sexta-feira, 30 de abril de 2021

O culto misto dos samaritanos

 Texto de referência: 2Reis 17:29-41


Samaria era a capital do reino de Israel. Quando os israelitas foram exilados para a Assíria, o território deles foi ocupado por outros povos. 

Esses povos levaram para Israel todos os seus costumes idólatras. Após alguns morrerem por pragas enviadas pelo Senhor, os conselheiros dos povos sugeriram que eles aprendessem os costumes de adoração a Deus.

E assim eles fizeram. Começaram a adorar a Deus concomitantemente à adoração aos seus deuses. E esse culto misto continuou por várias gerações. Assim Samaria se tornou um território onde o Deus verdadeiro era adorado ao mesmo tempo que outras divindades.

Quando Jesus conversa com a mulher Samaritana junto à fonte de Jacó, podemos perceber essa diferença de culto existente entre os judeus e os samaritanos (João 4:20).

Essa prática existente entre os samaritanos não é um fator isolado. Podemos perceber essa realidade também em nossos dias, onde Deus é adorado simultaneamente a outros deuses. É comum percebermos práticas de culto a Deus onde também são evocadas outras divindades.

Ainda, esse tipo de situação não se limita apenas a outras religiões onde há adorações múltiplas, mas dentro do próprio cristianismo, seja através do culto a imagens como forma de adoração, ou através de uma idolatria dissimulada, onde não há um objeto de culto, mas há uma inclinação do coração em adorar outras coisas que não sejam Deus.

O dinheiro, o sexo e o poder são exemplos de coisas que são frequentemente adoradas por cristãos, que as colocam no centro de suas vidas, mas que aos domingos estão na igreja erguendo as mãos ao Senhor, dizendo que O adoram.

Todavia, a própria Bíblia nos relata que o Senhor é um Deus ciumento, que não divide a Sua glória (Isaías 42:8). Não há como adorar a Deus e outro deus, ou se adora um ou o outro. Quem divide seu coração entre dois deuses na verdade engana-se a si mesmo, pois o Senhor não recebe esse tipo de adoração. Jesus diz isso claramente à mulher Samaritana ao dizer que Deus procura quem O adore em espírito e em verdade (João 4:23).

A adoração a Deus não consiste apenas em palavras ou gestos prontos, mas na intenção do coração em se render a Ele e colocá-Lo no centro de tudo o que fizermos. Esses são os verdadeiros adoradores.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Como não viver desmotivado, mesmo sabendo que tudo é passageiro

 Texto de referência: Eclesiastes 2:23-25


O livro de Eclesiastes é uma extensão do livro de Provérbios. Escrito provavelmente por Salomão, o homem considerado mais sábio que já existiu, ele traz muitos conselhos. Mas a palavra mais marcante e talvez a mais encontrada em Eclesiastes é a palavra "vaidade".

Salomão foi um rei bastante festivo. Em sua juventude gostava de se alegrar, festejar e principalmente ter mulheres. Quando envelheceu, Salomão entendeu que a juventude, por melhor que seja, passa. E que tudo aquilo que fazemos, nós prestaremos contas.

Apesar de ressaltar bastante a vaidade das coisas, Salomão enfatiza a importância de se aproveitar a vida. Em diversos trechos, ele cita que aproveitar a vida, realizar-se profissionalmente e desfrutar das suas riquezas é dom de Deus.

Ao mesmo tempo que ele usa uma linguagem pessimista para dizer que tudo é vaidade e que nada se aproveitará após a morte, ele também ressalta que a vida não vale a pena para aqueles que vivem sem aproveitar as coisas boas que ela nos proporciona.

Todas essas reflexões não são contrariedades. Se nos atentássemos a essas regras poderíamos viver melhor. Se vivêssemos a vida nos lembrando que tudo dessa terra é vaidade, talvez poderíamos dar mais valor aquilo que verdadeiramente importa. Pensar na transitoriedade das coisas terrenas não significa viver desmotivado, achando que nada vale a pena. Podemos viver na terra desfrutando de tudo o que há nela, mas tendo a certeza que apesar de ser tudo muito bom, não durará para sempre.

Nesse sentido, as nossas atitudes não podem ser baseadas apenas no que vivenciamos no presente, temos que agir no presente pensando no futuro. O livro de Eclesiastes termina enfatizando a importância de temer a Deus e guardar os seus mandamentos, pois um dia todos seremos julgados, tanto pelo bem que fizemos, quanto pelo mal. 

Assim, o sábio percebeu que por mais proveitosa que fosse a sua vida aqui na terra, um dia todas as nossas atitudes nos serão cobradas e que viver em obediência a Deus é o melhor, pois assim poderemos desfrutar de uma vida abundante nessa terra, sem perder o nosso lugar com Ele na eternidade.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Conhecer a Deus é conhecer a Sua vontade

 Texto de referência: Êxodo 33:12-13


Poucos homens na Bíblia tiveram uma intimidade tão grande com Deus como Moisés. Na verdade, existem experiências entre Moisés e Deus que nenhum outro homem teve. Foi Moisés quem teve o privilégio de ouvir os Dez mandamentos e transmiti-los ao povo. Por quarenta dias aquele homem não comeu ou bebeu nada, sendo alimentado apenas pela presença do Senhor (Êxodo 34:28).

Outro fato singular ocorreu quando Moisés morreu. Após a sua morte no monte Nebo, o próprio Deus o sepultou, sendo que ninguém encontrou o lugar da sua sepultura (Deuteronômio 34:5-6).

