terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Cereal, vinho e óleo: uma representação da Palavra, da alegria e da unção

 "Eis que vos envio o cereal o vinho e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações." Joel 2:19


Em um tempo onde o povo de Israel estava vivendo em pecado, o profeta Joel profetizou o juízo de Deus sobre aquele povo. Por causa dos seus pecados, o povo estava sofrendo com graves secas e com pragas de gafanhotos, que devastavam suas plantações.

Mesmo com os pecados do povo, Deus mandou através do profeta uma mensagem de esperança a eles, prometendo que um dia chegaria o tempo da restauração, e que Ele lhes enviaria com abundância o cereal, o vinho e o óleo, significando que aquele tempo de escassez provocado pela seca e pelas pragas se findaria. Esses três alimentos, o cereal, o vinho e o óleo eram os provedores financeiros da nação, pois eram destes alimentos que vinham as principais colheitas.

Mas hoje eu gostaria de refletir acerca do que esses três alimentos significam na esfera espiritual. 

O cereal nos fala de mantimento, de alimento sólido. A palavra de Deus é o nosso alimento. É dela que extraímos os nutrientes que diariamente necessitamos para nos mantermos de pé. O contato direto e habitual com a Palavra nos dá autoridade sobre os nossos adversários.

O vinho na Bíblia é a representação da alegria. Um coração alegre deixa o semblante mais belo. A alegria prometida por Deus não é qualquer alegria, mas é a que provém do Senhor. Em Neemias 9:7 diz que "a alegria do Senhor é a nossa força". Tendo a alegria de Deus em nós podemos vencer as dificuldades, pois ela não depende de circunstâncias para se manifestar, mas depende da presença de Deus em nós.

Por fim, temos o óleo que representa a unção de Deus em nós. A unção é a capacitação de Deus para vivermos o propósito d'Ele em nossas vidas.

Sem a unção não conseguimos viver o chamado de Deus. Essa unção vem através de uma vida de santidade e da nossa busca pelo Espírito Santo.

Assim como Deus prometeu ao povo o cereal, o vinho e o óleo e que a partir de então um novo tempo se estabeleceria para eles, o desejo do Senhor é que também tenhamos esses alimentos espirituais na nossa caminhada cristã. Cada um deles fará o seu papel e todos eles juntos darão uma nova estrutura para a nossa vida.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Por que Deus se compara na Bíblia como um cipreste?

 Eu te ouvirei e cuidarei de ti; sou como o cipreste verde, de mim procede o seu fruto. Oséias 14:8


O povo de Israel estava vivendo em grandes pecados e por isso Deus enviou seus profetas a fim de tentarem abrir as suas mentes. Um desses profetas foi Oséias, que denunciou os pecados de Israel e lhes enviou muitas mensagens de arrependimento.

Por mais que Deus enviasse palavras de juízo vindouro contra aquele povo, Ele sempre trazia uma palavra de esperança. E em uma dessas palavras de esperança, Deus disse que cuidaria deles e que seria para eles como um cipreste verde.

Quando vamos pesquisar no mundo botânico sobre o cipreste, encontramos que ela é uma árvore muito grande, chegando a 25 metros de altura, que tem longa duração, sendo que algumas existem há milhares de anos e está sempre verde. E a partir dessa ideia inicial podemos entender porque o Senhor se compara a um cipreste. A força dessa árvore, a resistência e a capacidade de estar sempre verde nos faz lembrar como o Senhor é, forte, poderoso e imbatível.

Mas são pelas suas propriedades medicinais que o cipreste mais se destaca. Essa árvore tem um poder medicinal incrível, e atua desde o sistema cardíaco, respiratório, digestivo, reprodutor, até alívio de problemas da mente. A lista de enfermidades das quais o cipreste tem poder de cura é muito extensa, sendo que ele pode ser usado como óleo ou como chá.

O pecado nas nossas vidas age como uma enfermidade, que se não tratada vai nos corroendo. O povo de Israel estava doente, mas Deus se colocou como um cipreste, que poderia curar aquele povo de todos os seus males. Ele é poderoso para nos curar das feridas que o pecado traz. Ele não mudou e continua a ser para nós uma fonte de cura, física e espiritual.


Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; (Isaías 53:4)


É o Senhor quem sara todas as tuas enfermidades (Salmos 103:3).

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

O que te impede de conhecer Jesus?

 Eis que um homem rico, chamado Zaqueu, chefe dos publicanos, procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. Lucas 19:2‭-‬3


Durante o tempo que Jesus percorreu a terra, Ele se tornou muito conhecido. Multidões o seguiam atraídas pelas Suas palavras e pelos milagres que Ele fazia.

Em Jericó, um homem chamado Zaqueu desejava ver quem era Jesus. Provavelmente ele ouviu falar de Jesus e seu coração queimou pelo desejo de conhecê-lo. Existe um anseio no coração de todos nós pelo Senhor, pois fomos criados para Ele, entretanto, o distanciamento de alguns de Deus impede que eles percebam essa necessidade, achando que tudo está normal.

Zaqueu sentiu que faltava algo, e que talvez em Jesus ele pudesse encontrar o que precisava. Talvez ele quisesse vê-Lo para saber se Ele era tudo o que realmente disseram d'Ele. Mas havia um obstáculo, Jesus estava sempre cercado por uma multidão de pessoas, e Zaqueu era um homem baixo. Como ele faria para ver Jesus?

Mas o desejo de Zaqueu por conhecer Jesus era tão grande que ele teve a ideia de subir em uma árvore e dali observá-Lo quando Ele passasse. O que Zaqueu não sabia é que Jesus já o tinha visto e já sabia tudo sobre ele. Quando Jesus passou debaixo da árvore, olhou para cima e chamou Zaqueu pelo nome. A partir daquele dia, Zaqueu se converteu ao Senhor e mudou de vida.

Poderíamos abordar muitas coisas sobre Zaqueu, mas o que eu gostaria de falar hoje é sobre os obstáculos que nos impedem de conhecer Jesus. Zaqueu se deparou com dois inconvenientes: a multidão e a sua altura. Um obstáculo era externo a ele, o outro estava nele. Mas ele não se intimidou, mesmo diante das contrariedades, Zaqueu se dispôs a superar esses obstáculos.

E Jesus, ao ver a fé de Zaqueu, honrou aquele homem, se hospedando na casa dele e levando a salvação até a sua casa. Em nossos dias, nos deparamos com muitos obstáculos que nos impedem de conhecer Jesus, mas precisamos crer que nenhum deles pode superar o nosso desejo de tê-Lo conosco. Se queremos ver Jesus, podemos, pois Deus já nos colocou acima de quaisquer circunstâncias contrárias ao nosso relacionamento com Ele. Se os obstáculos são grandes, ousamos ser maiores do que eles.



sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Queremos hospedar Jesus ou apenas vê-Lo passar?

 Texto de referência: Lucas 19:1-10


Zaqueu era um homem que morava em Jericó. A sua profissão era ser chefe dos publicanos, homens que cobravam impostos das pessoas e frequentemente cobravam a mais, para ficarem com uma parte para si. Por essa atitude, os publicanos eram detestados pelas pessoas.

