sábado, 31 de julho de 2021

Não despreze aquilo que você tem

"Eliseu perguntou à mulher: — O que posso fazer por você? Diga-me o que é que você tem em casa. Ela respondeu: — Esta sua serva não tem nada em casa, a não ser um jarro de azeite." 2 Reis 4:2


Em uma das histórias do profeta Eliseu, chega à sua presença uma viúva. Essa mulher, que era esposa de um discípulo dos profetas e que temia a Deus, estava em uma situação bastante difícil. Após a morte do seu marido, por não ter fonte de renda, acabou contraindo dívidas, o que fez com que os credores dessas dívidas viessem até ela para levar seus filhos como escravos, por não ter ela com o que pagar o montante devedor.

Essa viúva, se sentindo encurralada pela situação, recorre ao profeta Eliseu. Ao lhe explicar sua situação, o profeta lhe questiona sobre o que ela tinha em casa. A viúva responde a Eliseu que não tinha nada, apenas uma botija de azeite. Ungido pelo Espírito, Eliseu ordena que ela buscasse entre seus vizinhos muitas vasilhas que estivessem vazias.

Ao trazer as vasilhas, Eliseu ordenou que ela fosse enchendo aquelas vasilhas com o azeite que havia na botija. A viúva fez tudo conforme Eliseu lhe ordenou. Ela creu que aquele milagre seria possível, e assim aconteceu. Aquele pouco azeite que havia na botija foi se multiplicando de forma que ela conseguiu encher todas as vasilhas que ela havia buscado.

A quantidade de azeite era tão grande que ela conseguiu vender o azeite, pagar a sua dívida e ainda sobreviver com o restante que sobrou.

A princípio, aquela viúva não deu muita importância ao azeite que tinha, pois ao ser questionada sobre o que tinha em casa, ela disse não ter nada, apenas o azeite. Mas aquele azeite, que aos olhos dela era tão pouco e inservível, foi o instrumento usado por Eliseu para ajudar ela a resolver seus problemas.

Muitas vezes estamos diante de situações desafiadoras, onde olhamos para os problemas e não vemos solução. Mas em muitos casos estamos negligenciando ferramentas que o Senhor coloca à nossa disposição para enfrentarmos e vencermos as dificuldades. Não podemos desprezar nada, pois qualquer coisa pode ser usada por Deus para nos ajudar. Apenas temos que abrir os nossos olhos para enxergarmos as botijas de azeite que temos em nossa casa. Muitas vezes Deus coloca diante dos nossos olhos a solução, só precisamos enxergar. Que o Senhor nos dê essa visão, como Eliseu, que enxergou em uma simples botija de azeite uma ferramenta que poderia ser usada por Deus para intervir naquela situação, e assim poderemos enxergar também o auxílio do Senhor por nós, que está sempre presente quando mais precisamos.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

O Deus dos montes e dos vales

"Porque os siros disseram: O Senhor é Deus dos montes e não dos vales, toda esta grande multidão entregarei nas tuas mãos, e assim sabereis que eu sou o Senhor." 1 Reis 20:28


Em uma guerra travada entre Israel e Síria, quando Israel era governado pelo perverso rei Acabe, o poder de vitória estava nas mãos da Síria. Esse império, governado pelo rei Ben-Hadade, era forte, com grande número de combatentes e com um grande aparato de carros e cavalos. Nessa batalha, estavam ajudando Ben-Hadade cerca de trinta e dois reinos, todos investidos contra Israel. Diante disso, as chances humanas de vitória do povo israelita eram mínimas.

Mas ao lado do povo estava o Invencível, o Imparável, o Senhor da Guerra. Deus estava naquela peleja, e mesmo Acabe sendo tão perverso e o exército israelita tão pequeno, Deus concedeu a ele a vitória.

Mas os siros não desistiram. Eles sabiam que aquela vitória havia sido dada ao povo por Deus, pois humanamente falando, não havia chances de vitória do povo de Israel. Então eles formulam uma teoria de que Deus havia ajudado o Seu povo porque Ele era um deus dos montes, e sendo assim, eles teriam que pelejar com aquele povo em um lugar mais baixo, ou seja nas planícies ou nos vales.

E com essa teoria, os siros novamente formam batalha contra o povo de Israel, e saem a peleja, agora nas planícies. Novamente eles vêm com todo aparato de guerra e muitos combatentes, enquanto Israel sai com um exército muito pequeno. Mas o Senhor revelou a Acabe, que porque os siros acreditaram que o Senhor era apenas um deus dos montes e não dos vales, Deus entregaria aquele grande exército nas mãos de Israel. E assim ocorreu, pois naquele dia foram feridos mais de cem mil siros.

Essa história nos demonstra o grande poder de Deus, que não pode ser medido e nem comparado. Os siros estavam acostumados com seus falsos deuses, que escolhem lugares ou que parecem agir diante de determinadas circunstâncias. Mas o Deus de Israel é diferente. Deus não se limita a espaços geográficos, pois toda a Terra pertence a Ele. Deus também não escolhe circunstâncias, pois Ele tem o controle de tudo em suas mãos.

Seja nos vales ou nos montes, de perto ou de longe, com um exército pequeno ou grande, Deus não precisa de elementos humanos para agir ou de condições favoráveis para atuar. A guerra pertence a Ele, e a vitória também. Quando Ele libera a ordem de vitória, podemos crer que o mal não prevalecerá.



quarta-feira, 28 de julho de 2021

Elias: um homem comum com uma fé extraordinária

 Textos de referência: 1 Reis 17:1-7; 18:36-40; 19:3-14; 2 Reis 1:9-13: 2:9-11


O profeta Elias é um dos homens mais excêntricos das escrituras sagradas. A começar pelas suas vestes, que eram de pêlos de animais, e não de tecidos, como era o costume da época. Mas a excentricidade de Elias é mais destacada em seu ministério, pois os milagres que Deus fazia por meio de Elias eram bastante fortes.

Por algum tempo ele foi alimentado por corvos que diariamente lhe traziam pão e carne para ele comer. Já imaginou você estar em um lugar e de repente ver uma ave trazendo para você um pedaço de pão e uma porção de carne?

