segunda-feira, 31 de maio de 2021

A passagem do rio Jordão

 Texto de referência: Josué 3


Após a morte de Moisés, Josué toma a liderança do povo de Deus para conquistar a Terra Prometida.  Era chegada a hora deles alcançarem a promessa dita desde o patriarca Abraão. Essa missão não seria fácil, mas a vitória já estava garantida, pois ao lado deles estava o Senhor.

Um dos primeiros obstáculos enfrentados no limiar da terra foi a passagem pelo rio Jordão. Eles precisavam atravessá-lo para conseguirem chegar até a cidade de Jericó, o primeiro território a ser enfrentado. O problema é que o rio estava cheio. Eles já haviam passado por uma situação semelhante, no episódio do Mar Vermelho. Naquela ocasião, eles se desesperaram achando que morreriam, mas Deus ordenou a Moisés que estendesse o seu cajado sobre o mar, para que ele se abrisse.

E agora novamente Deus vem ao encontro daquele povo. Dessa vez a ordem do Senhor foi para que a Arca da Aliança fosse na frente, e quando os sacerdotes que carregavam a arca tocassem os pés no rio, ele também se abriria. Ao obedecerem a ordem de Deus o rio se abriu e todos passaram. Os sacerdotes ficaram dentro do rio Jordão até que todo o povo passasse.

A passagem do povo de Israel pelo rio Jordão nos ensina muitas coisas acerca do agir de Deus. As batalhas da nossa vida podem até serem semelhantes, mas jamais serão as mesmas. Em cada situação o Senhor nos conduz de uma maneira. Mas uma coisa é igual para todos os que crêem: a vitória. Se confiarmos em Deus, não importa o tamanho ou o tipo da batalha, Deus nos conduz em vitória perante todas elas.

Além disso, cada batalha é uma oportunidade que temos de amadurecer a nossa fé. Sem dúvida, na passagem do rio Jordão aquele povo já tinha a experiência do Mar Vermelho e se sentiam mais seguros para enfrentar aquela situação.

Por fim, a forma como o rio se abriu nos mostra acerca da autoridade de Deus em nós para vencermos as batalhas. Da mesma forma como a presença de Deus - representada pela arca - ia adiante do povo e os pés dos sacerdotes abriram o rio assim que os tocaram, o Senhor, através da Sua presença em nós já nos revestiu da autoridade necessária para superarmos os obstáculos que se colocam em nosso caminho.

O rio Jordão não foi páreo para o povo de Deus, pois o Senhor estava ao lado deles. Os obstáculos que surgirem diante de nós para tentar nos impedir de alcançar o que Deus tem para nós também serão destruídos, pois o Senhor está conosco.

sábado, 29 de maio de 2021

Seu lugar é em Canaã, não se contente com Harã

 Texto de referência: Gênesis 11:31-32


Quando ouvimos a palavra Canaã logo fazemos referência à terra prometida. Esse povoado surgiu a partir de Cam, descendente de Noé. Houve um episódio em que Noé se embriagou e ficou nu. Seu filho Cam ao invés de ajudá-lo, zombou dele. Quando Noé se restabeleceu e ficou sabendo, pronunciou uma maldição sobre Cam, também denominado Canaã, de que ele seria servo de Sem, outro filho de Noé (Gênesis 9:26). Na linhagem de Sem, o povo de Deus seria estabelecido. 

Muitas anos depois, um homem da geração de Sem, chamado Tera, partiu da terra de Ur dos Caldeus em direção a terra de Canaã. Ele vai com seu filho Abrão e sua a esposa, e com seu neto Ló. Todavia, eles não chegam até Canaã. Quando eles chegam até um povoado chamado Harã, eles se estabelecem ali.

Após a morte de Tera, Deus chama seu filho Abrão para sair de Harã e partir em direção a um terra até então desconhecida, mas que depois seria revelada por Deus de que seria Canaã.

Não se sabe os motivos os quais levaram Tera a sair de Ur em direção a Canaã, mas diante da maldição proferida sobre Cam, sabemos que em algum momento aquele povoado seria ocupado pelos descendentes de Sem. 

Também não se sabe por que Tera não completou a sua jornada até Canaã, tendo ficado em Harã, entretanto, pelo chamado de Deus a Abrão, sabemos que seria a partir da linhagem de Tera que o povo de Deus seria estabelecido.

Essa história nos chama a atenção ao percebermos que um homem parte em direção ao cumprimento de uma promessa, mas decide parar no meio do caminho. Mas, como os desígnios de Deus não podem ser frustrados, Abrão seu filho segue o caminho que o seu pai iniciou, mas não concluiu.

Como Tera, muitas vezes estamos caminhando em direção às promessas de Deus, mas por diversos motivos paramos no meio do caminho. Alguns elementos podem nos fazer retroceder: o cansaço, o desânimo, o medo ou o pecado. Tudo isso nos distancia dos propósitos de Deus para nós. Tera poderia ter chegado até Canaã e iniciado a geração do povo de Deus. Mas por ter permanecido em Harã, essa geração acabou sendo passada para seu filho Abrão.

