terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Um vale seco pode se tornar um manancial?

 Texto-base: Salmos 84:5-6


Todos nós passamos por vales áridos, por momentos difíceis, mas a diferença está na forma como vamos enfrentá-los. O texto de hoje nos ensina que é possível passar por um vale árido (seco) fazendo ele virar um manancial, cheio de águas. A pergunta é: como posso fazer isso?

O texto diz que é bem-aventurado aquele que tem a sua força em Deus. Este é o primeiro segredo. Quando a nossa força está em Deus, as dificuldades não são fardos impossíveis de carregar. A força de Deus está em nós e já não nos sentimos fracos diante das dificuldades.

O segundo passo é ter o nosso coração nos caminhos aplanados, o caminho aplanado é aquele em que não há desníveis, é um caminho plano, reto. Andar em um caminho aplanado é andar nos caminhos de Deus, pois só neste Caminho não há sujeira ou pecado. O nosso coração precisa estar neste caminho, isto é, servir a Deus tem que ser de coração, não apenas de palavras.

Se a nossa força está em Deus e estamos servindo a Ele de todo nosso coração, não há dúvidas de que a cruz não será mais tão pesada.

Um vale árido se torna um manancial quando já não o enxergamos mais como uma pedra em nosso caminho. As dificuldades não vêm para nos derrubar, mas para nos fazer crescer em graça diante de Deus. Não é fácil enfrentar dificuldades, mas se extraímos o melhor delas conseguimos enfrentá-las com muito mais facilidade. 

O deserto vem para nos ensinar, mas quanto mais rápido aprendemos as lições deste deserto, mais rápido o enfrentaremos e ele já não nos será tão penoso. Dá para passar por um vale seco e este se tornar uma fonte de água para nós, basta que nos apeguemos em Deus e na sua força!

sábado, 28 de dezembro de 2024

Rebelião de Datã

Texto de referência: Números 16:1-33


Datã era da tribo de Levi, isto é, pertencia ao grupo que servia na Tenda da Congregação. Junto com Datã, se juntaram cerca de duzentos e cinquenta homens que faziam parte do sacerdócio israelita e iniciaram uma rebelião contra Moisés. Eles alegavam que não apenas Moisés e Arão eram santos, mas toda a congregação, isto é, estavam com inveja da forma como Deus lidava com Moisés e Arão e por isso alegavam que eles estavam achando que eram mais santos que os demais.

Em outro motim de rebelião estavam Datã e Abirão, da tribo de Ruben, que se queixavam de terem saído ao Egito apenas para morrer no deserto, e que não viram "nenhuma terra que manava leite e mel".

O castigo enviado por Deus contra os rebeldes foi duro, pois foram engolidos em uma espécie de terremoto, onde a terra se abriu e eles foram tragados vivos.

Mas o que me chama a atenção nessa revolta de Datã, Corá e Abirão é que os revoltosos eram pessoas do centro da comunidade. Os duzentos e cinquenta homens que acompanhavam Corá eram pessoas escolhidas dentre o povo, líderes que, em lugar de estar dando testemunho, estavam causando divisões entre Moisés e a comunidade israelita.

Nesse sentido, é preciso avaliar muito bem aqueles que estão à frente das lideranças eclesiásticas, os quais muitos têm causado divisões e escândalos. Alguns até colocando em descrença lideranças fidedignas e enviadas por Deus, agindo motivados por inveja, querendo ocupar o lugar deles e utilizando para isso métodos sórdidos.

O juízo de Deus sobre aqueles homens foi severo, pois não estavam prejudicando apenas o líder Moisés, mas o povo israelita, e assim, tentando prejudicar o plano de Deus para eles. Que os nossos líderes sejam homens e mulheres alinhados com o propósito de Deus, que busquem caminhar juntos, sem provocar escândalos e divisões na comunidade cristã.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

O estado progressivo do pecado

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Salmos 1:1


Todo homem é pecador, não há nenhum justo na face da terra, entretanto, apesar da nossa natureza pecaminosa, não precisamos nos entregar ao pecado pois o Senhor é um Deus perdoador, que concede misericórdia àqueles que assim clamam.

Ninguém que tenha se entregado ao pecado o faz repentinamente, as práticas pecaminosas vêm aos poucos, até que o indivíduo deixe completamente o temor a Deus.

No Salmos 1, logo no primeiro versículo, encontramos uma descrição que apresenta de forma simples como o pecado pode entrar na vida de alguém.

Quando ele descreve as formas de alguém praticar o mal, ele o coloca numa espécie de degrau:

Andar no conselho dos ímpios: essa atitude refere-se a seguir conselhos errados, passar a ouvir palavras ao vento, ver o mal e não se desviar dele.

Deter-se no caminho dos pecadores: diz respeito a parar para contemplar o pecado ao invés de abominá-lo, achar que é normal determinados tipos de situações.

Assentar na roda dos escarnecedores: quem para a ouvir os maus conselhos e contemplar o pecado, no fim, acaba se aliando a ele. Assentar com escarnecedores é estar no meio da iniquidade, praticando-a sem se lembrar do Senhor.

Não podemos subestimar o poder do inimigo em nos arrastar para o mal. Ele anda ao derredor, bramando como um leão, buscando suas presas. Devemos nos apegar cada dia à Palavra de Deus para que os nossos olhos sejam abertos e assim possamos estar cada vez mais longe do pecado.

domingo, 22 de dezembro de 2024

O poder da delegação de tarefas

 Êxodo 18:21-22 e Atos 6:2-4

Vivemos em uma sociedade centralizadora, onde as pessoas querem dar conta de tudo, fazer tudo sozinhas, aparentar tudo perfeito e a consequência de tudo isso é que estamos vivendo cansados, sobrecarregados, sempre com a impressão de estar fazendo demais.

O oposto da centralização é a delegação. A ideia é que, ao invés de centralizar em nós todas as tarefas, que possamos delegar algumas delas, para que possamos administrar melhor as situações. Essa ideia tem base bíblica e quem nos aponta isso é o livro de êxodo.

Quando Moisés estava no deserto conduzindo o povo à terra prometida, se deparou com a visita do seu sogro Jetro, que ao vê-lo julgando um povo com mais de seiscentos mil pessoas, se espantou com o que estava acontecendo.

