sábado, 31 de dezembro de 2022

Para o último dia de 2022: não viva mais na cegueira

Texto de referência: Lucas 18:35-43


Dizem que o pior cego é aquele que não quer enxergar. Eu acredito que esse ditado faça sentido porque, de fato, um indivíduo fisicamente cego não pode ver, mas o outro tipo de cegueira é aquela que, apesar dele poder, ele não quer ver. 

Havia um cego na Bíblia que infelizmente dotava desses dois tipos de cegueira. Ele se chamava Bartimeu. 

Bartimeu não nasceu cego, mas adquiriu a doença em alguma fase da vida. Ele vivia como um mendigo, sentado à beira do caminho pedindo esmolas. 

Certo dia, Jesus passou pela estrada onde ele estava. Ali, Bartimeu viu a oportunidade de recuperar a sua visão. Apesar de ser repreendido pela multidão que ouvia seus gritos em direção a Jesus, Bartimeu insistiu e continuou a clamar a Jesus pela sua cura.

Quando Jesus o chamou, Bartimeu retirou a sua capa e foi correndo em sua direção. Ali ele começava a ser curado da sua principal cegueira, a espiritual. Bartimeu compreendeu que ele podia, em Jesus, abandonar a sua vida de miséria. Ele aproveitou a oportunidade que estava diante de si de mudar de vida.

Após ir a Jesus, este lhe concedeu a sua cura física. Bartimeu recuperou a visão e agora também podia enxergar com os olhos.

A cegueira espiritual é extremamente nociva, pois nos impede de sairmos de uma condição que podíamos porque não conseguimos enxergar em nós esse potencial. O indivíduo pode mudar de vida, mas não o faz porque não consegue enxergar essa situação. A deficiência física de Bartimeu, apesar de limitá-lo a algumas atividades, não podia impedi-lo de ser feliz.

Ele não precisava ser um cego mendigo, como era conhecido, ele poderia ser um homem vitorioso. Quando ele se enxergou assim, abandonou a sua capa de mendigo, e antes de receber a cura física, o seu interior já havia sido curado.

Nenhuma condição limitante é impeditiva para a felicidade de alguém quando os seus olhos estão abertos a isso. Muitos procuram o segredo da felicidade, não sei se existe um segredo, mas sem dúvida uma das chaves para acessá-la é termos os nossos olhos espirituais sempre abertos.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Saul, o rei que amou mais o trono do que a missão

Texto de referência: 1 Samuel 15


Saul foi um homem na Bíblia que teve o privilégio de ser o primeiro rei de Israel. Antes dele não havia reis, apenas juízes lideravam o povo, mas os israelitas na ambição de serem como os demais povos, pediram para si um rei. Apesar de ser filho de um homem rico, ele era da tribo de Benjamim,  a menor entre as tribos de Israel.

A princípio, Saul não assumiu seu posto de rei, talvez ele não acreditasse muito na profecia recebida, mas após o seu ordenamento público feito pelo profeta Samuel, ele começou a apossar-se do reino. Foi após uma batalha entre Israel e os amonitas, na qual Saul liderou e venceu, que ele foi oficialmente proclamado rei.

Assim que Samuel ungiu a Saul, o Espírito do Senhor tomou a vida dele e ele foi mudado em um novo homem. Samuel era o líder espiritual de Saul, e ele deveria obedecer aos seus comandos, pois estes eram dados por Deus. Mas, logo no princípio do reinado de Saul, após o seu primeiro ano, ele já cometeu os seus primeiros deslizes.

Em uma batalha entre israelitas e filisteus, Saul estava aguardando Samuel chegar para oferecer sacrifícios, mas vendo que ele estava demorando, resolveu ele próprio oferecê-los, o que era errado, pois essa era incumbência do sacerdote.

Após mais alguns anos, Deus ordena, através de Samuel, que Saul fosse pelejar contra os amalequitas, e que nessa peleja, matasse toda a cidade de Amaleque, até mesmo os animais que houvessem no lugar. Saul, desobedecendo à ordem expressa, poupou Agague, rei de Amaleque, além de animais que ele considerava "bons". Quando reprovado por Samuel, Saul arranjou todas as desculpas possíveis para tentar se justificar e não reconheceu o seu pecado.

Foi a partir dessa atitude de desobediência que o reinado de Saul começou a entrar em derrocada. O Espírito do Senhor se retirou dele, que começou a ser atormentado por espíritos malignos. Além disso, começou a perseguir Davi, buscando matá-lo a todo custo, brigou com os filhos, ordenou a morte de oitenta sacerdotes, consultou feiticeiros, tudo para não perder o seu posto de rei.

O reino começou a ocupar a posição central na vida de Saul, que não conseguia mais servir a Deus e fazia de tudo o que podia para tentar conservá-lo. Diferente do seu sucessor, o rei Davi, que após pecar pediu insistentemente a Deus que não retirasse dele o Espírito do Senhor.

A vida de Saul retrata o apego que muitas pessoas têm à sua vocação, se esquecendo de Deus. Foi Deus quem havia posto Saul no trono, e ele deveria reverência a Deus. Mas ele preferiu amar mais o poder do que a Deus, que havia lhe dado o poder. E acabou falido. Acabou seu reinado triste, derrotado e morto na batalha contra o principal inimigo de Israel, os filisteus. Em qualquer circunstância ou posição, devemos amar a Deus sobre todas as coisas.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Quatro lições que aprendemos com a batalha entre Davi e Golias

Texto de referência: 1 Samuel 17:24-51


1)Davi não enxergou Golias como um gigante, mas como um homem incircunciso que ousou afrontar o exército do qual Deus era o comandante. Para Davi, esse ato de Golias tirava dele qualquer chance de sair ileso daquela batalha. Diferente de Davi, nós costumamos olhar os problemas com lentes de aumento, dando muitas vezes a eles até uma maior proporção do que eles têm.

2) Davi se lembrou de ajudas anteriores de Deus. Para justificar o porquê ele iria enfrentar Golias e sair vitorioso, Davi usou uma situação onde Deus o ajudou a vencer um leão ou um urso. Para ele, se Deus já o havia ajudado a vencer uma batalha em que ele não tinha condições de sair vitorioso, nessa situação não seria diferente. Todas as vezes que estamos em uma batalha, devemos trazer à memória todas as vezes que o Senhor nos ajudou, isso nos trará motivação para vencer.

3) Davi lutou com as suas armas. Quando Saul tentou colocar sobre ele a sua armadura, Davi não quis, pois esta não lhe servia. Ao invés de armadura, Davi foi até o ribeiro e pegou pedras para com elas atirar em sua funda. Muitas das nossas batalhas não são vencidas por querermos utilizar armas que não são nossas. Na verdade, Deus utiliza as armas que nós temos, aquelas que estamos acostumados a usar. Não compare a sua forma de lutar com a do outro, pois a cada indivíduo Deus dá uma estratégia.