Esses são apenas dois fatos que foram bastante diferentes, que não vimos em nenhum outro profeta, todavia, Moisés teve diversas outras experiências com Deus, onde falava com Ele como um homem fala com seu amigo.

Entretanto, mesmo após esses momentos tão intensos ao lado do Senhor, Moisés, em certo momento de sua vida, tem uma conversa com Deus. Ali, ele diz ao Senhor que este lhe dissera que o conhecia pelo nome. Isso era verdade, o Senhor conhecia Moisés, mas Moisés vai além, pede a Deus que lhe faça conhecer o caminho Dele, para que Moisés também O conhecesse.

Essa conversa nos retrata duas situações, onde Moisés é conhecido pelo Senhor, mas expressa o seu desejo em também conhecê-Lo. Podemos ser indagados sobre como poderia Moisés não conhecer o Senhor se ele já havia tido tantas experiências com Ele, mas o fato é que aquela conversa entre Moisés e Deus se deu em um momento onde Moisés queria saber de Deus se Ele andaria com o povo (v. 12). Antes de dizer que queria conhecê-lo, Moisés ressaltou que queria saber qual era a vontade do Senhor para eles.

Isso nos leva a crer que Moisés sentia que conhecia a Deus se soubesse a Sua vontade para eles. Conhecer a Deus vai além de termos experiências poderosas com Ele. Conhecemos a Deus quando nos é revelada a Sua vontade. E não há outra forma de O conhecermos senão pela Sua Palavra. A nossa intimidade com Deus aumenta proporcionalmente ao nosso conhecimento (e obediência, claro) à Sua Palavra.

O Senhor nos conhece, mas será que O conhecemos? Estamos no centro da Sua vontade ou queremos andar em nossos próprios caminhos? 

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Arão: o líder negligente

Texto de referência: Êxodo 32:1-6 


Todos conhecemos Moisés e a grande libertação do povo no Egito que o Senhor operou por meio dele. Moisés desde o início do seu ministério contou com uma ajuda, a de Arão, seu irmão. Deus o havia instituído como boca de Moisés, para falar a Faraó a mensagem do Senhor. Mais tarde, Arão foi consagrado como o sacerdote do povo.

Entretanto, como todo ser humano, Arão teve suas falhas. Quando Moisés subiu ao monte Horebe onde Deus lhe falaria os principais estatutos dados ao povo, Arão ficou encarregado de cuidar deles.

Moisés ficou no monte por quarenta dias e enquanto ele estava lá, o povo se incomodou com a demora dele em voltar e pediu a Arão para lhes fazer um deus para guiá-los de volta ao Egito pois não sabiam o que poderia ter acontecido a Moisés.

Esse fato já demonstra a displicência de Arão em liderar o povo, pois se ele desempenhasse bem o seu papel de líder substituto, o povo de forma alguma sentiria falta de Moisés. A fala deles pedindo um deus para guiá-los indica que eles estavam no momento sem liderança.

Arão então, em vez de repreender o povo, os atende e fabrica um bezerro utilizando as jóias de ouro dadas pelo povo. Eles então se prostram perante o bezerro e começam a adorá-lo. Quando Moisés desce do monte, ele se revolta com o povo, que é castigado por Deus pela sua idolatria.

Sem dúvida o povo de Israel agiu completamente errado nessa situação. Todos que lemos a Bíblia sabemos como o povo de Israel era obstinado e rebelde contra Deus, todavia, faltou a Arão a sabedoria de um líder para não deixar que eles agissem daquela maneira.

O relato bíblico diz que Arão os deixou à solta, para vergonha deles (Êxodo 32:25). A atitude de Arão foi de um líder que ao invés de dirigir os seus liderados, se deixou levar pela vontade deles.

Como Arão, temos visto lideranças que não têm dirigido a sua comunidade, pelo contrário, tem se deixado influenciar pelos desejos do povo, e ao invés de fazerem o que é correto perante Deus, preferem se submeter aos desejos dos homens, para atendê-los. Muitos agem dessa forma com receio de perder membros da comunidade.

O papel do líder é central. Todos esperam que ele esteja no comando. Arão foi um líder relapso, que não atendeu às expectativas de Moisés em sua ausência. Não apenas isso, ele não repreendeu o povo em suas práticas pecaminosas, mas compactuou com elas. Enquanto lideranças, Deus espera de nós compromisso com a Sua obra. Temos que ser a voz de Deus ao povo, falando da salvação e do amor mas também pregando a santidade que Ele espera das pessoas.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

As vestes sacerdotais

 Texto de referência: Êxodo 28


Enquanto o povo de Deus estava no deserto, o Senhor lhes transmitiu muitas orientações. Uma delas foi acerca do ofício dos sacerdotes. Um sacerdote era um homem consagrado a Deus para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo. Apenas quem exercia esse ofício poderia fazer isso. O escolhido por Deus para esse ministério foi Arão, irmão de Moisés.

A partir da ordenança acerca da criação do ofício do sacerdote, o Senhor também deu orientações sobre as vestimentas desse ministro. Vestir um sacerdote era algo tão sério que as pessoas que fizeram as vestes de Arão foram cheias por Deus do espírito de sabedoria. Todos os detalhes das vestes foram ordenadas por Deus.

Os materiais utilizados na fabricação das peças eram de alta qualidade, inclusive de ouro. Sobre os ombros e sobre o peitoral das vestes do sacerdote deveriam estar os nomes das tribos de Israel.