Jetro então deu a Moisés o conselho de delegar parte das suas funções, escolhendo alguns líderes e deixando as coisas básicas para que eles pudessem julgar. Moisés cuidaria apenas das coisas complexas.

A instituição dos diáconos na igreja primitiva também nos conduz a uma ideia semelhante, pois os apóstolos ao verem que estavam havendo conflitos na distribuição de cestas às viúvas, escolheram homens para exercerem essa função enquanto eles cuidavam da expansão do Evangelho. 

Deus não fica satisfeito em nos ver sobrecarregados, pelo contrário, Ele nos manda levar a Ele tudo o que nos é pesado. Vivemos em comunidade justamente para que um possa ajudar o outro, dessa forma, é salutar que possamos dividir as tarefas do nosso cotidiano, em todas as áreas, inclusive nas coisas relativas ao nosso ministério.

Delegar é uma atitude sábia, que irá nos trazer mais tempo hábil e nos capacitar para fazermos melhor aquilo que nos foi confiado.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Selo no teu coração

 "Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte”. Cantares 8:6

O primeiro selo do mundo foi criado em 1840. A sua principal função era identificar ao destinatário que aquela correspondência estava paga. Nos tempos bíblicos, o selo servia para marcar objetos, a fim de comprovar a propriedade de alguém sobre ele.

O autor de Cânticos em uma de suas poesias relata um pedido do esposo para que ele fosse colocado como selo no coração de sua amada. Mas ele é ainda mais profundo, pedindo que também fosse colocado como selo nos braços dela.

O selo no coração indicava que o esposo queria que o coração da esposa pertencesse a ele. Ele não queria dividi-la com ninguém. Da mesma forma, o Senhor quer que o nosso coração seja completamente d'Ele. Isso não significa deixar de amar as pessoas ao nosso redor, mas dar a importância primária ao Senhor.

O selo no braço indica que o esposo queria que esse pertencimento fosse visível a outras pessoas. Ele desejava que a sua amada declarasse que o seu amor era do esposo.

Perceba a diferença entre os dois membros, enquanto o coração refere-se ao nosso interior, o braço refere-se ao exterior. Pertencer a Jesus não pode ser apenas uma decisão do coração, precisamos exteriorizar a nossa fé a fim de que outras pessoas também possam ser edificadas.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

As dez pragas do Egito e o que elas representaram


As dez pragas que o Senhor enviou contra o Egito para que Faraó libertasse o povo hebreu é sem dúvida um dos fatos mais impressionantes da Bíblia. Mas por que Deus esperou dez pragas para que só então permitisse que Faraó libertasse o povo?

Os egípcios eram um povo muito idólatra, que cultuavam deuses de todas as formas, e, portanto, algumas dessas pragas vieram para desmistificar a crença daquelas pessoas naqueles falsos deuses e mostrar que o Deus de Israel era (e continua sendo) o único Deus verdadeiro.

Águas transformadas em sangue: para os egípcios o Nilo era um rio sagrado, inclusive havia um deus chamado Nilo, que representava a fertilidade. As águas se tornando sangue enfraqueceram a crença deles nestes mitos pagãos.

Rãs: as rãs eram animais sagrados para os egípcios, pois havia uma deusa cujo nome era Hequet, que tinha a cabeça em forma de rã. Eles foram atormentados por esse animal tão venerado por eles, para que entendessem que as rãs não passavam de meros animais.

Pestes nos rebanhos: a vaca era um animal sagrado aos egípcios, uma deusa cultuada pelos egípcios era Hator, representada por uma vaca ou uma mulher com orelhas de vaca e simbolizava a dança e o erotismo.

Gafanhotos e moscas: os egípcios tinham veneração por alguns insetos, que consideravam sagrados, como por exemplo, o escaravelho. Ter moscas e gafanhotos como pragas também era uma forma de demonstrar a fragilidade destes animais.

Escuridão: por três dias os egípcios não viram o sol e ficaram em uma escuridão total em seu país, enquanto nas casas dos hebreus havia luz. Nem mesmo o deus Rá, deus do sol e a maior divindade egípcia pode ajudá-los.

Morte dos primogênitos: por fim, a morte dos primogênitos egípcios, inclusive do filho do Faraó corroborou o poder do Deus verdadeiro que domina sobre tudo, até mesmo sobre a vida e a morte, pois enquanto entre os egípcios havia um funeral em cada casa, os primogênitos dos hebreus permaneceram vivos.

Em meus estudos sobre as dez pragas eu não identifiquei cada praga como uma representação do paganismo egípcio, como alguns estudiosos apresentam, mas certamente foi uma manifestação do juízo de Deus sobre aquele povo por acreditarem em deuses que não tinham poder.

Ainda hoje, quando o nosso coração se inclina à idolatria, o Senhor busca nos mostrar quão frágil pode ser qualquer coisa que tente ocupar o lugar d'Ele em nosso coração.

sábado, 30 de novembro de 2024

Selo no teu coração


Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte”. Cantares 8:6

O primeiro selo do mundo foi criado em 1840. A sua principal função era identificar ao destinatário que aquela correspondência estava paga. Nos tempos bíblicos, o selo servia para marcar objetos, a fim de comprovar a propriedade de alguém sobre ele.
O autor de Cânticos em uma de suas poesias relata um pedido do esposo para que ele fosse colocado como selo no coração de sua amada. Mas ele é ainda mais profundo, pedindo que também fosse colocado como selo nos braços dela.
O selo no coração indicava que o esposo queria que o coração da esposa pertencesse a ele. Ele não queria dividi-la com ninguém. Da mesma forma, o Senhor quer que o nosso coração seja completamente d'Ele. Isso não significa deixar de amar as pessoas ao nosso redor, mas dar a importância primária ao Senhor.
O selo no braço indica que o esposo queria que esse pertencimento fosse visível a outras pessoas. Ele desejava que a sua amada declarasse que o seu amor era do esposo.
Perceba a diferença entre os dois membros, enquanto o coração refere-se ao nosso interior, o braço refere-se ao exterior. Pertencer a Jesus não pode ser apenas uma decisão do coração, precisamos exteriorizar a nossa fé a fim de que outras pessoas também possam ser edificadas.


domingo, 20 de outubro de 2024

Benjamin ou Benoni

O nome pode revelar muito sobre a essência de um indivíduo. Nos tempos bíblicos, as pessoas costumavam dar o nome aos filhos conforme a circunstância que se estava vivendo.