Através da palavra de Elias e permissão do Senhor, não choveu sobre a terra durante três anos. E através da oração de Elias, Deus enviou chuva sobre a terra. Nesse mesmo episódio, Elias orou ao Senhor e fogo desceu do céu sobre o altar, desmistificando o falso poder de Baal entre o povo.

Outra ocasião em que se nota uma unção na vida de Elias, foi quando o rei Acazias lhe enviou cinquenta homens e um capitão para prendê-lo, mas Elias orou e caiu fogo do céu consumindo aqueles homens. A mesma cena se repetiu novamente, e só não houve um terceiro morticínio porque o capitão pediu clemência por ele e pelos seus capitães.

Por fim, em uma ocasião em que Elias e seus discípulos estavam passando pelo rio Jordão, ao ver que o rio estava cheio e não poderiam passar, Elias naturalmente enrolou o seu manto, fazendo as águas se dividirem e eles passassem a seco.

Até a morte de Elias não foi algo natural, pois Elias não morreu como as demais pessoas, mas foi elevado ao céu em um carro de fogo, puxado por cavalos de fogo, através de um redemoinho.

A história de Elias demonstra que havia algo especial naquele homem. O poder de Deus que repousava sobre ele era algo surpreendente. Parecia que nenhum obstáculo era grande demais para ele. Mas Elias não era nenhum super-herói. Pelo contrário, o apóstolo Tiago, ao encorajar seus discípulos à oração, nos relata que Elias era um homem comum, sujeito às mesmas paixões que nós (Tiago 5:17). E a própria história de Elias relata isso, ao descrever um período de esgotamento emocional pelo qual ele passou após matar quatrocentos e cinquenta profetas de Baal. Após esse momento, Elias redescobriu o Senhor, percebendo que Deus não era apenas um Deus de fogo, mas também se manifestava através da calmaria.

Elias era um homem comum, que chorava, entristecia, sentia solidão e duvidava. Mas Elias deixava ser conduzido pelo Espírito. Não há nenhuma fórmula mágica, o segredo de Elias era a sua ousadia em servir ao Senhor, não temendo denunciar o pecado, o que demonstrava a sua total entrega ao Senhor e renúncia ao pecado, o que demonstrava a sua santidade.

Assim como Elias impactou a sua época, o Senhor chama também em nossa geração homens como Elias, que se deixem ser usados por Ele para impactar a nossa geração. Ele quer usar homens de fé e que se esforcem por viver em santidade.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

As bênçãos que recebemos pelo Salmos 91

 Texto de referência: Salmos 91


O Salmos 91 é um salmo conhecido por muitas pessoas, inclusive pessoas que não são adeptas ao cristianismo, mas que o consideram como um "amuleto" de proteção. Mas essa atitude é um terrível erro, pois a Palavra de Deus jamais pode ser reduzida a um amuleto ou um mantra, na qual manuseamos ou invocamos de qualquer forma, para somente atender às nossas necessidades. 

Voltando ao Salmos 91, é importante ressaltar que todas as promessas contidas nele são direcionadas àquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente. Se você deseja saber o que fazem esse tipo de indivíduo, leia o texto O verdadeiro sentido do Salmos 91. Mas hoje quero ressaltar as bênçãos recebidas através deste salmo.

Proteção de um Deus que tem poder sobre terríveis adversários (v. 3): ser livre de elementos amedrontadores, pestes, pragas e armadilhas são promessas de proteção que encontramos nesse salmo. Inclusive, são essas promessas que fazem ele ser tão invocado, pois em um mundo de tantos perigos, nada melhor do que saber que temos um ser Onipotente que nos protege.

Cuidado de um Pai que guarda seus filhos (v. 4): cobrir com as penas e nos guardar debaixo das asas nos remete à figura da galinha que coloca seus filhotes sob a sua proteção. Deus não apenas nos protege como um guerreiro em meio a uma batalha. O Seu cuidado por nós é como o cuidado de um pai, que deseja ver seus filhos sempre seguros.

Segurança para a nossa família (v. 10): a proteção do Senhor não se limita apenas a nós, mas se estende a toda a nossa casa, à nossa família e a tudo o que é nosso.

Proteção e direção durante a nossa caminhada (v. 11): Deus não apenas nos protege, mas envia anjos que nos guardem durante a nossa caminhada, a fim de que não venhamos a tropeçar. Isso pode ser entendido como uma direção a seguirmos, a fim de não tomarmos decisões que venham a nos prejudicar.

Autoridade sobre o mal (v. 13): por fim, Deus nos concede através das palavras deste salmo autoridade sobre os nossos adversários. Pisar leões e serpentes indica que o mal está debaixo dos nossos pés. Deus não apenas luta por nós, mas Ele também nos capacita a lutarmos e prevalecermos contra o mal.

Definitivamente, o Salmos 91 não pode mais ser para nós apenas um texto que a gente estampa a parede da casa ou carrega no chaveiro do carro. Precisamos vivê-lo e tomar posse das bênçãos que o Senhor nos concede através dele.

sábado, 24 de julho de 2021

Um Deus que quer nos perdoar

 Texto de referência: I Reis 8:46-50


O mundo jaz no maligno (1 João 5:19). Essa é a informação que nos traz a Palavra do Senhor, e isso explica o porquê de tanto sofrimento nesta terra. O pecado é a causa do nosso afastamento de Deus, e ele assola todas as pessoas, quer sejam cristãs ou não.

É isso que Salomão constatou em seu tempo de reinado. Ele reconheceu que o povo de Deus, mesmo conhecendo a Deus, poderia pecar, pois não existe ninguém que não peque.

Ele também reconheceu que o pecado gera consequências, e que após pecarem o povo poderia ser levado a um cativeiro em terras adversárias. Mas caso isso ocorresse, se ali o povo caísse em si e se convertesse de todo o coração e pedissem perdão ao Senhor, o Senhor os perdoaria e os tiraria do cativeiro.

Salomão fez essa oração durante o período da velha aliança, onde não se conhecia formalmente a graça. Hoje sabemos que o sacrifício de Jesus nos redimiu de todo o pecado e que não somos mais escravos do mal. Todavia, por mais que o pecado não tenha poder sobre aqueles que crêem em Jesus, ele ainda existe e somos diariamente tentados por ele.