Sobre a mitra, vestimenta que ficava na cabeça do sacerdote, deveria estar escrito: santidade ao Senhor. 

Os elementos da veste do sacerdote apesar de terem sido reais, hoje nos fornecem uma representação do papel que deveria cumprir alguém que exercia esse ofício.

A primeira coisa é entendermos a responsabilidade dessa missão. Todo o cuidado em como deveria se vestir e se portar um sacerdote era um indicativo da responsabilidade atribuída a essa função.

O fato de levar o nome das tribos nos ombros indicava que era o sacerdote quem levava a Deus as demandas daquele povo. O ato de levar os nomes das tribos sobre o peito indicava que a relação do sacerdote com o povo não era apenas de ofício para Deus, mas um ato de amor ao povo que o Senhor escolheu.

A palavra santidade exposta sobre a fronte do sacerdote indicava o caminho no qual ele deveria andar, longe do pecado e da corrupção do mundo.

Sabemos que hoje não existe o ofício de sacerdote como nos tempos de Arão. O nosso Sumo Sacerdote é Jesus, que já fez de uma vez por todas a expiação por nossos pecados, dando Sua própria vida. Todavia, em Apocalipse 1:6 o Senhor nos diz que, como povo de Deus, somos todos sacerdotes, não mais para oferecer animais em sacrifício pelos pecados, mas para fazermos a obra do Senhor levando o ministério da reconciliação e pregando o Evangelho do arrependimento e salvação. E a responsabilidade que havia sobre o sacerdote também está sobre nós. Que venhamos a cumprir com fervor, amor e santidade essa missão.


terça-feira, 20 de abril de 2021

Arão e Hur, os dois amigos que sustentaram Moisés durante a batalha

 Texto de referência: Êxodo 17:8-13


Pouco tempo após a saída dos israelitas do Egito, eles se depararam com um inimigo: os amalequitas. Descendentes de Esaú, eles vieram à peleja contra Israel.

Moisés então ordena a seu assistente Josué que escolhesse homens de guerra para enfrentarem Amaleque. Israel saiu à peleja, enquanto Moisés subiu ao monte com dois anciãos, Arão seu irmão e Hur. Lá de cima eles poderiam observar como estava a batalha.

Moisés segurando o seu bordão ergue as suas mãos em direção ao campo de batalha, e eles observam que enquanto as mãos de Moisés estavam estendidas, o povo de Deus vencia e enquanto as mãos de Moisés estavam abaixadas, os amalequitas venciam.

Diante dessa situação, eles percebem que Moisés não poderia abaixar as suas mãos enquanto a peleja não terminasse, todavia, Moisés não conseguiria por si só ficar com as mãos erguidas o tempo todo. Sabendo disso, Arão e Hur tomam a atitude de segurar as mãos de Moisés, cada um de um lado, e assim Moisés conseguiu ficar com as mãos levantadas desde a manhã até o pôr do sol, possibilitando a vitória do povo de Israel.

Naquele dia, Arão e Hur tiveram um papel essencial na vitória do povo de Deus. Apesar da autoridade espiritual estar sobre Moisés, eles dois foram o suporte que aquele homem precisou em seu momento de fraqueza. Sozinho, Moisés não conseguiria ajudar o povo de Deus. Nesse sentido, Arão e Hur foram os instrumentos usados por Deus para ajudarem Moisés.

Essa verdade se aplica também a muitas lideranças espirituais. Ninguém vive sozinho. A despeito de toda autoridade no Espírito que possamos ter, sempre precisaremos de pessoas que nos ajudem em nossos momentos de fraqueza, quando as limitações humanas nos impedem de batalhar espiritualmente.

Recusar a ajuda de amigos, achando que somos autossuficientes é uma atitude de orgulho. Deus nos fez seres humanos relacionais, e conviver com pessoas, inclusive nos ajudando mutuamente, só nos faz crescer.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

O segredo do maná

 Texto de referência: Êxodo 16:14:36


Maná foi o nome do alimento o qual o povo de Deus comeu no deserto durante os quarenta anos em que peregrinaram até chegarem à terra prometida. Ele tinha uma espessura fina, lembrava a semente de coentro, tinha sabor de bolo de mel e podia ser preparado cozido ou assado.

O maná era enviado literalmente do céu, pois ele caía diariamente do céu após o orvalho da manhã. Todos os israelitas colhiam o maná em porções específicas para cada família. Diariamente o maná era colhido, conforme a necessidade de cada um, exceto na sexta-feira quando ele caía em dobro, pois no sábado ele não cairia e o povo não poderia colhê-lo.

Se alguém guardasse o maná para o dia seguinte, ele se deteriorava e perdia, exceto o maná da sexta-feira, que poderia ser guardado para o dia seguinte que não perdia. O próprio Deus explicou que o segredo do maná cair diariamente, com a porção apenas para aquele dia, era com a finalidade de provar o povo de Israel quanto à dependência do Senhor.

O maná cessou de cair do céu quando os israelitas começaram a comer os frutos da terra que estavam para possuir. No dia seguinte a este, o maná parou de cair, pois ele não era mais necessário, haja vista os israelitas terem outras opções de alimentos.

