quarta-feira, 31 de março de 2021

A escolha de Rebeca e o que Deus espera de nós enquanto esposas

Texto-base: Gênesis 24


A história de Isaque e Rebeca é uma das histórias de amor entre casais que a Bíblia relata. Isaque ainda não havia casado e seu pai, Abraão, pede a um servo de sua confiança para ir até a Mesopotâmia, a terra onde morava seu irmão Naor, a fim de buscar uma esposa para Isaque dentre os seus parentes.

O servo aceita a missão apreensivo, com receio de não conseguir encontrar a esposa ideal. Ele então entrega essa missão aos pés do Senhor, que começa a agir. Além disso, o servo de Abraão elabora uma estratégia bastante perspicaz a fim de encontrar a esposa certa para Isaque. Ele vai até o poço da cidade, onde as mulheres costumavam tirar água.

Antes de encontrar-se com Rebeca, aquela que seria a escolhida como esposa de Isaque, o servo de Abraão faz um voto a Deus de que a mulher que ele pedisse água e lhe desse, e se oferecesse também a dar aos seus camelos, fosse essa a esposa que o Senhor tinha para Isaque.

O fato do servo de Abraão ir ao poço onde as mulheres tiravam água indica que ele estava à procura de uma mulher que fosse diligente em trabalhar e cuidar do lar. Ainda, sua atitude em buscar alguém que se oferecesse para dar água também aos seus camelos demonstra que ele estava à procura de uma mulher cordial e disposta a servir.

Quando ele pede água a Rebeca e ela lhe diz exatamente como ele pediu ao Senhor, ele se alegra. Mas a sua surpresa maior é ao saber que ela era neta de Naor, irmão de Abraão. Ali ele se assegura de que Rebeca era a escolhida por Deus para ser a amada de Isaque.

Apesar de Rebeca no futuro ter falhado como esposa e mãe, o início de sua vida conjugal a partir de sua escolha como esposa, demonstra o que o Senhor espera de nós como esposas. Uma mulher que cuida da casa e das coisas do lar, não se rendendo à preguiça. Uma mulher também disposta a servir ao próximo.

Essa não é a única referência de esposa que há na Bíblia. A carta de Pedro 3:3-4 nos relata que as esposas devem ser revestidas de atitudes interiores, cheias de tranquilidade e mansidão. A epístola de Tito 2:5 nos ensina que, como esposas, devemos ser boas donas de casa e bondosas, atitudes que certamente o servo de Abraão viu em Rebeca. Por fim, a mulher virtuosa descrita em Provérbios 31:20 e 31:27 nos aponta uma mulher que olha para as causas do próximo e que não se rende à preguiça.

Sem dúvida, tais virtudes são elementos que exigem de nós esforço e dedicação para cumprirmos. Enquanto esposas, que o Senhor encontre em nós essas qualidades, que certamente trarão prosperidade e grandeza ao nosso lar.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Andar sem domínio próprio é viver desprotegido

Texto-base: Provérbios 25:28 "Como a cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio."


O domínio próprio é citado algumas vezes na Bíblia. Em uma dessas passagens, é colocado como um fruto do Espírito, qualidades que só tem aqueles que andam com o Espírito Santo ao seu lado (Gálatas 5:22-23).

O livro de Provérbios também cita o domínio próprio, dessa vez fazendo analogias com aquele que não tem essa atribuição. Para o autor, aquele que não tem domínio próprio é semelhante a uma cidade derrubada, sem muros. Nos tempos bíblicos, era comum as cidades terem muros ao redor, os quais tinham a função de proteção. Quanto mais alto e resistente o muro, mais protegida estava a cidade.

Assim como os muros de uma cidade revelam proteção à ela, o domínio próprio é instrumento de proteção àquele que o cultiva. Ele não é uma característica eterna, mas deve ser cultivado diariamente, afinal somos frequentemente tentados a servir os prazeres do mundo.

Precisamos desse atributo em diversas situações.

Precisamos de domínio próprio nas nossas relações: em momentos onde somos afrontados por outras pessoas, precisamos saber controlar nossas palavras e emoções, a fim de não revidarmos com a mesma afronta recebida.

Precisamos de domínio próprio no nosso corpo. Como templo do Espírito, o nosso corpo é santo e por isso as nossas paixões carnais não podem nos dominar.

Precisamos de domínio próprio na nossa língua, que não pode ser instrumento para ferir, caluniar ou maldizer o nosso próximo. Saber usar a língua de forma sábia é um dos conselhos mais vistos no livro de Provérbios, tamanha a importância dessa atitude.

E por tudo o que foi dito o domínio próprio é um fator de proteção. Quem o tem não se deixa ser levado pela ira, pelas paixões ou por um falar descontrolado. Cultivar o domínio próprio é proteger suas emoções, suas atitudes, sua língua. É não se expor demais, para depois se curvar ao remorso de agir baseando-se apenas na emoção.

domingo, 28 de março de 2021

Agar: a mulher que se encontrou com Deus no deserto

 Textos-base: Gênesis 16; 21:8-21


Agar era uma mulher egípcia e serva de Sara, esposa de Abraão. A sua história na Bíblia começa quando Sara, através de uma atitude imprudente, aconselha seu esposo Abraão a se deitar com Agar. O intuito era que ela gerasse um filho para Abraão, uma vez que ele não tinha filhos com Sara. Todavia, Deus já havia prometido um filho a Abraão.

A relação consumada entre Agar e Abraão resultou em um filho. Quando isso ocorreu, ela foi tomada pelo orgulho e começou a desprezar Sara, que revidou a afronta e a humilhou de tal forma que ela fugiu para o deserto. Ali foi encontrada pelo Anjo do Senhor que lhe mandou voltar e humilhar-se perante Sara.