Algumas pessoas receberam nomes que representaram o que aconteceria em suas vidas. É o caso de Noé, cujo significado é "Consolo, alívio", nome dado pelo seu pai indicando que Deus daria consolo ao povo após tanto sofrimento e Josué, que significa Salvação, sendo que mais tarde ele seria o escolhido para conduzir o povo à entrada na Terra Prometida.

Alguns nomes entretanto não possuíam bons significados, como é o caso de Benoni, o segundo filho que Raquel teve com Jacó. Durante o parto da sua segunda gestação, Raquel teve complicações e ao nascer o filho ela deu-lhe o nome Benoni, o qual significa "Filho das minhas aflições". Raquel então morreu e após a sua morte Jacó mudou o nome da criança para Benjamin, que significa "Filho da minha direita". 

Enquanto Raquel nomeou o seu filho de forma que todos os que o chamassem se lembrassem da dor que ele lhe causou, seu pai preferiu dar-lhe um nome que lembrasse a ele da alegria em ter tido um segundo filho com sua amada Raquel.

Foi uma atitude sábia de Jacó em relação a seu filho. Assim como aconteceu com Jacó em relação a Benjamin, Deus também é o Pai com poder de mudar o nosso destino, de sofrimento para alegria, de pecado para redenção, de dor para cura. Que possamos nos apegar a essa verdade e buscar no nosso Pai uma mudança de vida.


quinta-feira, 17 de outubro de 2024

As três aparições de satanás na Bíblia

 Em toda a Bíblia vemos três relatos de conversas de satanás. Nesse texto eu busquei resumir, a partir dos relatos destes textos, a forma como o inimigo costuma surgir.

1a forma: Satanás conversando com Eva

Tenta distorcer o que Deus disse para "puxar" conversa;

Mente dizendo que não morreriam se comessem (a morte aqui referia-se à separação do homem com Deus);

É denominado de serpente.

2a forma: Satanás conversando com Deus

Quem inicia a conversa é Deus;

Satanás tenta incitar a Deus a tocar em Jó;

Satanás não consegue tocar naquilo que Deus não permite;

É denominado satanás.

3a forma: Satanás conversando com Jesus no deserto

Tenta confundir Jesus se de fato Ele é o Filho de Deus;

Tenta seduzir Jesus a buscar glória própria;

É denominado tentador.




sábado, 5 de outubro de 2024

Algumas lições aprendidas com o jardim do Éden

Texto de referência: Gênesis 2:4-17


O jardim do Éden foi um local criado especialmente para Adão e Eva, para que eles tivessem um local específico para viver. Deus ainda não tinha feito árvores e plantas na terra, mas no jardim Deus criou árvores frutíferas para alimentar o homem e a mulher.

E não foram quaisquer árvores, mas de todos os tipos e das mais belas e frutíferas. Além das árvores, Deus criou um rio para regar o solo e provavelmente saciar a sede humana. Tudo isso para duas pessoas, porque eles eram a melhor feitura de toda a criação.

O jardim do Éden nos ensina que aquilo que Deus preparou para nós é nada menos que o melhor. Deus fez a melhor habitação para Adão e Eva, e para nós não é diferente. Ele quer nos dar o melhor desta terra, afinal tudo é para nós.

Todavia, percebemos também que Deus colocou regras naquele lugar. Primeiro, o homem deveria cultivar e guardar o jardim. Isso significa que ele deveria ter atitudes para manter belo e protegido o lugar. Aprendemos com essa ordenança que aquilo que Deus nos deu está sob nossa responsabilidade, sendo que nós devemos zelar para não perder. Isso diz respeito à nossa casa, nossa família, nosso trabalho e tudo o que estiver sob nosso uso.

A segunda ordenança era que não poderiam comer de dois tipos de árvores que haviam ali: a árvore da vida e do conhecimento do bem e do mal. Deus poderia colocar essas árvores em outro local, mas por que deixou elas bem no Éden, onde moravam o homem e a mulher? Para que eles aprendessem a obedecer e reconhecer a soberania de Deus. Apesar do Éden ser para eles e terem recebido o melhor lugar, Deus continuava sendo o dono e criador de tudo e deveria ser obedecido como Senhor.

Tudo o que Deus nos dá é para o nosso deleite, mas não pode ser um objeto de idolatria ou possessão. Tudo é d'Ele, e a obediência a Deus está acima de qualquer coisa ou situação. 

Por terem desobedecido, Deus os expulsou do jardim e nenhum homem jamais voltou a pisar aquele lugar (Gênesis 3:23-24). Assim acontece quando não valorizamos aquilo que Deus nos dá ou não damos glória a Ele por isso. Corremos o risco de perder .

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Fazendo morrer a carne para que o espírito seja vivificado

 Texto de referência: 2 Coríntios 4:10-18


A dicotomia entre corpo e espírito é algo presente em diversas partes da Bíblia. Nesta parte das Escrituras, encontramos o apóstolo Paulo abordando sobre os desafios presentes em se fazer morrer aquilo que é carnal. Segundo ele, o verdadeiro apóstolo leva em seu corpo o morrer de Jesus, esperando ver a vida d’Ele manifesta neste corpo mortificado.

Existe aqui então uma comparação entre a morte e a vida, entre corpo e espírito, entre as coisas desta vida e as da eternidade. Quando o nosso corpo morre para Jesus, a vida d’Ele se manifesta em nós. 

Esse morrer externo faz com que o nosso exterior se desvaneça, entretanto, faz com que o nosso interior se fortaleça e se renove diariamente, afinal, o foco do apóstolo não estava no que se via, o qual possui caráter temporal, mas no que não se via, pois este último era eterno.

O que percebemos aqui é que, quando fazemos morrer o nosso corpo, na verdade estamos nos enchendo de vida. Todavia, deixar a carne de lado não é fácil, afinal, somos frequentemente tentados a satisfazê-la, deixando de lado o espírito.

