (v. 10). Quando nos entregamos ao pecado, perdemos a força que vem de Deus.

Desassossego e aflição: Deus é um Deus de paz. Não há quem queira mais que tenhamos paz do que Deus. Ele é a nossa paz. Quando estamos distantes do Senhor, pois o pecado nos afasta d'Ele, perdemos a nossa paz (v. 8 e 10).

Adversários: outra consequência do pecado é que quando nos entregamos a ele, perdemos a proteção de Deus e ficamos a mercê dos nossos adversários (v. 12).

É importante ressaltar que nem toda doença, tristeza, aflição ou inimigos são consequências diretas do pecado. Outros fatores também contribuem para tais condições e é preciso avaliar cada caso de forma específica. Muitos santos na Bíblia, mesmo vivendo em santidade experienciaram situações bastante adversas.

Apesar disso, sabemos que o pecado é extremamente prejudicial à nossa vida, pois o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Dessa forma, cabe a nós ficarmos cada dia mais distantes dele e nos esforçarmos por viver uma vida de justiça e santidade.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Vivendo uma vida (com Deus) abundante

 Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.  Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber. Salmos 36:7‭-‬8


Temos vivido dias difíceis onde o TER se sobrepõe ao SER. Diariamente somos bombardeados com mensagens midiáticas que nos impulsionam a comprar coisas que muitas vezes nem necessitamos, somente para sermos socialmente aceitos. Nesse contexto, na expectativa de termos cada vez mais, passamos a olhar para a Palavra de Deus com foco apenas na prosperidade material, esquecendo-nos das demais coisas.

O versículo de referência dessa mensagem nos convida a uma vida abundante. Primeiramente, ele faz referência a uma abundância que há em Deus, depois nos convida a beber em um rio de Deus onde há delícias. Quando o nosso foco está no material passamos a pensar nessa abundância apenas para esse contexto.

Mas quando meditamos profundamente na Palavra de Deus descobrimos que existe algo muito maior, que não se limita aos aspectos materiais.

Em Isaías 55:2 o Senhor nos convida a não gastarmos o nosso dinheiro em coisas que não nos satisfazem, mas nos aproximarmos de Deus e ouvi-Lo, para comermos de finos manjares. Quando lemos todo o capítulo, percebemos que esse banquete oferecido por Deus não é material, mas espiritual, pois se trata de uma vida de arrependimento sincero.

E assim, vamos saindo do foco de abundância material para apreciarmos outro tipo de plenitude: a de uma vida debaixo da Palavra de Deus. Esse pensamento se torna ainda mais nítido quando Jesus no sermão do monte afirma que aqueles que têm fome e sede de justiça serão completamente satisfeitos. Dessa forma, percebemos que somos realmente plenos, ou seja, completos, quando fazemos a vontade do Senhor.

É a mesma sociedade que nos impulsiona a comprar que nos diz que existem coisas que o dinheiro não compra. De fato, existem muitas coisas e uma delas é a presença de Deus conosco, pois esta só pode ser alcançada quando vivemos em obediência. Não é errado desejar uma vida material abundante, mas o nosso maior desejo deve ser a abundância da presença de Deus, e assim todas as demais coisas também virão até nós.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Maria, a mulher que só queria estar aos pés de Jesus

 Texto de referência: Lucas 10:38-42


Existem três referências a Maria irmã de Lázaro na Bíblia. A primeira delas está em Lucas e relata uma visita que Jesus fez à sua casa. Marta também estava e Lázaro, apesar de não mencionado no episódio, provavelmente estava, pois parecia se tratar de um almoço entre várias pessoas.

Nesse dia, Marta estava cuidando das tarefas da casa, e Maria estava aos pés de Jesus, ouvindo seus ensinamentos. Isso indignou muito Marta, que veio reclamar de tal fato com Jesus. Com amor, Jesus ensinou a Marta que na verdade, quem estava certa era Maria, pois a melhor parte daquele momento festivo era a presença de Jesus ali.