O Anjo lembrou a Agar as suas origens e a sua responsabilidade enquanto serva de Sara. Agar não poderia encobrir isso. Naquele momento, o orgulho de Agar dava lugar a um passo importante de fé na sua vida: a obediência a Deus.

Ela obedeceu a ordem do Anjo e no deserto ela compreendeu que o Senhor é um Deus que vê. Agar concebeu e deu o nome à criança de Ismael, também obedecendo a Deus e se recordando de que Deus a havia visto em sua aflição.

Mas Sara também concebeu. E após o nascimento de Isaque, filho de Abraão com Sara, esta expulsa Ismael e Agar de sua casa. 

Agar volta novamente ao deserto, e ali, após quase ver seu filho morrer sem água e comida, ela experimenta a provisão de Deus. Um Anjo novamente vem até Agar, lhe ordena que levante a si mesma e ao seu filho. Os olhos dela então se abrem e ela vê um poço de água ao seu lado.

Ali no deserto Agar viveu com Ismael, cuja descendência gerou doze príncipes e foi relatada na Bíblia quando o profeta relata a glória da nova Jerusalém (Isaías 60:7)

A história de Agar nos mostra uma mulher escrava, que foi submetida à humilhação de deitar-se com alguém que ela não queria. Humilhada por Sara, teve que se refugiar por duas vezes no deserto. Mas naquele lugar ela encontrou refúgio no Senhor. No deserto, ela encontrou o Deus que vê e que provê.

Agar é o exemplo da mulher solteira, que é jogada pela sociedade à própria sorte para cuidar dos filhos, mas que encontra em Deus amparo e forças para manter sua casa de pé.

Como Agar, encontramos um Deus que faz os nossos olhos se abrirem para enxergarmos poços de água que estão do nosso lado e que até então não víamos.

Agar é exemplo da misericórdia de Deus. Uma escrava egípcia, que não tinha em sua cultura o Deus verdadeiro, pôde experimentar da Sua providência e do Seu amor, disponível não apenas àquela mulher, mas a todos nós.

sexta-feira, 26 de março de 2021

As três etapas no percurso de fé de Abraão

 Textos-base: Gênesis 12:1-4; 16:1-4; 17:23; 


A história de Abraão é muito interessante de se estudar. Um homem que não tinha referências sobre Deus em sua geração, mas que foi chamado amigo Dele, e pai da fé. Para entendermos melhor o percurso de Abraão com Deus,  dividimos a sua história em três etapas.

A primeira etapa é aos setenta e cinco anos, quando Deus lhe chama para sair de sua terra, onde estava próximo à sua família, e ir para uma terra desconhecida. Deus promete dar-lhe uma descendência e uma terra por possessão. Neste momento Abraão crê em Deus de uma forma incrível e lhe obedece instantaneamente, deixando tudo para trás.

Mas com o passar dos anos Abraão retrocede na fé, e começa uma segunda etapa, aos oitenta e cinco anos. Ele acaba tendo um relacionamento com uma escrava, de onde nasceu um filho, chamado Ismael, que não fazia parte dos planos de Deus para Abraão, mas que foi uma tentativa frustrada de cumprir a seu modo a promessa do filho. O diálogo de Deus com Abraão, anos depois do nascimento de Ismael, revela que ele não cria mais na promessa de Deus acerca de lhe dar um filho. 

Aos noventa e nove anos Deus chama Abraão a voltar à Sua presença e viver em retidão. A partir desse momento, começa a terceira etapa dessa caminhada, onde Deus renova a Sua promessa com Abraão, faz uma aliança com ele ordenando a circuncisão, um sinal físico da aliança entre eles. A prontidão de Abraão em obedecer a Deus e no mesmo dia circuncidar a si próprio e a todos da sua casa, revelam que ele havia retornado ao caminho da obediência a Deus. E então, um ano após essa aliança, nasce Isaque e a promessa de Deus é cumprida.

Como Abraão, também temos essas etapas em nossa caminhada de fé. Muitas vezes quando Deus nos chama e nos faz promessas, ficamos em êxtase. Buscamos, oramos e cremos. Mas nem sempre a promessa se cumpre rapidamente. E nesses momentos se não estivermos firmados, começamos a retroceder. Mas Ele não falha. Se Ele falou, não importa o tempo que se passe, sua promessa se cumprirá.

Não podemos afirmar que se Abraão tivesse obedecido a Deus com mais veemência, Isaque teria nascido antes. O que importa é que esse período foi importante para o amadurecimento de Abraão, que viu o Senhor agir diante do impossível. A fé que Abraão conquistou durante essas três etapas lhe ajudaram mais à frente, quando Deus lhe pediu para sacrificar Isaque. Caminhar com Deus é seguir avançando, crescendo, superando cada etapa, rompendo em fé.

quinta-feira, 25 de março de 2021

O preguiçoso e o homem que não tem entendimento

Texto-base: Provérbios 24:30-34


O livro de Provérbios é muito mais do que apenas registros da sabedoria de Salomão, é um manual de vida diária, onde aborda sobre diversos assuntos cotidianos, essenciais à nossa melhor vivência.

Em um desses conselhos, o autor aborda sobre dois tipos de pessoas: o indivíduo preguiçoso e o homem que não tem entendimento. O sábio autor nos diz que quando ele passou por dois ambientes, o campo do preguiçoso e a vinha do homem que não tinha entendimento, ele se deparou com espinhos, urtigas e ruínas, isto é, um lugar intransitável e inabitável.