4) Davi não se deixou intimidar pelas falas amedrontadoras de Golias. Quando Golias veio zombando dele e dizendo palavras de afronta, Davi não abaixou a cabeça e ficou com medo, mas devolveu no mesmo tom as ameaças de Golias. Estamos dando ouvidos demais àquilo que o inimigo cochicha nos nossos ouvidos, quando deveríamos avançar contra ele e dessa forma anular o medo que ele tenta impor a nós.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

A força do Espírito

Texto de referência: 1 Samuel 19: 18-24


Se formos falar sobre quem é o Espírito Santo neste post, certamente ele seria muito grande. De forma resumida, podemos dizer que o Espírito Santo é uma pessoa, que sente, fala e ensina. Por muitos anos, definiu-se o Espírito Santo como uma força. Mas com o passar do tempo, foi-se descobrindo através das Escrituras que Ele é uma pessoa.

Todavia, apesar de sabermos que o Espírito é uma pessoa, não podemos negar que há n'Ele uma força. Ele não é uma força, mas age em nós muitas vezes com ímpeto (que podemos traduzir como força). Isso é comprovado por um episódio bem marcante descrito no livro de I Samuel.

Quando Davi estava sendo perseguido pelo rei Saul, ele se escondeu na casa dos profetas junto com Samuel. Quando Saul ficou sabendo, logo enviou servos a buscarem Davi, para o matar. Mas quando os servos de Saul chegaram até a casa dos profetas, Samuel estava presidindo uma reunião com os profetas, os quais estavam profetizando. Neste momento, o Espírito do Senhor tomou os servos, que começaram a profetizar e tomados pelo Espírito, voltaram para Saul sem Davi com eles.

Saul ainda enviou mais dois grupos de servos, mas a mesma coisa aconteceu com eles. Por fim, o próprio Saul foi até lá, mas no caminho, antes mesmo de chegar até lá, o Espírito de Deus veio sobre ele, que começou a profetizar e entrou na casa dos profetas já profetizando. Durante todo aquele dia, Saul esteve no poder do Espírito, despiu-se da sua túnica de rei, deitou-se na terra e profetizava. O resultado foi que Saul não buscou Davi e voltou para sua casa. Nesse dia, o Espírito do Senhor mostrou toda sua força à Saul.

Esse texto nos mostra a força que tem o Espírito de Deus quando ele se move em nós. Não adianta resistirmos ao Espírito, pois Ele se move onde, como e quando quiser.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Quando a dor nos impulsiona

Texto de referência: 1 Samuel 1


Ana foi por muitos anos uma mulher de dores. Casada com Elcana, ela tinha o amor do seu marido, mas não podia gerar filhos. Ana era estéril, mas algo nos chama a atenção na história dela; o texto bíblico diz que Deus a havia deixado estéril.

Como podemos imaginar uma situação onde Deus nos faça algo que aparentemente nos prejudique? Na verdade, Deus jamais fará algo que nos faça mal, mas muitas vezes Ele nos permite enfrentar situações que, embora sejam dolorosas, irão contribuir para o nosso bem ou o bem do outro.

Na época de Ana, o povo de Israel estava vivendo em uma decadência espiritual e moral muito grande. A família sacerdotal, liderada por Eli, estava vivendo totalmente fora da vontade de Deus e Este estava planejando o fim de todo esse tempo. Para que essa decadência chegasse ao fim, era preciso que se levantasse um grande profeta, alguém de fato obediente a Deus que fosse usado por Ele para dar fim àquela situação. Esse grande profeta nasceria justamente de Ana.

Após muitos anos de esterilidade, Deus abre o ventre de Ana, que dá a luz à Samuel, mas antes do nascimento dele, Ana fez um voto a Deus de que, se ela conseguisse gerar, ela consagraria o seu filho a Deus. E assim, quando Samuel nasceu, ele passou a morar no templo, sendo criado nos caminhos do Senhor e aprendendo o ofício sacerdotal.

Samuel então seria o sucessor de Eli como sacerdote, colocando fim aquele tempo de decadência espiritual e moral. Esse foi o propósito da vinda de Samuel, mas para que isso ocorresse, foi necessário que a sua mãe, através do desespero por conta da esterilidade fizesse um voto de sacrifício a Deus.

Muitas vezes, os motivos das nossas dores são questionados por nós, mas o que não conseguimos enxergar é que Deus utiliza o sofrimento para produzir frutos, em nós e através de nós. O que precisamos é deixar Deus trabalhar em meio a essas situações de dor. Quando fazemos isso, podemos ver que todas as coisas têm o poder de cooperar em favor do bem daqueles que amam ao Senhor.



segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Os capítulos finais do livro de juízes

Textos de referência: Juízes 17-21


Os capítulos finais de Juízes são como um anexo do livro, afinal eles não seguem muito o estilo dos demais capítulos que falam sobre algum juiz e como ele libertou Israel.

Estes capítulos abordam a história de dois levitas. Um que foi morar na casa de um homem chamado Mica que fez um santuário idólatra em sua própria casa. Este levita acabou indo embora da casa de Mica para ser sacerdote da tribo de Dã.

O mais bizarro da história é que Mica simplesmente mandou fabricar uma imagem de escultura para si e a colocou em sua casa para adorá-la. Isso mostra a depravação espiritual em que o povo de Israel se encontrava.

A segunda história conta sobre um levita que foi buscar a sua concubina que o havia abandonado. Durante o percurso de volta eles param em uma cidade de Efraim e ali ela é cruelmente abusada até a morte pelos habitantes da cidade. O levita em uma atitude de revolta esquarteja a mulher e envia as partes do seu corpo para as demais tribos que se unem para lutar contra Efraim.

O resultado dessa luta é que praticamente todos os homens da tribo de Efraim foram mortos no combate. Essa história mostra a depravação moral em que Israel se encontrava, além do estado de divisão das tribos.

Tudo isso ocorreu não muitos anos após a entrada do povo na terra prometida. O próprio livro de juízes diz que nesta época não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava mais reto. Infelizmente uma triste época do povo de Deus, onde eles não se deixaram governar pelas mãos do Senhor.

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

A força do homem é inútil comparada à força do Senhor

 Texto de referência: Juízes 7


Existe uma história na Bíblia que nos impressiona, que é a história de Gideão. Gideão foi um juiz de Israel que julgou o povo durante um período muito duro da história deles, onde eles enfrentavam a opressão do povo midianita. Eles estavam vivendo debaixo de forte escravidão, em que tudo o que o povo plantava os midianitas vinham e destruíam.