Mas assim como Salomão entendeu, sabemos que se pecarmos, podemos clamar as misericórdias do Senhor e se o nosso arrependimento for sincero, obteremos perdão. Mesmo que estejamos sofrendo as consequências do pecado, podemos ter a certeza que seremos perdoados e seremos libertados do cativeiro ao qual caímos quando cedemos ao pecado.

Deus é o mesmo, Ele não mudou e a sua misericórdia também continua a mesma. Enquanto vivermos nesta terra, sabemos que estamos suscetíveis a sermos tentados ao pecado, mas apesar disso, não somos escravos dele. O ideal é não pecar, mas se pecarmos, temos um Deus que tem prazer no perdão.


sexta-feira, 23 de julho de 2021

Primeiro para Deus

 Texto de referência: I Reis 17:8-16


Em um período de fome enfrentado pela nação israelita, o profeta Elias sai dos limites de Israel para ir à região de Sidom, na cidade de Sarepta. Enviado por Deus, ele vai até a casa de uma viúva, que foi divinamente ordenada a lhe sustentar. Elias lhe pede água e logo em seguida, pão. A viúva rebate seu pedido, dizendo que não tinha como lhe oferecer pão, pois só tinha em sua casa um pouco de farinha e azeite para fazer uma comida para si e seu filho, e depois eles esperariam a morte.

Elias então lhe faz um pedido surpreendente, ele pede à viúva que faça um bolo pequeno para ele, e depois ela faria para si e para seu filho. E profetiza que não faltaria mais a ela comida, enquanto durasse o período de fome. A viúva então obedeceu o pedido de Elias, e o que o profeta disse se cumpriu, pois aquele restinho de azeite e farinha nunca mais acabaram. Assim, eles puderam enfrentar o período de fome, sem perecerem.

Nessa história nos surpreende o pedido ousado de Elias à viúva, que lhe pediu para que ela fizesse um bolo primeiro para ele. A fé da viúva também foi ousada, pois ela confiou na palavra do Senhor, dita pelo profeta. E pela sua obediência, não faltou o alimento para ela e seu filho.

Jesus nos disse que quando nós buscamos o Reino de Deus em primeiro lugar, todas as outras coisas da vida nos seriam acrescentadas (Mateus 6:33). Essa prioridade a Deus foi dada por aquela viúva, quando ela primeiro fez o bolo para Elias. Não que Elias fosse Deus, mas ela se rendeu à obediência à ordenança do Senhor e por esse motivo Ele lhe concedeu aquilo que ela necessitava.

Quando fazemos de Deus a nossa prioridade, podemos ter a certeza que Ele cuida do nosso entorno, provendo as demais coisas que necessitamos em nossa vida. Primeiro para Deus e as demais coisas virão.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Salomão: um rei idólatra

 Texto de referência: I Reis 11:1-11


Salomão era filho de Davi e sucedeu ao seu pai no trono de Israel. Davi teve um reinado incrível, não porque não tenha cometido erros enquanto rei, mas porque buscou a Deus em todo o tempo, e quando errou, soube reconhecer suas falhas e procurou se consertar perante o Senhor.

Seu filho Salomão iniciou o seu reinado de uma forma próspera. Davi havia deixado o reino de uma maneira estável. Mesmo com toda a riqueza do reino, Deus concedeu a Salomão ainda mais riqueza e glória, por ter ele pedido a Deus sabedoria para governar (I Reis 3:13).

Sobre Salomão também havia uma ordenança, ele seria o responsável por construir o templo do Senhor. Davi já havia deixado quase tudo pronto, desde a planta do templo aos materiais necessários. Cabia a Salomão gerenciar tudo isso e recrutar a mão de obra. Para que ele conseguisse construir o templo, Deus afastou os inimigos de Salomão e lhe deu paz.

Mas Salomão não soube desfrutar de todas essas bênçãos. Apesar de iniciar com sabedoria o seu reinado, ele cometeu alguns erros que o Senhor já havia descrito nos tempos de Moisés que não deveriam ser cometidos (Deuteronômio 17:16). Ele acumulou para si muita força humana, ao comprar muitos cavalos e acumular muita riqueza, o que lhe ensoberbeceu o coração (I Reis 10:26-28).

Mas o principal erro de Salomão foi o de ter muitas mulheres, cerca de mil. Essas mulheres, em sua maioria estrangeiras, perverteram o coração de Salomão, levando-o a cultuar deuses que eram originários das terras delas. A idolatria de Salomão a esses deuses e consequentemente, o desprezo dele ao Senhor que lhe havia dado tudo, o levou a perder o reino.

Ele não perdeu imediatamente o reino, mas Deus lhe fez conhecer quem seria o sucessor, que não era apenas o seu filho, mas um homem de outra linhagem, pois o reino de Israel seria dividido. A partir dos pecados cometidos, Deus levantou adversários sobre Israel e a paz que por tantos anos existiu, acabou.

O reinado de Salomão tinha tudo para ser próspero e abençoado, pois ele tinha o Senhor ao seu lado. Entretanto, Salomão não soube desfrutar dessa presença e desprezou ao Senhor. Quando nos curvamos diante de outros deuses, como o dinheiro, o sexo, o poder, o corpo ou as tradicionais estátuas que são reverenciadas, estamos fazendo delas os nossos senhores. Isso nos leva a esquecer de Deus e a desprezar o sacrifício que Cristo fez por nós, pois estamos publicamente declarando que existe algo em nosso coração mais importante que o Senhor Deus. 

A idolatria de Salomão lhe fez perder o reino. A inclinação do nosso coração a tudo o que não é de Deus faz com que percamos tudo o que Ele tem nos dado. A vigilância constante é o segredo para nos mantermos firmes, sem sair da posição que Deus nos confiou.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Vivendo no propósito para o qual Deus nos chamou

 Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. I Coríntios 10:31


Todos nós nascemos com um propósito. Ninguém veio a essa Terra para passar o tempo, vivendo de qualquer jeito. Todavia, diferente do que muitos passamos a vida toda acreditando, o nosso maior propósito não é formar uma bela família, ser um grande profissional ou ter uma vida próspera. Apesar de tudo isso contribuir para o nosso maior propósito, fomos criados para servir e adorar ao nosso Criador.