Por fim ele apresenta qual a reação do preguiçoso e as suas consequências. Ele dorme, cochila, encruza os braços, e depois colhe os frutos da pobreza e da necessidade, ambas sobrevindo como um ladrão e um homem armado, respectivamente.

A preguiça, a procrastinação e a falta de entendimento nos fazem deixar de cultivar um lugar que tinha tudo para ser fértil. E pior, faz com que percamos aquilo que já temos. Mesmo um muro de pedras é capaz de ser derrubado nas mãos de pessoas com esse comportamento.

Os prejuízos da preguiça e da acomodação vêm como um ladrão, de forma repentina e com o intuito de causar a maior destruição que conseguirem.

A preguiça indica uma procrastinação que gera uma ausência de ação. A falta de entendimento indica uma negligência em buscar o conhecimento, essencial para tomarmos decisões prudentes. Apesar de estarem interligados, enquanto a preguiça se refere a aspectos externos, a falta de entendimento está ligada a algo interno.

Uma vida sem conhecimento se torna improdutiva. Precisamos buscar em Deus o entendimento da Sua Palavra, para não vivermos em trevas completas. Mas também precisamos de ação. Não dá para adiar as coisas de Deus. Elas exigem de nós a mesma prioridade a qual desejamos por parte do Senhor diante das nossas necessidades. Buscar entendimento de Deus e agir conforme esse entendimento são atitudes inadiáveis.

segunda-feira, 22 de março de 2021

Um Deus que não é apressado


Apressados, acelerados, agitados, assim temos vivido. Ao dormir, começamos a planejar o que temos que fazer amanhã. Ao acordar, logo já pensamos na infinidade de coisas que temos para resolver. E assim não paramos, não descansamos, não desaceleramos. Esse é um caminho perigoso, que pode conduzir a muitos problemas, como ansiedade, estresse e depressão.

Mas quando olhamos para Deus percebemos que Ele não anda apressado. A criação do mundo revela isso. Ele poderia construir tudo com apenas uma palavra, em um único dia, mas preferiu fazer isso em seis dias, tendo cada dia como uma etapa. Deus nunca se cansa, mas após seis dias de criação Ele descansou. Será que o descanso de Deus foi realmente para Ele? Ou não seria uma mensagem Dele para nos mostrar que o descanso vem Dele para o nosso bem? Deus não apenas criou o mundo, Ele criou também o descanso.

Mas se o descanso vem de Deus, por que então não o cumprimos? Se Deus não se acelera, por que vivemos tão acelerados? A pressa revela duas vertentes: a falta de confiança em Deus e a idolatria. Viver acelerados indica que não conseguimos descansar Nele, que queremos resolver as coisas do nosso jeito. Ainda, a pressa revela idolatria, pois ao vivermos em função das coisas dessa terra, estamos tomando outras coisas para nós e as colocando no centro, no lugar de Deus.

A ânsia pelo trabalho, pelo dinheiro, pelo status, pela aprovação alheia tem nos conduzido a um caminho oposto ao que Deus traçou para nós. Somos incentivados pela sociedade consumista a viver freneticamente, afinal, dizem por aí, essa é a única vida que temos. Será que realmente essa é a nossa única vida?

Enquanto cristãos, sabemos que essa não é a nossa única vida, pelo contrário, a nossa vida principal está além desta. Aqui na terra somos forasteiros, aguardando a nossa verdadeira vida, que é eterna ao lado do Senhor. Dessa forma, compreendemos que a vida pela qual devemos realmente lutar não precisa de dinheiro ou coisas materiais para ser plena. O que precisamos para estar lá é de um coração entregue ao Senhor, que não se deixa seduzir pelas coisas desta terra, mas que tem Deus como centro.

Deus não age sob a pressa. Os Seus caminhos são de tranquilidade, de serenidade. Importa que tomemos essas atitudes também para nós e saiamos da correria, para contemplá-lo, segui-lo e viver o melhor Dele em nós.

sábado, 20 de março de 2021

Vendidos sem valor, comprados sem dinheiro

 Texto-base: Isaías 52:3

"Porque assim diz o Senhor: Por nada fostes vendidos; e sem dinheiro sereis resgatados."


O capítulo 52 de Isaías é direcionado ao povo que estava exilado na Babilônia. Eles estavam vivendo como cativos, mas sempre recebiam do Senhor palavras de consolo e de uma libertação que estava por vir. A ordem do Senhor era para que aquele povo parasse de se lamentar e se levantasse diante daquela situação.

Como libertador deles, o Senhor os relembra que eles foram vendidos a troco de nada, mas que seriam resgatados sem dinheiro.

Percebemos que há uma divergência quando Deus diz que o povo foi vendido por nada, uma vez que para haver um processo de venda, é necessário que haja dinheiro (ou algum objeto de troca) na transação.

No mesmo sentido, o Senhor lhes diz que eles seriam resgatados sem dinheiro. Todavia, na situação de escravos que eram, para serem libertos, o dinheiro era essencial.

Na verdade, o que Deus queria mostrar àquele povo era que quando eles foram vendidos, eles não tinham valor nenhum aos olhos das demais nações. Mas ao serem resgatados, isso não seria feito pelos seus próprios recursos, mas pelo poder de Deus.