Quando o povo clamou ao Senhor, Ele prometeu intervir através de Gideão. Após chamá-lo e Gideão tentar se esquivar, finalmente ele decide confiar em Deus. Gideão ouve a voz de Deus e inicia-se a peleja. Entretanto, havia uma prova para Gideão e o povo enfrentarem. Dentre os trinta e dois mil combatentes que se apresentaram para a batalha, Deus escolheu apenas trezentos.

E a justificativa para isso foi dada pelo próprio Deus. "Disse o Senhor a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou" (Juízes 7:2).

Deus queria agir através destes trezentos homens, pois com esse quantitativo, seria humanamente impossível Israel dizer que poderia vencer. Mas eles venceriam, então a única explicação para a vitória seria pelo poder de Deus.

Ao final da história, Deus agiu em favor do povo, pois houve uma confusão no meio midianita, que se desequilibrou totalmente, vindo a correr e a gritar apenas com o barulho das trombetas que o povo tocava e os cântaros que eles quebravam.

Os midianitas começaram a fugir e os israelitas foram atrás e os derrotaram. E isso tendo apenas trezentos homens para o combate. Essa história nos ensina que Deus não necessita de armas humanas quando quer conceder a vitória a alguém.

Isso não significa que seja errado utilizar estratégias humanas em nossas batalhas, mas que não devemos nos apoiar nelas como se fossem a nossa única ou melhor opção. O salmista disse que o socorro dele vinha do alto (Salmos 121:1). Mesmo que venhamos a batalhar, a honra da vitória é de Deus, pois sem Ele nada podemos fazer.

Quanto mais impossível é uma situação, mais Deus se agrada em agir, pois a nossa carne sempre irá querer puxar um pouco do mérito para si, mas existem determinadas situações que não há como não atribuir a vitória a Deus, e foi isso que o Senhor provocou na batalha de Gideão. 

Ele fez questão de colocar o povo em uma situação que de forma alguma eles poderiam atribuir essa vitória a eles próprios. Quando enfrentarmos qualquer batalha, que possamos sempre dar a honra da vitória a Deus e que jamais venhamos a querer glória para nós. "Não a nós, Senhor , não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.

Salmos 115:1"

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Josué: o líder que fez o povo entrar na terra prometida

Chamou Moisés a Josué e lhe disse na presença de todo o Israel: Sê forte e corajoso; porque, com este povo, entrarás na terra que o Senhor , sob juramento, prometeu dar a teus pais; e tu os farás herdá-la. Deuteronômio 31:7


Josué foi um grande líder em Israel. Após a morte de Moisés ele passou a liderar o povo de Deus até a entrada até a terra prometida. Antes de assumir o seu posto de líder, Josué foi preparado por Deus. Ele foi um grande guerreiro que esteve à frente de algumas batalhas que os israelitas enfrentaram. Tudo isso era uma forma de Deus prepará-lo para as diversas batalhas que ele enfrentaria quando fosse o líder.

Josué também teve algumas experiências com Deus. Quando Moisés subiu ao Monte Sinai para ouvir de Deus os mandamentos, Josué subiu com ele (Êxodo 24:13). Ele também esteve com Moisés na tenda da congregação, onde Moisés ouvia Deus falar com ele face a face, e Josué não se afastava da tenda onde Deus estava (Êxodo 33:11). Isso indica o nível de desejo que Josué tinha por Deus.

Todos esses fatores prepararam Josué para se tornar o grande líder que ele foi. As batalhas enfrentadas anteriormente fizeram com que ele tivesse forças para vencer os trinta e um reis que ele venceu na conquista da terra prometida.

O nível de adoração que ele tinha com Deus fizeram com que ele tivesse a intimidade e confiança necessárias para vencer os diversos obstáculos que vieram ao seu caminho. 

A vida de Josué é um exemplo para nós. Não apenas um grande guerreiro, Josué foi também um grande adorador.


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Somos abençoados. E de quem é a glória?

Texto de referência: Isaías 60


O capítulo 60 do livro de Isaías se lido com atenção é um bálsamo para a alma de qualquer um. Se em outras partes desse livro existem muitas mensagens de juízo ao povo de Deus, quando lemos o capítulo 60 só vemos palavras de bênção. Na verdade, muito mais do que palavras de bênção, vemos palavras de glória.

Já no primeiro versículo, o Senhor diz: "Levanta-te e resplandece!" Em todo o texto encontramos mensagens de glória, júbilo e riquezas. Uma mensagem aparentemente ideal para quando precisamos de uma "palavra de vitória".

Entretanto, quando mergulhamos mais profundamente nos versículos, percebemos que na verdade, existem muitas promessas a Israel, mas todas as vezes que o capítulo se refere a alguma glória, esta é do Senhor (ver versículos 1, 7, 13 e 19).

Toda a abundância que aquele povo iria experimentar não vinha de outro senão de Deus. Tudo vinha d'Ele, para glória do nome d'Ele! A Bíblia diz que Jesus é o Rei da Glória. O Senhor ainda nos diz que a Sua glória ele não dará a outro. Ora, por mais abençoados que sejamos, glória de fato somente um é digno de receber: o Senhor!

Assim, concluímos que, apesar do capítulo 60 ser um texto que contém muitas promessas, tudo converge para o Senhor. Nada do que recebemos vem de nós, e nada é para o nosso nome ser exaltado, mas o nome d'Ele! Ao Senhor seja a glória por tudo, hoje e sempre.


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Jericó e Ai: as consequências da obediência e desobediência

Textos de referência: Josué 6 e 7


Quando o povo de Deus iniciou o seu processo de entrada na terra prometida teve que vencer diversas nações inimigas. Um dos primeiros territórios a ser vencido foi Jericó. Era uma cidade grande e bem estabelecida, rodeada por uma grande muralha que a protegia dos adversários. Mas não adiantou nenhuma das suas fortalezas, pois o Senhor já havia estabelecido que Israel venceria Jericó.

Dessa forma aconteceu. Eles rodearam a cidade por sete dias, e no sétimo as muralhas caíram. Mas antes desse fato, o povo se santificou, circuncidou-se e celebrou a Páscoa, tudo obedecendo aos mandamentos do Senhor. Por estarem em estrita obediência, o Senhor deu-lhes a vitória.

Após a tomada de Jericó, a próxima nação a ser tomada era Aí. Como haviam acabado de ver uma derrota espetacular de Jericó, os israelitas estavam muito confiantes e até enviaram menos combatentes a Aí, por ser uma nação menor. Mas o resultado foi desastroso, o povo foi derrotado e teve que fugir.

Ao questionarem ao Senhor pelo motivo da derrota, descobriram que ela sobreveio devido a uma desobediência de um dos combatentes - chamado Acã, que furtou objetos valiosos para si, algo proibido por Deus. Se da primeira batalha eles obtiveram vitória pela estrita obediência, dessa vez eles foram derrotados por um pequeno ato de desobediência, de apenas uma pessoa.