A nossa existência veio a partir de Deus e é para Ele que devemos viver toda a nossa vida. Tudo o que fizermos nessa terra deve glorificá-Lo, e é nessa parte que entra a família, o trabalho e os nossos relacionamentos. Apesar de sermos criados para Deus, não somos anjos ou seres celestiais. Somos seres humanos, que vivem nesta Terra como humanos, mas que glorificam a Deus em tudo o que fazem.

Entretanto, vivemos boa parte das nossas vidas enganados quanto ao nosso propósito. E por esse motivo nos esforçamos e corremos atrás das coisas desta Terra, mas sem glorificar ao Senhor com elas, e por isso a impressão que temos é que nunca estamos satisfeitos. Isso acontece porque não estamos no verdadeiro foco, servir e adorar a Deus.

Outras vezes começamos a andar no nosso verdadeiro propósito, quando somos tentados a olhar para as coisas desta Terra e acabamos nos desviando dele. Ao iniciarmos o nosso chamado, o inimigo tentará voltar a nossa atenção para outras coisas, a fim de ocuparmos a nossa mente e o nosso tempo com outras finalidades, e nos desviarmos do propósito para o qual fomos chamados por Deus.

A finalidade da nossa existência foi dada por Deus e é linda. Deus não nos quer frustrados e infelizes, pelo contrário, como sal e luz nesta Terra, o Senhor quer que sejamos pessoas vitoriosas e abençoadas em todas as áreas da nossa vida, seja na família, no trabalho ou nos demais relacionamentos. Mas ele também nos quer dentro da esfera para o qual Ele nos criou. 

A nossa relação com Deus é como o sol com a lua. Apesar de linda, a lua não tem luz própria. A sua luz vem do sol. Da mesma forma acontece entre nós e Deus. Deus nos quer brilhando, mas Ele quer que reconheçamos que o nosso brilho vem d'Ele, é para a glória d'Ele que vivemos. Esse é o real propósito da nossa existência.


sábado, 17 de julho de 2021

Estamos preparados para a batalha, não podemos retroceder!

 "Os filhos de Efraim, embora armados de arco, bateram em retirada no dia do combate." Salmos 78:9


As guerras dos tempos bíblicos eram diferentes das guerras de hoje. Naqueles tempos, eram comuns as batalhas entre reinos, e os soldados iam para a guerra sem a certeza de que voltariam. Para a sua proteção utilizavam fortes armaduras e as armas não eram munições como nos dias atuais, mas se limitavam a espadas e flechas.

O versículo de hoje nos traz uma situação onde o povo de Israel, denominado nesse contexto como os filhos de Efraim, mesmo estando armados com arcos de guerra, bateram em retirada no dia do combate. Isso significa que, apesar de terem os instrumentos necessários e a capacidade para combaterem, eles preferiram desistir. Não se sabe os motivos pelos quais os israelitas desistiram do combate, mas os versículos seguintes apontam para um povo que havia se esquecido do Senhor e do Seu poder.

Esse trecho da Bíblia nos remete a situações que muitas vezes acontecem conosco. Embora filhos de Deus e tendo Ele ao nosso lado, somos frequentemente tentados a desistir diante das batalhas da vida. Os motivos são diversos, como por exemplo o medo, a falta de forças ou a insegurança, mas todos eles se ligam a um só elemento: a falta de fé.

Assim como o povo de Israel estava distante dos caminhos do Senhor e se esqueceu de todos os prodígios que Ele fizera, quando nos afastamos de Deus também tendemos a nos esquecer de quem Ele é. E assim, qualquer batalha nos amedronta, nos faz sentir fracos e incapacitados, nos levando consequentemente a desistir.

Assim como o povo de Israel, temos que crer que nós também estamos armados de arco, e essas armas são espirituais, poderosas em Deus para destruir qualquer fortaleza, mesmo  as mais resistentes. E se já estamos devidamente preparados para o combate, não há razões para desistirmos dele, pelo contrário, temos que avançar contra os nossos adversários, na certeza de que em Cristo somos mais que vencedores.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

No momento da dúvida, lembre-se da grandeza de Deus

 Texto de referência: Salmos 76


O Salmos 76 se inicia relatando a história de um homem angustiado e atribulado. Não se sabe qual o motivo das suas aflições, mas sabe-se que era algo muito sério, que deixava o salmista perturbado e lhe tirava o sono.

Mas o salmista, tomado pelas suas angústias, começa a questionar a Deus sobre tudo o que estava vivendo, mas não apenas questionar, ele começa a duvidar da bondade e da graça do Senhor. Nos seus devaneios, ele chega a pensar que o Senhor não é mais aquele Deus cheio de misericórdia e benignidade. Para ele, Deus havia mudado.

Mas ele começa a se lembrar de tudo o que Deus havia operado na trajetória do Seu povo, ele se recorda das grandes obras de Deus, e tudo aquilo vai lhe trazendo o fôlego novamente. Então, o salmista muda a sua perspectiva, e começa a pensar que não há nenhum deus tão grande como o Senhor Deus.

O Senhor é um Deus de maravilhas, que exalta o Seu poder no meio das demais nações, que liberta o Seu povo dos cativeiros e que faz as aflições se abalarem diante da Sua presença.  Não apenas isso, Ele cuida do Seu povo, como um pastor cuida do seu rebanho.

As indagações do salmista não se diferem muito das nossas indagações. Diante das aflições da vida somos tentados a frequentemente questionar o Senhor e o Seu poder, e muitas vezes duvidamos da bondade e misericórdia de Deus, acreditando que Ele nos abandonou e não nos ajudará.

Mas como o salmista, temos que nos voltar para a Palavra, que nos faz enxergar a grandeza do poder de Deus, para percebermos que Ele não mudou, mas aquilo que Ele fez no passado é uma demonstração do que Ele pode fazer por nós também no presente. Pode ser que não entendamos os caminhos pelos quais o Senhor nos conduz, mas se entendemos que o caminhos do Senhor são de santidade, cremos que não há desvios, e portanto, estaremos certos de que estamos vivendo o que Ele traçou para nós.