Deveria ser o contrário, afinal, as coisas dessa vida são temporais, enquanto as coisas eternas são o que de fato vão prevalecer. Deus espera de cada ser humano esse entendimento, de que quando abrimos mão da carne, abrimos espaço para Deus trabalhar em nosso interior. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Reconciliação e justificação


A vinda de Cristo nessa terra sem dúvida foi um presente para todos nós. Aprendemos muito com Jesus, o Deus que se encarnou para nos ensinar a viver melhor. Mas a principal missão de Jesus aqui foi a de morrer por nós na cruz do Calvário.

Essa morte nos trouxe duas dádivas, de graça, que são a reconciliação e a justificação.

A justificação é um termo judicial que vem do grego e significa "declarar justo". Isso significa que a nossa justificação indica que perante Deus fomos considerados perdoados pelos nossos pecados. Através de Jesus, Deus abonou as nossas culpas e rasgou a cédula de dívida que tínhamos com Ele. Mas isso não foi de graça, o preço foi a própria vida de Cristo. Ele carregou sobre si os nossos pecados e por isso fomos justificados.

A segunda dádiva é a reconciliação. Quando o homem pecou no jardim do Éden, isso trouxe uma separação entre Deus e o homem. Deus estava muito perto do homem, todos os dias eles se encontravam na viração do dia, mas a partir do pecado, com a expulsão do homem do Éden, o jardim de Deus, o pecado gerou separação entre Deus e o homem.

Era preciso então reconciliar. E a ponte para essa reconciliação foi Jesus. Quando Ele deu a sua vida naquela cruz em favor de todos nós, o véu que causava separação foi rasgado e fomos reconciliados com Deus.

Como filhos de Deus, podemos desfrutar de todas essas bênçãos, a justificação e a reconciliação.


sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O propósito dos milagres

Texto de referência: João 9:1-38


Dentre as diversas curas que Jesus realizou, Ele operou na vida de um homem cego de nascença. Não se sabe a idade dele, mas a Bíblia relata que ele era adulto. Para a cura dele, Jesus utilizou uma pequena lama resultante da mistura da sua saliva com a terra. Colocou essa mistura nos olhos do cego que imediatamente ficou curado.

Esse milagre gerou muita polêmica entre os fariseus, que por inveja criticavam a Jesus utilizando a desculpa de ser dia de sábado. Após longa discussão entre os judeus e o cego, Jesus o encontra e pergunta a ele:

"Crês tu no Filho de Deus?" (v.35).

Ele então perguntou a Jesus quem era Ele para que cresse. Jesus então responde:

"Já o tens visto, e é o que fala contigo."

Perceba que Jesus diz ao cego que ele estava vendo o próprio Filho de Deus.

Qual era o sentido do homem que havia sido curado? Justamente a visão, a qual agora possibilitava ao cego ver Jesus.

Isso dá total significado ao milagre que acabava de ser operado. Jesus curou o cego e agora com os olhos curados ele podia ver Jesus. Os nossos milagres não são em vão, mas são a estratégia de Deus para que conheçamos mais d'Ele. Quando Deus faz o impossível em nós é para que conheçamos o seu poder, não apenas para o nosso bem estar físico, mas também espiritual. Milagres devem nos aproximar mais de Deus, seja trazendo salvação para uma alma perdida ou intimidade com Deus, para aqueles que já são salvos.

O problema de algumas pessoas é que elas querem somente o milagre, mas não querem Aquele que operou o milagre. Através dos milagres, Deus quer agir por nós, para que depois Ele possa agir em nós. Basta que possamos abrir o coração como o cego fez. Naquele dia aquele cego não recebeu apenas a visão, mas recebeu também a oportunidade de ver o próprio Deus, através de Jesus.

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

A cura do paralítico do poço de Betesda

Texto de referência: João 5:1-18


A Bíblia nos conta uma história acerca de um homem que por trinta e oito anos sofria de paralisia nas pernas. Ele não andava, e por isso vivia sempre deitado em uma maca. Com a esperança de ser curado, ele se mudou para a beira de um tanque de água, onde as pessoas diziam que de tempos em tempos passava um anjo e balançava as águas. O primeiro indivíduo que mergulhasse naquela água após o balanço pelo anjo ficaria curado de qualquer enfermidade que tivesse.

E por esse motivo, ao redor do tanque se reuniam muitos doentes, com a esperança de serem curados. Em certa ocasião, Jesus vai até aquele poço, aparentemente para curar exclusivamente aquele homem. Ao chegar até ele e lhe perguntar se ele queria ser curado, o paralítico não responde a pergunta, mas começa a se lamentar dizendo:

"Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim". João 5:7

Perceba que ao invés de buscar resolver o seu problema, o homem estava apenas se vitimizando, tentando explicar porque ele estava assim até aquele dia.

Jesus não dá ouvidos às suas reclamações, apenas lhe diz: 

"Levanta-te, toma o teu leito e anda". João 5:8

Jesus não está interessado em saber porque nossos problemas ainda não foram resolvidos, Ele quer apenas resolvê-los. Se vitimizar não ajuda a resolver nossos dilemas, apenas amplia-os. Apesar de estar diante de Jesus, o paralítico não o enxergava como aquele que iria curá-lo, mas apenas como mais um em quem ele iria derramar suas lamentações.

Precisamos olhar para Jesus e para o seu poder, crendo que aquilo que é impossível a nós Ele pode resolver. Ao invés de dirigir a Ele as nossas lamentações, precisamos orar com fé de que Ele irá solucionar os nossos problemas. Jesus não é apenas um ombro amigo que ouve os nossos sofrimentos, Ele é o poder que nós precisamos para resolver as nossas dificuldades, mesmo que o nível delas seja o do impossível.

Naquele dia o paralítico saiu daquele tanque caminhando com as próprias pernas, porque Jesus não perdeu tempo ouvindo seus murmúrios, mas usou seu tempo curando-o. É isso que Ele também pretende fazer em nós.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

O poder da rendição


Textos de referência: Mateus 15:21-28 e Marcos 7:24-30


Como cristãos ouvimos muito falar sobre a adoração, e quando nos vem essa palavra à mente logo lembramos de músicas, ou de palavras como “Aleluia”, ou então de mãos levantadas. Todos esses elementos podem ser expressões de adoração a Deus, mas também podem ser apenas gestos se não forem feitos de coração.

A verdadeira adoração a Deus está na nossa rendição a Ele. Adoramos a Deus quando nos rendemos, quando reconhecemos a nossa condição de fracos, pobres de espírito, pecadores e nos submetemos à sua graça para nos ajudar, nos salvar e nos perdoar. Quando reconhecemos que não temos o controle de uma situação difícil, mas que temos um Deus que possui esse controle.