Toda essa história se passou na antiga aliança. No Novo Testamento, Jesus declarou aos seus seguidores que Ele era o verdadeiro pão do céu. O maná que os israelitas comeram na verdade prefigurava a vinda de Cristo ao mundo. Jesus disse que quem se alimenta dele tem a vida eterna. Quando questionado pelo povo sobre como poderiam se alimentar Dele, Jesus diz que deveriam comer da Sua carne (João 6:54). Se alimentar de Jesus é estar na Palavra. Ela é o nosso pão diário. Viver diariamente a Palavra, fazendo a vontade de Deus é o nosso verdadeiro alimento.

E assim como o maná caía diariamente, conforme a necessidade do povo para aquele dia, somos diariamente alimentados por Deus na Palavra conforme a nossa necessidade.

Jesus é o pão da vida, é desse pão que verdadeiramente necessitamos. Ele é o nosso sustento e estando com Ele, jamais sentiremos fome (João 6:35).

domingo, 18 de abril de 2021

Os benefícios de se ter um(a) companheiro (a)

 Texto de referência: Eclesiastes 4:9-12


A medida que lemos e conhecemos a Bíblia, percebemos que Deus é um ser relacional. Ele se agrada que nós vivamos juntos das pessoas, claro que em união. O próprio Deus deseja se relacionar conosco. Desde o Éden, Deus já conversava e se relacionava com o homem (Gênesis 3:8).

O livro de Eclesiastes, dotado de grandes conselhos, nos fornece quatro benefícios quando temos alguém de confiança ao nosso lado.

Quando temos alguém, temos uma maior recompensa pelo nosso trabalho. Não que trabalhar sozinho seja ruim, mas quando trabalhamos juntos, o trabalho flui melhor, os resultados são alcançados mais rapidamente, e assim, temos um retorno mais satisfatório.

Quando caímos, se temos alguém do nosso lado, este poderá nos ajudar a levantar. Em muitas situações difíceis, tendemos a ficar prostrados, neste momento, se temos alguém para nos encorajar ou nos falar palavras de ânimo, conseguimos levantar e sair do estado de desânimo e prostração.

A companhia é o terceiro aspecto positivo em ter alguém do nosso lado. Duas pessoas juntas não passam frio, pois uma esquenta a outra. Ter alguém para conversar, dividir seus sonhos e até mesmo contar suas desilusões também nos faz bem.

E por último, quando temos alguém do nosso lado, vencemos as guerras mais facilmente. Quando lutamos sozinhos, temos apenas a nossa própria força, quando lutamos com alguém, somos mais fortes, afinal, o inimigo terá que derrotar dois, ao invés de um só.

Esses são os benefícios de termos alguém ao nosso lado. Essa companhia pode ser de um filho, de um amigo ou do nosso cônjuge. O importante é não vivermos sozinhos. Ter alguém conosco perpassa a ideia apenas de ser apenas uma opção, se torna um conselho bíblico para vivermos melhor.

sábado, 17 de abril de 2021

Quando tentamos apressar do nosso jeito as promessas de Deus

 Textos para consulta: Gênesis 16; 27; Êxodo 2:11-15


Todos nós temos promessas de Deus sobre as nossas vidas. Quando Deus nos promete algo, precisamos crer que Ele é suficientemente poderoso para cumprir aquilo que nos prometeu. Só há duas ressalvas: o modo de agir é Dele, e o tempo também.

Entretanto, nem sempre temos paciência para esperar Deus agir quando e como Ele quiser, e muitas vezes tentamos interferir no processo e fazermos as coisas ao nosso modo. Três personagens bíblicos agiram dessa forma e o resultado não foi bom.

A primeira pessoa foi Sara, esposa de Abraão. Por causa da esterilidade de Sara, eles não tinham filhos, mas havia uma promessa de Deus sobre a descendência deles, isto é, em algum momento aquele filho chegaria. Ao invés de esperar, Sara resolveu entregar Agar, sua serva, como concubina a Abraão, para que ela gerasse um filho para ele. O resultado foi desentendimento no lar deles e futuras brigas entre nações.

Rebeca, a nora de Sara, estava grávida de gêmeos. Havia uma promessa de Deus de que Jacó, o filho mais novo, seria maior que o filho mais velho, Esaú. Todavia, Isaque já estava velho e nada disso se cumpria. Rebeca então elabora um plano para enganar Isaque e fazer com que Jacó se disfarçasse, fingindo ser Esaú, para receber a bênção do pai. O resultado foi Jacó fugindo de Esaú e a família dividida.

Por fim, Moisés tinha um chamado por Deus para libertar o seu povo hebreu da escravidão egípcia. Achando que seria do seu jeito, Moisés ao ver um egípcio maltratando um hebreu, mata-o. Após esse fato, ele é perseguido por Faraó, acaba fugindo para o deserto e ali vive quarenta anos longe da sua família.

Em todas essas histórias, Deus acabou intervindo e cumprindo a Sua promessa. Sara e Abraão tiveram o filho Isaque, Jacó se tornou mais forte do que Esaú e Moisés se tornou o homem que Deus usou para libertar os israelitas. Entretanto, todos os atos impensados das pessoas para tentar cumprir a seu modo as promessas de Deus, tiveram consequências indesejadas.

Deus não precisa de nós para fazer cumprir a Sua Palavra. Não precisamos passar na frente das situações para darmos uma "ajudinha". Ele é autossuficiente. O Seu poder está acima de tudo, e ainda, Ele só quer o nosso bem. Cabe a nós apenas confiarmos que Ele fará, não importa o tempo ou o modo.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

As três etapas na vida de Moisés

Texto-base: Atos 7:20-36


Se fôssemos descrever Moisés teríamos sem dúvida muitos adjetivos positivos. Se a tarefa consistir em se lembrar de momentos da sua vida descritos na Bíblia, teríamos muitos momentos para exemplificar.