Essas duas histórias servem para nos mostrar os caminhos de Deus. A obediência a Ele deve ser total para o recebimento das promessas. As coisas de Deus são sérias e Ele exige de nós total comprometimento com elas. Se as bênçãos estão condicionadas à obediência, significa que a falta desta impede aquelas. Sejamos obedientes a Deus em tudo, e receberemos o tudo d'Ele para nós.


quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Você precisa ver para crer?

Bem-aventurados os que não viram e creram. João 20:29


Vivemos em um mundo onde tudo se tornou muito relativo. Diz uma canção que: "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia". De fato, o hoje não será igual o ontem e nem o amanhã. As gerações mudam, as ideias mudam, mas existe alguém que não muda e jamais mudará: o Senhor Jesus. A Bíblia nos afirma que Ele é o mesmo, em qualquer época (Hebreus 13:8).

Isso nos traz conforto, pois sabemos que não importa se tudo mudar, Jesus permanecerá sempre o mesmo.

Quando Jesus ressuscitou, Ele não apareceu de imediato. Primeiro um anjo apareceu e disse às mulheres o que havia ocorrido. Elas creram e correram a anunciar aos discípulos. Estes não creram, pelo contrário, acharam que elas deliravam. Jesus então apareceu a eles, e agora, vendo Ele em própria pessoa, acreditaram. Jesus ao vê-los, repreendeu-lhes a incredulidade.

Mas neste dia faltava um dos discípulos, que era Tomé. Este, nem ouvindo o relato de dez homens, acreditou que Jesus estivesse vivo. Pelo contrário, disse que só creria ao tocar nos cravos das suas mãos. Jesus logo tratou de aparecer também a Tomé e lhe mostrar seus cravos. Mas Jesus também repreendeu a incredulidade de Tomé, dizendo que aqueles que não viram, mas creram eram muito abençoados.

Apesar de não podermos ver Jesus em pessoa, como todos daquela época tiveram a oportunidade, cremos em tudo o que Ele fez. Cremos que da mesma forma que Ele operou, ele pode operar também nos nossos tempos. Jesus não mudou, o seu poder também não e a sua vontade de operar milagres menos ainda.

Bem aventurados os que não viram e creram. Hoje nós temos a oportunidade de sermos diferentes de Tomé, crer no que Jesus pode fazer, mesmo sem vê-Lo em pessoa. Crer que Ele pode nos tocar, mesmo sem sentir o seu toque físico. Os que não vêem, mas crêem recebem a bênção, pois esta lhes é imputada por fé.


sábado, 12 de novembro de 2022

O que os personagens da Bíblia José e Davi têm de semelhante?

Textos de referência: Gênesis 37:5-8; 41:39-43; 1 Samuel 16:1;13: 2 Samuel 5:4-5


José do Egito e o rei Davi são personagens da Bíblia que fazem parte da história do povo de Deus. Certamente quem não conhece um, conhece o outro, ou talvez muitos conheçam a história de ambos. Ao ler a história destes dois personagens comecei a pensar que existem diversas semelhanças entre eles.

Tanto José quanto Davi receberam uma promessa quando ainda eram muito jovens. Aos dezessete anos José sonhou que sua família se prostraria perante ele. Davi, ainda bastante jovem (estima-se que aproximadamente aos quinze anos) foi ungido rei de Israel.

Ambos os personagens não viram suas promessas se cumprirem imediatamente. Pelo contrário, José teve que esperar por 13 anos, pois se tornou governador aos trinta anos. Davi, por coincidência também se tornou rei aos trinta anos, mas o seu tempo de espera foi maior - aproximadamente 15 anos.

José e Davi enfrentaram muitas dificuldades durante esse processo. José foi vendido como escravo, acusado falsamente de trair o seu patrão e preso injustamente. Davi foi perseguido por Saul, fugiu da morte várias vezes, foi afastado de sua família para viver como fugitivo, passou fome e necessidade, teve que fingir-se de louco para sobreviver e precisou abrigar-se em território inimigo.

Todavia, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, ambos permaneceram fiéis até o fim e receberam o cumprimento das promessas. José se tornou governador do Egito, o segundo homem mais importante da nação. Além disso,viu cumprir-se o sonho que teve ao ver seus irmãos indo até ele em busca de mantimento. Por fim, teve sua família restituída, tanto com seus irmãos quanto com seu pai.

Davi se tornou o mais importante rei de Israel. Em seu governo, o povo de Deus ganhou muitas batalhas e foi próspero.

Diante de todas essas constatações percebemos que Davi e José têm muitas coisas em comum, e que a vida deles tem muito a nos ensinar.


terça-feira, 1 de novembro de 2022

Abinadabe e Obede-Edom

Textos de referência: 1 Samuel 7:1; 2 Samuel 6:1-11


Como já expliquei em vários artigos do blog, a Arca da aliança era um símbolo do antigo testamento que representava a presença de Deus (Leia mais sobre esse assunto em: https://santidadenapalavra.blogspot.com/2020/11/a-presenca-do-senhor.html?m=1). Era uma maneira do povo sentir Deus mais perto deles. Hoje, não precisamos de nenhum objeto para representar a presença de Deus entre nós, pois esta nos é outorgada pelo Espírito Santo que habita em nós. O Espírito testifica dentro de nós que o Senhor está conosco.

A arca ficava no tabernáculo que Moisés construiu por ordem de Deus. Após a chegada do povo a Canaã e após a morte de Josué, o povo se corrompeu muito e a Arca foi perdendo o sentido entre o povo, que já não a tratava com a devida reverência. Em meio a tudo isso, em certa batalha de israelitas contra filisteus a Arca foi roubada e levada ao território inimigo. Após o juízo de Deus contra os filisteus por terem roubado a arca, eles a devolveram e ela ficou na casa de Abinadabe, sob os cuidados do seu filho Eleazar. Sabe-se que a Arca ficou por mais de vinte anos nesse lugar. Mas essa história termina aí. Nada se falou sobre o que aconteceu com Abinadabe após a chegada da Arca em sua casa.

Cerca de sessenta anos mais tarde, o rei Davi tem em seu coração o desejo de trazer a Arca da aliança de volta e colocá-la novamente no tabernáculo. Agora, ela estava aos cuidados dos dois filhos de Abinadabe, Uzá e Aiô. No meio do caminho, Uzá comete uma irreverência tocando na Arca, e é imediatamente morto.

Davi então desanima em levar a Arca para perto de si e elege Obede-Edom, um homem geteu, para durante três meses para cuidar dela. As escrituras relatam que toda a casa e tudo o que o Obede-Edom tinha foi abençoado pela presença da Arca em sua casa. Os filhos de Obede-Edom futuramente se tornaram auxiliares no templo que Salomão construiu.