Em certo dia, quando Jesus passava pela cidade de Jericó, Zaqueu ficou sabendo e começou a articular como poderia fazer para vê-Lo, uma vez que Jesus estava cercado por uma multidão e Zaqueu era baixo. Ele então resolveu subir em uma árvore, e ali ficou aguardando até o momento em que Jesus passasse ali.

Não se sabe quando Zaqueu começou a ter interesse em conhecer Jesus, mas pelas suas atitudes, percebe-se que ele realmente desejava conhecê-Lo, e que a chama do Evangelho já ardia em seu coração.

Quando Jesus passou pelo lugar em que Zaqueu estava, Ele olhou para cima, e chamou Zaqueu pelo nome, dizendo que naquele dia Ele iria hospedar-se em sua casa. Sem hesitar, Zaqueu desceu, recebeu Jesus e fez o compromisso de devolver tudo aquilo que ele havia roubado das pessoas.

A intenção de Zaqueu era conhecer Jesus, mas o desejo de Jesus era hospedar-se em sua casa. Essa história nos fala muito sobre o tipo de relacionamento que Deus quer ter conosco. Ele não deseja apenas que nós O conheçamos. Ele deseja habitar em nós, estar conosco o tempo todo. Deus é um Deus de relacionamento, o contato d'Ele com Adão no Éden já nos deixa claro isso desde o princípio da criação do mundo.

Deus não nos quer apenas como servos, Ele deseja nos chamar de amigos. Ele quer intimidade conosco. Zaqueu não hesitou em receber Jesus em sua casa. Ele abriu o seu coração para recebê-lo com mais profundidade. Será que nós também desejamos hospedar Jesus, ao invés de apenas vê-lo passar?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Daniel, o amado de Deus

 "Então aquele ser semelhante a um homem tocou em mim outra vez e me fortaleceu. E disse: — Não tenha medo, homem muito amado! Que a paz esteja com você! Anime-se! Sim, anime-se!" Daniel 10:18‭-‬19


O livro do profeta Daniel apesar de ser pequeno, é bastante rico. Daniel foi um jovem dentre os nobres de Judá que foram exilados para Babilônia. Ali, ele ficou por três anos no palácio do rei aprendendo a língua e o costume dos caldeus. 

Apesar do povo de Judá estar vivendo em grandes pecados, Daniel não era assim, pois ele já chegou no exílio buscando não se contaminar com as comidas babilônicas, para não pecar contra Deus. A sua fidelidade fez com que o Senhor lhe desse grande sabedoria e o poder de interpretação de sonhos e visões.

Daniel durante toda a sua vida honrou e priorizou ao Senhor. Quando armaram uma cilada para lhe jogarem na cova dos leões, mesmo sabendo de um decreto do rei que o prejudicaria, Daniel continuou a orar a Deus. Poucos de nós teríamos a coragem de arriscar a própria vida para não pecar contra o Senhor. Daniel fez isso porque não teve a sua vida como mais preciosa do que a sua comunhão com o Altíssimo.

Outra característica de Daniel é que ele estava sempre nos palácios, como conselheiro dos reis. Foi conselheiro fiel de Nabucodonosor, depois do sucessor do reino, Belsazar, e também de Dario, que inclusive fez o que pôde para tentar livrá-lo da cova dos leões. Onde Daniel ia, ele se destacava pela sua sabedoria, mas buscava sempre glorificar a Deus por isso.

Não se viu na Bíblia um homem que relatou tantas visões de Deus como o profeta Daniel, desde visões sobre o que estava acontecendo no presente do reino babilônico, quanto visões para muitos anos à frente, inclusive visões apocalípticas.

E pela sua fidelidade, Daniel por duas vezes foi chamado de amado por um anjo que o visitou. Isso nos leva a crer que no exército dos céus Daniel era um homem amado. De forma profunda, Daniel era amado por Deus. O profeta Daniel é exemplo para nós de abnegação, fidelidade e amor ao Senhor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Qual o tamanho do desejo pelo Pentecostes em sua vida?

 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Atos 2:1‭-‬2


O mover do Espírito Santo descrito em Atos 2 é um dos textos mais marcantes da Bíblia. E não é para menos, pois foi o dia escolhido por Deus para que a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo, viesse habitar entre nós. Ele já existia, grandes homens e mulheres de Deus já o haviam experimentado na Antiga Aliança, mas agora era diferente, o Espírito Santo não apenas se manifestava, Ele estava vindo para ficar, para fazer morada no coração de todo aquele que cresse (e crê) no Evangelho.

E a partir desse dia, muito se tem falado no Espírito Santo, em Seus dons, Sua manifestação, Seu fruto. E pelo fato de lermos que os discípulos estavam em um lugar e o Espírito desceu, tendemos a acreditar que essa manifestação é fruto da busca de um dia, onde eles oraram e o Espírito se manifestou.

Enganados com essa crença, temos buscado também esse tipo de manifestação. Acreditamos que basta um dia em que a igreja esteja "avivada" e ali receberemos a unção do Espírito Santo. Mas se formos atentar bem para os textos anteriores ao dia de Pentecostes, vamos ver que após a ressurreição de Jesus, Ele apareceu para muitos discípulos (não somente os doze apóstolos) e ajustou muitas coisas que estavam fora do lugar. Como exemplo disso temos Pedro, que teve a sua conversão de fato após as aparições de Jesus ressuscitado.

Após a sua ascenção aos céus, Jesus ordenou a todos os que estavam no monte, cerca de quinhentas pessoas, que não saíssem de Jerusalém, mas que aguardassem até a manifestação do Espírito. No dia de Pentecostes (aproximadamente 50 dias após a páscoa judaica), cento e vinte pessoas estavam reunidas em um lugar, orando, quando o Espírito se manifestou.

Dessa forma, percebemos que a manifestação do Espírito não ocorreu como resultado daquele único dia. Havia uma promessa desde a ascenção de Jesus que estava se cumprindo ali. O Espírito não se manifestou a qualquer pessoa. Ele desceu sobre homens e mulheres que perseveraram em buscar ao Senhor, obedeceram à sua ordem de permanecer em Jerusalém e estavam com os seus corações transformados.

O intuito deste texto não é desanimar aqueles que desejam ser cheios do Espírito, pelo contrário, o objetivo é encorajar ainda mais a busca pela Sua santa presença, e desencorajar a banalização da manifestação do Espírito. Ele não se manifesta de qualquer forma ou a qualquer pessoa. O Espírito Santo deseja fazer morada e liberar os Seus dons a corações que desejem ser transformados por Ele e perseverem na busca por Sua presença. Esse é o verdadeiro Atos 2.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Não se contamine com as finas iguarias do pecado

 Texto de referência: Daniel 1:3-20


O profeta Daniel foi uma das pessoas exiladas levadas para a Babilônia como cativos. Na época ele era muito jovem. Ao chegar até a Babilônia, Daniel, juntamente com mais três amigos, foram escolhidos para serem conselheiros do rei. Esses jovens estavam entre os nobres de Judá e eram doutos em diversos assuntos.