Viver questionando e lamentando as circunstâncias só contribui para a nossa miopia espiritual. O Senhor não quer os nossos olhos no presente, mas no futuro que Ele tem para nós. A grande questão do futuro é que não temos ele nas nossas mãos, o futuro não chegou e portanto, só podemos nos apossar dele pela fé. Mas isso não é um problema, pois quando cremos em Deus, temos a certeza de que, mesmo não sabendo como será o futuro, sabemos que ele será de paz, pois é isso que nos promete o Senhor, que nunca falhou e jamais irá falhar.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Os valentes de Deus

 Texto-base: 2 Samuel 23:8-22


O rei Davi foi um grande líder. Tendo Deus sempre ao seu lado, ele venceu muitas batalhas. Mas ele não saía sozinho para as batalhas. Ao seu lado estavam homens de guerra que, por sua força e coragem, foram denominados "os valentes de Davi". Foram listados trinta e sete homens, mas apenas a história de alguns deles foi mencionada.

Um desses valentes foi Josebe-Bassebete, que sozinho, feriu de uma só vez oitocentos homens.

O outro valente foi Eleazar, que feriu os filisteus também sozinho, depois que os israelitas já tinham abandonado a peleja. Ele lutou com tanta intensidade que a sua mãe ficou grudada à espada. 

Outro valente chamado Sama se levantou para ajudar Israel contra os filisteus quando o povo estava fugindo diante deles.

Outros três valentes ousaram buscar água para Davi em um poço de um determinado lugar que estava totalmente cercado pelos filisteus.

Por fim, Benaia foi um valente que matou um leão em uma cova em um dia de neve. Ele também lutou contra um gigante utilizando apenas um cajado, e depois conseguiu arrancar de sua mão a lança, com a qual o matou.

Todos esses valentes se destacaram pela sua ousadia e coragem. Eles não tinham medo e enfrentavam fortes adversários que ninguém tinha coragem de enfrentar. Mesmo quando todos fugiam da batalha com medo, eles se colocavam em posição de luta e não desistiam. Todos eles venceram e por isso foram coroados como valentes, que estavam sempre à frente das batalhas reais.

Não podemos nos convencer que valentes existiram apenas nos tempos dos reis. Apesar de não termos essas batalhas reais como nos tempos bíblicos, hoje continuamos a enfrentar muitas batalhas, porém em âmbitos diferentes. As guerras familiares, emocionais e as mazelas sociais existem e requerem de nós uma posição de enfrentamento.

Aqueles homens se destacaram pela sua coragem em enfrentar qualquer inimigo, mesmo que fossem aparentemente mais fortes do que eles. Da mesma forma, o Senhor procura também homens valentes, que enfrentam as adversidades da vida sem temê-las, crendo não na sua própria força, mas na força do Senhor sobre eles.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Não inveje a vida dos maus

 Texto de referência: Salmos 73


O Salmos 73 é um cântico escrito há tantos anos atrás, mas que retrata com profunda clareza situações que vivemos rotineiramente. O início deste salmo revela um momento de lamentação de um salmista, que diz quase ter caído em sua caminhada, ao olhar com inveja para os maus e arrogantes. Esse homem estava com a sua confiança em Deus abalada, ao erroneamente pensar que nada acontecia com os perversos, mesmo eles cometendo terríveis erros. Para o salmista, os perversos não eram castigados, pelo contrário, viviam sempre felizes e prósperos. E com esses pensamentos, ele passou a acreditar que de nada havia adiantado viver longe do pecado, servindo a Deus.

Mas uma atitude fez o salmista mudar a sua forma de pensar, quando ele entrou na presença de Deus. Nesse lugar de intimidade, o Senhor fez com que ele entendesse o que realmente acontecia com os arrogantes e maus. 

O Senhor lhe mostrou que, apesar de aparentemente viverem bem, essas pessoas têm um fim desastroso. Eles não são lembrados pelo Senhor, o que faz com que tenham uma vida miserável. Quando o salmista compreende essas verdades, ele passa a enxergar o valor de ter o Senhor do seu lado. Ele percebe que não há bem maior nessa terra do que ter o Senhor, e que apesar de ver o seu exterior muitas vezes desfalecendo, o seu interior é renovado pelo Senhor.

Semelhante ao que ocorreu com o salmista, muitas vezes somos tomados por esses pensamentos, e começamos a acreditar que não vale a pena servir ao Senhor, pois aqueles que não O servem estão vivendo melhor do que nós. Na verdade, estamos olhando apenas para as situações momentâneas, nos esquecendo que o controle de tudo - inclusive do futuro, está nas mãos do Senhor. Ele é o justo juiz, que não se isenta de recompensar a cada um pelas suas obras, sejam elas boas ou más.

Ainda, frequentemente nos apegamos demais às coisas materiais, acreditando que o bem-estar se limita a esse quesito. Na verdade, ter o Senhor conosco é o que realmente faz a vida valer a pena. Ele é o nosso maior bem, e estar perto de Deus é o que traz sentido à nossa vida. O perverso não tem essa dádiva e, portanto, possui um vazio em seu coração que só poderá ser preenchido se ele se arrepender de seus erros e se voltar ao Senhor.

Quando o salmista entendeu o verdadeiro valor do Senhor ao seu lado, ele parou de se importar com os perversos. Essa também deve ser a nossa atitude, de parar de olhar sobre como vive o outro e focar os nossos olhos em nós e Deus. Ele é galardoador daqueles que O buscam, e só quem tem fé pode crer nisso e viver o melhor de Deus.

domingo, 11 de julho de 2021

O impacto da presença de Deus: a história de Obede-Edom

Texto de referência: 2 Samuel 6:10-12


Não se sabia nada a respeito de Obede-Edom até o dia em que aquele homem teve o privilégio de receber a Arca da Aliança em sua própria casa. Na verdade, ela estava seguindo para a cidade do rei Davi, mas após a morte súbita de um dos homens que carregavam a Arca, Davi temeu levá-la para perto de si e acabou deixando-a por três meses na casa desse homem.

Esse pouco tempo que a Arca esteve na casa de Obede-Edom foi o suficiente para que ele e toda a sua casa fossem abençoados de tal forma que as pessoas perceberam e foram relatar a Davi, que após saber desse fato, animou-se em trazer novamente a Arca para si. Obede-Edom e tudo o que ele tinha foram abençoados por amor da Arca de Deus que estava ali.