Muitas vezes pensamos porque não temos alcançado ainda o favor do Senhor em alguma área que há tanto tempo temos clamado, orado, jejuado, e talvez o nosso milagre ainda não tenha chegado porque ainda não fizemos uma pequena coisa: nos rendido verdadeiramente a Deus.

O texto de hoje nos fala sobre uma mulher grega, das regiões de Tiro e Sidom, portanto, estrangeira, mas que mesmo distante dos territórios de Israel ouviu falar e creu no poder de Jesus. O problema daquela mulher era sua filha: estava terrivelmente endemoninhada. Não se sabe quanto tempo aquela mulher passava por aquela aflição, mas era tempo suficiente para que ela estivesse desesperada, a ponto de ao saber que Jesus estava em seu território, sair gritando atrás dele, clamando por sua ajuda.

Mas, o milagre aconteceu quando aquela mulher se prostrou a Jesus e O adorou. Ela se rendeu a Ele, se submeteu ao Seu poder, e mesmo Jesus parecendo ser ríspido com ela, a mulher mostrou a Ele que cria que o poder d'Ele era suficiente para agir independentemente de sua territorialidade e que sabia que a misericórdia de Jesus alcançava a todos, independente de seu passado ou de seus erros.

O demônio saiu de sua filha, mas não precisou Jesus mandar uma palavra de repreensão como o fez em outras vezes. O próprio Jesus disse que pelas palavras daquela mulher ela já poderia ir, pois o demônio já havia se retirado. Não pela palavra, mas pela atitude por trás daquela fala. Pela atitude de rendição, de reconhecimento do poder de Deus.

A mulher provavelmente não disse a Jesus “Aleluia” quando o adorou, ela se rendeu com a sua atitude, com a sua fé de que havia poder em Jesus, com a sua atitude de se prostrar mesmo Ele não tendo respondido inicialmente seu clamor. Ela se entregou de coração a Jesus, e o milagre na vida dela foi inevitável!


sábado, 27 de julho de 2024

Reflexões sobre a parábola dos dois filhos

Texto de referência: Mateus 21:28-32


Certa vez Jesus contou a seguinte parábola: um homem tinha dois filhos. Veio até um e lhe pediu para trabalhar em sua vinha, ele disse que ia mas não foi. Ao segundo filho ele fez o mesmo pedido. Este disse que não ia, mas depois se arrependeu e foi. Por fim, Jesus concluiu que no fim das contas quem fez a vontade do pai foi o segundo filho.

Nesta parábola Jesus condena os judeus religiosos pela hipocrisia destes, comparando-os ao primeiro filho, dizendo que eles afirmavam fazer a vontade de Deus, quando na verdade eles não faziam.

Em contrapartida, muitos pecadores como os cobradores de impostos e as prostitutas, apesar de começarem no pecado, se arrependeram e passaram a fazer a vontade de Deus.

O que vale para Deus é a nossa decisão final. No dia do juízo não vai contar como começamos a nossa caminhada, mas como nós terminamos. Não adianta iniciar servindo a Deus e depois parar, também não adianta dizer que serve a Deus quando na verdade o coração está cheio de maldade, mas será salvo aquele que, mesmo tendo começado no erro, se arrepender e terminar a sua vida servindo a Deus.

Não adianta viver uma vida cristã de aparências, pois um dia tudo será trazido à luz (Lucas 12:2). Aqueles que dizem servir a Deus e não o fazem serão condenados, mas aqueles que reconhecerem os seus pecados e se afastarem deles receberão a vida eterna (Provérbios 28:13).


sábado, 13 de julho de 2024

O reino dos céus segundo Mateus


No decorrer das Escrituras, Jesus usou vários comparativos para ensinar aos seus seguidores o que era o reino dos céus. O livro de Mateus apresenta muitas, ou talvez a maioria delas. Neste texto, tais passagens foram listadas de forma resumida e referenciada para uma melhor compreensão.

Tesouro escondido no campo (Mateus 13:44): não é algo visível, nem todos o encontrarão, mas aqueles que o encontrarem terão consigo um tesouro.

Pérola de grande valor  (Mateus 13:46): é algo valioso, mais do que tudo ao qual estamos acostumados. Vale a pena abdicar de tudo por ele.

Fermento que se coloca na massa (Mateus 13:33): penetra em nosso interior e nos transforma por completo.

Grão de mostarda (Mateus 13:31-32): como uma semente plantada, ele cresce visível em nós, abençoando também aqueles que estão ao nosso redor.

É uma semente (Mateus 13:24): é semeada em nós, mas cabe a nós fazermos ela frutificar. Do contrário, essa semente será tragada ou desperdiçada.

Joio e trigo (Mateus 13:24-30): apesar do reino ser de Deus, muitos tentam dissimuladamente parecer pertencer a ele, mas o Senhor conhece os que são seus, e no final dos tempos todos os falsos crentes serão desmascarados e restarão no Reino dos céus apenas os que de fato servirem ao Senhor.

Rede que foi lançada ao mar (Mateus 13:47-50): o Senhor convida todos a participarem do seu reino, como uma grande rede que apanha todo tipo de peixes. Mas o Senhor não deixará os maus fazendo parte do Seu reino. Se eles não mudarem, serão excluídos do reino dos céus.

Trabalhadores assalariados (Mateus 20:1-16): Deus nos convida a trabalharmos no seu reino, e todos, mesmo aqueles que entrarem nele no final da vida, receberão a mesma recompensa: a vida eterna.

Bodas (Mateus 22:1-14): o reino dos céus é como uma grande festa, onde todos são convidados. Todavia, ser convidado não significa entrar, para isso acontecer, é necessário andar em santidade.

Dez virgens que se preparavam para as núpcias (Mateus 25:1-13): existe um preparo para entrar no reino dos céus, e só aqueles que se prepararem de forma adequada, vivendo com unção e autoridade (óleo) estão aptos a entrar nele.

Rei que fará acerto de contas (Mateus 18:23-35): existe uma dívida nossa com Deus que jamais poderia ser paga por nós. Mas Jesus veio quitá-la. O pagamento não foi feito com recursos materiais, mas com a Sua própria vida.