Ao chegarem ao palácio, Daniel e seus amigos foram instruídos sobre o que eles deveriam se alimentar, que consistia em finas iguarias da mesa real e do vinho que o próprio rei bebia, a fim de terem boa aparência, para apresentar-se ao rei após três anos.

Imagine essa situação. Daniel, um dos cativos, ao contrário do seu povo que estava vivendo como escravos na Babilônia, talvez em situação de miséria, tinha a oportunidade de morar no palácio, comendo do melhor que havia na Babilônia. Apesar de ser um cativo, a situação dele era bastante superior aos seus demais parentes judeus.

Mesmo assim, Daniel resolveu em seu coração de que não iria se alimentar daquelas iguarias, para não se contaminar. Não fica claro no texto por que ele se contaminaria alimentando-se daquelas comidas, mas talvez fosse por serem comidas consagradas a ídolos. Daniel então pediu ao chefe dos eunucos, o homem que estava responsável pela educação deles, que deixasse ele e seus três amigos comerem apenas legumes e água.

Ao ver a resistência do eunuco em atender o pedido, Daniel pediu que o chefe fizesse uma experiência com eles, por dez dias utilizando essa alimentação. Ao fim desse período, ele percebeu que Daniel e seus amigos estavam mais fortes do que os demais que comiam da comida real. E então ele aceitou o pedido de Daniel.

E por essa atitude de fidelidade, Deus concedeu a eles sabedoria e conhecimento singulares, e a Daniel Deus deu sabedoria na interpretação de sonhos e visões. Passados os três anos, Daniel e seus amigos se apresentaram diante do rei, e se destacaram diante de todos os demais sábios da Babilônia, e passaram a fazer parte da cúpula real.

As finas iguarias do rei representam o pecado do mundo. Aparentemente ele parece bom, afinal sacia o nosso ego, mas quando cedemos a ele, estamos nos contaminando e perdendo a essência de Deus em nós. Daniel e seus amigos resolveram que não se contaminariam e Deus os honrou por essa atitude.

Desprezar aquelas iguarias e comer legumes certamente foi difícil, mas ao final eles perceberam que a boa comida deu a eles muito mais força do que a que era contaminada. Além disso, eles não perderam a comunhão com o Senhor, recebendo sabedoria e conhecimento.

A nossa vida é feita de escolhas. Diariamente estamos diante de situações onde devemos optar, seja por continuarmos firmes a Deus ou ceder ao pecado. Se o pecado for a nossa escolha, estamos abrindo mão de uma vida com Deus. Se a fidelidade a Deus for a nossa opção, Ele certamente nos honrará.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

O fogo da fornalha não tem poder contra nós

 Texto de referência: Daniel 3


Três homens judeus moravam na Babilônia no período do exílio. Os seus nomes eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Eles eram conselheiros de Nabucodonosor, um rei arrogante e perverso, que havia feito uma grande estátua, perante a qual todos deveriam se prostrar e adorar.

Entretanto, os três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, se recusaram a prostrar-se perante a estátua, e foram penalizados pelo rei, sendo jogados em uma fornalha de fogo. Antes de serem jogados, o rei perguntou aos homens se eles queriam mudar de atitude e prostrar-se perante a estátua. Eles não hesitaram em dizer que não se prostrariam e ressaltaram que Deus era suficientemente poderoso para livrá-los daquela situação, mas ainda que Ele não os livrasse, eles não se prostrariam perante outro que não fosse o Senhor.

Furioso com a fidelidade deles, o rei mandou jogá-los na fornalha acesa, mas se surpreendeu ao ver que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não morreram, mas caminhavam tranquilamente dentro da fornalha, acompanhados por um quarto homem, descrito pelo rei como um ser "semelhante ao filho dos deuses". Após esse fato surpreendente, eles foram retirados da fornalha por ordem do próprio rei, o qual reconheceu que o Deus deles enviou o Seu anjo para livrá-los da fornalha. O rei exaltou o nome do Senhor e promoveu os três homens na Babilônia.

Sadraque Mesaque e Abede-Nego são para nós exemplos de homens que foram fiéis ao Senhor e não se deixaram levar pelo medo do tirano Nabucodonosor. Mesmo vendo toda a província se prostrando perante a estátua, aqueles homens escolheram permanecer fiéis em sua adoração ao Senhor. Esse amor a Deus trouxe a eles também a confiança de que o Senhor agiria em favor deles livrando-os da fornalha, mas crendo que ainda que esse livramento não viesse, eles permaneceriam fiéis.

Realmente eles não escaparam de entrar na fornalha, mas foram protegidos por Deus dentro dela. Por serem fiéis a Deus, eles experimentaram a fidelidade de Deus também a eles. Embora estivessem na fornalha, aquele fogo não teve poder contra eles. A princípio, eles foram humilhados pelo rei, mas ao final, eles saíram daquela situação honrados, porque souberam honrar o nome do Senhor.

Deus não nos priva de algumas fornalhas, mas nos ajuda enquanto estamos nela. Assim como o fogo não teve poder contra os homens, ele não tem poder contra nós. Mesmo passando pelo meio do fogo, podemos sair ilesos, vendo o livramento de Deus em nosso favor. Mas Deus espera de nós fidelidade, que não venhamos a nos submeter aos deuses adorados por outras pessoas, mas que o nosso coração seja inteiramente do Senhor.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Jesus, o rio que nos traz vida e cura

Texto de referência: Ezequiel 47:1-12


O profeta Ezequiel durante o seu ministério teve uma visão muito interessante. Ele estava no templo quando viu um rio que se originava diretamente do altar. À medida que um Anjo media o rio, o profeta atravessava-o. A princípio, o rio se limitava aos tornozelos de Ezequiel. À medida que ele caminhava, essas águas subiam até o momento que ele não conseguia mais atravessar o rio a pé, apenas poderia fazê-lo nadando.

Mas a visão não terminava aí. Ezequiel foi levado às margens do rio, onde viu muitas árvores. Essas árvores dariam muitos frutos para alimento, e as suas folhas, que não se secariam, serviriam de remédio.

Ele também viu o curso das águas, que tornavam saudáveis qualquer lugar por onde ela passasse. Essas águas também traziam vida a muitíssimos peixes. Junto ao rio estavam pescadores, que tinham muito espaço para estenderem suas redes e pescarem grande quantidade de peixes.

Muitos anos após essa visão, Jesus viria ao mundo e se revelaria como o rio de águas vivas (João 4:14), do qual aquele que bebesse jamais teria sede. Esse rio representa a Jesus, que veio para nos trazer vida, cura e para saciar a sede da nossa alma.

Os que crêem em Jesus são como aquelas árvores, que dão fruto e levam cura. Assim como essas árvores só se sustentam por estarem às margens desse rio, nós só nos sustentamos e produzimos frutos quando estamos ao lado de Jesus.