Aquele homem que até então era desconhecido foi abençoado e a sua família fez parte dos ministros da casa de Deus, tendo o ofício de porteiros, e sendo relatados na Bíblia como homens valentes e robustos para o serviço. O seu filho primogênito foi próspero e todos oficiavam como porteiros na casa de Deus (1 Crônicas 26:4-8).

A vida de Obede-Edom mudou após uma decisão sua, receber a presença de Deus em sua casa. A Arca da aliança não era apenas um objeto, ela simbolizava a presença de Deus no meio do Seu povo  (Êxodo 25:10-16;22). Quando Obede-Edom recebeu a Arca, ele não recebeu apenas um artefato, mas ele aceitou que a presença do Senhor adentrasse em seu lar.

Quando nós recebemos o Senhor em nossas vidas, podemos crer que Ele não impactará apenas a nossa vida, mas tem poder para abençoar tudo o que temos e transformar a nossa casa de tal forma que todos verão e crerão no poder do Senhor.

A nossa forma de viver precisa testemunhar de que a presença de Deus transforma tudo ao redor. Quando as pessoas ao nosso redor nos verem sendo abençoados por estarmos servindo ao Senhor, crerão no poder de Deus e assim poderemos, como Obede-Edom, sair da posição de desconhecidos para estar com nossa família fazendo parte da história do povo de Deus aqui na Terra.


sexta-feira, 9 de julho de 2021

O tempo da espera é um período de preparação para receber a bênção

Textos de referência: I Samuel 16:1;13. 23:14. II Samuel 5:3


Em sua juventude, Davi foi um pastor de ovelhas. Certo dia, chega o profeta Samuel em sua casa para ungi-lo rei de Israel, e o faz perante toda a sua família. Mas após essa unção, Davi não se assenta em seu trono real, pelo contrário, continua pastoreando as ovelhas do seu pai.

Em outro dia, chega um enviado do rei Saul a buscar Davi para tocar sua harpa para o rei. A partir desse momento, Davi tem constante acesso ao palácio real, mas apenas como um instrumentista. Passado mais algum tempo, Davi entra em um combate com o gigante Golias, vence-o e livra a Israel do poder dos filisteus. A partir desse momento, Davi se torna um combatente do exército real, vencendo diversas batalhas.

Parecia que um tempo de glória na vida de Davi estava começando, mas na verdade, iniciou-se uma dura perseguição de Saul a Davi, pois percebendo que Davi lograva êxito em suas batalhas, o rei Saul viu ameaçado o seu reino. A partir de então, Saul começa a perseguir veementemente a Davi, que passa vários anos se escondendo em diversos lugares, até se refugiar na terra dos filisteus, principal adversário de Israel.

Somente cerca de 15 anos depois de muitas fugas, Saul morreu e Davi é ungido rei, mas nesse primeiro momento, ele reinou apenas no território de Judá, tendo sete anos depois sido eleito rei de Israel pelo povo.

Após a unção dada por Samuel, a vida de Davi passa por altos e baixos, revezando entre momentos de glória e aparentes fracassos. Mas tudo o que Davi enfrentou era na verdade uma preparação para que aquele homem se tornasse o maior rei que a nação de Israel já teve, pois foi a partir do reinado de Davi que Israel se estabeleceu como um reino.

Todo o tempo de espera que Davi enfrentou até chegar a ser rei fez com que ele aprendesse a confiar em Deus. Foi durante esse período que grande parte dos seus salmos foram escritos.

O tempo da espera é algo que todos nós temos que passar. Em algum momento da nossa vida teremos que esperar para recebermos algo que foi prometido por Deus, mas que ainda não chegou. Davi provavelmente foi tentado a desistir desse sonho de reinar, mas ele tinha a confiança em Deus, de que se Ele falou, iria cumprir. Deus cumpriu tudo o que prometeu a Davi e de uma forma maravilhosa, pois quando Davi assumiu o reino, ele era um homem preparado nas batalhas e cheio de intimidade com Deus.

Que possamos olhar o tempo da espera como um período em que o Senhor está nos moldando, para que quando o cumprimento da promessa chegar, possamos desfrutar de tudo com alegria e reconhecendo o Senhor Deus, o nosso verdadeiro abençoador.

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Saul: um rei desobediente

 Texto de referência: I Samuel 15:1-31


Não se sabe nada sobre Saul antes dele ter sido escolhido rei de Israel. Ele foi o primeiro rei que a nação teve, escolhido após a petição do povo que queria "ser como as outras nações". Deus então elegeu Saul, que foi ungido pelas mãos do profeta Samuel.

Após essa unção, o Espírito do Senhor se apossou de Saul e o coração dele mudou. Apesar de não assumir imediatamente o reino, Saul guardou tudo isso consigo. O reino só veio efetivamente quando Saul saiu para lutar contra os amonitas.

Mas os seus deslizes logo começaram. Em uma guerra contra os filisteus, Saul resolveu oferecer sacrifícios, o que só era permitido ao sacerdote. Ainda, o Senhor já havia lhe dito que Samuel desceria até lá para ofertar e lhe dar a direção daquela guerra. Quando repreendido por Samuel, ao invés de Saul se retratar, ele se justificou dizendo que foi "forçado pelas circunstâncias".

Nessa mesma guerra, ele fez um voto precipitado, deixando os seus combatentes sem alimento, o que atrapalhou a guerra e quase fez seu filho Jônatas ser morto.

Saul também desobedeceu a Deus quando Ele lhe ordenou que, em uma guerra contra os amalequitas, ele destruísse todo o povo e também os animais, mas Saul deixou vivo o rei e os melhores animais. Ao ser novamente repreendido por Samuel, Saul tentou se justificar dizendo que só fez isso para sacrificar a Deus.

A partir daí, o seu reinado entrou em derrocada, pois o Espírito do Senhor se retirou dele e Saul passou a viver atormentado. Em diversas vezes agiu de forma irada, buscou para si aprovação, ao invés de buscar que o seu reino glorificasse a Deus. Ele também eliminou setenta sacerdotes inocentes em sua busca frenética por matar Davi, o qual havia sido ungido por Deus como seu sucessor.