Na verdade, a história de Moisés pode ser dividida em três etapas, as quais são abordadas a seguir. Quando estudamos a vida desse profeta, percebemos que a cada quarenta anos a vida de Moisés sofreu uma reviravolta.

Tudo começa a partir do nascimento de Moisés até os seus quarenta anos de vida. A partir de algum momento de sua infância, Moisés passa a morar no palácio de Faraó. Ali foi criado como filho adotivo da filha de Faraó, tendo direito a todas as regalias reais, mas sempre sendo confrontado com o fato de ser filho biológico dos escravos hebreus. Aos quarenta anos e agindo de forma impulsiva, Moisés mata um egípcio e após ser perseguido por Faraó, foge para o deserto. A partir de então, começa uma nova etapa na vida de Moisés.

Vivendo no deserto entre os quarenta aos oitenta anos, Moisés se torna pastor de ovelhas. Ali ele aprende a cuidar desses animais e deixa seu estilo impulsivo para ser considerado o homem mais manso de toda a terra (Números 12:3). Na verdade, aquele era um período de experiência do que ele faria na próxima etapa de sua vida, que era pastorear o povo de Deus.

A partir dos seus oitenta anos, após voltar ao Egito e libertar o povo da escravidão, Moisés conduz o povo de Deus, extremamente rebelde, diga-se de passagem, pelo deserto. Ali ele vivencia o cuidado diário de Deus com o seu povo, tem experiências incríveis com o Senhor e é descrito como o homem que conversava com Deus face a face (Números 33:11). Após quarenta anos dessa última etapa, isto é, aos cento e vinte anos, Moisés morre.

Todas as etapas da vida de Moisés foram se encaixando até chegar à próxima. Ele foi sendo transformado aos poucos e tudo o que lhe aconteceu, seja pela vontade ou permissão de Deus, contribuiu para aquele homem ser tudo o que ele foi. Em nossa vida também não é diferente. As etapas pelas quais passamos não são  fragmentos separados, elas são parte do quebra-cabeça da vida e cada uma delas é essencial à nossa formação. Se bem aproveitadas por nós, elas trarão a maturidade necessária para vivenciarmos com sucesso a nossa vida.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Os perigos do orgulho ministerial

Texto de referência: João 3:26-30


João Batista foi um homem fantástico, não apenas pela nossa visão humana, mas foi o próprio Jesus quem exaltou as suas características.

João era um homem desprendido. Vivendo no deserto, vestindo roupas de peles de animais e comendo mel silvestre e gafanhotos, ele não tinha medo de denunciar o pecado, até mesmo do próprio rei. Essa sua ousadia, inclusive, lhe custou a vida.

Com toda a sua humildade, João recebeu a honra de ser o precursor do Messias. Foi ele quem dizia acerca de Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29). Jesus ainda não havia se manifestado publicamente, e João já entendia toda a Sua missão, tamanha a comunhão daquele homem com o Espírito de Deus.

Mas o ministério de João já estava cumprido. Agora, era a hora de Cristo se manifestar. Os discípulos de João, entretanto, não entendiam porquê as pessoas estavam indo rapidamente atrás de Jesus e deixando João de lado. Mas ele entendia perfeitamente, afinal, esse era o curso exato das coisas. João atraía as pessoas, falava de Cristo e essas iam até Ele. Ele sabia que o objetivo do seu ministério era elevar o nome de Cristo, e não o seu próprio.

Segundo João, tudo o que recebemos vem do céu, e se não damos glória a Deus, estamos negligenciando o favor de Deus em nos presentear com Seus dons.

O problema é que muitos cristãos não têm entendido isso. Muitos ministérios têm sido criados e se expandido de forma surpreendente. Quando isso ocorre, os líderes começam a exaltar o homem, ao invés de Deus. Temendo perderem os seus fiéis, muitos não denunciam mais o pecado. Se deslumbram com a glória dos aplausos e das plateias e não exaltam a glória e o poder de Deus quando acontecem os milagres.

O orgulho ministerial ocorre quando usurpamos o lugar da glória de Deus, trazendo a glória para o nosso ministério. João não se rendeu a isso. Ele sabia da sua real missão: pregar a Cristo e exaltar somente a Ele. O fim da soberba é a queda (Provérbios 16:18). Os perigos de nos deixarmos tomar pelo orgulho são iminentes. Deus jamais dividirá Sua glória com o homem.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

A mulher virtuosa

 Texto de referência: Provérbios 31:10-31


Ser mulher é uma missão linda, mas também desafiadora. Quando nasce uma mulher, nascem multipapéis e multifunções. Uma só pessoa carrega em si uma infinidade de tarefas e responsabilidades. Ser mulher é ser mãe, esposa, profissional, mas é também ser humano. O livro de Provérbios é o manual da sabedoria. Com seus diversos conselhos, ele nos ensina acerca de muitas situações. E esse livro tão importante termina falando sobre qual assunto? Sobre a mulher.

São vinte e um versículos que exaltam uma mulher que o autor denomina como virtuosa. Vejamos quais características têm essa mulher:

A mulher virtuosa cuida do seu marido: É alguém que busca apenas lhe fazer bem, e essa atitude é buscada diariamente. O marido dessa mulher confia nela e ele é estimado entre pessoas nobres.