Se Deus nos chama à terra da promessa, temos que acreditar que Ele já nos capacitou para chegarmos até lá. Não podemos parar no meio do caminho e nos contentarmos com Harã. Se Deus nos chamou para Canaã, lá é o nosso lugar.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Força x Coragem

 Texto de referência: "Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais." Josué 1:6


Para muitos, força e coragem são sinônimos, mas a palavra do Senhor nos mostra um sentido diferente a esses dois substantivos. Quando Deus chamou Josué para assumir o seu posto de líder do povo de Israel, Ele adiantou que era preciso que Josué fosse forte e corajoso. Isso nos faz refletir sobre as diferenças que existem em cada um desses atributos.

A força é o contrário da fraqueza. Ser forte não necessariamente significa não termos fraquezas, mas implica em não nos rendermos a elas, isto é, não deixar que elas nos dominem.

Paulo fez um relato em sua carta aos Coríntios que nos faz entendermos um pouco sobre o que é a fraqueza. Ao relatar sobre o espinho na carne o qual ele convivia para que não se ensoberbece diante das revelações que lhes foram dadas, Paulo diz que era nos momentos de fraqueza que o poder de Deus se manifestava em sua vida. E ele relata algumas coisas que o deixava fraco, sendo elas: angústias, necessidades, perseguições e injúrias (2 Coríntios 12:10). A fraqueza é um estado que sobrevém quando estamos diante de elementos que ferem o nosso bem-estar. Diante dessas situações nos sentimos impotentes e desanimados e a fraqueza encontra lugar para se instalar em nós.

Por outro lado, a coragem é o oposto do medo. Quando Deus diz que Ele não nos deu espírito de medo, Ele nos diz que nos deu o espírito de coragem. Da mesma forma que ocorre com a força, ter coragem não significa ausência total de medo, mas a capacidade de não sermos dominados por ele. Ser corajoso é enfrentar as adversidades sem nos deixarmos intimidar por elas. São muitas as palavras do Senhor para não temermos, mesmo diante das mais conflituosas situações.

Força e coragem, dois elementos que o Senhor requereu de Josué quando ele foi assumir o maior desafio da sua vida, ajudar o povo de Deus a entrar na terra prometida. Esses atributos foram necessários para que Josué cumprisse a sua missão. Conosco não é diferente. Para cumprirmos aquilo que o Senhor requer de nós também necessitamos de força e coragem. Por tudo o que conhecemos da Palavra do Senhor, sabemos que esses atributos estão à nossa disposição, basta tomarmos posse.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

O poder da palavra de Deus

Texto de referência: Salmos 29:4-9


No antigo testamento eram comuns os relatos acerca de homens que ouviam a voz de Deus de forma audível. Moisés é um dos maiores exemplos de homens que ouviram a voz de Deus da mesma forma como ouvimos a voz de pessoas comuns. Mas ele não é o único. Como Moisés, outros homens também tiveram experiência, os quais podemos citar Abraão, Isaque e Jacó, Josué, Elias e Eliseu.

Mas a partir da nova aliança, representada pela vinda de Jesus a essa terra, o Senhor passou a nos falar pela Palavra, o verbo feito carne. Hoje, quando falamos em ouvir a voz de Deus, não nos referimos mais ao som audível, mas à Sua Palavra.

O Salmos 29 exalta a voz de Deus, mostrando em alguns versículos os atributos da Sua voz. O salmista ressalta o poder e a majestade da voz de Deus (v.4), que também é capaz de destruir coisas muito resistentes, como por exemplo, o cedro (v. 5). Outras características da voz de Deus são a capacidade de queimar (v.7), estremecer estruturas (v. 8), dar a vida e criar coisas ou de destruir elementos já criados (v.9). 

Se em cada expressão "voz de Deus" substituirmos por "Palavra de Deus", podemos ter a noção do poder que há nela. A Palavra do Senhor é cheia de majestade e glória, nela encontramos o que precisamos para que obstáculos sejam removidos, o que não existe possa ser criado e o que é endurecido seja quebrantado.

Entretanto, temos diminuído aos nossos olhos o poder da Palavra, não crendo naquilo que ela pode realizar por nós. Em muitas situações, estamos esperando ouvir de forma audível e sobrenatural a voz de Deus, sendo que temos ela ao nosso dispor, através das Escrituras. A voz de Deus é a Sua Palavra, é por meio dela que vamos ser instruídos, repreendidos e fortalecidos. Ao abrir a Palavra, que possamos entendê-la como o falar extraordinário de Deus conosco.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Os caminhos da obediência

 Texto de referência: Deuteronômio 30:15-20


Dentre os livros do pentateuco o livro de Deuteronômio se destaca por um assunto: a obediência a Deus. Enquanto Gênesis retrata a história dos patriarcas, Êxodo e Números relatam a saída do povo do Egito e a caminhada pelo deserto, Levítico aborda sobre as leis de Deus, Deuteronômio faz uma síntese acerca do povo no deserto e das leis, mas dedica seus últimos capítulos a convocar o povo de Deus à obediência.