A sua ânsia pelo reino era tamanha, que mesmo vendo a mão de Deus sobre Davi, ele continuava insistindo em querer destruí-lo. Por último, Saul se rendeu à feitiçaria para prever o futuro de uma guerra, ao ver que Deus não o respondia. Mas pelas mãos do próprio necromante, Deus permitiu que Saul soubesse o seu fim e dos seus filhos. Saul morreu naquela batalha, de um modo terrível.

Saul teve tudo para ter um reino próspero, mas a sua desobediência às ordens de Deus foi o fator principal que o fez perder o reino. Quando nos rendemos à desobediência, estamos na verdade demonstrando que o nosso coração não é totalmente do Senhor. E quando ele era repreendido por sua desobediência, Saul não se arrependia, mas sempre tentava justificar a si  próprio. Não se arrepender dos seus erros é também um sinal de dureza no coração.

Aliado a esses fatores, pesava sobre Saul o descontrole emocional, a arrogância e o amor ao seu reinado mais do que a Deus, fazendo com que ele agisse loucamente para manter-se a qualquer custo no trono.

Quando Saul foi ungido, Deus havia reservado o melhor para ele, entretanto, ele não soube desfrutar disso, e ao invés de servir ao Senhor, buscou servir a si próprio. Quando o Senhor nos unge para um ministério, pesa sobre nós a necessidade de humildade e obediência total àquele que nos ungiu. Não ocupamos cadeiras para glória própria, mas para glorificar ao Senhor. A obra é dele e a glória também. Quando nos deixamos levar pela arrogância e desobediência às ordenanças do Senhor, o destino é um só: sermos depostos do chamado ao qual fomos ungidos.

terça-feira, 6 de julho de 2021

Caverna de Adulão, lugar de abrigo para os excluídos

 Texto de referência: 1 Samuel 22:1-2


Davi é um personagem bíblico bastante conhecido, mesmo entre pessoas não cristãs. Foi um dos maiores reis que Israel teve, mas até chegar ao trono enfrentou grandes desafios. Um deles foi a constante fuga perante o rei Saul, que era o rei de Israel e via em Davi uma ameaça ao seu trono.

Por aproximadamente doze anos, Davi fugiu de Saul, vivendo em diversos esconderijos. Um desses lugares foi a caverna de Adulão. Ali, ele achou que estaria seguro das tentativas de Saul de tirar sua vida. Mas Davi não morou sozinho nessa caverna. Ajuntaram-se a ele diversos homens, cerca de quatrocentos que passaram a andar com Davi por onde ele andava. O que chamava a atenção nesse grupo eram as características desses homens, que foram relatados na Bíblia como homens que se achavam em aperto, endividados e amargurados de espírito. E Davi se tornou o líder deles.

Os homens que se ajuntaram a Davi eram todos problemáticos, homens que ninguém admirava, pessoas que ninguém queria por perto. A Bíblia não relata porque esses homens se aproximaram de Davi, mas talvez seja porque Davi não estava em uma condição muito diferente da deles, pois ele naquele momento era um fugitivo, sem família, sem dinheiro e correndo risco de vida o tempo todo.

Esses homens andaram fielmente com Davi enquanto ele viveu como fugitivo, e quando ele foi ungido rei, Davi os recompensou elegendo-os seus combatentes.

A caverna de Adulão retrata um lugar periférico, isto é, um lugar para onde iam os excluídos pela sociedade. E nesse lugar, liderados por Davi aqueles homens se tornaram uma equipe, constituíram famílias e depois retornaram ao seio da sociedade de forma digna.

Nos dias de hoje também temos as cavernas de Adulão, onde estão aqueles que são desprezados e excluídos pela sociedade. É nas periferias, nas cracolândias, nos prostíbulos, nos orfanatos onde estão muitos amargurados de espírito, indivíduos que muitas vezes não podem entrar em qualquer lugar por serem abandonados ou mal vistos pelas pessoas.

Como Davi, também podemos acolher esses rejeitados pela sociedade, e na caverna de Adulão treiná-los para que saiam da condição de humilhados para serem honrados. Por nossa capacidade não poderemos fazer isso, somente pelo Espírito de Deus em nós poderemos transformar a nossa sociedade e ser o sal e a luz que o Senhor espera de nós.

domingo, 4 de julho de 2021

Davi, um homem destemido e cheio de fé

 Texto de referência: 1 Samuel 17:24-52


Uma das batalhas mais espetaculares da Bíblia é a relatada entre Davi e Golias. Davi era um jovem pastor de ovelhas, ungido pelo profeta como o futuro rei de Israel. Mas algum tempo havia se passado e ele continuava a pastorear. Todavia chega um dia em que Davi seria conhecido por toda a nação de Israel.

O contexto dessa batalha foi uma guerra ocorrida entre israelitas e filisteus. Por quarenta dias eles se colocaram em ordem de batalha, mas ninguém do exército israelita tinha coragem de duelar contra o principal combatente dos filisteus, um homem chamado Golias, cuja estatura era muito superior à normal, e por isso ele era denominado um gigante.

Quando os israelitas viam Golias, eles sentiam medo. Quando Davi o viu, ele se indignou em como aquele homem tinha coragem de afrontar o exército mais forte da terra, o exército do Deus vivo. Davi enxergava o quanto o exército de Israel era forte, mas os israelitas não. O medo havia tomado conta deles de uma maneira tão grande, que eles haviam se esquecido força de Deus que habitava neles.

Quando Davi decide enfrentar Golias, ele se vê diante de pessoas que tentaram desencorajá-lo, como Eliabe e Saul. Ao invés de dar ouvidos aos que o desencorajavam, Davi desviou-se deles. Quando ao nosso encontro vêm pessoas ou situações para nos desencorajarem, a nossa reação imediata deve ser a de desviar-nos deles e seguirmos rumo ao nosso objetivo. Davi permaneceu firme no seu propósito, derrotar Golias.

Mas o maior obstáculo de Davi era Golias. Todavia, a fé de Davi foi tão incrível, que não vemos em momento algum ele temer diante do gigante, pelo contrário, o tempo todo ele se mantém confiante. 

