Texto de referência: 2Reis 17:29-41
Samaria era a capital do reino de Israel. Quando os israelitas foram exilados para a Assíria, o território deles foi ocupado por outros povos.
Esses povos levaram para Israel todos os seus costumes idólatras. Após alguns morrerem por pragas enviadas pelo Senhor, os conselheiros dos povos sugeriram que eles aprendessem os costumes de adoração a Deus.
E assim eles fizeram. Começaram a adorar a Deus concomitantemente à adoração aos seus deuses. E esse culto misto continuou por várias gerações. Assim Samaria se tornou um território onde o Deus verdadeiro era adorado ao mesmo tempo que outras divindades.
Quando Jesus conversa com a mulher Samaritana junto à fonte de Jacó, podemos perceber essa diferença de culto existente entre os judeus e os samaritanos (João 4:20).
Essa prática existente entre os samaritanos não é um fator isolado. Podemos perceber essa realidade também em nossos dias, onde Deus é adorado simultaneamente a outros deuses. É comum percebermos práticas de culto a Deus onde também são evocadas outras divindades.
Ainda, esse tipo de situação não se limita apenas a outras religiões onde há adorações múltiplas, mas dentro do próprio cristianismo, seja através do culto a imagens como forma de adoração, ou através de uma idolatria dissimulada, onde não há um objeto de culto, mas há uma inclinação do coração em adorar outras coisas que não sejam Deus.
O dinheiro, o sexo e o poder são exemplos de coisas que são frequentemente adoradas por cristãos, que as colocam no centro de suas vidas, mas que aos domingos estão na igreja erguendo as mãos ao Senhor, dizendo que O adoram.
Todavia, a própria Bíblia nos relata que o Senhor é um Deus ciumento, que não divide a Sua glória (Isaías 42:8). Não há como adorar a Deus e outro deus, ou se adora um ou o outro. Quem divide seu coração entre dois deuses na verdade engana-se a si mesmo, pois o Senhor não recebe esse tipo de adoração. Jesus diz isso claramente à mulher Samaritana ao dizer que Deus procura quem O adore em espírito e em verdade (João 4:23).
A adoração a Deus não consiste apenas em palavras ou gestos prontos, mas na intenção do coração em se render a Ele e colocá-Lo no centro de tudo o que fizermos. Esses são os verdadeiros adoradores.