Entretanto, essa mensagem dita aos exilados de Judá também se aplica a nós. A libertação daquele povo prefigura a nossa libertação, obtida por meio do sacrifício de Jesus na cruz. Éramos escravos do pecado, vivendo sem nenhum valor. Vivíamos no mundo das trevas, sem esperança no amanhã. Mas o sacrifício de Jesus na cruz mudou essa situação. Fomos resgatados do império das trevas e transportados para o reino do Filho do seu amor, onde tivemos a redenção e a remissão dos nossos pecados (Colossenses 1:13-14). Tudo isso foi feito através da morte de Jesus por nós. Não foi através de dinheiro ou estratégias humanas. Fomos salvos pela Sua graça. Em sua carta, Pedro nos lembra que não fomos resgatados por prata ou ouro, mas pelo precioso sangue de Jesus, como um cordeiro sem defeito e sem mácula (1 Pedro 1:18-19).

Como aquele povo foi resgatado, o Senhor nos lembra hoje como também nós fomos. Foi sem dinheiro, sem força humana. Foi por amor. Alguém em algum lugar disse que foi pela graça, mas não foi de graça. Foi com sacrifício. Cada gota de sangue derramada, demonstrou o quanto Ele nos ama. Que esse amor de Jesus por nós possa ser a nossa esperança hoje e amanhã, enquanto vivermos na Terra, pois ao fecharmos os nossos olhos, não precisaremos mais esperar, já estaremos com Ele na glória.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Saia da caverna

 Texto-base: 1 Samuel 22:1-5; 1 Reis 19:9-13


Quando pensamos em uma caverna, logo pensamos em um lugar de esconderijo. E realmente, cavernas eram utilizadas pelas pessoas para se esconderem de perigos, tanto de animais, condições climáticas ou de pessoas.

Na Bíblia, há o relato de dois homens que se esconderam em cavernas, mas que logo foram tiradas pelo Senhor.

O primeiro homem foi Davi. Após muitas fugas de Saul, que queria matá-lo, Davi encontra uma caverna onde se esconde. Finalmente havia encontrado um lugar seguro (o próprio relato bíblico diz que o local era seguro). Mas logo vem um profeta de Deus que manda que ele saia de lá e vá para a terra de Judá, território dominado por Saul.

O segundo homem a se esconder em uma caverna foi Elias. Fugindo de Jezabel e temendo a morte, Elias se desespera e vai para o deserto. Ali é alimentado pelo Senhor que lhe ordena que fosse até Horebe, o monte de Deus. Quando ele chega ao monte, ao invés de se encontrar com Deus, Elias entra em uma caverna. Mas logo é questionado por Deus sobre o que ele estava fazendo ali.

Nos dois exemplos temos algo em comum: dois homens amedrontados, que utilizam a caverna para se esconderem. Em ambos os casos, são chamados pelo Senhor para saírem daquele lugar. No caso de Davi, se ele continuasse ali na caverna, poderia ser que ele se acomodasse e não tomasse posse do reino de Israel, o qual Deus havia lhe prometido.

No caso de Elias, Deus queria se revelar a ele de uma forma diferente, não mais como um terremoto ou um fogo, como Elias estava acostumado, mas como um Deus manso e tranquilo, como Ele também é. Deus o havia chamado para se colocar no monte. Na caverna, porém, Elias não poderia vê-lo.

Nesses dois exemplos, a caverna significa um impedimento, um local onde estamos fora do propósito de Deus para nós. Muitas vezes amedrontados diante das aflições da vida, nos escondemos em cavernas, e ali perdemos a oportunidade de encontrarmos o Senhor e desfrutarmos de Suas promessas para nós.

Mas se andamos com Deus, podemos ter a certeza que se estivermos na caverna, Ele irá nos avisar para sairmos de lá. Cabe a nós ouvi-lo ou não. Deus não nos quer em cavernas, Ele nos chama a abandonarmos o medo, sairmos dos esconderijos da aflição e nos colocarmos no lugar que Ele tem para nós. Lugares de paz, de alegria e de vitória.


quarta-feira, 17 de março de 2021

A Babilônia é terra do ensino, e o Egito a terra da rebeldia

 Texto-base: Jeremias 42:11-16


Por causa dos seus pecados recorrentes de desobediência, idolatria e irreverência, o povo de Judá é levado ao exílio da Babilônia. Ali, é profetizado que eles permaneceriam naquela terra por setenta anos. Apesar de estarem exilados, fora da sua terra, o Senhor lhes promete ser propício, fazendo com que obtivessem misericórdia do rei babilônico.

Todavia, mesmo debaixo de promessas, o povo não dá crédito aos profetas e prefere rebelar-se, indo ao Egito para tentar fugir do exílio. Mas o Senhor lhes adverte que se fossem ao Egito, a espada da Babilônia da qual queriam fugir, iria lhes alcançar ali. Eles não seriam abençoados no Egito, pois estavam em desobediência às ordens do Senhor. E foi o que aconteceu. O Egito acabou sendo dominado pela Babilônia, e aqueles que achavam que estariam seguros ali, acabaram mortos.

O povo não entendia que, mesmo estando na Babilônia seriam abençoados, pois aquele era o lugar que Deus tinha no momento para eles.

Em um sentido espiritual, Babilônia não significa apenas a terra do castigo, mas também a terra do ensino, onde somos moldados por Deus. Muitas vezes, precisamos estar fora do lar, longe do conforto, para aprender a estar mais perto de Deus.

Mesmo assim, muitos não entendem o processo de ensino do Senhor e se rebelam. O Egito é a terra da rebeldia. Precisamos entender que o processo de cura pode ser doloroso, mas é necessário. Rebelar-se contra o discipulado de Deus através do sofrimento, é tentar chegar a um destino utilizando falsos atalhos. Ao final, você não chegará ao destino e ainda correrá o risco de se acidentar no meio do percurso.