Em toda a caminhada do povo pelo deserto, Deus foi lhes dando as suas leis de forma escrita. Eram muitas leis e todas, sem exceção, deveriam ser guardadas. Cada lei, decreto e ordem tinha o seu propósito, tanto em refletir o amor pelo próximo, quanto em refletir a adoração do povo ao Senhor.

A obediência do povo os levaria a uma abundância inexorável, eles seriam abençoados em tudo e essa bênção de Deus seria notória a todos os povos. Por outro lado, a desobediência traria consequências terríveis, inimagináveis, e aquele povo seria envergonhado em tudo o que fizesse.

O Senhor ainda alerta que o povo não teria desculpas para não cumprir a lei alegando estar ela longe deles, pois ela havia sido dada pelo próprio Deus através de Moisés. Todas as palavras foram escritas em pedras para que não se perdessem, então não apenas o povo, mas a sua descendência a conheceria. 

Por fim, Moisés faz um paralelo entre a obediência e a desobediência, comparando-as com a vida e a morte, respectivamente. Ele alerta ao povo de que estava sendo colocado diante deles esses dois caminhos, e que eles eram livres para escolherem aquilo que eles quisessem, conscientes de que ambos lhes trariam consequências, positivas ou negativas.

Apesar de Deuteronômio ser um livro da velha aliança, no tempo da lei, os seus ensinamentos continuam válidos entre nós cristãos. A obediência a Deus não fica ultrapassada e ela é exigida de nós diariamente, nas pequenas coisas.

Se formos notar as leis de Deus descritas em Levíticos há ordenanças acerca de grandes coisas, mas também acerca de pequenas.

Os crimes graves foram citados, mas as práticas cotidianas também. Obedecer a Deus vai além de não matar, roubar, adulterar ou coisas nesse sentido. Implica também em ações do nosso dia a dia, quando por exemplo não entramos em uma roda de conversa que envolve fofoca, não aceitamos "pequenas mentiras" ou deixamos de lado a internet para nos conectarmos mais a Deus.

Obedecer a Deus é uma escolha diária. Todos os dias temos à nossa disposição duas alternativas, o mal e o bem, a vida e a morte. Que possamos escolher sempre o bem e a vida, e assim colheremos todas as bênçãos que o Senhor nos promete através da obediência.


segunda-feira, 24 de maio de 2021

Batalha espiritual: preparando-se para vencer

 Texto de referência: Josué 6


Após o povo de Israel peregrinar por quarenta anos no deserto chegou o momento mais esperado por eles, entrar na terra prometida. Mas até chegar a essa terra, era preciso primeiro desapossar os moradores das terras vizinhas. Um desses territórios era denominado Ai.

Após terem destruído a cidade de Jericó, os israelitas estavam confiantes. Sem muito preparo eles saem à peleja contra Ai. Não estudam com profundidade o território inimigo e enviam apenas uns poucos homens. O resultado foi a derrota dos israelitas.

Após consultarem o Senhor, Este lhes revela que a derrota ocorreu porque um homem, chamado Acã, havia pegado coisas consagradas de Jericó, o que foi proibido pelo Senhor. Após matarem Acã e se redimirem perante o Senhor, eles elaboram uma nova estratégia para vencerem Ai.

Dessa vez, por ordem do Senhor, eles enviam para a guerra cerca de trinta mil homens, cercam a cidade de emboscadas e se colocam em posição de alerta. Ainda, eles elaboram a estratégia de retirar todos os moradores da cidade, a fim de os tirarem do seu lugar seguro. Dessa vez Israel prevaleceu e todos os moradores de Ai foram destruídos.

A batalha de Ai nos traz algumas lições. O desejo contínuo do Senhor é nos dar vitória, mas Ele não compactua com o pecado. Enquanto há coisas erradas não podemos obter vitória. É preciso primeiro nos santificarmos. Além disso, toda batalha requer de nós preparo e vigilância. Não podemos sair para a guerra de qualquer forma. É preciso planejar as nossas estratégias. E por fim, enquanto estamos no território inimigo ele prevalecerá. Quando o tiramos do seu lugar e passamos a batalhar no nosso território espiritual, cobertos pela oração e pela Palavra, nós venceremos.

Santificação, estratégia e cobertura espiritual são armas que o Senhor nos ensina para guerrearmos. O final da batalha contra Ai nós já sabemos, não ficou nenhum adversário. Seguindo as orientações do Senhor também venceremos, para a glória Dele.

domingo, 23 de maio de 2021

A nova aliança

  Texto de referência: Jeremias 31:31-33;40


O povo de Deus foi marcado por alianças com o criador. Com Abraão, o Senhor fez aliança com aquele homem sobre ser o seu único Deus. Tudo isso diante de um cenário de idolatria, pois os povos das nações adoravam diversos deuses ao mesmo tempo. Essa aliança foi renovada com Isaque e Jacó. Posteriormente, quando o povo já estava no deserto e quando entraram com Josué na terra prometida, o Senhor também fez aliança com eles.

Em geral, o pacto da aliança era marcado por sacrifícios de animais, que selavam o compromisso do povo com Deus. Mas aquele povo frequentemente quebrava essa aliança, se inclinando às práticas pagãs dos povos ao redor e adorando outros deuses. Após muitos anos de altos e baixos e muitos períodos de rebeldia o povo vai ao exílio babilônico e ali fica por quarenta anos.