É uma mulher ativa: a mulher virtuosa não se rende à preguiça. Cuida com diligência das tarefas do seu lar, a fim de que nada falte.

É empreendedora: trabalha, ganha e age com inteligência na condução dos seus negócios. Com sabedoria, ela multiplica aquilo que ela possui.

É forte: se veste de força diariamente e está sempre atenta para que não venha a desfalecer nos dias maus.

É generosa: a mulher virtuosa está sempre atenta às necessidades alheias, buscando sempre ajudar aqueles que estão precisando.

Cuida dos seus: é a mulher quem veste todos da casa, para que não sintam frio nos dias de neve. Ela está atenta às necessidades de todos em sua casa, e transmite a sua força também a eles.

Cuida de si mesma: a mulher virtuosa faz para si cobertas, procurando atitudes que lhe tragam proteção. Veste-se de força, tomando atitudes que lhe fortaleçam e veste-se de linho fino e púrpura, embelezando a si mesma com atitudes interiores. Não se enche de preocupações e ansiedades, pois ela confia no Senhor.

É reconhecida por todos: as atitudes dessa mulher são tão admiráveis que não tem como passarem desapercebidas. O seu marido e seus filhos reconhecem o seu valor e a sociedade a louva pelas suas atitudes.

Esse texto não está escrito como uma utopia, mas como um exemplo daquilo que Deus espera de nós enquanto mulheres. O segredo da mulher virtuosa está escrito ao final desse texto, ela é uma mulher que teme ao Senhor. O temor do Senhor nos fará sermos como essa mulher, que não é perfeita, pois ninguém é, mas que é o retrato do que cada uma de nós temos a capacidade de ser.

domingo, 11 de abril de 2021

José: o homem que prosperou na terra da aflição

 Texto-base: Gênesis 41:52


Enquanto vivermos na terra, estaremos sujeitos a enfrentar aflições. Mas passar por aflições não significa viver em sofrimento constante. Teve um homem na Bíblia que conseguiu prosperar mesmo em meio a sua aflição: seu nome era José.

José foi vendido como escravo pelos próprios irmãos. Após começar a se recuperar, trabalhando na casa do oficial de Faraó - Potifar, José é novamente vítima de uma injustiça e acaba sendo preso. Após passar anos na prisão, José tem a oportunidade de interpretar os sonhos do rei Faraó, sendo então nomeado o governador do Egito, a segunda maior posição do império egípcio.

José se casa com a filha de Faraó e dá a um de seus filhos o nome de Efraim, se lembrando que Deus o fez próspero na terra de sua aflição.

José foi ao Egito para viver como um escravo, mas nesse lugar de sofrimento, ele cresce, amadurece e prospera. A cilada que lhe armaram para destruir sua vida foi a estratégia usada por Deus para livrar sua descendência da fome e fazer José ser exaltado, após sofrer muitas humilhações.

A Bíblia nos dá outros exemplos de pessoas que, como José, conseguiram vencer apesar de estarem vivendo em terras de aflição. Daniel, que foi levado como cativo de Judá para a Babilônia e se tornou governador da província e Ester, que foi levada ao palácio do rei Assuero como uma simples moça pobre, e acabou se tornando a rainha do império Persa.

Todos eles exaltaram o nome do Senhor em suas vidas e antes de serem exaltados, se deixaram ser guiados pela humildade. A história de José nos mostra que a terra da aflição pode ser uma ponte para a nossa prosperidade. É nos momentos de dificuldade que temos a oportunidade de crescer, de conhecermos a nós mesmos e de estarmos mais perto de Deus. E são fatores como esses que nos fazem prosperar, em todos os sentidos, não apenas materialmente.

José teve a oportunidade de prosperar na terra da sua aflição, e quanto a nós, será que temos enxergado as dificuldades pelas quais passamos como oportunidades para prosperarmos?

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Lições bíblicas que extraímos do comportamento dos animais

 Texto-base: Provérbios 30:24-28


A natureza é sábia, não precisamos ser cristãos para reconhecer isso. Mas, enquanto cristãos, entendemos que a sabedoria existente por trás da natureza advém do seu criador, Deus, que é a própria sabedoria. Sintetizando, a natureza é sábia porque o seu criador é sábio.

A Bíblia nos fornece muitos exemplos de como aprender com a natureza. No texto de hoje, quero ressaltar como podemos aprender com a vida dos animais. O livro de Provérbios nos fala sobre quatro animais que nos ensinam com seu modo de vida, a saber: as formigas, os arganazes , os gafanhotos e as lagartixas. 

As formigas, apesar de serem animais sem força alguma, não passam fome, pois no verão, apanhando folha por folha, conseguem estocar toda a comida que utilizarão no inverno. Qual o segredo delas? Elas não tem preguiça e são pacientes.

Os arganazes (uma espécie de roedor, semelhante a esquilos), não tem poder algum, entretanto fazem suas casas nas rochas, pois sabem que ali estarão protegidos dos seus predadores e de outros perigos.

Os gafanhotos não têm rei para articular estratégias, todavia, eles andam sempre em bandos, pois sabem que sozinhos eles serão fracos, mas unidos eles podem ser imbatíveis.

As lagartixas, apesar de serem animais tão pequenos, vivem nos palácios dos reis. Qual o segredo delas? Andam sempre nos lugares altos e assim, são difíceis de serem capturadas.