Não adianta tentarmos pular etapas, pois isso nos é prejudicial. É preferível passar pela Babilônia e ao final viver na presença de Deus do que ir para o Egito e morrer ali, como aconteceu com os judeus.

O processo de ensino de Deus em nossas vidas muitas vezes usa situações de desconforto com o intuito de nos fazer alcançar lugares maiores.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Testemunhas, oliveiras e candeeiros

Texto-base: Apocalipse 11:3-4

"Darei às minhas duas testemunhas que profetizam por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.

São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra."


Apesar de ser um livro que retrata o final dos tempos, o livro do Apocalipse também nos fala acerca de muitas situações. Em uma delas, o autor relata sobre os sofrimentos de duas testemunhas, que pregariam o evangelho e por isso, seriam mortas, mas ao final ressuscitariam. Essas duas testemunhas são relatadas no texto como duas oliveiras e dois candeeiros. Esses três termos, testemunhas, oliveira e candeeiro retratam aquilo que Deus quer de nós enquanto seus servos. 

Para entendermos o porquê foram denominadas por esses substantivos, vamos entender o que esses elementos significam.

A primeira coisa é entendermos o que é uma testemunha. Ela é alguém que, apesar de fazer parte de um grande acontecimento, não é o centro dele, pelo contrário, está lá para exaltar alguém ou algo, através do seu relato.

Como cristãos, o nosso papel é sermos testemunhas de Jesus. Viemos ao mundo para relatar as maravilhas do amor de Cristo e o Seu sacrifício que nos trouxe redenção. Como testemunhas, devemos exaltar a Cristo.

A oliveira era uma árvore muito tradicional nos tempos bíblicos porque dela se extraía o azeite de oliva, que tinha muitas propriedades medicinais. Ainda, ele era fonte de alimento através das azeitonas e do próprio óleo, utilizado no preparo das refeições.

O candeeiro é um objeto utilizado para iluminar os locais. Como a oliveira, nos tempos que a Bíblia foi escrita, usar um candeeiro era muito comum, haja vista a eletricidade não haver se desenvolvido como nos dias atuais.

Diante disso, entendemos que é nosso papel sermos usados na obra do Senhor, seja como oliveiras, que levam cura e alimento, através da oração e da Palavra, ou como candeeiro que leva a luz.

Fazer a obra de Deus implica em despojarmos de nós mesmos, nos deixando sermos usados por Ele, para ajudar as pessoas a compreenderem o amor de Deus.

É importante também compreendermos que somos apenas ponte, instrumentos nas mãos do Senhor, pois a glória é apenas Dele. Podemos somar na obra do Senhor, nascemos para isso, e só nos sentiremos satisfeitos quando fizermos o que nascemos para ser: testemunhas, oliveiras e candeeiros.

sexta-feira, 12 de março de 2021

O perigo de sermos precipitados

 Texto-base: Provérbios 19:2" Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado".


Por mais que a Bíblia tenha sido escrita há milhares de anos, os seus ensinamentos continuam sendo atuais. Ela é viva, e o que está nela é válido para qualquer pessoa, em qualquer geração.

Uma exortação muito importante que aparece nas Escrituras para nós é acerca do perigo de sermos precipitados. No dicionário, o adjetivo precipitado se refere a alguém apressado, que age sem refletir. Diz o ditado que a pressa é inimiga da perfeição. Na Bíblia encontramos três advertências sobre os perigos de fazermos as coisas de forma precipitada. 

A primeira diz respeito ao falar. E como falhamos nesse quesito. Em Provérbios 18:3 diz que se você responde alguém antes de ouvi-lo você passará vergonha. Isto implica em não falarmos nada precipitadamente, acusar sem ter provas, brigar sem ter ouvido a defesa do outro ou até mesmo abrir a boca sem saber o assunto na íntegra. 

Ainda sobre o falar, ao fazermos um voto devemos refletir sobre o que estamos falando primeiro. Fazer um voto é algo sério, implica em um compromisso e deve ser feito com responsabilidade do que estamos fazendo. Afinal, Deus não se agrada em votos de tolos (Eclesiastes 5:4-5). Se você fizer um voto a Deus, faça com responsabilidade, sabendo que você terá de cumpri-lo depois, ou arcar com as consequências de um voto precipitado.

A segunda advertência é sobre impor as mãos precipitadamente (1 Timóteo 5:22). A imposição de mãos é um ato de autoridade sobre outro. Quando você impõe as mãos em alguém você está liberando algo sobre ela. Dessa forma, é necessário cautela nesse sentido, a fim de não liberarmos algo antes do tempo. É essencial a confirmação do Senhor para darmos algo da parte Dele a alguém. Quantas profecias foram ditas pela emoção do momento e, ao invés de abençoar, só feriram o outro. Quantas unções liberadas no momento inadequado que só geraram escândalos. Imposição de mãos é coisa séria e, portanto, deve ser feita com prudência.

A terceira advertência se refere ao dizer precipitadamente que algo é santo (Provérbios 20:25). Temos visto muitos ministérios que tão logo se iniciam, já há um alvoroço das pessoas em afirmar a veracidade do mesmo. Pelos frutos conheceremos a árvore e dessa forma, temos que entender que antes de afirmarmos a santidade de qualquer pessoa ou ministério, primeiro temos que avaliar o seu modo de vida, suas atitudes dentro e fora da multidão. Atestar a santidade de alguém ou algo de forma irrefletida pode gerar escândalos na obra do Senhor e consequências irreversíveis.