No exílio, Deus envia profetas que denunciavam os pecados do povo, mas que também lhes pregavam palavras de esperança, de que aquele exílio um dia chegaria ao fim. Em uma dessas profecias de esperança, o Senhor usa o profeta Jeremias para anunciar àquele povo um novo tempo, onde uma nova aliança seria firmada com eles.

Mas o Senhor alerta de que aquela não seria mais uma aliança como aquela feita com o povo no deserto. A aliança agora consistia na lei do Senhor estar na mente e no coração deles. As leis dadas ao povo pelo Senhor não consistiriam mais em práticas externas, mas em uma atitude interior de um coração temente a Deus, que o adoraria de todo o coração.

Ao final o profeta ressalta que esse povo não seria mais desarraigado ou destruído.

O povo estava tão acostumado às ordenanças da lei que achavam que essa era a essência da vida com Deus. Agora o Senhor estava lhes preparando para o tempo do Messias, onde a graça superava a lei e onde a obediência transcendia a necessidade do sacrifício.

Quando vivemos apegados às normas, a uma liturgia pronta, a uma adoração formalizada, aos poucos vamos perdendo a essência da intimidade com Deus, que está acima de tudo isso e que exige de nós apenas um requisito: que o nosso coração seja totalmente do Senhor. E quando estamos nesse nível, não há como sermos destruídos, pois as nossas raízes estão em Deus. Um povo que vive inteiramente para Deus não é exilado, pois o Senhor é a sua morada. Era esse nível de espiritualidade que Deus esperava daquele povo. É essa comunhão que Deus também espera de nós.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

O perigo de vivermos despreocupadamente

 Texto de referência: Isaías 32:9-20


Houve um tempo no Reino de Israel onde servir a Deus não era mais prioridade para o seu povo. Enriquecer-se, de preferência às custas dos pobres, era a principal preocupação. Nesse tempo, a palavra de Deus era ministrada através dos profetas, que denunciavam os pecados existentes. 

É nesse contexto que surgiu o profeta Isaías, denunciando a vida pecaminosa que o povo estava levando. O profeta falou acerca de mulheres, que vivendo despreocupadamente diante da boa vida que levavam, não se atentavam mais em cumprir as leis do Senhor. Mas o profeta alertou para o fato de que aquela situação confortável estava se findando e que viriam tempos difíceis.

Esse período de escassez só se findaria quando fosse derramado o Espírito do alto, então aquilo que estava deserto, floresceria. A justiça então seria praticada, trazendo paz, repouso e segurança para sempre. Mesmo que tudo ao redor não estivesse bem, o povo continuaria vivendo em paz e seguro.

Essa palavra não foi dirigida a qualquer um, mas a mulheres que viviam despreocupadamente. Nesse contexto, viver despreocupado não implica em levar uma vida sem propósitos, mas denota a uma vida onde Deus não é mais prioridade. Estamos sujeitos a viver assim quando tudo em nossa vida flui muito bem e devido a isso nos esquecemos da importância da vigilância. Além disso, o tripé da comunhão com Deus - oração, Palavra e jejum - já não são praticados, e as coisas dessa terra se tornam a nossa única preocupação.

Todos sabemos que o tempo da bonança existe, mas infelizmente não dura para sempre. Durante a nossa caminhada na terra, todos nós passamos por momentos difíceis, e se nesses momentos a nossa fé não estiver ancorada em Deus e na Sua Palavra, não resistiremos às intempéries da vida.

Assim como no texto, o nosso jardim só volta a florescer quando o Espírito é derramado, isto é, quando voltamos aos pés do Senhor. A comunhão com o Espírito Santo nos fará vivermos em justiça, e isso nos trará a paz e a tranquilidade necessárias para enfrentar qualquer situação.

Perceba que o texto diz que ainda que haja escuridão e que a cidade seja completamente assolada, o povo de Deus viveria em paz e segurança. Essa característica do repouso ao povo de Deus não está condicionada à ausência de aflições, mas à prática da justiça e comunhão com o Espírito Santo. 

Apesar dessa palavra começar em um tom de alerta e ameaça, ele termina trazendo uma palavra de esperança. Viver despreocupado das coisas de Deus no presente é um passo para vivermos desnorteados no futuro. Pelo contrário, quando nos esforçamos para caminhar com Deus sempre, não nos desesperamos quando vêm as adversidades.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Cultivando a vida após a promessa

Texto de referência: Deuteronômio 7:1-4


Durante todos os quarenta anos que o povo de Israel peregrinou no deserto, o alvo deles era chegar à terra prometida - denominada Canaã. Havia uma expectativa muito grande de entrada daquele povo nesta terra, pois Deus já havia lhes adiantado de que aquela terra seria produtiva e abençoada.

Após a peregrinação no deserto, eles chegaram aos limites da terra, mas a entrada deles ali estava condicionada à derrubada dos atuais moradores daquela terra. Deus os alertou de que eles deveriam eliminar todos os moradores da terra, bem como seus objetos de culto, a fim de que eles futuramente não se tornassem empecilhos para eles. 