Todos esses animais vencem suas dificuldades, apesar de terem seus pontos fracos. Eles nos ensinam que a despeito de qualquer dificuldade em nossa formação, podemos vencer. Eles nos ensinam a sermos ativos, espertos, pacientes e sábios. Com eles aprendemos que viver sozinhos e isolados não é uma boa estratégia de guerra e que para desfrutar do melhor desta terra, precisamos andar em lugares altos.

A natureza tem muito o que nos ensinar. Para aqueles que desejam viver em Deus, há sempre algo a aprender, ainda que seja com as coisas mais simples e naturais da vida.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

José: o funcionário que todo chefe gostaria de ter

 


Texto-base: Gênesis 39:3-6; 21-23


A história de José é até difícil de ler algumas vezes, devido ao fato dele ter sido tão injustiçado e maltratado no decorrer de sua vida. Entretanto, mesmo diante de tanto sofrimento, José se destacava por onde passava. 

Após ter sido vendido como escravo pelos próprios irmãos, José vai para a casa de Potifar, o oficial de Faraó. Mesmo na condição de escravo, José prosperou. Ao ver esse fato tão impressionante, afinal pensar em um escravo próspero é algo bastante incomum, Potifar tenta descobrir o motivo da prosperidade de José, e entende que isso vinha pelo fato de José servir a Deus.

E assim José foi promovido a mordomo de Potifar. Ele tomava conta de tudo na casa de Potifar e este não se preocupava com nada. Não apenas José era abençoado, mas por amor a José, o Senhor prosperou também os negócios de Potifar.

Entretanto, novamente José foi injustiçado e acabou indo parar na prisão. Mas ali na prisão, José foi visto com benignidade pelo carcereiro, que lhe confiou todos os presos que estavam sob sua responsabilidade. E na prisão José cumpria com fidelidade todas as suas obrigações, de tal forma que o carcereiro não tinha que se preocupar com nada no cárcere.

Anos depois, ao interpretar o sonho de Faraó, e lhe dar conselhos sobre como administrar o Egito nos tempos de fartura e fome que viriam sobre a terra, José é elevado a governador do Egito, cargo que alcançou por ter sido considerado por Faraó como um homem ajuizado, sábio e em quem havia o Espírito de Deus.

Nos três lugares por onde José passou ele prosperou. Em todos eles, a mão do senhor estava sobre ele. E em todos os lugares, José se comportava como um homem de confiança diante dos seus superiores, fazendo com que estes deixassem tudo em suas mãos.

O fato dos seus superiores saberem que José servia a Deus, demonstrava que a devoção dele a Deus era visível. José demonstrava publicamente o seu amor por Deus, que lhe recompensava, dando-lhe prosperidade. Ainda, José sempre agia com fidelidade diante das suas responsabilidades, fazendo com que seus superiores não tivessem que se preocupar com nada que eles confiavam nas mãos dele.

Por fim, a presença do Espírito Santo na vida de José lhe dava a direção necessária nas suas atribuições, fazendo dele um homem sábio.

Honrar a Deus, ser fiel às suas responsabilidades e ser cheio do Espírito, essas características fizeram de José um funcionário respeitado e próspero por onde quer que ele andasse. 

A história de José não pode nos servir apenas como uma história a ser lida, mas deve nos servir de exemplo sobre como devemos nos comportar enquanto trabalhadores nesta terra, sujeitos a chefias e a responsabilidades. O Senhor deseja encontrar homens como José em nossa geração.

terça-feira, 6 de abril de 2021

Tire os olhos dos problemas e comece a louvar

 Texto-base: Gênesis 29:30-35


O patriarca Jacó teve uma família com muitos problemas. Por ter sido enganado pelo seu sogro Labão, Jacó teve que se casar a contragosto com Lia. Na verdade, ele amava a irmã dela, Raquel, com quem se casou depois.

Lia então viveu uma vida toda desprezada. Ela competia o tempo todo com sua irmã pelo amor do seu marido, mas sem sucesso.

Por ser desprezada, o Senhor deu a Lia a fecundidade. Ela começou a gerar filhos para Jacó, enquanto Raquel era estéril. Lia teve três filhos, Rúben, Simeão e Levi. Em todos estes três filhos, Lia deu a eles nomes que remetiam ao desejo dela de que Jacó a amasse. Na verdade, a cada filho que Lia gerava, ela aumentava a esperança de ser desejada pelo esposo.

Mas após ela ter dado três filhos a Jacó e perceber que continuava sendo desprezada como esposa, Lia tem um quarto filho, chamado por ela de Judá, que significa "Louvado", remetendo ao louvor ao Senhor. No nascimento de Judá, Lia então declara que agora ela louvaria ao Senhor. Lia estava tão obcecada pelo amor de Jacó que ela estava vivendo em função disso. Três filhos foram gerados na esperança desse amor. Mas o nascimento de Judá representou na vida de Lia um passo rumo à sua maturidade espiritual, onde ela parou de olhar para o seu problema e passou a adorar ao Senhor.

A história de Lia representa o que acontece muitas vezes conosco. Diante de determinadas dificuldades, nos tornamos tão obcecados em resolver aquela situação que nos esquecemos de louvar ao Senhor. Só nos importa ficar livres dos problemas e nessa ânsia não adoramos mais Àquele que é por si só suficiente para nos dar a vitória. E assim nos esquecemos de que, enquanto louvamos ao Senhor, Ele está cuidando das nossas causas. Ainda, o ato de louvá-Lo demonstra fé e gratidão da nossa parte.