Esses são os comparativos que o Senhor usa do reino dos céus a partir do livro de Mateus.


sexta-feira, 12 de julho de 2024

O reino dos céus


Texto de referência: Mateus 13:44-46


Durante o seu tempo aqui na terra, Jesus nos deu alguns ensinamentos acerca do reino dos céus. Em dois deles, Jesus O compara a algo de grande valor. 

Em seu primeiro ensinamento, Jesus diz que o reino dos céus é semelhante a um tesouro que estava escondido no campo, que alguém achou e comprou todo aquele campo para ficar com o tesouro.

Na segunda comparação, Jesus diz que o reino dos céus é semelhante a uma pérola de grande valor, que é encontrada por um caçador de pérolas valiosas, o qual vende tudo o que tem para comprá-la.

Em ambos os ensinamentos, uma expressão chama a atenção, "vende tudo o que tem", seguido de "compra".  Nas duas situações, ambos os indivíduos venderam tudo o que possuíam para comprar aquilo que era denominado o reino dos céus, no primeiro caso o tesouro no campo e no segundo caso a pérola.

Eles abriram mão do que tinham por algo de maior valor. A dinâmica do reino dos céus é essa, deixarmos tudo o que é desta terra de lado em troca daquilo que vem dos céus. E isso não significa viver alienados, sem desfrutar da vida terrena, mas reestruturar a ordem de importância das coisas, colocando Deus em primeiro plano.

Essa não é uma palavra simples de ser praticada, especialmente para nós que nos apegamos com facilidade às coisas terrenas, mas a despeito de toda dificuldade, se o reino dos céus é para nós algo de grande valor, deve ser esse o nosso foco.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Reflexões sobre o joio e o trigo


Texto de referência: Mateus 13:24-30


O joio é uma planta de características muito semelhantes ao trigo, que só pode ser diferenciado deste quando está na fase adulta. Jesus contou aos seus seguidores acerca de uma parábola do joio e do trigo, onde em uma plantação de trigo o joio foi semeado enquanto os funcionários dormiam. Quando cresceu a plantação, os trabalhadores perceberam a infiltração do joio e queriam cortá-lo, mas o dono da plantação ordenou que o joio fosse retirado apenas na época da colheita, para que eles não arrancassem, equivocadamente, o trigo também. Essa parábola nos traz algumas reflexões.

Sabendo que a plantação é o reino de Deus, o joio são as pessoas usadas pelo maligno e o trigo são os filhos de Deus, podemos perceber que existem ambos os tipos de pessoas na obra de Deus. Distinguir o joio sozinho pode ser fácil, mas em meio ao trigo ele se mistura.

É fácil identificar pessoas perversas no mundo, mas no meio do povo de Deus elas se camuflam de uma tal forma que até parecem servir a Deus. E, por isso, essa classe de pessoas são comparadas ao joio, porque, assim como no reino, no meio da plantação, apenas se observarmos de perto, sabemos diferenciar o joio.

Outra consideração é que a separação das plantas foi feita apenas na colheita, isto é, na volta de Jesus, para que os funcionários, identificados por Jesus como os Seus anjos, não confundissem e jogassem fora trigo, achando que era joio.

Perceba que o perigo não era confundir joio achando que era trigo, mas o contrário. Tem muito trigo no Reino que pode ser confundido com joio, talvez por ter uma maneira não convencional de fazer coisas que para alguns devem ser feitas da forma "padrão".

Muitas pessoas que algumas vezes julgamos mal nesta Terra estarão no céu, pois muitos julgamentos feitos não são de acordo com a Palavra, mas conforme nossos padrões humanos de justiça. Joio não é trigo, religião não é o Reino de Deus. Saber distinguir isso faz parte da Sabedoria do Reino.



quinta-feira, 4 de julho de 2024

O mar estava revolto, entretanto, Jesus dormia.


Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança. Mateus 8:23‭-‬26 


O relato de uma tempestade narrado por Mateus nos conta que os discípulos estavam no barco com Jesus quando de repente uma grande tempestade se levantou. Uma tempestade é algo terrivelmente assombroso, entretanto, Jesus dormia. É esse o advérbio que Mateus utiliza para descrever a atitude de Jesus em meio ao caos: entretanto.

O advérbio entretanto dá uma conotação de contraste ou divergência com a ideia anterior. O fato anterior à palavra é a narrativa de que uma grande tempestade se levantou. Mateus utilizou esse advérbio porque certamente dormir em um barco no meio de uma tempestade não é algo que se espera de alguém. Entretanto, Jesus dormiu.

Descansar em meio às intempéries da vida é o que Jesus requer de nós. Enquanto o mundo desespera, espera-se que o crente tenha uma atitude de calma, sabendo que se Jesus está à frente de sua vida, nada está fora do controle d'Ele.

Jesus tinha total controle sobre aquela tempestade, por isso Ele dormia. 

Todavia, os discípulos não entendiam dessa forma. Ao verem Jesus dormindo os discípulos O acordaram e questionaram a atitude do Mestre, chegando a dizer que eles estavam perecendo. Para a atitude dos discípulos, Mateus utiliza o advérbio Mas, que tem significado semelhante a entretanto e também indica oposição à ideia anterior. Isso significa que os discípulos se opunham ao fato de Jesus dormir, não porque eles não queriam que Jesus dormisse, mas porque eles não entendiam como Jesus podia ficar tão tranquilo em meio a uma situação aparentemente tão desesperadora.

Todas as vezes que enfrentamos uma tempestade em nossa vida, podemos ter a certeza que Jesus não está no céu preocupado e sem saber o que fazer. Ele está tranquilo, pois não perdeu e jamais perderá o controle sobre qualquer acontecimento.

Como Jesus disse aos discípulos ao ser acordado, Ele também quer saber de nós onde está a nossa fé. Ele não nos quer tímidos, mas crentes. Quando esta for a nossa atitude, podemos estar certos de que os ventos serão acalmados, a tempestade desaparecerá e virá grande bonança. Ele continua o mesmo e jamais desampara aqueles que são seus.


segunda-feira, 1 de julho de 2024

É tempo de nos lembrar da misericórdia do Senhor


Texto de referência: Jeremias 3:1-40


O texto de hoje nos fala sobre o profeta Jeremias e um grande tempo de aflição em que ele estava vivendo. Entre os versículos 1 ao 19, o profeta apenas lamenta a situação em que estava vivendo. No versículo 20, ele relata que continuamente se recordava dos seus sofrimentos, e que a cada vez que isso acontecia, ele se abatia ainda mais.