Os moradores de Israel finalmente tomaram posse de Canaã, mas eles não desapossaram totalmente os moradores da terra e no futuro sofreram muito com eles.

Essa história nos faz refletir sobre a importância da nossa trajetória após conquistarmos as promessas de Deus. Quando tomamos posse das promessas de Deus, é essencial que busquemos cultivar aquilo que alcançamos. Ao experimentarmos o sucesso almejado, podemos ser tentados a abandonarmos o Senhor, mas devemos ser firmes em não nos esquecermos de tudo o que Ele fez por nós.

Ainda, mesmo durante a nossa estadia na terra da promessa, podemos experimentar problemas que querem nos retirar do lugar que Deus preparou para nós. Quando isso acontece, cabe a nós sermos firmes e nos apegarmos a todas as nossas experiências com o Senhor, para não vacilarmos.

Para muitos, ser fiel a Deus quando tudo vai bem pode ser mais difícil do que quando tudo vai mal, haja vista estarmos em um ambiente livre de problemas. Tomar posse das promessas que Deus nos deu é algo maravilhoso, entretanto, algumas vezes essa é apenas uma etapa do processo. Cultivar a fé vivendo na terra da promessa também é um grande desafio. 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

O Senhor é o nosso Pastor

 Texto de referência: Salmos 23


Davi antes de ser rei foi um pastor de ovelhas. Por muitos anos pastoreou as ovelhas de seu pai. No Salmos 23 ele inverte os papéis e ao invés de se colocar como pastor ele se coloca na posição de ovelha. Trabalhando por tantos anos como pastor, ele provavelmente observava e conhecia bem o comportamento desses animais.

Ele inicia dizendo que o Senhor era o seu pastor e portanto nada lhe faltaria. Como pastor, ele sabia como um pastor cuida com carinho do seu rebanho. Todavia, por mais diligente que seja o pastor, ele é falho e pode cometer deslizes no cuidado das ovelhas. Mas com o Senhor o pastoreio é diferente. Ele é o pastor perfeito, que cuida das suas ovelhas de modo exemplar, e por isso ele dizia que não teria falta de nada.

Quanto ao alimento, o pasto é sempre verdinho e as águas são tranquilas. O Senhor nos dá a condição de que precisamos para estarmos sempre alimentados e confortáveis.

Ele se sentia guiado e disciplinado pelo Senhor. Um dos papéis do pastor é conduzir as suas ovelhas não permitindo que elas se desviem da rota traçada. Para isso, ele utiliza a vara e o cajado, para guiar e puxar para si as ovelhas, caso elas se desviem.

A confiança de Davi era tão grande no seu Pastor que mesmo andando próximo a morte, ele não tinha medo de nada. Tendo Deus como nosso Pastor, não tememos as adversidades pois sabemos que Ele sempre nos olha e nos guarda.

A bondade e misericórdia que seguiram a Davi diariamente é a mesma que quer nos seguir também. Mas assim como a ovelha é cuidada pelo pastor, ela também deve obedecer o pastor. Como ovelhas de Cristo, nosso papel é obedecê-Lo, tratando Ele conforme a Sua autoridade sobre nós.

Neste Salmo, Davi enxerga o Senhor como seu pastor, e ele é. Jesus nos diz em João 10:11 que Ele é o bom pastor, que dá a Sua vida pelas ovelhas. E como nosso Pastor, temos que acreditar no cuidado do Senhor para conosco.

Se o pastor homem sabe cuidar bem das suas ovelhas, não o faria muito melhor aquele que nos ama com amor incondicional? 

sábado, 15 de maio de 2021

Abra Senhor os meus olhos

 Texto de referência: Salmos 13:3


Se a língua é considerada por muitos como o órgão mais influenciador do nosso corpo, eu diria que os olhos não ficam muito atrás. A Bíblia fala por diversas vezes acerca dos olhos, sempre utilizando os verbos abrir ou iluminar.

O salmista Davi no Salmos 13 inicia o texto com uma lamentação, um pedido de socorro a Deus. Ele questiona ao Senhor se foi esquecido por Ele e pede que o Senhor lhe responda. Mas logo em seguida o salmista pede a Deus que lhe ilumine os olhos, para que ele não experimentasse a morte e fosse derrotado pelos seus inimigos.

Esse salmo é um dos exemplos da utilização da palavra olhos na Bíblia, que vem juntamente ao verbo iluminar. O salmista entendeu que não era apenas clamar por socorro ao Senhor, mas que era preciso também que os olhos dele fossem abertos.

Muitas vezes temos fracassado diante das dificuldades da vida. Começamos a clamar por socorro a Deus, mas não obtemos a nossa vitória porque os nossos olhos ainda estão fechados para muitas situações em que precisamos primeiro enxergar, para só então nos libertarmos delas.

A Bíblia relata acerca de muitas pessoas cujos olhos foram abertos e a partir de então enxergaram a solução para o problema que enfrentavam. 

Uma dessas personagens é Agar. Essa mulher estava no deserto próxima a um poço e quase morrendo por não ter água para beber. Quando Deus lhe abriu os olhos, Agar viu um poço de água e foi salva. O poço não foi colocado ali milagrosamente, ele já estava ali, Agar só precisava enxergá-lo (Gênesis 14:21-19).