Mas também somos os pescadores, usados por Cristo para atrair pessoas ao Seu reino. A extensão do seu reino não tem fim, e a quantidade de pessoas que podem crer n'Ele é inumerável.

Da mesma forma que o rio da visão era tão profundo, Jesus nos chama a caminhar e mergulhar nesse rio com profundidade, de forma a desfrutar de tudo o que a Sua presença pode nos proporcionar, a viver a vida que Ele pode nos dar, a receber a cura de que precisamos. O rio de Ezequiel foi uma visão, que já se cumpriu. Jesus já veio, esse rio que flui do trono já está entre nós.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O ministério do profeta Ezequiel

 

O profeta Ezequiel é um dos grandes profetas que estão na Bíblia. O seu ministério vem descrito logo após o livro do profeta Isaías e Jeremias. Apesar de serem todos consagrados por Deus como profetas, os seus ministérios seguiram rumos diferentes.

Todos eles denunciaram o pecado e anunciaram a restauração de Israel, mas ao lermos o livro de Isaías, percebemos que ele foi um profeta mais próximo a alguns reis da época. No caso de Jeremias, ele foi bastante rejeitado pela realeza e pelo povo. Tanto Isaías quanto Jeremias anunciaram a tomada de Judá pela Babilônia.

No caso de Ezequiel, o seu ministério já se inicia na Babilônia, dessa forma, Ezequiel não foi um profeta que anunciou o exílio. Todavia, apesar de estarem no exílio, alguns que permaneceram em Jerusalém continuavam no pecado, o que levou Ezequiel a anunciar juízo de Deus contra eles.

A narrativa de Ezequiel baseia-se muito em mensagens de juízo de Deus contra o pecado, não como uma tentativa de destruição do povo, mas como forma de levá-lo ao arrependimento. Em alguns momentos, Ezequiel se diz desacreditado pelo povo (Ezequiel 20:49).

Por conta do seu ministério profético, Ezequiel chegou a ficar mudo, isto é, foi impedido de falar por algum tempo (Ezequiel 24:27; 33:22). Ele também foi impedido por Deus de chorar a morte da sua esposa, o que certamente não foi fácil para ele (Ezequiel 24:16).

Apesar das dificuldades do chamado, Ezequiel presenciou momentos preciosos na presença de Deus, onde ele teve visões da glória de Deus e da restauração de Israel. Foi Ezequiel que teve a visão dos ossos secos que voltaram à vida (Ezequiel 37:1-14), e de um rio que saía do templo e não tinha mais fim (Ezequiel 47). 

Embora o seu livro relate muitas mensagens de juízo, o livro de Ezequiel termina com uma mensagem de esperança ao povo de Deus. O Senhor o fez ver um novo templo, dentro de uma nova cidade. Esse templo, apesar de descrito como físico, faz parte da definição de templo da nova aliança, que corresponde ao nosso coração, ele é o verdadeiro templo, lugar de habitação eterna do Senhor.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Profetiza!

 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. Ezequiel 37:10


O profeta Ezequiel, dentre os profetas existentes no Antigo Testamento foi levado pelo Espírito a um vale cheio de ossos secos, que representavam o povo de Israel, no período do exílio babilônico. Por ordem do Senhor, Ezequiel começou a profetizar sobre aqueles ossos, que logo ganharam vida.

Quando Ezequiel teve a visão do vale de ossos secos, Deus poderia tê-lo levado apenas para mostrar os ossos e o próprio Deus ter começado a falar àqueles ossos para reviverem. Mas Deus fez de uma forma diferente. Ele usou Ezequiel para essa missão.

Deus ordenou a Ezequiel que profetizasse sobre aqueles ossos para que eles revivessem. Primeiro, Ezequiel profetizou para que eles tomassem forma. Logo em seguida, ele declarou para que o Espírito viesse e entrasse naqueles ossos, para ganharem vida.

Essa visão de Ezequiel nos ensina acerca da importância de profetizar. A igreja de hoje tem perdido a noção da riqueza do dom da profecia. Não temos permitido que o Senhor use os nossos lábios como instrumentos d'Ele para chamar à existência as coisas que não existem (Romanos 4:17). O livro de Provérbios nos diz que os nossos lábios podem ser canal de bênçãos e de vida (Tiago 3:10). Quando profetizamos pelo Espírito sobre a vida de alguém ou sobre alguma circunstância, estamos permitindo que o Senhor nos use como canal de bênçãos para cumprimento da Sua obra.

Deus não precisa de nós para cumprir o que Ele quer, pois do Senhor é o querer tanto o efetuar (Filipenses 2:13), mas assim como Ele escolheu a Ezequiel para profetizar, Ele nos escolhe para profetizarmos e gerarmos vida através das nossas palavras.


segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Um Deus que está acima da morte

Texto de referência: Ezequiel 37:1-14


Um certo dia o profeta Ezequiel, um dos grandes profetas que existiram no Antigo Testamento, foi levado pelo Espírito de Deus a um vale cheio de ossos. Aqueles ossos estavam secos, mas quando Ezequiel começou a profetizar, eles ganharam vida.

Mas aquele renascimento não foi automático. Foi necessário um processo, onde primeiro foram colocados os tendões, depois as carnes e também as peles. Aqueles antigos ossos agora tinham forma, mas ainda não tinham vida. Eles só voltaram a viver quando sobre eles foi soprado o Espírito.

Quando os ossos ganharam vida, eles se tornaram um exército numeroso. Só depois de tudo isso, Ezequiel teve a interpretação daquela visão. Por revelação do Senhor, o profeta entendeu que aqueles ossos representavam o povo de Israel, que estava morto, sem esperança no exílio babilônico. Mas Deus estava prometendo que eles seriam tirados da sepultura da escravidão, e trazidos de volta à terra de Israel.

Ossos são a representação de algo sem vida, que já morreu há muito tempo. Assim estamos nós em muitas situações. A morte não ocorre apenas de forma física. Ela pode ser a ilustração de uma vida sem Deus, inundada no pecado. Outras vezes, a morte se manifesta através de uma depressão profunda, onde toda a alegria de viver se perde, e o que se nota é apenas um corpo respirando, sem sonhos, sem esperança, sem o prazer de viver.

Mas essa visão do vale de ossos secos nos mostra que não existe situação que não possa ser mudada pelo Senhor. Ninguém que visse aqueles ossos diriam que algum dia eles poderiam viver. Mas eles viveram. Onde havia morte passou a ter vida. 

Não existe situação de morte em nós que não possa ser transformada em vida. Por mais afundados que estejamos na lama do pecado, Deus é poderoso para nos tirar de lá. Por maior que seja a decepção, a desilusão, a depressão, Deus pode trazer vida àquela situação. 

sábado, 27 de novembro de 2021

Reconhecendo o agir de Deus em nosso favor

 "Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei." Gênesis 35:3


A trajetória de vida de Jacó é muito interessante. Ele foi um homem que viveu uma juventude de mentiras e enganos, mas que no decorrer da vida conheceu a Deus e aprendeu a viver com sinceridade na presença d'Ele. Jacó teve muitos tropeços em sua caminhada, mas uma coisa é admirável em sua vida: Ele nunca abandonou a Deus. Apesar das suas falhas, Jacó sempre reconheceu que Deus é o Senhor.