Hoje aprendemos sobre a precipitação. O sábio é aquele que sabe esperar. O maduro é quem recebe as coisas no tempo certo. Não conseguiremos por nossa própria força, precisamos do Senhor diariamente para nos dar essa capacitação.


quarta-feira, 10 de março de 2021

O preço final da corrupção

Vivemos dias difíceis, onde a corrupção espalhou-se por todos os setores da nossa sociedade. As pessoas vivem desacreditadas dos líderes, devido a tantos escândalos.
Na esfera política, indivíduos eleitos para ajudarem a sociedade, guardam dinheiros em malas, cofres ocultos, bancos suíços e até nas roupas íntimas. O dinheiro que serviria para dar cestas básicas, fazer casas para os desabrigados, comprar carteiras novas ou colocar portas nos banheiros das escolas, se transforma em mansões, ternos de luxo e viagens de ostentação. Enquanto isso, a panela só tem farinha, a escola é precária e a mãe dorme com a criança na rua.
O judiciário que deveria ver tudo isso e condenar os culpados, finge que não vê e concede a sentença favorável ao culpado. Tudo isso porque não gosta do partido de oposição ou porque recebeu uma grande quantia para se corromper. E diante disso, a estátua com os olhos vendados e a balança com pesos iguais perde todo o sentido.
A Bíblia diz que não há ninguém justo, nenhum sequer (Romanos 3:10). Sabemos que sobraram alguns joelhos que não se dobraram diante de Baal ou de Mamom, mas a sociedade em geral está corrompida, desde os pequenos aos grandes, desde o religioso ao pagão. 
Mas temos uma esperança: o Seu nome é Fiel e Verdadeiro. Ele se assenta no trono de justiça e julgará, desde os pequenos aos grandes, sem acepção de pessoas. Aquilo que o perverso ocultou, Ele trará à luz (Apocalipse 19:11; Eclesiastes 12:14; 1 Pedro 1:17).
Apesar de toda a injustiça que temos visto e ouvido, como cristãos, não podemos nos desesperar, mas crer que Deus fará justiça sobre a terra e, para aqueles que se deixam corromper, deixemos apenas um dos muitos versículos que profetizam contra ele: "Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas, depois a sua boca se encherá de pedrinhas de areia" (Provérbios 20:17).
No âmbito religioso, líderes que se aproveitam da generosidade dos fiéis para se enriquecerem. Profetas e levitas que deveriam fazer a obra por amor, mas estão no altar com a intenção primordial de conseguir "likes" e "followers". O altar que deveria ser de adoração ao Deus vivo, tornou-se palco de elevação do ego humano.

terça-feira, 9 de março de 2021

As falhas das sete igrejas da Ásia e o que podemos aprender com elas

 Texto-base: Apocalipse 2-4


O livro do Apocalipse é famoso pelas revelações acerca do fim dos tempos,mas um aspecto que também chama a atenção nesse livro são as famosas cartas às sete igrejas da Ásia. Essas cartas não foram baseadas em orientações como as cartas de Paulo, mas recados dados pelo próprio Jesus a elas, com dois intuitos: elogiá-las acerca de suas boas atitudes ou repreendê-las acerca de comportamentos inadequados.

Por serem assuntos distintos e extensos, hoje trataremos de algumas repreensões dadas por Cristo a essas igrejas, que nos alertam sobre comportamentos que ainda hoje existem também em nossas igrejas.

Um erro da igreja de Éfeso era que eles haviam abandonado o primeiro amor, isso é, aquele fervor no serviço à obra de Deus. O primeiro amor refere-se àquela paixão que todos temos ao conhecer o Senhor. Uma espécie de fascinação pelas coisas de Deus que não pode ser perdida com o decorrer do tempo, mas que tem sido abandonada em muitas igrejas.

A igreja de Pérgamo estava sendo conivente com falsas doutrinas que estavam na igreja, induzindo outros irmãos a praticarem coisas erradas. Como nessa igreja, falsas doutrinas têm se instalado em muitas igrejas e tem arrastado cristãos fracos na fé a se curvarem diante de ideologias erradas, enfraquecendo o corpo de Cristo.

Na igreja de Tiatira o problema era outro: uma falsa profetisa ensinava e induzia os cristãos a práticas pecaminosas, idólatras e imorais. É importante que as igrejas estejam atentas às pessoas que se dizem líderes, pois falsos mestres e enganadores não se limitaram apenas ao tempo de Jesus, eles existem ainda nos dias de hoje e se infiltram nas igrejas com o intuito de perverter a fé. Nosso papel enquanto igreja é não nos aliarmos a eles.

A igreja de Sardes foi repreendida porque aparentemente estava viva, mas na verdade estava morta. As obras dessa igreja não eram consideradas íntegras na presença de Deus. A vivacidade de uma igreja não se resume ao que se vê por fora, mas à sua essência. O que traz morte espiritual é o pecado. Uma igreja que vive na prática do pecado está morta. Pode estar cheia de membros, cantar lindas músicas e até impressionar pela beleza, mas sem santidade a presença de Deus não está ali, e portanto, está morta.

Por fim, a igreja de Laodicéia, que não era fria nem quente, mas morna. Ainda, estava tomada de arrogância e cegueira, achando que era autossuficiente e não precisava de ninguém. Como existem "Laodicéias" em nosso tempo. Igrejas tomadas de relatividades, que estão em um estágio morno, nem frias nem quentes, não estão envolvidas no mundo, mas também não estão fora dele. Também enxergamos a arrogância em muitas obras, que consideram que não precisam das pessoas e não priorizam mais a comunhão e a ajuda mútua.