Em outro exemplo, quando um certo homem chamado Balaão caminhava em direção a Moabe para amaldiçoar o povo de Israel, o Anjo do Senhor lhe opôs no caminho, e por três vezes se colocou na estrada para matá-lo. A jumenta a qual ele estava montado viu o Anjo, mas Balaão não. Cada vez que o Anjo aparecia no caminho, a jumenta se desviava, irritando a Balaão, que a espancava. Quando Deus lhe abriu os olhos, Balaão enxergou o Anjo e entendeu o motivo do comportamento diferente da jumenta (Números 22:21:33).

Muitos desafios em nossa vida não são vencidos porque nossos olhos ainda estão fechados diante de muitas situações e não pela ausência do agir de Deus. Em muitas guerras, ter os olhos abertos pode ser a principal arma para vencermos. Os nossos olhos são a luz de todo o nosso corpo. Que a nossa oração hoje seja como a do salmista, que possamos clamar pela ajuda do Senhor, mas também pedir: "Senhor abra os meus olhos!"

quarta-feira, 12 de maio de 2021

As formas que Deus usa para falar conosco

 Texto de referência: Números 22


Nos dias da antiga aliança, o Senhor falava conosco através de sonhos, visões e profetas. Hoje, Ele nos fala por Jesus, através da Palavra (Hebreus 1:1-2). Como não havia a Palavra de Deus escrita nos dias do Antigo Testamento, era comum existirem os profetas.

Balaão era um profeta. Não se sabe a origem correta dele. Sabe-se que ele não morava no território de Israel, mas ouvia a voz de Deus. Apesar de ter o dom de profeta, Balaão tinha perversidade no coração. Quando foi chamado por Balaque, rei de Moabe, para ir à sua terra e amaldiçoar o povo de Deus, Balaão ouviu claramente a ordem de Deus para que não fosse. Todavia, movido pela ganância de receber muitos presentes, ele foi.

No caminho, ele foi confrontado pelo Anjo do Senhor que queria matá-lo. A jumenta na qual ele estava montado desviou-se por três vezes do Anjo e por esse motivo foi espancada por Balaão. Deus então deu voz à jumenta que começou a mostrar a Balaão que havia algo errado naquele caminho.

Por fim, Deus abriu os olhos de Balaão que enxergou o Anjo do Senhor com uma espada na mão para lhe opor. Balaão então compreendeu que a ordem do Senhor era para não ter ido com os oficiais de Balaque.

A voz de Deus é soberana. O homem pode se deixar enganar, mas o Senhor não se engana. A Sua Palavra é a verdade e se cumprirá. Quando Ele nos ordena algo, cumpre a nós ouvirmos. Deus não nos deixa sem resposta quando pedimos a Ele uma direção. Entretanto, muitas vezes quando a resposta não atende às nossas expectativas iniciais, tendemos a fingir que não ouvimos.

O Senhor falou com Balaão de três maneiras. Primeiro, Balaão ouviu a voz de Deus. Depois, foi avisado por um animal. Por fim, Deus lhe abriu os olhos para ver o Anjo que estava no caminho. Balaão teve muitas oportunidades de ouvir a Deus. Não obstante a isso, ele escolheu ir até Balaque. Ali não pôde amaldiçoar o povo, mas instigou Balaque a seduzir os israelitas com mulheres moabitas, a fim de pecarem contra Deus. Essa atitude lhe custou a vida, pois pouco tempo depois ele foi morto em um combate entre israelitas e midianitas (Números 31:8;16).

Ao ouvirmos a voz de Deus, o nosso coração tem que ser o terreno fértil que Ele precisa para frutificar em nós a Sua vontade. Ele pode nos falar de diversos modos, mas só Lhe ouviremos se o nosso coração estiver aberto ao que Ele tem a nos dizer, afinal, somente os puros de coração verão a Deus (Mateus 5:8).

 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Onde estão os nossos olhos? Em Deus ou nas dificuldades?

Texto de referência: Números 13:25-33


Números 14 é particularmente um capítulo difícil de ser lido. Considero esse capítulo assim devido o fato de que ele relata como o povo de Israel perdeu a oportunidade de tomar posse da terra prometida.

Eles já haviam andado por aproximadamente dois anos no deserto. Durante esse período foram sustentados diariamente por Deus. Não passaram fome ou sede, não sentiram frio ou ficaram sem roupas. Deus providenciava tudo. Após dois anos, Deus ordena que fossem enviados doze homens a Canaã com o intuito de espiarem a terra, para eles começarem a elaborar as estratégias para entrarem lá. Estava chegando o momento tão aguardado de terem a sua própria terra. E não era qualquer terra, era um lugar preparado por Deus para eles, terra que manava leite e mel, cujos frutos eram excelentes.

Toda essa realidade foi vista pelos espias. Eles viram a terra e suas boas dádivas, mas também se deram conta de que para entrarem definitivamente nela, teriam que primeiro derrotar algumas nações humanamente fortes.