No versículo de referência, vemos que Jacó levantou um altar a Deus como forma de adorá-Lo e agradecê-Lo pela sua presença durante a sua caminhada. O contexto em que Jacó toma essa atitude é após ele sair da casa de seu sogro Labão e encontrar-se com Esaú, seu irmão.

Jacó saiu de sua terra natal sem nada de bens materiais, mas voltou como um homem próspero. Saiu jurado de morte por Esaú, mas conseguiu reconciliar-se com ele. Muitas foram as dificuldades que aquele homem enfrentou, mas ele percebeu que a mão de Deus o acompanhou em sua trajetória e isso fez toda a diferença em sua vida.

A fala de Jacó demonstra gratidão por parte dele, e reconhecimento do agir de Deus em seu favor. Pode parecer que não, mas nem sempre somos gratos pelo que Deus faz por nós. Muitas vezes não reconhecemos o Seu agir em nosso favor. Outras vezes, após a aflição, nos esquecemos de tudo o que Ele fez por nós.

A gratidão não apenas nos faz ser pessoas melhores, ela abre portas também para novos milagres. Quando reconhecemos o que Deus fez por nós no momento da aflição estamos reverenciando a Ele e rendendo a Ele aquilo que a Palavra chama de sacrifício de ações de graça. Sejamos gratos a Deus, reconheçamos o Seu agir em nosso favor, e bênçãos ainda maiores virão.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Não revele o milagre antes de recebê-lo

 Então disse Eliseu: “Vá pedir emprestadas vasilhas a todos os vizinhos. Mas peça muitas. Depois entre em casa com seus filhos e feche a porta. Derrame daquele azeite em cada vasilha e vá separando as que você for enchendo”. 2 Reis 4:3‭-‬4


O livro dos Reis conta a história de uma certa viúva que chegou até o profeta Eliseu rogando-lhe por seus filhos que estavam para serem levados como escravos por credores de dívidas feitas por seu falecido esposo.

Eliseu pergunta-lhe o que ela tem, e ela diz que tem apenas uma botija de azeite. Esse pequeno instrumento foi o suficiente para Deus operar um grande milagre na vida daquela mulher. Pelo poder de Deus, aquele pouquinho de azeite se multiplicou e ela teve uma quantidade suficiente para vender o azeite e pagar a sua dívida. 

Mas antes do milagre acontecer, aquela mulher precisou seguir alguns passos de obediência. Ela precisou pedir muitas vasilhas a seus vizinhos, e quando ela estivesse de posse dessas vasilhas, a ordem de Deus foi que ela deveria entrar com seus filhos para a sua casa, fechar a porta e confiar no agir de Deus.

Provavelmente quando aquela mulher saiu pela vizinhança a pedir vasilhas, eles acharam estranho. Mas por ordem de Deus ela não deveria falar nada, apenas pedir e ir para a sua casa, porque ali, no secreto, na presença apenas da sua família, Deus operaria o milagre.

Não se sabe os motivos pelos quais Deus pediu a viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta. Talvez seria para poupá-la dos incrédulos, que poderiam desestimular a sua fé. Mas sabe-se que existem milagres que Deus deseja operar em nós que Ele não o fará na presença de uma multidão. Serão bênçãos das quais apenas a nossa família irá presenciar.

Após o milagre, a vizinhança soube que aquela mulher estava de posse de muito azeite, mas eles só ficaram sabendo desse feito após a concretização do milagre. Não revele o seu milagre antes de recebê-lo. Espere a orientação e o agir do Senhor, que na maior parte das vezes se dá em secreto, e depois sem que seja preciso você dizer, todos saberão o que o Senhor fez por sua vida.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Abraão, exemplo de obediência e fé

 Textos de referência: Gênesis 12;15;17;22


Após Noé, Abraão é o primeiro homem na Bíblia do qual se sabem tantos detalhes. Ele era descendente de Sem. Esse homem se destaca na Bíblia pela sua fé. Ele recebeu de Deus uma promessa, de que a partir dele seria estabelecida uma grande nação, e que ele seria engrandecido e abençoado.

Para que isso se cumprisse, Abraão precisava deixar a casa do seu pai. Abraão abandonou toda a sua família, sem saber para onde ia, apenas confiando na Palavra que Deus lhe dera.  Mais a frente, Deus lhe prometeu uma grande descendência. Mas o fato é que Sara, esposa de Abraão era estéril e idosa, e por esses motivos não tinha condições biológicas de lhe gerar filhos. Mesmo assim Abraão creu. 

Ele creu contra todas as possibilidades. Não havia esperança humana nenhuma, Abraão não tinha os testemunhos de fé que temos hoje, mesmo assim ele creu, e por isso Deus se agradou dele.

Todavia ele recuou na fé, quando anuiu ao conselho de Sara, de ter um filho com Agar, uma das suas servas. Esse fato pode tê-lo distanciado do Senhor, pois dos oitenta e seis anos até aos noventa e nove não há registros de diálogos entre Deus e Abraão. Quando Deus chama novamente Abraão, Ele o convida a voltar à Sua presença e mudar os seus caminhos. Abraão se rende ao Senhor, e a partir dali, passou a ter sempre comunhão com Deus.

Outra característica da vida de Abraão era a sua obediência. Quando ordenado por Deus a circuncidar todos da sua casa, Abraão prontamente obedeceu. Mas a principal prova de obediência de Abraão foi não ter negado a Deus o seu único filho. Esse ato de obediência selou a promessa de Deus na vida de Abraão, que recebeu a promessa de uma descendência vitoriosa e grandiosa.

Abraão é para nós um exemplo de obediência e fé. Ele obedeceu mesmo sendo confrontado com um pedido doloroso. Teve fé mesmo não tendo nenhuma condição favorável. Temos muito o que aprender com ele.

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Seja sincero na presença de Deus

 Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Provérbios 28:13


Deus é perfeito e maravilhoso, mas Ele nunca escondeu de nós a nossa condição de pecadores. Somos pecadores e o Senhor não nos priva de sabermos dessa realidade, entretanto, Ele também nos adverte acerca dos perigos de uma vida de permanência no pecado.

Deus nunca irá compactuar com o pecado. Ele é Santo, a Sua natureza é de santidade, em Seu reino não há espaço para o pecado, mas há lugar para o pecador. Mas isso não se dá de qualquer maneira, isto é, Deus acolhe o pecador, mas para que nós pecadores sejamos aceitos em seu reino, precisamos de uma atitude: o arrependimento.

Apesar de toda a perfeição de Deus, o Seu reino é formado de pessoas imperfeitas, mas que reconhecem a sua condição e que Deus é poderoso para transformar qualquer coração. O versículo de hoje nos diz que aquele que esconde os seus pecados não prospera, isto é, não há avanços naquele que não reconhece os seus pecados. Por outro lado, aquele que se arrepende, confessa os seus erros e se esforça para mudar encontra misericórdia por parte de Deus. 