Mas, surpreendentemente, a partir do versículo 21 o profeta demonstra uma atitude diferente. Talvez ele tenha entendido que viver olhando para o sofrimento do passado só aumentava a sua dor, então ele começa a trazer à sua mente apenas o que lhe podia trazer alguma esperança em meio aquela difícil situação.

E assim, nos próximos versículos o profeta começa a contemplar as misericórdias de Deus. Jeremias começa a entender que Deus tem para cada um de nós grande porção de misericórdia (v.22), fidelidade (v.23) e bondade (v.25).

Ele também começa a enxergar que o melhor é esperar no Senhor, descansar, em silêncio, isto é, sem murmurar ou questionar o porquê das aflições que lhe sobrevinham. Ele entende que o Senhor permite provações (v.28 e v.38), mas que essa condição não será para sempre, pois em algum momento o Senhor mudará essa situação.

Ele também percebe que as provações são parte da vida de todo ser humano (v. 27), mas que Deus não vê o sofrimento humano com alegria e que murmurar ou questionar não chega a nenhuma resposta (v.39).

Talvez em sua vida não tenha sido diferente, você tem vivido de passado, se lamentando pelas suas aflições e questionando continuamente a Deus. Mas, como o profeta, é preciso ter uma atitude diferente. É preciso se levantar, e ao invés de murmurar, começar a colocar esperança em sua mente e palavras, aprender a verdadeiramente descansar e crer que em algum momento o Senhor agirá. Quando aprendemos a descansar em Deus, suportamos com mais leveza as dificuldades, e quando vemos, o tempo da provação acaba. Saímos dela mais fortes, menos temerosos e mais próximos de Deus.


quarta-feira, 26 de junho de 2024

Seja visto, mas não se exiba


Texto de referência: Mateus 5:14-16; 6:1-18


No sermão do monte, um dos maiores ensinamentos de Jesus, Ele mostrou aos seus seguidores as atitudes que Deus espera de nós frente a diversas situações. Em suas palavras, Jesus alertou sobre o perigo do exibicionismo dos seus discípulos.

Ele alertou sobre evitar praticar atos apenas para ser visto pelos homens. Esses conselhos incluíam dar esmolas, orar e jejuar. Tudo isso deveria ser feito de forma discreta, com o coração voltado para Deus, não com a intenção de ser visto pelos homens.

Entretanto, pouco antes desses ensinamentos, Jesus disse aos seus discípulos que eles eram a luz do mundo, e que essa luz não poderia ser escondida, mas deveria brilhar diante de todos os homens.

Parece contraditório Jesus dizer aos seus seguidores que eles não deveriam se exibir, mas ao mesmo tempo dizer que não deveriam se esconder. Na verdade, o que Jesus queria dizer é que eles deveriam brilhar a luz de Deus existente dentro deles e não tentar mostrar os seus próprios atos.

Muitas vezes queremos agir por conta própria, mostrando nossos próprios atos de justiça, pensando que assim poderemos mudar o coração de alguém. Outras vezes a intenção é a autopromoção, buscando chamar a atenção das pessoas para nós mesmos, utilizando para isso o Evangelho.

Não podemos nos esconder, mas também não podemos nos exibir. Precisamos mostrar ao mundo aquilo que eles precisam ver, o Evangelho da Salvação, afinal, não é nada sobre nós, é tudo sobre o poder de Deus

domingo, 9 de junho de 2024

O que você está disposto a deixar por Jesus?

Texto de referência: Mateus 4:18-22


Quatro dentre os doze discípulos de Jesus trabalhavam com pesca. Enquanto Pedro e André eram pescadores, Tiago e João trabalhavam junto com o pai em uma empresa de pescaria.

O chamado de Jesus para que eles fossem seus discípulos é relatado em três evangelhos: Mateus, Marcos e João. Para Pedro e André, Jesus os chamou enquanto pescavam e prometeu-lhes que eles seriam pescadores de homens.

Para Tiago e João, não há descrição de detalhes acerca deste chamado. Entretanto, ambos os irmãos deixaram tudo e seguiram Jesus. Pedro e André largaram as redes, Tiago e João largaram o barco e o pai e foram após Jesus. Os primeiros largaram a profissão, os dois últimos deixaram para trás a empresa de pesca e a família. Isso não significa que eles pararam de trabalhar ou desprezaram seus familiares, mas o intuito do texto ao dizer que largaram algo é no sentido de dizer que eles deixaram para trás os sonhos deles para se dedicarem ao propósito de Jesus.

O texto de hoje, relatado em Mateus, tem por título "A vocação dos discípulos". A partir do que meditamos fica mais nítido o motivo desse título. De fato, a nossa vocação enquanto discípulos é abandonar o nosso ego para viver o chamado do Evangelho.

Não se trata exclusivamente de abandonar coisas materiais, mas de abandonar o nosso próprio "eu", renunciar a nós mesmos e diariamente segui-Lo.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Como o fogo do ourives e o sabão das lavadeiras

Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. Malaquias 3:2


Embora nada se compare ao Senhor Jesus, existem muitas formas relacionadas que são atribuídas ao Senhor em Sua Palavra. Em uma delas o profeta Malaquias assemelha o Senhor a um fogo do ourives ou a um sabão (potassa em outras traduções) de lavadeiros.

Para compreendermos a primeira expressão, precisamos entender como funciona o trabalho do ourives. Um ourives é alguém que trabalha na confecção de joias a partir de metais nobres, como prata e ouro.  A grosso modo, o ourives precisa purificar a prata ou o ouro submetendo-o a altas temperaturas, a fim de extrair o metal e retirar as impurezas.

Agora podemos compreender com mais facilidade o motivo de Jesus ser relacionado a um fogo do ourives, pois Ele veio para nos purificar a fim de que em nós reste apenas aquilo que é bom, e que toda impureza seja retirada.

De semelhante modo, o sabão é o item que a lavadeira usa para alvejar as roupas. A água é muito importante, mas sozinha não tem a capacidade de retirar a sujeira. Essa função é do sabão que possui as propriedades químicas necessárias para quebrar as moléculas da água e penetrar na roupa, realizando o processo de lavagem.