Nos dias atuais, essa atitude de Maria seria completamente repudiada por nós, que a chamaríamos de preguiçosa e relapsa, mas Jesus não enxergou assim, pelo contrário, Ele a elogiou. Isso não significa que Jesus seja contra o fato de organizarmos a nossa casa, pelo contrário, é a Bíblia que manda que as mulheres sejam boas donas de casa. O que Ele quis nesse episódio nos deixar como lição é acerca das nossas prioridades.

Maria estava diante do próprio Deus, e ela entendeu isso. Nesse sentido, Maria percebeu que se ocupar com as coisas da casa e deixar de desfrutar da Sua presença não era a melhor escolha. Maria tinha sede pela presença de Deus e demonstrou isso ao deixar tudo para trás para estar aos pés de Jesus.

Em um mundo onde tantas preocupações tomam a nossa mente, onde a vida tem sido tão agitada, precisamos dessa serenidade que Maria nos passa, onde nós vamos deixar tudo por fazer, para estar aos pés de Jesus e desfrutar da Sua agradável presença.


Mais sobre esse assunto em: https://santidadenapalavra.blogspot.com/2020/12/pouco-nos-e-necessario.html?m=1



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

O jovem rico

 Texto de referência: Marcos 10:17-22


Um jovem rico certa vez procurou Jesus. Ele sentia que faltava algo dentro de si que o impedia de tomar posse da vida eterna. Ao questionar Jesus sobre o que ele precisava para herdar a eternidade, Jesus lhe ordenou obedecer os mandamentos de honrar os seus pais e não roubar, matar, adulterar, mentir ou cobiçar. O jovem alegou que já cumpria tudo aquilo.

Jesus já sabia disso. Então disse ao jovem a única coisa que lhe faltava para obter a vida eterna: vender todos os seus bens, dar aos pobres e segui-Lo. Mas o jovem foi embora triste, pois era muito rico. E assim ele perdeu a oportunidade de seguir a Jesus e herdar a vida eterna ao lado d'Ele.

Essa história nos mostra o que realmente importa para recebermos a vida eterna: negar a nós mesmos e seguir a Jesus. Se formos olhar aquele jovem, ele era um rapaz de bons costumes. As práticas dele perante a sociedade eram impecáveis, mas apenas isso não era suficiente.

Quando Jesus o convida a vender tudo, dar aos pobres e servi-Lo, Ele não estava condenando ter riquezas, mas alertando o jovem sobre quais eram e quais deveriam ser as suas prioridades. O que Jesus queria dizer ao jovem, é que as suas riquezas estavam usurpando o lugar de Deus no coração dele, e que por isso, ao decidir vendê-las ele estaria devolvendo o lugar de Deus em seu coração.

Naquele momento, Jesus convidou o jovem a segui-Lo de coração inteiro, mas ele se recusou. Ele preferiu continuar fazendo suas obras morais, mas deixando o seu coração longe de Deus. Apenas as suas obras não o levariam à eternidade com Deus, pois para isso ele precisava servir a Deus de todo o coração, e isso não estava acontecendo, pois o seu coração estava nas riquezas.

Não se sabe se o jovem voltou, ou se futuramente ele se arrependeu. Se isso não tiver acontecido, aquele jovem perdeu a oportunidade de seguir a Jesus e viver a sua vida com Ele para sempre a partir daquele momento. Quanto às suas riquezas… certamente elas não permaneceram com ele após a morte.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Não esconda a sua candeia, repasse o seu conhecimento

 "Também lhes disse: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do alqueire ou da cama? Não vem, antes, para ser colocada no velador?" Marcos 4:21


A energia elétrica é algo tão comum aos nossos dias, que nem paramos para pensar que um dia ela não existiu para algumas pessoas. Em tempos antigos as pessoas não possuíam energia elétrica e a luz que iluminava a casa das pessoas era advinda de lamparinas e candeias.

Jesus nos fala em uma de suas parábolas sobre a candeia. Ele afirma que ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma cama ou de um cesto. Pelo contrário, quando se acende uma candeia é com o intuito de colocá-la em um lugar visível, onde a sua luz possa refulgir para todos da casa.

Essa candeia da parábola pode representar muitas coisas, mas eu gostaria de ressaltar a candeia como uma tradução para o conhecimento. Uma luz vem para revelar o que estava oculto pelo escuro. O conhecimento acerca de qualquer assunto é uma luz naquela área. 