A Bíblia é a nossa base de vivência. As situações vividas pela igreja primitiva também se aplicam à realidade da nossa igreja hoje. Importa que tomemos esses exemplos como alertas para nós enquanto noiva que está à espera do Noivo. Que Ele nos encontre dignos de entrar em Seus aposentos.


domingo, 7 de março de 2021

Mulheres, a verdadeira beleza está por dentro

 Texto-base: 1 Pedro 3:3-6


A mulher é sinônimo de beleza, de delicadeza, de graça. Deus nos fez diferentes dos homens em muitos aspectos, e um deles é no quesito enfeitar-se. Salvo algumas exceções, a maioria das mulheres adora se arrumar. Do cabelo até os pés, há procedimentos para todos os gostos, a fim de exaltar ainda mais a nossa beleza.

Entretanto, o apóstolo Pedro dedica alguns versículos da sua primeira carta às mulheres, oferecendo diversos conselhos. Como cristãs, a Bíblia é o nosso manual de vida, e portanto, esses conselhos são tomados por nós como ordenanças. Pedro ressalta sobre qual deve ser verdadeiramente o adorno das mulheres, e por incrível que pareça, esse adorno não tem nada de externo.

O verdadeiro enfeite das mulheres deve ser o seu interior, tendo em si um espírito manso e tranquilo, o qual o autor ressalta, tem grande valor diante de Deus. Ainda, ele ressalta que as santas mulheres da Bíblia se enfeitavam assim, com submissão aos seus maridos e que, como mulheres de Deus, devemos praticar o bem e não temer perturbação alguma.

Andar com Deus é viver na contramão do mundo. Enquanto a sociedade nos estimula a comprar, ter, mostrar, Deus nos mostra que há um caminho muito mais excelente. A ideia aqui não é desmerecer o exterior, nem impedir que mulheres se preocupem com a beleza, mas reposicionar as coisas, e nos mostrar que o que está dentro de nós é muito mais importante do que o vemos por fora.

Uma mulher linda por dentro automaticamente se torna linda por fora. O oposto também é válido, pois uma mulher com traços de beleza impecáveis mas que tem atitudes impróprias faz com que se anule essa beleza. As pessoas estão de olho muito mais nas nossas atitudes do que na nossa aparência.

Como mulheres, que possamos nos embelezar com os adereços de atitudes prudentes, que farão realçar a nossa verdadeira beleza, que é o que está por dentro.

sábado, 6 de março de 2021

Balaão, o profeta ganancioso

 Textos-base: Números 22-25; 31:8;16; Judas 11


Não se sabe muito acerca de Balaão, mas pelos relatos ele parecia ser uma espécie de adivinho. Ele foi chamado por Balaque, rei de Moabe, para amaldiçoar o povo de Israel, todavia, foi avisado por Deus de que não poderia fazer isso.

Apesar de Deus ter lhe dito que aquele povo era abençoado, Balaão, levado pela ganância insistiu em ir com Balaque, afinal este lhe prometera muitas recompensas financeiras.

Por três vezes Balaão foi instigado a amaldiçoar o povo, sendo todas sem sucesso, pois Deus não o permitiu. Balaque, irritado com essa situação, diz a Balaão que Deus o havia privado das suas recompensas.

Provavelmente Balaão também se irritou, pois o seu coração estava tomado pela ambição. Insatisfeito com essa situação, ele instiga Balaque a enviar mulheres moabitas a seduzirem os israelitas, a fim de que, coabitando com elas, eles fossem induzidos a adorar os deuses moabitas. E deu certo. Os israelitas começaram a se unir às mulheres moabitas, e logo estavam adorando deuses pagãos. Assim, eles mesmos atraíram maldição sobre si, pois esse culto idólatra causou de uma só vez a morte de vinte e quatro mil homens.

A Bíblia não relata, mas como Balaão é citado como um homem perverso, que levou os israelitas ao erro, e um homem ganancioso, imagina-se que após esse conselho dele a Balaque, este tenha lhe dado as recompensas prometidas.

O fato de Balaão ter induzido sutilmente os israelitas à perversão o levou a ter sérias consequências, pois pouco tempo depois os israelitas pelejaram contra os midianitas e o mataram. As riquezas adquiridas com a perversidade não lhe beneficiaram por muito tempo.

Balaão é o retrato daquele que um dia ouviu a voz de Deus, mas amou mais as riquezas terrenas do que as celestiais. Ele acreditou que poderia fazer as coisas do seu modo, esquecendo-se que Deus tudo vê e nos recompensa por todos os nossos atos, sejam eles bons ou maus. O verdadeiro homem de Deus não se ilude com recompensas terrenas, pois essas são transitórias e perecíveis, enquanto que as celestiais podem não ser vistas aqui, mas durarão eternamente.

 

quinta-feira, 4 de março de 2021

Os caminhos da impiedade

 Texto-base: Judas 1:12-13

"São nuvens sem água, impelidas pelo vento; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas; ondas bravias do mar, que espumam as próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre."


O pecado nos corrompe e só traz prejuízos. Judas, escritor da igreja primitiva e irmão de Jesus, nos alerta sobre o que se torna aquele que está distante dos caminhos do Senhor.

Primeiramente ele descreve como são essas pessoas e que tipo de pecados elas praticam. Pessoas que vivem na carne, difamadores e que se corrompem por tudo. São gananciosos e causadores de discussões. São bajuladores dos outros, por motivos interesseiros. Homens que seguem seus próprios caminhos, sem se importarem com o que a Palavra de Deus nos diz.