Percebemos então que existem dois caminhos. Um caminho consiste em não reconhecer os seus erros, pelo contrário, passar panos quentes, varrer os pecados para "debaixo do tapete", com o intuito de não ser descoberto, ou em uma tentativa de enganar a si próprio. O outro caminho é daquele que reconhece perante Deus que está errado, pede perdão a Ele e muda suas atitudes. Esse indivíduo é aquele que alcança misericórdia. 

Uma característica de alguém verdadeiramente cristão é a sinceridade. Deus se agrada em sermos sinceros diante d'Ele. Podemos enganar qualquer pessoa, menos a Deus, pois Ele nos conhece no mais profundo do nosso ser. Por isso, quando somos sinceros diante do Senhor, estamos reconhecendo a nossa fragilidade perante Ele, e a um coração quebrantado, Deus não desprezará.

Se eu fosse resumir essa mensagem de hoje em uma frase, eu diria: seja sincero diante de Deus quanto aos seus pecados. Não esconda nada d'Ele, pelo contrário, confesse a Deus os seus pecados, sejam quais forem a gravidade deles, pois para aquele que confessa e arrepende, há misericórdia. Para aqueles que tentam esconder, estão tomando uma atitude inútil, pois Deus não se deixa enganar.


sábado, 20 de novembro de 2021

Das portas da morte, para a presença de Deus

Tu, que me levanta das portas da morte, para que às portas da filha de Sião, eu proclame todos os Teus louvores, e me regozije da Tua salvação. Salmos 9:13-14


O livro dos Salmos é um livro muito completo, que expressa de uma maneira muito marcante a realidade do coração do homem, que muitas vezes se sente radiante de alegria, mas outras vezes se afunda em tristezas. E por isso o livro do Salmos é tão real, pois revela a nossa fragilidade enquanto seres humanos.

É essa fragilidade que é expressa no Salmos 9, onde o salmista agradece a Deus um grande livramento recebido contra os seus adversários. Ele exalta a grandeza e a bondade de Deus, e revela que o Senhor o levantou das portas da morte e colocou às portas da filha de Sião, para que ele pudesse proclamar louvores a Deus e se alegrar em Sua salvação.

Esse versículo nos aponta duas situações. Em um primeiro momento, o salmista, cercado pelos seus adversários estava à beira da morte, sofrendo e aflito. Em um segundo momento, aquele homem foi tirado das portas da morte para ser colocado na presença de Deus. A partir desse momento, aquele homem deveria louvar a Deus e se alegrar pela salvação recebida.

Em nossa vida, muitas vezes nos encontramos como o salmista, às portas da morte. São muitas as situações que nos trazem tristeza, sofrimento e dor. Mas o Senhor é poderoso para mudar a nossa situação, e nos tirar de uma vida de dor e nos colocar na presença d'Ele, onde há regozijo e esperança.

Mas é preciso lembrar que todas as bênçãos que recebemos tem o intuito de glorificar a Deus. Nascemos para adorá-Lo, esse é o propósito da nossa existência, mas muitas vezes nos esquecemos disso, e Ele permite situações difíceis para que possamos reconhecer a Sua grandeza e o Seu poder.

A vida do salmista foi transformada, ele saiu das portas da morte para a presença de Deus. Nós também podemos experimentar isso em nossas vidas. O dia que crermos no poder e na grandeza de Deus, poderemos experimentar o melhor que Ele pode fazer em nós.


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

As etapas na vida de Abraão até o cumprimento da promessa

 E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado. Gênesis 21:2


Abraão tinha setenta e cinco anos quando recebeu de Deus a promessa de que herdaria uma terra. Mas ele não herdaria sozinho, a sua descendência também. Acontece que Sara, dez anos mais jovem do que Abraão, era estéril, e por toda a vida eles desejaram um filho, que não veio.

Mas apesar de não ter nenhuma circunstância favorável ao cumprimento da promessa, Abraão creu, e isso agradou a Deus. Mas quando Abraão tinha oitenta e seis anos, Sara lhe propõe que ele se deitasse com a sua serva para que esta engravidasse dele. Abraão consentiu e isso lhe gerou diversas consequências.

Treze anos se passaram e nesse período não há referências bíblicas de nenhum diálogo entre  Deus e Abraão. Apenas aos noventa e nove anos, Deus aparece a Abraão, ordena-lhe que fosse perfeito em seus caminhos, muda o nome de Abraão e Sara (Abrão e Sarai eram seus nomes) e novamente renova a promessa feita anteriormente. Mas dessa vez, Deus estabelece o prazo de um ano.

Após um ano, conforme a Palavra do Senhor que não falha, Abraão e Sara, com cem anos e noventa, respectivamente, recebem o tão sonhado filho.

A vida de Abraão até o cumprimento da promessa foi definida em etapas. Apesar de sua fé inicial, durante esse período de vinte e cinco anos, Abraão esmoreceu algumas vezes e até mesmo falhou, mas quando aos noventa e nove anos Deus apareceu a ele, Abraão se mostrou disposto a obedecer. 

Quando Deus fala algo conosco, até que essa palavra se cumpra, muitas vezes precisamos cumprir diversas etapas. Cada etapa até a nossa vitória completa possibilita o nosso crescimento espiritual. E isso nos prepara para que estejamos maduros na fé para recebermos as bênçãos.

A maturidade que Abraão adquiriu permitiu que ele não retrocedesse na fé quando Deus lhe pediu Isaque em sacrifício. A disponibilidade de Abraão em obedecer mostrou o seu nível de intimidade e confiança no Senhor. E é essa maturidade que Deus também espera de nós. Que não venhamos a desanimar quando tivermos que enfrentar as etapas rumo às nossas bênçãos, pois cada etapa desse processo nos fará crescer e irá nos preparar da melhor maneira para recebermos o melhor de Deus para nós.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Viver sem domínio próprio é viver desprotegido

 Como a cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio. Provérbios 25:28


O domínio próprio é uma virtude encontrada nas escrituras que sempre nos deixam constrangidos. Antes de aprofundarmos no que a Bíblia diz, vamos entender o que é essa qualidade. O domínio próprio diz respeito ao controle de si mesmo, em outras palavras, domínio próprio significa autocontrole.

Na Bíblia, vamos encontrar algumas passagens que falam sobre o domínio próprio. Em uma delas, talvez a mais conhecida (Gálatas 5:23), vemos o domínio próprio como um fruto do Espírito. Isso quer dizer que à medida que nos deixamos ser conduzidos pelo Espírito, vamos adquirindo a capacidade de controlar a nós mesmos.

Em outra passagem bíblica, vemos as consequências da falta de domínio próprio. O sábio escritor de Provérbios (25:28) diz que o homem que não tem domínio próprio é como uma cidade que está demolida por não ter muros. Na época do Antigo Testamento, era comum as cidades serem cercadas por muros altos, que tinham o objetivo de proteger a cidade contra ataques inimigos.