Dessa forma, toda vez que há conhecimento sobre qualquer assunto, isso se torna uma luz. Muitas pessoas têm escondido a sua luz, isto é, não têm levado aquilo que sabem às demais pessoas. E assim, fazem com que as suas candeias fiquem debaixo das camas ou dos cestos.

Esse conhecimento não se refere apenas a aspectos espirituais, mas envolve qualquer área das nossas vidas. Se temos conhecimento acerca de qualquer assunto, vem de Deus que possamos levá-lo às outras pessoas, a fim de edificá-las. Todos nós temos uma luz, todos nós somos candeias, e a nossa luz deve brilhar, o que sabemos deve ser repassado aos outros, não para glória própria, mas para glória de Deus.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Transformação radical

Texto de referência: Marcos 5:1-20


Imagine um homem sem família e sem amigos, que vivia nu e tinha como sua casa sepulcros do cemitério. Imagine também que esse homem viva se ferindo com pedras e seja preso com correntes de ferro. Parece surreal, mas infelizmente não é, um homem que existiu nos tempos de Jesus vivia assim. E o motivo de tanto sofrimento era uma possessão demoníaca. Aos olhos humanos, não havia mais chances de vida normal para aquele homem.

A sociedade não enxergava esse homem, mas Jesus o enxergava. Isso se comprova ao lermos que Jesus atravessou o mar, debaixo de uma grande tempestade, apenas para ir até o território de Gadara, onde o homem vivia.

Antes que Jesus se aproximasse do homem, os demônios já se manifestaram, gritando, mas Jesus logo os expulsou. Eles eram muitos, uma legião. Se formos comparar com uma legião de soldados, poderiam ser até seis mil espíritos malignos que habitavam o homem. Isso explica porque aquele homem vivia em tamanha decadência.

Mas bastou uma palavra de Jesus e aquele homem foi liberto do seu mal. Em poucos instantes, aquele homem estava vestido e passou a se comportar como um homem normal, para surpresa de todos. 

Essa história parece ser forte por causa do motivo que levou o homem àquela situação, mas, se formos analisar a nossa volta, muitas pessoas têm vivido uma vida de opressão, de escravidão e de imenso sofrimento. Mas essa história nos mostra que Jesus pode nos libertar de toda e qualquer opressão. A transformação que Jesus quer nos trazer é radical, Ele tem poder para nos libertar de qualquer prisão.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Até onde você é capaz de chegar para receber o seu milagre?

 Texto de referência: Marcos 2:1-12


O evangelho de Marcos conta um milagre de Jesus com detalhes bastante interessantes. Um paralítico foi levado por quatro amigos até Jesus. Como na casa em que Jesus estava havia muitas pessoas, eles subiram até o telhado, abriram um buraco exatamente onde Jesus estava, e colocaram o homem de frente a Jesus.

Ao ver a fé daqueles homens, Jesus primeiramente perdoa o paralítico e depois o cura daquela paralisia. Esse episódio é diferente dos demais porque demonstra o esforço que aqueles amigos fizeram para levá-lo até Jesus para ser curado. Aqueles homens sabiam que se Jesus visse aquele homem, Ele o curaria.

Na verdade, Jesus já havia visto o paralítico, antes mesmo dele ser levado até ele, pois Jesus vê todas as coisas. Isso fica claro quando Jesus ao vê-lo libera perdão, indicando que aquele homem estava vivendo debaixo de pecados que impediam a sua cura física. Mas eles queriam que Jesus o visse fisicamente e por isso elaboraram aquela estratégia.

Jesus não reprovou a atitude deles, pelo contrário, viu o esforço deles como um ato de fé. Em nossas vidas, também desejamos milagres, mas muitas vezes não queremos nos esforçar para consegui-los. Queremos que Jesus venha até nós, ao invés de irmos até Ele. Vemos uma multidão diante de nós, mas não queremos nos esforçar para passar por ela.

Aqueles amigos tiveram uma ideia bastante inusitada, que foi chamada de fé por parte de Jesus. Até que ponto nós estamos dispostos a nos esforçar para recebermos o milagre? Os amigos do paralítico foram até o fim, e tiveram vitória.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Recupere a sua força!