Isso foi o suficiente para fazê-los temer. Eles não se lembraram, como Josué e Calebe, de tudo o que Deus já havia feito por eles desde o Egito. Eles não se lembraram de como Deus cuidava tão bem deles naquele deserto. Nada disso foi levado em conta. Eles pensaram apenas nos inimigos que teriam que vencer para conquistarem a terra.

E por terem desencorajado o povo, estimulando uma rebelião contra Deus, o Senhor castigou a todo o povo, penalizando-os com quarenta anos vagando pelo deserto, até morrerem todos os homens de vinte anos para cima. Uma pena bastante dura, que todos tiveram que cumprir.

E por isso considero esse capítulo difícil de ser lido, porque o povo estava com um pé na terra prometida, mas não a receberam. Estiveram a um passo de receber a bênção, mas retrocederam.

Essa situação também é vista em nossos dias. Muitas vezes temos uma promessa e estamos caminhando em um deserto de provações esperando recebê-la, mas quando estamos a poucos passos de alcançar a nossa bênção, retrocedemos. Esquecemos do cuidado de Deus e nos deixamos levar pelo medo ou pelo desânimo. Outras vezes focamos demais no inimigo e tiramos os nossos olhos do Senhor. 

Viver pela fé é acreditar que mesmo diante das impossibilidades nós venceremos. O cuidado de Deus é constante sobre nós. Se estamos caminhando rumo a nossa Terra Prometida, que venhamos a ter os nossos olhos firmes no Senhor, sabendo que nós colheremos no tempo certo, se não desfalecermos.


sábado, 8 de maio de 2021

Não apagueis o Espírito

 Texto de referência: Números 11:25


Apagar é um verbo que indica uma ação de anular algo. Geralmente nos referimos a ação de apagar a objetos que contém fogo ou claridade, como uma lâmpada. O apóstolo Paulo, instruindo a igreja, lhes ordena a não apagarem o Espírito (I Tessalonicenses 5:19).

O Espírito Santo é associado na Bíblia ao fogo. João Batista diz que Jesus traria o batismo com o Espírito e com fogo (Mateus 3:11). Os apóstolos quando foram batizados no Espírito falavam línguas de fogo (Atos 2:13). Dessa forma, se o Espírito Santo pode ser associado ao fogo, Ele também pode ser apagado.

Quando Moisés conduzia o povo no deserto, Deus ungiu no Espírito setenta homens para ajudá-lo. Quando o Espírito desceu sobre aqueles homens, eles começaram a profetizar. Mas depois, nunca mais profetizaram.

Aqui temos uma clara manifestação de como o Espírito pode ser apagado. Eles foram tomados pelo Espírito, mas não mantiveram aquela chama acesa. Em um fogo comum, para que este se mantenha aceso, é preciso atiçar, mexer a lenha e frequentemente soprar. A manifestação do Espírito em nós não é diferente. Para que sejamos cheios do Espírito e não venhamos a apagá-lo, precisamos estar constantemente ligados a Ele.

Diferente dos setenta homens do episódio de Moisés, após os apóstolos serem cheios do Espírito no dia do Pentecostes, eles estavam sempre na casa do Senhor e perseveravam em oração (Atos 2:42;46). Essas atitudes mantinham viva a chama do Espírito na vida daqueles homens.

Recebemos o Espírito quando recebemos a fé de Cristo em nós. Somos inundados pela manifestação do Espírito quando somos batizados por Ele. Mas o Espírito é um fogo, que para não ser apagado precisa ser constantemente estimulado. As nossas atitudes de obediência à Palavra e oração constante farão a chama do Espírito se manter viva em nós.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

A alegria que transcende as circunstâncias

 Salmos 4:7 "Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho".


Alegria, sentimento tão almejado pelas pessoas. Estar alegre é uma expectativa das pessoas com relação nós. O problema é que não conseguimos estar alegres o tempo todo. Existem momentos em nossa vida que nos entristecemos, seja com pessoas ou com circunstâncias. A tristeza faz parte da nossa natureza humana e o próprio Jesus no Getsêmani sentiu uma tristeza muito grande, que ele relatou ser uma tristeza de morte (Mateus 26:38).

Mas há uma esperança; existe uma alegria que independe das circunstâncias. É uma alegria interior, que não acaba com o fim do acontecimento favorável, mas que pode estar sempre conosco, mesmo que as coisas não estejam da maneira que gostaríamos.

É acerca dessa alegria que o salmista relata. Ele diz que o Senhor havia colocado mais alegria no coração dele do que a alegria dos seus inimigos, quando havia abundância material para eles. Esse trecho retrata a alegria não circunstancial, pois o autor via em si uma alegria muito maior do que aquela ocasionada pelas circunstâncias favoráveis as quais seus inimigos viviam. Essa alegria não estava relacionada a nenhum fator humano, mas pura e simplesmente pela presença de Deus em sua vida.

Essa é a alegria que Jesus nos promete que não nos será tirada, uma alegria que vem com a revelação das Escrituras (João 16:22), que nos faz livres independentemente da nossa condição e que está conosco a despeito de qualquer situação.