Imagine uma cidade cujos adversários conseguiram derrubar os muros. Certamente, após entrarem na cidade, farão uma destruição total. É com essa comparação que o Senhor compara aqueles que não têm domínio próprio. Estão desprotegidos, e sujeitos a ataques adversários. E quando estes entram, causam uma grande destruição.

Uma pessoa que não tem controle de si, das suas palavras, das suas atitudes, das suas emoções acaba ficando totalmente vulnerável a ataques adversários. Qualquer coisa o abate, qualquer afronta o tira do sério, qualquer fagulha vira uma fogueira.

Como vencer tudo isso? Não existe fórmula mágica. O segredo é andar no Espírito. A cada dia que vamos permitindo o Espírito Santo habitar em nós, vamos colhendo os frutos da Sua presença transformadora. E um desses frutos é o domínio próprio. Não viva sem o Espírito, não caminhe mais sem domínio próprio.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Jeremias: o profeta fiel

 Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor. E estendeu o Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca; Jeremias 1:8-9


O profeta Jeremias foi um grande profeta no território de Israel. O seu ministério ocorreu desde os tempos do rei Josias até o início do período de exílio de Israel na Babilônia. 

O ministério de Jeremias foi extremamente penoso, porque ele exerceu o seu ministério em um período onde o povo de Judá estava vivendo uma corrupção moral e religiosa muito grande, além de uma grande idolatria. E Jeremias foi fiel ao seu chamado pois ele não se calou diante da realidade em que o povo estava vivendo.

Entretanto, Jeremias pagou um alto preço por sua fidelidade a Deus, pois as profecias anunciadas aos judeus os desagradaram muito, isso porque Jeremias não apenas denunciava o pecado, mas anunciava também o castigo de Deus ao povo. E por tudo isso, Jeremias foi rejeitado pelas pessoas (15:17), foi açoitado, jogado em uma cisterna cheia de lama (38:6) e preso (37:16).

Uma das características mais marcantes de Jeremias foi a sua sinceridade com Deus. Jeremias por vezes se queixava diante de Deus e achava penoso o seu ministério. Todavia, Deus sempre buscava dar uma palavra de consolo ao profeta. Deus lhe prometeu que Ele estaria com Jeremias, e que ninguém faria mal a ele.

E quando Jerusalém foi tomada por Nabucodonosor e levada para o exílio para a Babilônia, Jeremias foi tratado com toda a humanidade, e por ordem do próprio Nabucodonosor (39:12) pôde escolher para qual lugar iria, se para Babilônia ou se escolheria ficar em Jerusalém. Os príncipes que o humilharam foram levados como escravos, mas Jeremias estava livre.

A vida de Jeremias nos ensina sobre a fidelidade em cumprir o chamado de Deus. Em um tempo onde os líderes têm medo de falar a verdade e serem "cancelados", encontramos Jeremias, um profeta que falou a Palavra genuína de Deus, mesmo sabendo as consequências disso para a  sua vida pessoal. O legado de Jeremias permanece vivo. Ele é exemplo para todos os profetas. São os profetas de ontem que continuam falando hoje.


sábado, 6 de novembro de 2021

Começando uma nova etapa: a história de Elias

 Texto de referência: 1 Reis 17:1-9


A história de Elias começa no capítulo 17 do primeiro livro de Reis. Não há muita informação sobre as origens dele, apenas que ele era da tribo de Gileade. A primeira profecia atribuída a ele foi a de prever uma grande seca sobre Israel, governada pelo perverso rei Acabe. Após essa profecia, Elias por ordem de Deus vai até as proximidades do rio Jordão, onde havia um ribeiro de água. Naquele lugar Elias foi alimentado por corvos que traziam a ele diariamente pão e carne (garçons nada tradicionais, diga-se de passagem) e bebia água do rio. Mas após um período aquele rio secou.

Deus então ordena a Elias que fosse até a região de Sarepta, território pertencente a Sidom, fora do território israelita, e ali ele seria sustentado por uma viúva previamente avisada pelo Senhor. Acontece que aquela viúva era uma mulher extremamente pobre, que não tinha condições humanas de sustentar a si mesmo. Vivendo na casa da viúva, Elias continuou a experimentar o poder de Deus, mas de uma maneira ainda mais profunda, pois em um episódio em que o filho da viúva adoeceu e morreu, através de Elias, Deus trouxe a vida novamente à criança.

Por muitos anos eu li essa passagem, mas nunca me atentei ao fato de que Deus permitiu que o ribeiro de água secasse e Elias saísse dali. Deus era suficientemente poderoso para fazer com que aquele ribeiro continuasse a ter águas, mas naquele momento o propósito era Elias sair dali e iniciar uma nova etapa em sua vida.

A entrada dele em Sarepta era uma oportunidade de levar a Palavra àquele território, bem como socorrer uma mulher que estava prestes a morrer com o seu filho. Além disso, o próprio Elias precisava avançar em seu ministério e ali ele pôde crescer muito espiritualmente.

Apesar de ter poder para nos sustentar em qualquer situação, muitas vezes Deus permite circunstâncias que nos obrigam a avançar para outros caminhos. Esse é o caminho para o nosso crescimento. Diz uma história que a necessidade fez o sapo pular e a falta de comida fez as girafas terem o pescoço grande. São as dificuldades que nos impulsionam a crescer. Muitas vezes enquanto temos sustento, tendemos a nos acomodar, mas o Senhor permite o aperto, a fim de que possamos progredir. Esse é o caminho natural do ser humano, avançar.


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

No meio do caminho havia um mar

 Texto-base: Êxodo 14


Muitas vezes ao meditarmos sobre a história do povo de Israel separamos a parte em que Deus promete livrá-los dos egípcios com a passagem pelo mar. Nesse texto quero levá-los a perceber como o agir de Deus foi tremendo nessas passagens e como elas estão unidas entre si.

Inicialmente Deus promete livrar o povo daquela dura escravidão. Para isso, manifesta o Seu poder através das pragas até que Faraó decide libertá-los. O povo sai do Egito rumo à terra prometida. Se não conhecêssemos a história diríamos que aquele era o fim, um final feliz.

Entretanto, ainda havia mais uma guerra para o povo vencer. Não sabiam eles, mas logo à frente havia um grande mar.

Conosco muitas vezes é assim, Deus nos promete salvação, libertação, prosperidade. Nosso coração se enche de fé e tudo começa a correr bem. Logo achamos que aquela prova está chegando ao fim. Até que nos surge no meio do caminho um grande mar. Mas Deus nos deu a promessa. Por acaso Ele mentiria ou se enganaria? Jamais!

E então, por que tudo isso nos sobreveio? Para provar a nossa fé. E se Deus nos deu a promessa, não precisamos mais ficar orando e pedindo para que Ele repita o que já nos falou. Caminhe sobre as águas, ande na Palavra que Ele lhe deu e você vencerá.