Essa história nos mostra as semelhanças e diferenças entre esses dois homens - Abinadabe e Obede-Edom. Apesar de ambos terem abrigado em seus lares a arca, o destino final dos dois não foi o mesmo. Apesar de ter ficado cerca de sessenta anos em seu território, nada se sabe sobre Abinadabe e sua família, no quesito terem sido abençoados pela presença da Arca em sua casa.

Já para Obede-Edom, bastaram apenas três meses para que ele e toda a sua família fossem abençoados pela presença da Arca em seu lar.

O filho de Abinadabe morreu por ter sido irreverente com a Arca. Os filhos de Obede-Edom foram abençoados e herdaram posições no templo do Senhor.

Apesar de ambos terem tido a mesma oportunidade, um deles não soube aproveitá-la da melhor forma. Será que temos aproveitado a presença de Deus entre nós ou estamos sendo irreverentes como foi Uzá? Nunca houve tantas manifestações de que Deus está conosco como agora. Temos aproveitado essa bênção ou estamos deixando ela passar?

A presença de Deus entre nós faz milagres. Cabe a nós sermos abençoados por ela, como foi Obede-Edom.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

As filhas de Zelofeade

Texto de referência: Números 27:1-11


Quando o povo de Deus findou a sua caminhada no deserto e iniciou-se o processo de herdar a terra prometida, vieram a Moisés cinco mulheres. Elas eram filhas de um homem chamado 

Zelofeade, que não teve filhos homens e já havia morrido. Como naquele tempo a herança era passada aos descendentes homens, elas vieram questionar isso a Moisés e pediram-lhe também uma parte da herança.

Moisés as despediu com a promessa de que consultaria o Senhor. Ao fazê-lo, Deus lhe respondeu que de fato, as filhas de Zelofeade tinham direito à herança, mesmo sendo mulheres. E ainda estabeleceu esse fato por direito, estendendo a outros descendentes, isto é, o homem que morresse sem filhos, a sua herança passaria ao seu parente mais próximo.

O que nos impressiona nessa história foi a coragem dessas mulheres em buscar perante Moisés o direito delas. Elas não se intimidaram por serem mulheres e não ter direito, mas buscaram, lutaram para conquistá-lo.

Essas atitudes foram vistas em muitas mulheres do passado que foram em luta dos seus direitos (muitas arriscando a própria vida), buscando ocupar o espaço que era delas. Ainda hoje, ainda muitas mulheres têm buscado os seus direitos, e têm tido êxito.

As filhas de Zelofeade deixaram um legado para nós. Em um tempo onde as mulheres tinham tão pouca visibilidade, elas nos ensinaram que nós podemos buscar os nossos direitos e que Deus se agrada de atitudes como essas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Os pães multiplicados nos tempos de Eliseu

Texto de referência: 2 Reis 4:42-44


Nos tempos de Eliseu, certo dia ele estava reunido com algumas pessoas, mais precisamente, cem pessoas. Logo chegou um homem trazendo das primícias 20 pães e algumas espigas.

Eliseu ordenou ao seu servo que desse daqueles alimentos aos presentes. O seu servo logo lhe questionou sobre como poderia fazer isso, haja vista serem tão poucos. Então Eliseu foi mais claro, dizendo que eles comeriam e ainda sobraria. O servo então deu aos homens e de fato, eles comeram, e ainda sobrou.

Alguns fatos são importantes para compreendermos esse acontecimento.

Primeiro, os pães trazidos para Eliseu foram os pães das primícias, isto é, os melhores frutos. Tudo o que de melhor você oferecer, em todos os aspectos da sua vida, Deus irá multiplicar.

Outra questão, quando Eliseu diz ao servo para servir os pães, aquela já era uma ordem do Senhor, mas o seu servo na incredulidade não creu. Por isso, Eliseu precisou novamente falar, agora explicitando claramente que o Senhor faria ali uma multiplicação.

Se Deus nos dá uma ordem, não precisamos olhar as circunstâncias, se aparentemente são ou não favoráveis. Nosso dever é cumpri-la, pois a palavra d'Ele se cumprirá conforme dito. E foi o que realmente aconteceu, os alimentos aparentemente insuficientes foram distribuídos e todos comeram com fartura.

O terceiro aspecto dessa lição é que Deus não faz milagres sob medida. Todas as vezes que Ele opera, é de forma abundante. O nosso milagre é para ser desfrutado por nós e ainda outros poderão também desfrutar do que Deus fez por nós.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Conserve o Espírito Santo que desceu sobre você

O Senhor desceu na nuvem e lhe falou e tirou do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre as setenta autoridades. Quando o Espírito veio sobre elas, profetizaram, mas depois nunca mais tornaram a fazê-lo. Números 11:25


O Espírito Santo sempre existiu. Desde a criação do mundo, vemos a sua presença (Gênesis 1:2). Todavia, as suas manifestações não eram tão conhecidas entre as pessoas quanto vemos no Novo Testamento. Moisés foi um grande homem de Deus e cheio do Espírito Santo. Entretanto, tinha sobre si a difícil tarefa de liderar o povo de Israel, que era extremamente murmurador e ingrato.

Durante o seu período de liderança, Moisés se encontrou por diversas vezes em situações difíceis, onde o povo se voltou várias vezes contra ele. Em uma dessas situações, ele desanimou e achou difícil a sua tarefa de líder. Nesse momento, Deus interveio e designou setenta anciãos para ajudá-lo nas tarefas de liderança.

Mas para o pleno exercício dessa tarefa eles precisavam do Auxiliador, o Espírito Santo. Deus então retira do Espírito que estava sobre Moisés e derrama sobre estes homens, que passam imediatamente a profetizar. Aqueles homens estavam experimentando o derramar do Espírito sobre eles, que geralmente acontece debaixo de alguma manifestação espiritual.

O triste é que a única vez que aqueles homens profetizaram foi naquele dia. Após isso eles nunca mais profetizaram. Apesar da Bíblia não dar mais detalhes sobre o fato, podemos crer que aqueles homens não souberam preservar a unção do Espírito que desceu sobre eles.

Quando somos visitados e cheios do Espírito Santo, temos uma missão: trabalhar para que Ele não se afaste de nós. Paulo disse isso quando alertou os tessalonicenses sobre não apagarem o Espírito (1 Tessalonicenses 5:19). Ele é uma chama, que deve se manter acesa continuamente. Mas isso só será possível se nós estivermos cuidando do fogo para que ele não se apague.

Deus nos chama a sermos cheios do Espírito Santo, mas ele também nos convoca a não perdermos essa unção que Ele nos deu. Quando agimos para preservar o Espírito Santo que está em nós, poderemos experimentar o melhor d'Ele para nós, e não vamos parar de profetizar, como fizeram aqueles anciãos.


segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Conhecimento e sabedoria são de fato vaidade?