Pessoas assim, Judas declara, são como nuvens sem águas, as quais o vento joga de um lado para o outro. Quando nos deixamos estar vazios da água viva, não temos conteúdo, e dessa forma somos facilmente enganados, acreditamos em qualquer falácia e deixamos de lado as verdades da Palavra.

Ainda, esse tipo de pessoas são como árvores, que apesar de estarem em plena estação dos frutos, estão desprovidas deles e assim são mortas, improdutivas. Andar nos caminhos errados nos faz como árvores infrutíferas. Podemos fazer a diferença, mas não fazemos. Podemos dar frutos, mas somos vazios.

São como ondas bravias no mar, que espumam a própria sujeira. Longe de Deus, a única coisa que as pessoas recebem de nós é maldade, atitudes deploráveis que só fazem mal a nós e a outros.

E por fim, como estrelas errantes, as quais tem sido reservadas à negridão das trevas, para sempre. Fomos criados para pertencer ao Reino de Deus como as estrelas pertencem ao céu. Longe de Deus somos como estrelas errantes, vivendo fora do propósito para o qual Deus nos criou. E ainda pior, além de uma vida infeliz aqui na Terra, haverá a segunda morte, o inferno, muito mais tenebroso do que qualquer sofrimento vivido aqui.

Essas palavras não são para causar medo, mas para nos alertar sobre o que é viver na iniquidade, longe da Palavra do Senhor. 

A atitude melhor e mais sábia que podemos ter é estarmos aos pés do Senhor. Fomos criados nesse propósito e somente Nele encontramos o que necessitamos.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Os três elementos essenciais à nossa caminhada cristã

 Texto-base: Colossenses 2:6‭-‬7

"Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão."


Enquanto cristãos a nossa vida aqui na terra consiste em um progresso. A partir do instante em que conhecemos o Senhor Jesus, passamos a percorrer um caminho, e ele não tem rotas de descanso ou desvio. Através do apóstolo Paulo, o Senhor nos ensina três etapas desse caminho para andar com Deus.

O primeiro passo é nos enraizar na fé em Jesus. A raiz é um elemento interno da planta. Apesar de não ser vista, é ela quem lhe dá sustentação. Assim também devemos ter raízes espirituais, isto é, atitudes que irão sustentar a nossa fé para que ela não seja derrubada com ventos ou tempestades. Essas atitudes são internas, dizem respeito à nossa vida íntima com o Senhor, coisas que as pessoas não vêem, mas que trarão como consequência o segundo aspecto, como diremos a seguir.

O próximo elemento é a edificação. Quando olhamos para a árvore, não vemos as suas raízes, o que vemos são as suas partes externas. Todo cristão bem arraigado cresce e é notado pelas pessoas. É impossível alguém caminhar com o Senhor e permanecer da mesma forma. Quando O recebemos em nossa vida, também recebemos o Espírito Santo, e a Sua presença em nós traz transformações indescritíveis que nos faz crescer e dar frutos ao reino de Deus.

O último aspecto relatado por Paulo é a confirmação na fé. Após enraizarmos e crescermos, é hora de vivermos em maturidade. Estar firmados na fé é não nos deixarmos abalar diante de dificuldades. Espera-se que todo cristão após um tempo de caminhada com o Senhor tenha uma fé firme. Isso não nos isenta de pecarmos, mas nos dá sustentabilidade o suficiente para, se cairmos, podermos nos levantar.

Enraizados, edificados e firmados: três elementos imprescindíveis à nossa caminhada com Deus. Não conseguiremos fazer tudo isso sozinhos, apenas com a força do Senhor poderemos viver o que o Senhor tem para nós e crescermos em ações de graças, como Ele espera de nós.

segunda-feira, 1 de março de 2021

As três consequências do ódio

 Texto-base: 1 João 3:14-15


O ódio é um sentimento oposto ao amor. Apesar de ser abominado por Deus, muitos ainda convivem com esse triste sentimento.

O ódio não é um sentimento que afeta apenas o indivíduo, pelo contrário, é um sentimento que afeta no mínimo duas pessoas: quem odeia e quem é odiado.  Esse sentimento é desencadeado após algum conflito, que envolve ambas as partes. Entretanto, independente do motivo que leva alguém a sentir ódio, ele não é permitido por Deus. Isso quer dizer que quem alimenta ódio em seu coração está em desobediência a Deus.

Esse é o primeiro aspecto negativo do ódio: quando o alimentamos em nosso coração, estamos nos afastando de Deus. Isso significa que o ódio é um impeditivo ao nosso relacionamento com o Senhor. Ele nos impede de estarmos em comunhão e herdarmos o reino de Deus.

Em outra vertente, o ódio nos atrapalha em nosso relacionamento com os irmãos. O apóstolo João nos diz que quem odeia seu irmão é um assassino. Isso não necessariamente significa o ato de tirar a vida do irmão, mas de matá-lo espiritualmente. O ódio destrói amizades, momentos familiares deixam de ser desfrutados, relacionamentos são interrompidos. Odiar o irmão é matar a sua relação com ele.

Por fim, e tão devastador quanto as demais vertentes, o ódio nos prejudica internamente. Quem odeia o irmão anda em trevas, cheio de cegueira, vivendo sem direção. Não importa se há fartura, o coração cheio de ódio não pode ter satisfação. Aos poucos esse sentimento vai definhando a alma, até que a vida perde o verdadeiro sentido.

E por tudo isso, o ódio é um sentimento que só nos traz prejuízos. Se Deus habita em nós, não podemos alimentar esse sentimento em nosso coração. E o caminho para enfraquecer o ódio é nos alimentarmos de amor. À medida que vamos nos aperfeiçoando no amor, o ódio vai perdendo espaço.