Essa verdade não anula a importância da alegria circunstancial, quando comemoramos alguma vitória, nossa ou daqueles que estão próximos a nós. Temos que nos alegrar com coisas boas. Também não significa que se estamos tristes não temos o Senhor conosco. O próprio Jesus, como já foi dito, se entristeceu. Entretanto, quando temos a revelação da Palavra, sabemos onde está a fonte da nossa verdadeira alegria.

Nos momentos de tristeza podemos ir aos pés do Senhor e seremos confortados com a alegria do Alto, que vem Dele e que nos fará estarmos de pé mesmo que tudo ao nosso redor se desmorone.

Essa é alegria que o mundo todo almeja adquirir, mas ela não tem preço e só pode ser encontrada em Deus. Ele é a nossa fonte de alegria. Ao Seu lado podemos nos deleitar e receber alegria em abundância (Salmos 16:11).

segunda-feira, 3 de maio de 2021

O noivo bate à porta

Texto de referência: Cânticos 5:2-7


O livro de Cânticos, com seu ar poético, nos fala sobre um romance entre um homem e uma mulher. Pode ser entendido dessa forma, mas também podemos compreendê-lo como o relacionamento entre Cristo e a Igreja, o noivo e a noiva, respectivamente.

Entre os diálogos presentes no livro, existe um onde a esposa relata que o seu esposo batia à sua porta no meio da noite. Ela, acomodada por já estar deitada e preparada para dormir, resiste em abrir ao esposo, mesmo o amando. 

Quando ela se levanta para abrir a porta, o seu amado já tinha ido embora. Ela sai à sua procura, mas já não o encontra. Não somente isso, por ser tarde da noite, ela é espancada na rua pelos guardas que vigiavam a cidade.

Se formos interpretar esse diálogo como uma figuração entre Cristo e a Igreja, percebemos o quão corriqueira é essa situação. De um lado, um noivo que bate à porta e anseia por entrar. Do outro, uma noiva acomodada que demora e quando abre, já não encontra mais o noivo.

Essa situação nos revela o quanto Cristo tem batido em nossas portas, querendo entrar no nosso quarto, isto é, na nossa intimidade para estar conosco. Somos amados pelo noivo, que deseja estar conosco.

Entretanto, temos nos deixado acomodar por muitas situações. Não queremos sair da nossa condição de conforto para enfrentarmos o confronto da Palavra de Deus. Não queremos deixar nossa popularidade entre o mundo para entrarmos no anonimato e deixar que Ele brilhe em nós. Não queremos abandonar práticas pecaminosas que nos oferecem alguns minutos de prazer, para nos oferecermos a Ele, em sacrifício integral.

E enquanto estamos procrastinando em tomarmos a decisão de corrermos para Jesus, o tempo está passando. Não podemos perder a oportunidade da nossa visitação. Não podemos deixar o noivo ir embora e o perdermos de vista. Não podemos deixar para procurá-Lo quando Ele já tiver saído e sofrermos a dor de viver sem a Sua presença.

O tempo é agora. O noivo bate à porta. Ele nos chama. Qual será a nossa resposta? Que possamos prontamente abrir a porta para Ele. Que Ele entre em nossa intimidade. Estar junto Dele é o melhor lugar.


sábado, 1 de maio de 2021

Guardando e protegendo a nossa vinha

 Texto de referência: Cânticos 1:6 "Os filhos de minha mãe se indignaram contra mim e me puseram por guarda de vinhas; a vinha porém que me pertence, não a guardei."


Entre os diálogos entre a esposa e o esposo descritos em Cânticos de Salomão, existe um em que a esposa relata que os seus irmãos haviam lhe colocado como guarda de vinhas, todavia, a vinha que lhe pertencia não havia sido guardada por ela.

Essa passagem, se lida nas entrelinhas, nos ensina sobre o cuidarmos daquilo que é nosso. Semelhante a esposa relatada em Cânticos, muitas vezes somos responsabilizados a cuidar de pessoas, funções ou ministérios. Nos desdobramos para cuidar daquilo que pertence ao outro, mas nos esquecemos de cuidar daquilo que é nosso.

Quantos líderes têm aconselhado casais e ajudado famílias a se erguerem, mas, consumidos pelos afazeres do ministério, acabam se esquecendo de cuidar da sua família, e com o passar dos anos vêem o relacionamento com seu cônjuge ou com seus filhos sendo destruído.

A outros é entregue um ministério para ser cuidado, mas os cuidados e preocupações do mundo lhe roubam o tempo que era para ser dedicado ao serviço do Senhor, e esse ministério vai sendo aos poucos destruído.

É preciso estar atentos aos sinais de desgaste que a nossa vinha dá. Ela não é destruída repentinamente, isso ocorre com o passar do tempo. Guardar a vinha é uma tarefa diária, que exige de nós tempo e um olhar atento às situações corriqueiras que ocorrem ao nosso redor.

A cada um de nós Deus deu uma vinha. Essa vinha pode ser o nosso casamento, a nossa família, o nosso trabalho ou o nosso ministério. Aquilo que o Senhor nos confiou devemos cuidar. Se cuidamos com diligência daquilo que não é nosso, cabe a nós cuidarmos com amor também daquilo que é nosso, a fim de que os frutos da nossa vinha possam glorificar a Deus.