Assim como o sabão na mão do lavadeiro, Jesus veio para limpar o nosso interior de toda sujeira. Esse ato foi consumado através da cruz do Calvário, pois ali Ele pagou o preço por nossos pecados, rasgou a nossa dívida e passamos a ser justificados. Foi pelo sacrifício de Jesus que fomos perdoados, ficando, dessa forma, limpos da sujeira que o pecado causava em nós.



quarta-feira, 5 de junho de 2024

Não é castigo, é treinamento


Em algum momento da nossa vida as provas vêm. Seja qual for o indivíduo, não importa a classe social, a religião, o partido político, a idade, as crises sempre surgem. O deserto é inevitável. Mas junto com as adversidades, costumam vir também os questionamentos sobre os motivos pelos quais as enfrentamos.

E uma das principais suposições acerca do porquê enfrentarmos crises é o castigo de Deus. É um dos primeiros pensamentos que temos é que estamos sendo castigados por Deus por termos feito algo errado. Esse julgamento pode vir tanto dos outros quanto de nós mesmos.

Talvez essa ideia surge porque é muito popular a noção de um Deus irado e vingador. E essa falsa ideia é advinda de contos e histórias lúdicas sobre deuses da mitologia grega, que agiam exatamente dessa forma. Acontece que o nosso Deus não é o retrato desses deuses mitológicos. Deus é amor, e, claro, isso não o isenta de ser um Deus vingador ou que permita as consequências dos nossos erros. Ele mesmo diz isso em Sua Palavra.

Entretanto, mesmo através do castigo, Deus te age com amor, exercendo um propósito que irá contribuir em algo para nós. O castigo na maioria das vezes produz em nós frutos de arrependimento e de crescimento. E assim ousamos dizer que aquilo que chamamos de castigo na verdade é um treinamento.

Deus não nos pune, Ele nos ensina. Se estamos enfrentando qualquer problema e estamos achando que isso é um castigo de Deus, hoje podemos descansar na certeza de que Ele não deixou de nos amar, e que ainda que Ele permita que enfrentemos consequências de qualquer dos nossos erros, isso não é para nossa destruição, mas para o nosso crescimento. Quando aprendemos com os erros nos tornamos mais fortes, mais resilientes, mais crentes.



segunda-feira, 27 de maio de 2024

O que temos levado ao altar do Senhor?


Texto de referência: Malaquias 1:6-14


O livro de Malaquias traz em um de seus trechos uma repreensão severa aos sacerdotes. Escrito após o período do exílio, já na existência do templo novo, os sacerdotes não estavam reverenciando da forma correta o Templo do Senhor.

O profeta denuncia esse pecado, dizendo que os sacerdotes estavam considerando a mesa do Senhor como algo desprezível, pois mesmo tendo animais sadios em seus rebanhos ofereciam animais deficientes, uma prática proibida pela Lei. 

Apesar disso, viviam a suplicar ao Senhor o favor e a graça d'Ele. Deus, entretanto, salienta que as ofertas que eles faziam eram em vão, e que na verdade, não era eles que desprezavam ao Senhor, mas Ele é que desprezava aquelas ofertas.

O altar do Senhor é santo. Como o próprio nome diz, ele pertence ao Senhor e por isso o que nele for oferecido deve ser objeto de culto e reverência a Deus. Quando isso não é feito, traz-se maldição sobre aquele que oferece.

Dessa forma, convém refletirmos sobre o que temos colocado ou como estamos nos portando no altar do Senhor, a fim de não corrermos o risco de dar a Ele sacrifícios impuros, atitude que demonstra desprezo e apatia por Deus. Ele nos dá o melhor, portanto, importa que ofereçamos a Ele também o nosso melhor.



domingo, 26 de maio de 2024

Adorar em meio a dor


Texto-base: II Samuel 12:16-23


O rei Davi é exemplo de um grande adorador. Apesar de ser conhecido por louvar a Deus com instrumentos, festejar e até mesmo dançar na presença do Senhor, Davi também nos ensina a adorar a Deus em meio a dor.

O conhecido adultério de Davi com Bate-Seba deu origem a um filho. Antes mesmo da criança nascer, Deus já havia revelado a Davi por meio do profeta Natã que ela morreria. Ao nascer, a criança adoeceu gravemente, ficou sete dias doente e depois morreu.

Enquanto estava doente, Davi  se prostrou diante do Senhor, orou, chorou e não quis comer. Ele se humilhou diante de Deus a fim de salvar a vida de seu filho. Mas após a morte da criança, vendo Davi que o juízo de Deus já havia sido executado, tomou banho, trocou suas vestes e entrou na Casa do Senhor para adorá-Lo. A Bíblia não diz que ele entrou na Casa do Senhor para agradecer a morte de seu filho, mas para adorar a Deus.

Adoração significa rendição. Davi sabia que o que estava acontecendo era parte do plano permissivo de Deus, e que ele como homem não poderia mudar os planos do Altíssimo. Não é fácil adorar a Deus em meio a dor da perda de um filho, mas Davi nos deixa um grande exemplo.

Adoramos a Deus em meio a dor quando reconhecemos que de nós mesmos nada podemos, e que se entregarmos a Ele a nossa dificuldade, Deus estará cuidando de tudo da melhor maneira. Deixamos de adorar a Deus quando o tempo todo questionamos o porquê das adversidades ou quando tentamos a todo custo controlar por nós mesmos a situação.

Em meio a dificuldade, quando nos prostramos diante de Deus para reconhecer que por mais que aquela situação não seja o que queremos, mas que confiamos que Deus está no controle dela, reconhecemos a grandeza e a soberania de Deus sobre todos os acontecimentos da nossa vida.

Jó só obteve a restituição de tudo o que perdeu quando reconheceu que Deus tudo pode e que nenhum dos seus planos podem ser frustrados, isto é, Jó reconheceu que apesar de parecer que ele estava abandonado, Deus estava no controle de toda aquela situação.

Adorar a Deus em meio a dor não é fácil, mas é um passo necessário que indica que crescemos espiritualmente e que cremos que a dor faz parte de algum momento da nossa vida, e que mesmo nesses momentos difíceis Deus não nos desamparará!