A primeira estratégia de Golias para derrotar Davi foram as palavras. Golias tentou intimidar Davi dizendo-lhe ameaças com o intuito de amedrontá-lo. Davi, entretanto, não se deixou intimidar e revidou a ameaça. Aquilo que o inimigo lançou contra ele, Davi não internalizou para si, mas retornou para o inimigo. O diabo é especialista em mentir e tentar nos intimidar, mas como Davi temos que ser firmes e não nos submetermos às ameaças dele.

Quando Golias investe contra Davi, ele parte para cima dele primeiro, lançando uma pedra, que foi suficiente para derrubar Golias. Ao ver Golias morto, os demais combatentes fugiram. A arma dos filisteus era Golias. O inimigo sempre irá usar um ponto forte para nos atingir. Quando esse ponto forte é derrubado, os demais que estavam com ele se enfraquecem.

Cada batalha tem muito a nos ensinar. Naquela batalha, Davi enxergou a intervenção do Senhor. 

Deus não nos deu espírito de medo, mas de ousadia. Diante dos gigantes da vida, podemos agir com essa coragem e não nos intimidar, mas avançar contra eles e vencer!

sábado, 3 de julho de 2021

As estratégias de Davi para vencer Golias

 Texto de referência: 1 Samuel 17:31-52


A batalha entre Davi e Golias é bastante conhecida. Um jovem israelita, que decide enfrentar um gigante, ao ver que ele afrontava o exército do seu povo. Quando Davi enxerga Golias, ele não o viu como um homem forte e de estatura anormal, mas ele o vê como alguém que estava lutando contra o próprio Deus, e por isso, não tinha chances de vitória. Mas Davi não encarou essa batalha de qualquer jeito, ele tinha as suas estratégias.

A primeira estratégia de Davi foi relembrar as vezes que o Senhor o ajudou em outras batalhas. Ele se lembrou de que em duas ocasiões um urso e um leão tentaram destruir o seu rebanho, mas Deus o ajudou, fazendo com que ele vencesse aqueles animais. Davi encarou Golias como o leão e o urso os quais ele havia derrotado. Se Deus o havia ajudado a vencer aquela batalha, o ajudaria agora também. O inimigo pode ser grande ou pequeno, fraco ou forte, o mesmo Deus que nos ajuda a vencer uma batalha, não nos ajudará a vencer as demais?

Outra estratégia de Davi nessa batalha foi utilizar as armas que ele dominava para a guerra, que eram o seu cajado e estilingue. É importante batalharmos com as estratégias que nós dominamos e conhecemos. Apesar de não ter sido com o estilingue que ele venceu, pois ele mesmo reconheceu que não é com armas humanas que Deus livra, foram esses instrumentos que o Senhor utilizou para dar a vitória a Davi. As nossas batalhas são vencidas pela fé, mas o Senhor sempre utiliza algum instrumento para operar a partir dele. Cabe a nós pedirmos a Ele sabedoria para termos em mãos os instrumentos certos para o Seu agir.

Mas a principal arma de Davi naquela batalha era a sua fé. Davi mostra ao filisteu que as armas dele não eram humanas. Davi sabia que não venceria Golias com armas humanas, ele estava consciente de que aquela pedra e aquele estilingue por si só não eram suficientes para destruir o gigante. Davi colocou a sua confiança em Deus, certo de que Ele iria intervir de alguma forma naquela batalha, pois a vitória é sempre do povo de Deus. O ato de Davi não foi contando com a sorte, mas com a fé.

A batalha entre Davi e Golias nos ensina que para Deus não existem gigantes. O fraco se torna forte quando o Senhor está do seu lado. Davi não venceu pela sua força, mas porque creu no agir do Senhor. Como Davi também podemos crer que nas maiores batalhas, diante dos mais fortes adversários, se temos o Senhor conosco, poderemos vencer.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Icabô ou Ebenézer: foi-se a glória de Israel ou até aqui nos ajudou o Senhor?

 Textos de referência: I Samuel 4:21; 5:1; 7:11-12


A Arca da Aliança foi um símbolo muito importante na história de Israel. Ela foi instituída por Deus no período em que o povo estava no deserto. A Arca era sagrada e tinha em si a representação da presença de Deus. Mas com o passar do tempo, após a morte de Moisés e Josué, os dois líderes que o povo teve no deserto, os israelitas se desviaram dos caminhos de Deus e começaram a servir falsos deuses. 

Por causa dessas práticas pecaminosas, eles foram entregues nas mãos dos seus adversários e passaram a viver oprimidos. Em uma das batalhas de Israel contra o povo filisteu, a arca de Deus que estava em Ebenézer, território israelita, foi tomada e levada para Asdode, território dos filisteus.

A palavra Ebenézer significa, "Até aqui nos ajudou o Senhor". Podemos assim entender que até aquele momento o Senhor estava com eles, mas a partir daquele momento, não apenas a Arca da Aliança havia ido embora, mas a presença do Senhor também havia se afastado daquele povo.

Essa ideia fica clara quando a esposa grávida do sacerdote que tomava conta da arca, ao saber que ela havia sido levada, sofre as dores do parto e ao nascer o filho, coloca-lhe o nome de Icabô, que significa, "Foi-se a glória de Israel", indicando que o Senhor glorioso já não estava mais com aquele povo.

Alguns meses depois, a Arca volta ao território israelita, mas o povo continua na prática dos seus pecados. Após vinte anos se passarem, o povo, liderado pelo profeta Samuel, se volta ao Senhor, retira todos os deuses estranhos, luta novamente contra os filisteus e os vence. 

E após aquela vitória, como forma de memorial, Samuel coloca uma pedra em determinado lugar, e a chama de Ebenézer. Enquanto o povo estava na prática dos seus pecados, o Senhor não tinha compromisso em ajudá-los, mas quando o coração deles se voltou novamente ao Senhor, eles foram ajudados. O lugar denominado Ebenézer, que marcou a saída da Arca do território israelita, marcou também a ausência da presença de Deus entre eles. Ao se voltarem para Deus, eles puderam experimentar novamente o Ebenézer, pois a presença de Deus estava de volta sobre aquele povo.

Como servos de Deus, o Senhor está conosco enquanto o nosso coração está com Ele. Que o Icabô seja somente a lembrança de um passado, quando o Senhor permitiu que o seu povo fosse entregue nas mãos dos seus adversários, mas que o Ebenézer esteja sempre presente em nossa caminhada.