Foi assim que Deus disse a Moisés: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.” Não era mais tempo de clamar, era tempo de agir.  E você? Ainda está clamando e chorando, clamando e chorando, mesmo depois de Deus já ter lhe dado a promessa?  Pare com isso agora! Agora é hora de marchar, de colocar sua fé em ação!

Renove sua fé neste dia e comece a profetizar a sua vitória. Lute contra tudo o que faz você achar que Deus não está contigo. Tão somente creia e  a vitória virá.


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

As nossas aflições são leves e momentâneas

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. 2 Coríntios 4:17-18


Aflições todos nós enfrentamos. A Bíblia diz em Romanos 8:22-23 que não somente a criação suporta angústias, mas mesmo aqueles que possuem o Espírito Santo ao seu lado também enfrentam aflições. Por isso nesse dia não se questione mais pelas suas aflições, erga a sua cabeça e medite nesse texto que vamos falar.

O versículo 17 diz que a nossa tribulação é leve e momentânea. Paulo entendeu que, apesar de tudo o que ele estava vivendo ser tão terrível, o Senhor já o tinha dado forças suficientes para suportar, fazendo com que sua tribulação ficasse leve. Também entendeu que o Senhor tinha algo melhor para ele mais à frente, ele não passaria toda a sua vida naquela tribulação, portanto esta era momentânea.

Que tremenda essa revelação! Se Deus está conosco, o nosso fardo fica leve, pois quem nos ajuda a carregar é o Senhor! Também se Deus está conosco, a prova vai passar, não vai durar para sempre. Vamos nos lembrar que Salmos 30:5 diz que o choro pode até durar uma noite, mas a alegria vem quando amanhece o dia!

Ainda, ele diz que aquela tribulação que era leve e momentânea tinha um propósito: produzir eterno peso de glória, acima de toda comparação! Isto nos leva a crer que, as nossas aflições não são por acaso, são maneiras que Deus usa para intervir em nossas vidas. E após a tribulação podemos esperar a glória do Senhor (não a glória humana) se manifestando em nós!

Ainda que a sua prova seja grande aquilo de bom que Deus tem preparado para a sua vida após essa prova é ainda maior, algo que não se poderá comparar! Mas é preciso crer, pois Paulo diz no versículo 18 que ele não se atentava para o que ele estava vendo, mas para aquilo que ele não via, pois o que ele estava enfrentando era temporal, isto é, passageiro, mas o que estava por vir seria eterno.

Por fim, quero deixar o início do texto, quando ele diz que não podemos desanimar. Paulo não desanimava porque ele sabia de tudo isso que acabamos de meditar. Mas ele afirma que ainda que o nosso exterior sofra com as tribulações, o nosso interior permanece forte, renovado diariamente. Se renove no Senhor hoje, deixe Ele te ajudar a carregar seu fardo!

Temos enfrentado dias difíceis, mas podemos ter a certeza de que o que Deus tem para nós é muito maior e incomparavelmente melhor. Mas a nossa atenção tem que estar naquilo que não se vê, isto é, a nossa fé tem que ser fortalecida, pois é através da fé que poderemos alcançar o melhor de Deus!


sábado, 30 de outubro de 2021

Não terceirize a criação dos seus filhos


Gerar filhos é uma das etapas mais importantes da nossa vida. Na verdade, o gerar é algo mágico, pois um filho nada mais é do que o fruto gerado pela união profunda entre duas pessoas. E por isso, o ato sexual é tão importante e deve ser feito com amor, pois esse ato pode resultar em uma nova vida.

Mas se o gerar filhos é algo mágico, criar os filhos é algo trabalhoso. Apesar de saírem de dentro de nós mulheres, os filhos têm vida própria e se quando crianças querem estar colados nos pais, a partir da juventude eles querem voar. Enquanto estão sob as nossas vistas, temos algum controle, mas após serem adultos, eles mesmos escolhem os seus próprios caminhos.

E é nessa etapa que muitos pais têm sofrido. Provérbios 17:21 diz que o filho insensato entristece os seus pais. Criamos os nossos filhos para vê-los brilhar, e quando eles escolhem caminhos tortuosos, o nosso coração sofre.

Mas Provérbios 22:6;15 também nos exorta a ensinar os nossos filhos (enquanto crianças) a andar nos caminhos do Senhor e a castigá-los para que aprendam a sabedoria. Perceba que a orientação é para fazer isso enquanto são crianças pois é essa fase que determinará toda a vida adulta deles. 

O problema é que a nossa geração não têm cuidado das suas crianças. Estamos nos preocupando com o trabalho, com os estudos, com as redes sociais, com a decoração do lar, e estamos deixando de lado os nossos filhos, permitindo que eles sejam criados pela televisão, pelo celular ou pela rua.

E aí quando crescem, vêm a insensatez, que tanto gera desgosto. Não dá para terceirizar a criação dos nossos filhos. Essa responsabilidade é nossa, é nosso dever enquanto pais de assumi-la.


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

O valor de uma vida

Textos de referência: Marcos 4:35; 5:1-5; 18-20


O amor de Deus por nós é algo inexplicável. Ele nos ama, mesmo sem merecermos. E por que Ele nos ama, Ele deu seu único Filho para morrer por nós. Ainda que só existisse um ser humano nesta Terra, Jesus morreria, pois para Deus cada vida vale a pena.

Existe um texto que nos faz refletir bastante acerca desse tema, é a história do endemoninhado gadareno. Esse homem estava possuído por uma legião de demônios e vivia atormentado. Um certo dia, Jesus deixou uma multidão e saiu de barco com seus discípulos, chamando-os para irem à outra margem. 

No meio do caminho eles enfrentam uma grande tempestade, mas ao chegarem até a outra margem, no território de Gadara, encontram esse homem possesso, gritando e totalmente nu. Jesus então o liberta, e ele pede a Jesus para ir com Ele, mas Jesus não permite, dizendo que agora a sua missão era pregar em toda aquela região aquilo que Deus havia feito por ele.

Jesus então volta de barco para o lugar de onde Ele havia partido. Jesus havia ido até aquele território apenas porque ali havia um homem que precisava d'Ele. Mas a história daquele homem daria muitos frutos para o reino de Deus, pois através dele outras vidas poderiam conhecer o poder de Deus.

Cada vida para Deus importa. Cada alma é amada por Deus e por isso há festa no céu quando um pecador se arrepende (Lucas 15:10), porque uma alma vale mais do que o mundo inteiro (Mateus 16:26). Muitas vezes ficamos desanimados quando há uma pequena quantidade de pessoas em um culto, por exemplo, mas se naquele lugar uma vida for transformada, já valerá tudo o que foi feito ali.

Jesus foi até Gadara em busca de uma vida. E essa vida provavelmente gerou outras vidas para o reino de Deus. Jesus faz o mesmo por nós. Ele sai ao nosso encontro nos lugares mais remotos, para nos resgatar, porque a nossa vida vale muito para Ele. Ele não quer perder nenhuma vida, a começar de nós. Deus nos ama, a nossa vida tem valor diante d'Ele.