Texto de referência: Eclesiastes 2


O livro de eclesiastes contém várias reflexões, e uma delas é acerca das vaidades da vida. Na verdade, se formos refletir sobre uma palavra que define esse livro, essa palavra seria Vaidade. Durante todo o seu discurso, o pregador elenca várias vezes sobre aquilo que ele considera vaidade.

Um desses elementos de vaidade é a sabedoria. Durante grande parte do capítulo 2, o autor retrata que durante toda a sua vida ele se empenhou em buscar a sabedoria e o conhecimento, mas ele chegou à conclusão que tanto o sábio como o estulto, ambos morrem, e os conhecimentos adquiridos ficam na terra.

Todavia ao fim do capítulo ele pondera que, apesar da sabedoria e conhecimento não ficarem conosco para sempre, é Deus que nos dá prazer para desfrutarmos delas enquanto estamos na terra. Ele diz: Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada (v.26).

Isso nos leva a crer que, apesar de passageiros, a sabedoria e o conhecimento podem ser desfrutados com prazer. Mas isso só ocorre quando estamos conectados com Deus. Não é errado buscarmos sabedoria e conhecimento para as coisas desta terra, entretanto, elas só nos serão prazerosas se estivermos com Deus.

Isso explica um pouco de porquê tantas pessoas se empenham tanto em buscar conhecimento, sendo doutos em tantos assuntos, mas com a alma vazia. Deus nos deu tudo dessa terra para desfrutarmos, mas ao lado d'Ele, "pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se? (v. 25).

Que possamos diariamente buscar conhecimento e sabedoria, mas jamais esquecendo de quem é a glória de tudo: do Senhor Deus!

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

As águas amargas da alma

Texto de referência: Êxodo 15:22-27


Durante a peregrinação do povo de Deus pelo deserto, logo no início da caminhada, eles procurando por águas chegaram a um lugar onde as águas eram amargas. Isso significa que havia água, mas elas eram impossíveis de serem ingeridas.

Quando Moisés clamou ao Senhor, Ele lhe mostrou uma árvore a qual deveria ser jogada nas águas e a partir de então as águas se tornaram doces.

Todos sabemos que se um alimento tem um sabor apetitoso mas por algum motivo se torna amargo não fica nada agradável. O sabor amargo deixa o alimento ruim e ninguém quer prová-lo. 

De semelhante modo é a amargura da alma. A amargura é um mal que tem atingido muitas pessoas em nossos dias. Devido aos dias difíceis pelos quais temos vivido, algumas pessoas se refugiam em enfrentar essas dificuldades com a alma amargurada, ao invés de uma alma leve e grata pelas coisas boas já vividas.

Assim como a água amarga não se pode tomar, com uma alma amargurada não conseguimos conviver. A amargura destrói não somente a pessoa que carrega esse sentimento, mas os seus relacionamentos ao redor.

É preciso que uma árvore seja jogada nessa alma, a fim de que ela se torne doce novamente. Essa árvore é Jesus, que através do Espírito Santo trabalha o mais profundo do nosso ser e nos cura das nossas feridas da alma. A alma dantes amarga pode ser uma fonte de vida novamente.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Jetro, uma visita acertada

Texto de referência: Êxodo 18:13-27


Jetro foi o sogro de Moisés. Não se sabe muito sobre ele, mas sabe-se que ele era um sacerdote de Midiã, sua região natal. Ele a princípio não servia a Deus, mas  a partir da sua convivência com Moisés, Jetro passou a conhecê-Lo.

Quando Moisés regressou ao Egito para libertar o povo, Jetro permaneceu em Midiã, entretanto, quando Moisés e o povo saíram do Egito e estavam no deserto, Jetro foi ao encontro dele.

Ao encontrar Moisés, Jetro se espantou em como ele sozinho julgava aquele povo. Ele deu a Moisés o conselho de dividir o povo estabelecendo lideranças sobre ele que o ajudassem nos julgamentos do povo, a fim de que ele não se cansasse tanto. Os chefes fariam o julgamento das situações mais simples, deixando as mais complexas para Moisés. Ao invés de Jetro chegar até Moisés lhe criticando, ele lhe apresentou a solução.

Moisés acatou o conselho e a Bíblia não relata, mas certamente as coisas ficaram melhores para ele desde então. A visita de Jetro a Moisés foi aquelas visitas que só nos fazem bem. A sabedoria daquele homem foi tamanha que foi registrada nas escrituras.

A partir daquele dia, Jetro vendo tudo o que o Senhor fez e estava fazendo por aquele povo reconheceu a soberania do Senhor e lhe ofereceu holocaustos. Jetro não apenas era um homem sábio, mas se tornou parte do povo de Deus, pois alguns versículos fazem referência aos filhos de Jetro morando dentre o povo e conquistando a terra junto com o povo (Juízes 1:16; 4:11).

Precisamos de mais visitas como a de Jetro, que ao invés de chegarem a nós criticando, nos trazem soluções para as demandas e desafios dos nossos dias.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

A diferença entre o mundo e o povo de Deus

No dia em que se completaram os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do SENHOR saíram do Egito. Êxodo 12:41


Deus não esconde que há diferença entre o seu povo e os demais povos. Vemos alguns versículos na Bíblia onde o Senhor revela que o Seu povo é escolhido e é diferente dos demais. Quando o povo de Israel estava no Egito essa diferença também foi notória.

Quando Deus enviou as dez pragas, apenas os egípcios as sofreram. Enquanto eles passavam apuros com rãs, piolhos, gafanhotos, pestes nos animais, trevas, chuvas de pedras e morte dos filhos, o povo de Deus estava em suas casas, vivendo tranquilos. Os egípcios perceberam que havia Alguém Maior olhando pelos hebreus.

Quando os israelitas saíram do Egito, todos os exércitos do Senhor saíram juntos com eles. Isso nos faz perceber que Deus havia colocado o Seu exército em favor do povo, trabalhando em prol deles. Quando eles saíram do Egito, não havia mais razão para aquele exército estar ali, haja vista o Egito ser um povo idólatra e adorador de falsos deuses.

Hoje nós também somos povo de Deus, fomos adotados por Ele e fazemos parte da Sua herança. Como os hebreus, também somos guardados e tratados de forma diferenciada, não porque Deus faça acepção de pessoas, mas porque Ele guarda e cuida daqueles que lhe pertencem.

DA mesma forma que o exército de Deus estava sobre os israelitas, o exército do Senhor também está onde estamos e o mal não tem poder sobre nós. Somos escolhidos, diferenciados, amados por Deus e devemos permanecer nos seus caminhos, para que jamais percamos essa bênção do Senhor.

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Os perigos da preguiça

Texto de referência: Provérbios 24:30-34


Dentre os vários conselhos que o livro de provérbios nos traz, existem alguns direcionados às pessoas preguiçosas. O sábio escritor, pelos seus escritos, mostrava-se uma pessoa avessa à preguiça. 