 Texto de referência: Lucas 6:6-10


Dentre os milagres de Jesus, havia um que se referia a um homem que estava na sinagoga, e que tinha a sua mão direita ressequida. Apenas o evangelho de Lucas detalha qual das mãos se encontrava naquele estado. Ao vê-lo, Jesus o chamou para o meio do local, mandou que ele estendesse a sua mão e a curou.

Esse milagre ocorreu em um dia de sábado, o que gerou a fúria dos religiosos que estavam presentes no local. Mas esse é um assunto para outra discussão. O que eu gostaria de frisar neste texto é acerca do milagre da cura. 

Se formos pensar em um membro que nos remete à ação, um dos principais que vêm a nossa mente é a nossa mão. As nossas mãos, especialmente a nossa direita, representam a nossa força. Quando a mão direita do homem se ressecou, isso implica dizer que ele perdeu a sua força.

Quando Jesus o chama para o meio, ele chama aquele homem à vida novamente, pois aquela doença o havia tirado do seu convívio social, aquele homem sem vigor era também invisível para as demais pessoas, mas não para Jesus que naquele dia lhe viu, e lhe trouxe a cura.

Ao ser restaurada a mão do homem, ele recuperou a sua força, o seu vigor. Assim como Jesus fez nesse episódio, Ele quer fazer conosco, nos libertando daquilo que rouba a nossa força e nos faz sentir fracos e impotentes. O homem da mão ressequida recuperou a sua força, nós também podemos ter as nossas forças restauradas novamente, se crermos de todo o nosso coração.


terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Jesus quer, e você?

 Texto de referência: Mateus 8:1-4


A Bíblia nos relata várias histórias de curas de pessoas leprosas, mas uma delas sempre me chamou a atenção. 

Um leproso aproximou-se de Jesus, adorou-o e lhe disse: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me." Jesus imediatamente estendeu a mão até ele e lhe disse que queria. Ordenou que ele ficasse limpo e imediatamente ele ficou curado da lepra.

Por muito tempo eu questionei o que ele queria dizer quando falou a Jesus que se Ele quisesse, poderia purificá-lo. E também porque Jesus lhe respondeu que queria. Para mim, essas palavras seriam óbvias demais para estarem na Bíblia, mas no fundo eu sabia que havia algum significado por detrás delas.

Através da graciosa revelação do Espírito, eu pude entender que, quando o leproso disse a Jesus aquelas palavras: "Se tu quiseres", é como se ele estivesse dizendo: "Senhor, da minha parte eu tenho fé e quero ser limpo, agora falta somente o Teu agir".

A cura divina não é um milagre de mão única. Ela depende de duas partes para se concretizar. A primeira parte é nossa, e se refere a ouvir a Palavra, ativar a nossa fé em Jesus e crer na cura. A outra parte é a de Jesus, que está sempre pronto a nos ajudar, esperando apenas que a gente esteja na posição do milagre.

Voltando à história do leproso, aquele homem procurou Jesus após Ele descer do monte onde havia acabado de revelar diversos ensinamentos. Aquele homem provavelmente estava lá e O ouviu, sendo assim a sua fé já havia sido ativada. Ele cria que havia poder em Jesus para curá-lo e provou isso ao adorar Jesus. Dessa forma, Ele já estava na posição do milagre, isto é, pronto para recebê-lo.

Se a parte dele estava pronta, faltava a parte de Jesus, que como dito, está sempre pronto. Por isso, quando ele diz: "Se tu quiseres," ele demonstra a Jesus que a parte dele estava feita. E por isso Jesus confirma que também queria, e imediatamente lhe cura.

Muitas vezes temos colocado muitos empecilhos aos milagres de Jesus em nossas vidas, mas se nós crêssemos que dá parte d'Ele está tudo pronto, as coisas fluiriam melhor. Não é o poder de Deus que precisa ser ativado, pois ele já está. O que precisa ser ativada é a nossa . E se nós estivermos prontos, ouviremos Jesus nos dizer: "Se você quer, eu também quero. Receba o seu milagre!"