As muitas opressões pelas quais passamos nos fazem clamarmos ao Senhor por socorro. Mas mesmo diante delas, o nosso egocentrismo muitas vezes nos impede de louvarmos ao Senhor e reconhecermos a Sua grandeza (Jó 35:9-11). 

O Senhor é digno do nosso louvor. Apesar de não precisar dele para ser grande, Deus se agrada quando O exaltamos. Que venhamos a louvá-Lo em todo o tempo, seja na aflição ou na bonança.


sábado, 3 de abril de 2021

Mesmo sem vermos, Ele está trabalhando

 Texto-base: Jó 35:14


O justo viverá da fé (Hebreus 10:38), essa é uma verdade incontestável, entretanto, em um mundo com tantos problemas, essa verdade nem sempre é fácil de ser vivida.

Jó foi um homem que enfrentou muitos desafios. Em um único dia viu sua família e todos os seus bens sendo destruídos. Não foram alguns bens, foram todos. O homem mais rico do Oriente agora não tinha nada.

Por não entender tudo o que se passava com ele, Jó pôs-se a clamar a Deus, buscando Nele respostas que justificassem tamanha tragédia em sua vida. Após três amigos apenas condenarem Jó, surge Eliú, que traz palavras de consolo àquele homem arruinado.

Ele diz a Jó que ainda que ele não estivesse vendo o Senhor, Ele estava agindo sobre a causa dele, então bastava a Jó apenas confiar.

Essas sábias palavras devem ser referências para nós em tempos de dificuldades. Sempre que surge um grande período de provação questionamos onde está a mão de Deus em meio àquela situação. Mas como Eliú, temos que confiar que, apesar de aparentemente não estarmos vendo o agir do Senhor, isso não significa que Ele não está agindo. Mesmo não vendo o Senhor, isso não quer dizer que Ele não está conosco.

O apóstolo Paulo nos diz que nós não vivemos por vista, mas por fé. Se temos as promessas de Deus conosco, não precisamos de fatos para nos certificarmos de que elas se cumprirão. Precisamos apenas crer.  Em muitas situações enfrentadas, as circunstâncias a princípio parecem totalmente desfavoráveis, mas quando cremos que Deus está no controle, não as tememos. 

Deus trabalha também no silêncio. As coisas encobertas pertencem a Ele (Deuteronômio 29:29). Muitas vezes Ele está trabalhando em áreas que a princípio não percebemos, mas que com o passar do tempo, vamos enxergando aos poucos o trabalhar do Senhor em nosso favor. Outras vezes, Ele quer se manifestar a nós, mas os nossos medos e dúvidas nos impedem de vê-Lo. 

Não importa o tamanho da dificuldade, se temos o Senhor ao nosso lado, podemos ter certeza que Ele está trabalhando para o nosso bem. Mesmo que no momento não estejamos enxergando, temos que colocar a nossa confiança em Deus, que nunca falha.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

O perigo de tomarmos decisões sem consultarmos a Deus

 Texto-base: 2 Reis 3:4-20


Em um tempo onde reinava em Israel Jorão, filho de Acabe, o reino moabita que era escravo de Israel se rebelou contra ele. O rei Jorão então perguntou ao rei de Judá (nesse tempo havia amizade entre as duas tribos) se ele poderia ajudá-lo naquela guerra. Josafá, rei de Judá, se prontifica a batalhar com ele.

Jorão então questiona a Josafá por qual caminho eles subiriam para a peleja. Josafá, sem nenhum tipo de consulta a Deus, sugere que eles fossem pelo deserto de Edom, outro território, que se une com eles nessa batalha.

E assim, esses três reis saem à peleja pelo caminho do deserto. Mas após sete dias de caminhada, eles não encontram água para os homens e nem para os animais, motivo que os fazem se desesperar e acreditar que a guerra estava perdida, afinal, com o corpo desidratado pela falta de água eles não teriam disposição para guerrear.

Neste momento, Josafá se lembra de pedir ajuda a algum profeta que tenha a palavra do Senhor. No meio deles estava o profeta Eliseu, que foi consultado por eles, e profetizou que águas surgiriam milagrosamente naquele lugar. Ainda, ele profetizou que Israel derrotaria os moabitas.

Ao final, tudo ocorreu exatamente conforme a palavra do Senhor dita por intermédio do profeta. No outro dia, o território onde eles estavam ficou cheio de águas e eles derrotaram os moabitas.

Essa história é importante quando percebemos que ao ser questionado sobre o caminho pelo qual deveriam sair à guerra, Josafá, rei de Judá, não consultou ao Senhor. Quando eles saíram pelo caminho que eles denominavam estratégico, eles acabaram quase sendo derrotados.

Após esse deslize, Josafá se lembra de consultar ao Senhor. Nessa batalha, eles foram socorridos e no final tudo acabou bem. Todavia, nem sempre termina assim. Andar por caminhos que consideramos estratégicos, mas sem consultar ao Senhor pode nos levar a desertos onde não encontramos água e acabamos desfalecendo.

É importante que todas as nossas decisões sejam pautadas na vontade do Senhor, pois ela é sempre boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2).

Frequentemente temos tomado decisões importantes sem sequer perguntarmos a Deus sobre a Sua vontade acerca daquilo. E muitas vezes nos damos mal.

Essa história nos mostra a importância de antes de sairmos à guerra, consultarmos ao Senhor sobre qual será o caminho a ser percorrido. Ao final, teremos vitória, pois o que Ele tem para nós é sempre o melhor.