Em um desses provérbios o sábio retrata que ao passar próximo à vinha do preguiçoso, ele se deparou com tudo destruído e arruinado. O motivo dessa ruína estava nas atitudes daquele homem, gastava os seus dias apenas dormindo descansando, enquanto a pobreza e a necessidade o assaltavam.

A preguiça para as coisas desta terra nos faz muito mal. A pessoa preguiçosa tende a não ter nada porque não se aplica em construir nada, apenas em ficar parada. O descanso é obra de Deus, mas Ele também nos criou para trabalharmos e adquirirmos as coisas.

Por outro lado, a preguiça no âmbito espiritual também é muito prejudicial. Uma pessoa é preguiçosa espiritualmente quando deixa de buscar a Deus através da oração, palavra e boas obras para fazer outras coisas. Muitas vezes teremos que vencer o sono para orar ou ler a Bíblia. Algumas vezes teremos que abdicar do nosso descanso para buscarmos a Deus, pois isso é necessário para a nossa vida.

O fim do preguiçoso é ir perdendo tudo, mas aos poucos. Isso porque ele vai perdendo, mas a sua morosidade não o deixa perceber. Quando ele percebe, já perdeu tudo, e por isso o sábio diz que a sua ruína vem como um ladrão, de repente

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Tentando tomar decisões para Deus

Texto de referência: Gênesis 16:1-6; 27


Muitos de nós recebemos promessas de Deus, e é maravilhoso quando as recebemos, todavia, mais maravilhoso ainda é quando elas se cumprem. Entretanto, sabemos que muitas promessas de Deus não se cumprem assim tão rápido quanto esperamos. Quando isso acontece, não há outra alternativa senão esperar.

O problema é que muitas pessoas não conseguem esperar e acabam tentando fazer, às próprias custas, a promessa se cumprir. Este foi o caso de duas mulheres da Bíblia, das quais eu falarei a seguir.

A primeira mulher é Sara, esposa de Abraão. Este homem tinha uma promessa de Deus de que ele geraria um filho a partir de Sara. Como o tempo se passou, e biologicamente era impossível Sara gerar um filho, ela teve a ideia de Abraão dormir com a sua serva para dela gerar um filho para eles. Uma espécie de "barriga de aluguel". Resultado: o plano não deu nada certo pois a serva começou a humilhar Sara, elas brigaram e o filho gerado não se tornou de Sara e Abraão, mas apenas de Abraão (com a serva, claro). Todavia quando Sara tinha noventa anos, ela gerou um filho, pois as promessas de Deus sempre se cumprem.

A segunda mulher foi a nora de Abraão, chamada Rebeca, que se casou com Isaque, o filho prometido de Abraão. Esse casal teve gêmeos, chamados Esaú e Jacó, e havia uma promessa de que Jacó que era o mais novo se tornaria maior do que Esaú, o primogênito. O tempo foi passando e Rebeca não via aquela promessa se cumprir, até que ela elaborou um plano para que Jacó se disfarçasse de Esaú e roubasse a bênção que lhe pertencia. Este plano também não deu certo, pois Jacó teve que fugir de Esaú que planejou matá-lo, e viveu por vinte anos longe de casa.

O que percebemos com ambas as histórias é que não adianta apressamos as promessas de Deus, pois Ele é soberano e sabe o tempo certo de todas elas se cumprirem. Quando recebemos uma promessa, nos resta confiar e esperar em Deus de que no tempo d'Ele elas se cumprirão.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

A família bagunçada de Jacó

Textos de referência: Gênesis 29:1-16;30:1-24.


Apesar de ter sido um grande homem de Deus, Jacó não teve um grande êxito quando o assunto é família. Embora ele tenha tido doze filhos, que se tornaram doze príncipes, os problemas familiares que esses filhos causaram também foram grandes.

As inconsistências familiares já tiveram início no casamento de Jacó, que teve duas mulheres, as quais disputavam entre si. Uma tinha filhos, a outra tinha o amor de Jacó. Isso gerava uma intensa disputa entre elas.

Nesse ambiente de conflitos nasceu os filhos de Jacó que cedo começaram a dar problemas ao pai. O mais velho dormiu com a concubina do pai. Dois dos seus filhos mataram à espada um vilarejo inteiro após saberem que sua irmã havia sido violentada. Por fim, os dez irmãos se uniram contra José, um dos filhos mais novos, e o venderam como escravo, mentindo ao pai, dizendo que ele havia sido morto.

Muitas pessoas são servos de Deus irrepreensíveis, mas não conseguem governar a sua própria família. Ao final de sua vida, Jacó se revelou um homem sofredor e talvez ele se enxergasse assim devido a tantos problemas familiares pelos quais passou.

A vida eterna é no céu, mas a nossa família está na terra, e é nosso dever cuidarmos dela com sabedoria, a fim de evitarmos grandes problemas, tais como Jacó enfrentou na sua.


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Quando Deus nos pede o nosso melhor como sacrifício

Texto de referência: Gênesis 22:1-18


Gênesis 22 é um capítulo que para muitas pessoas é difícil de ler. Ele narra a história de quando Deus provou Abraão lhe pedindo seu filho Isaque como sacrifício. Sempre li esse capítulo com uma dor por causa de Abraão, até que comecei a entender particularidades dessa história.

Primeiro, é importante destacar que essa história é uma analogia ao sacrifício de Cristo na cruz. A dor que Abraão sentiu ao saber que teria que sacrificar seu único filho é comparada à dor de Deus Pai ao sacrificar seu Filho Jesus na cruz. A diferença é que Abraão não viu seu filho morto, como Deus viu.

Segundo, Isaque não relutou ao saber que ele seria o holocausto. Ele poderia correr, tentar fugir de Abraão, mas permitiu seu pai o amarrar e colocá-lo no local do holocausto. Por semelhante modo, Jesus também não relutou, mas se ofereceu espontaneamente como sacrifício por cada um de nós.

Mas quando pensamos em Abraão, vemos que aquele homem não entendeu o pedido de Deus como um fardo, mas a todo momento a sua fala e o seu comportamento dão indícios de que ele tinha fé que Deus reverteria de alguma forma aquela situação.

Quando ele diz aos seus servos que eles iriam adorar e voltariam, percebemos que Abraão entendeu o pedido de Deus como uma entrega, que é o real significado da adoração. Quando Deus nos pede algo que tem valor para nós, ao Lhe entregarmos, estamos reverenciando Ele em adoração.

Quando Ele diz a Isaque que Deus proveria o cordeiro para o sacrifício, Ele demonstra que no fundo Ele acreditava que não era Isaque o real sacrifício, mas que Deus interviria naquela situação.

Abraão já tinha vivido experiências demais com Deus, no fundo Ele sabia que a promessa de Deus em lhe dar uma descendência se cumpriria. Abraão estava certo que ali não era o fim daquela história. Ele só não sabia como seria o final, mas ele tinha certeza que seria feliz.

E por isso Gênesis 22 não precisa ser lido com pesar, porque ali um grande homem de Deus nos deixou um dos maiores legados, o de que não precisamos temer quando Deus nos pede algo. Nós o entregamos em sinal de adoração, e nós podemos ter certeza de que aquilo que damos para Deus voltará para nós de modo multiplicado

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Jeroboão: o rei que não confiou em Deus

Textos de referência: 1 Reis 11:26-40; 12:25-33;


Jeroboão era um simples trabalhador braçal que se tornou rei de Israel. O sei Salomão, apesar de ser filho de Davi, não foi fiel a Deus como seu pai, pois influenciado pelas suas muitas mulheres estrangeiras, começou a adorar deuses pagãos.

Deus então manifestou juízo a Salomão, dizendo que o reino seria retirado das suas mãos e dado a outro homem, chamado Jeroboão, ficando com Salomão apenas a tribo de Judá.

Mas quem era Jeroboão? Filho de uma mulher viúva, Jeroboão provavelmente foi criado sem o pai, e teve que começar a trabalhar logo cedo. Por ser um homem forte e habilidoso, ele foi colocado como chefe dos trabalhos forçados do reino, todavia, Jeroboão não gostou muito do cargo e se rebelou contra o rei. Quando Salomão ficou sabendo que era exatamente Jeroboão que foi profetizado que reinaria em seu lugar, ele tentou matar Jeroboão, mas este fugiu para o Egito.

Após a morte de Salomão e deslizes no reinado do seu filho Roboão, o povo se rebelou e constituiu Jeroboão como rei sobre dez das doze tribos de Israel. A Jeroboão foi profetizado que, se ele servisse a Deus como Davi serviu, o seu reino seria estabelecido.

Todavia, após Jeroboão assumir o reino e experimentar o poder, ele teve medo de perder tudo aquilo e buscou impedir o povo de adorar a Deus em Jerusalém, estabelecendo um local de culto em Efraim, algo não ordenado e não aprovado por Deus. Além disso, ele colocou imagens de adoração, incentivando o povo à idolatria, a mesma causa que levou Salomão a perder o seu reino.

Por fim, o mesmo profeta que profetizou que Deus daria o reino a Jeroboão, profetizou que o reino seria tomado dele e que a sua descendência seria toda destruída. Jeroboão foi um rei escolhido por Deus, que tinha tudo para crescer, mas que não se lançou completamente ao Senhor e não confiou que Deus lhe firmaria no trono.

Da mesma forma, Deus tem colocado diante de nós reinos, Ele tem confiado a nós posições no mundo terreno e espiritual, mas muitas vezes não temos feito jus a essas posições e temos agido por conta própria, não confiando no Senhor, mas temendo perder as nossas posições. Deus nos chama a reinar, mas colocando-O como Rei Supremo, reinando sobre nós. Só assim, o que Ele nos confiou será firmado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

O perigo de olharmos apenas as aparências

Texto de referência: Gênesis 13:10-13


Há um ditado popular que diz: "As aparências enganam". De fato, apenas aparências não revelam tudo o que pode estar por trás de alguma coisa. 

Quando Deus ordenou a Samuel ir até à casa de Jessé para ungir um rei dentre os seus filhos, o profeta achou que Deus escolheria Eliabe, o primogênito, por ser alto, forte e ter uma aparência imponente. Mas Deus alertou a Samuel que Ele não olha para as aparências, mas olha o coração.

Outro personagem bíblico que olhou a aparência de algo foi Ló, sobrinho de Abraão. Quando eles tiveram que se separar devido a desentendimentos dos seus pastores, Abraão deu a Ló a oportunidade de escolher o local para onde ele queria ir. Ló, olhando para as campinas do Jordão, ao oriente, e vendo que elas eram bem regadas, resolveu escolhê-las.

Entretanto, ele não sabia que próximo ao local, na cidade de Sodoma, moravam pessoas perversas, que eram grandes pecadoras. Mais tarde, devido a maldade em Sodoma e Gomorra (cidade vizinha à Sodoma) ser muita, Deus resolveu destruir completamente as cidades e arredores, destruindo inclusive as campinas belas e regadas, que atraíram Ló para o local.

Toda a riqueza de Ló foi destruída porque ele escolheu o local errado. Se as nossas decisões se basearem apenas nas aparências e não no que o Senhor quer para nós, corremos o risco de perdermos tudo, como Ló perdeu. Para não sermos confundidos pelas aparências, devemos buscar a direção do Senhor antes de tomarmos as nossas decisões.


segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Sendo poderoso e utilizando nossa influência para o bem

"Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do Senhor ; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor . O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar." Gênesis 10:8‭-‬10

O princípio das genealogias na Bíblia aponta muitas histórias interessantes, uma delas é a história de Ninrode, um descendente de Cam, filho de Noé.

Após o dilúvio, a humanidade voltou a ser novamente formada. A terra precisava ser povoada, haja vista todos os homens (exceto Noé e sua família) terem sido destruídos pelo dilúvio.

É nesse contexto que nasce Ninrode, um homem descrito na Bíblia como muito poderoso na terra e um valente caçador. Não se tem muitas informações sobre Ninrode, mas outro fato também interessante sobre ele é que Ninrode foi o fundador do reino de Babel, o qual futuramente se tornaria a Babilônia.

A história de Babel muitos conhecem. Um grupo de pessoas começou a construir uma torre, a qual foi desenhada para chegar até o céu e unir aquele povo para que jamais se separassem.

Essas idéias contrariavam a ordem do Senhor de que os povos da terra deveriam se espalhar pela terra. Além disso, Deus viu na construção da torre de Babel uma ideia arrogante, elaborada com o intuito de exaltar a pessoa humana, e não para exaltar a Deus. No final da história, Deus mandou confundir as pessoas que estavam construindo a torre, colocando várias línguas entre elas, de forma que não se entendiam, e tiveram que interromper a construção.

A Bíblia não diz claramente o papel de Ninrode na construção da torre de Babel, mas por ele ter sido o fundador do reino e ter sido descrito como um homem poderoso, acredita-se que ele tenha sido um dos idealizadores da torre de Babel.

A reflexão que a vida de Ninrode traz para nós é que devemos ter cuidado com a forma que utilizamos o poder que conquistamos. Ninrode poderia ter construído grandes cidades, mas ter um coração humilde e pacífico.

Mas ele escolheu ser poderoso e utilizar essa qualidade para o mal. Dá para sermos pessoas influentes e com temor a Deus. A Bíblia diz que a descendência do justo será poderosa na terra (Salmos 112:2). A diferença é que Deus quer que sejamos poderosos e utilizemos essa influência não para o mal, mas para o bem.