terça-feira, 31 de agosto de 2021

Uma guerra vencida através do louvor

"Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o Senhor emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados."

2Crônicas 20:22


O texto de hoje nos conta a história de Josafá, um rei de Judá que estava diante de uma batalha muito difícil. Três reinos investiram contra o reino de Judá com uma grande multidão de soldados. Apesar de servir ao Senhor, diante dessa situação aterrorizante, Josafá temeu.

Mas Ele sabia quem era o Deus que ele servia. Ele buscou o Senhor e conclamou todos os moradores de Judá para jejuarem e também buscarem ao Senhor, que lhes respondeu favoravelmente, dizendo para não temerem os inimigos, pois o Senhor lhes daria a vitória. Na verdade, a ordem do Senhor era um tanto estranha, pois Ele ordenou que eles não fizessem nada, apenas observassem o agir d'Ele.

O povo de Judá então, liderados por Josafá e pelos levitas, começaram a entoar louvores ao Senhor, dizendo: "Rendei graças ao Senhor porque a sua misericórdia dura para sempre." Enquanto eles entoavam louvores ao Senhor, Ele colocou emboscadas e os adversários começaram a ser derrotados, destruindo a si próprios.

Quando o povo de Judá foi a um lugar alto ver os inimigos, eles estavam todos mortos. Foram necessários três dias para o povo pegar todas as riquezas que os adversários deixaram no campo de batalha. Porque o povo confiou em Deus, eles tiveram vitória.

Essa vitória do rei Josafá nos ensina a importância do louvor ao Senhor. Em todos os momentos que o povo de Israel murmurou, eles foram derrotados. Mas nessa guerra, eles agiram de modo diferente, pois escolheram louvar a Deus. O relato bíblico destaca que enquanto eles louvavam, o Senhor derrotou os adversários.

Mas eles não louvaram apenas durante a batalha, mas continuaram a louvar após terem obtido a vitória. Nem sempre é fácil louvar quando estamos diante de um inimigo mais forte, que vem contra nós para nos derrotar. Todavia, o louvor a Deus não se limita a momentos de alegria. Louvamos a Deus por quem Ele é, e o seu caráter não muda porque estamos enfrentando adversidades. Judá louvou a Deus pela sua bondade e misericórdia, que não mudam.

Enquanto alguns não louvam durante a prova, outros se esquecem de louvá-lo também após a vitória. Assim como Judá, Deus requer de nós o louvor em todos os momentos da nossa caminhada, quando tudo vai mal ou bem. Ele se agrada do nosso louvor, não podemos nos omitir.


sábado, 28 de agosto de 2021

Utilizando as armas do adversário para o nosso crescimento

 "Então, o rei Asa tomou todo o Judá, e trouxeram as pedras de Ramá e a sua madeira com que Baasa a edificara; com elas edificou Asa a Geba e a Mispa." 2Crônicas 16:6


A história abaixo se passa nos tempos do rei Asa, o rei de Judá que se viu perseguido pelo exército de Baasa, rei de Israel. Nesse período, Judá e Israel estavam separados como um reino, e possuíam reis diferentes. Esses reinos estavam em guerra entre si, e o reino de Israel era visivelmente mais forte do que Judá.

Como forma de enfraquecer e em seguida derrotar o reino de Judá, Baasa ordena a construção de uma cidade chamada Ramá, que serviria como obstáculo a Judá, para que ninguém chegasse até eles. Da mesma forma, eles estariam impedidos de sair da cidade. Estando isolados, com o passar do tempo seriam derrotados.

O rei Asa, se vendo em apuros, faz uma aliança com o rei da Síria, dando os tesouros da casa do Senhor para que ele lutasse contra o reino de Israel. O rei da Síria entra em guerra contra Israel, que ao se ver ameaçado, desiste de construir Ramá e pelejar contra Judá. A aliança feita entre Asa e o rei da Síria não foi agradável ao Senhor, pois o povo de Deus deveria sempre confiar n'Ele nas suas guerras e não se submeter a alianças com povos pagãos. Apesar disso, a estratégia de Asa deu certo, e é nesse aspecto que iremos focar.

Quando Baasa desiste de construir Ramá, Asa ordena ao povo de Judá que pegassem as pedras e a madeira que estavam sendo utilizadas na construção e trouxessem para o território de Judá. Com esses materiais, Asa construiu duas cidades (ou povoados) denominados Geba e Mispa.

No final dessa história, aquilo que os adversários de Judá utilizaram para derrotá-los acabou sendo usado para aumentar o território de Judá. Da mesma forma, muitas vezes somos atacados pelo inimigo. Cercados por ele, muitas vezes pensamos em desistir. Mas ao invés de nos desesperar, temos que crer que aquilo que o inimigo trama para nos derrotar, será usado pelo Senhor para nos fazer crescer.

O apóstolo Paulo foi preso diversas vezes, mas ele enxergava a prisão não como uma forma de calar a sua voz, mas uma ferramenta para evangelizar a população carcerária. Até mesmo reis ouviram a Palavra de Deus por meio de Paulo na prisão. Nós não estamos desamparados nesta Terra. O Senhor batalha por cada um de nós, e por esse motivo, aquilo que vem do inimigo para nos destruir será a ferramenta usada por Deus para nos fazer crescer.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Quando não há mais saída: a história de Abias

 Olhou Judá e viu que a peleja estava por diante e por detrás; então, clamaram ao Senhor, e os sacerdotes tocaram as trombetas. 2Crônicas 13:14 


O texto de hoje conta a história do rei Abias, um rei que se deparou com um grande batalha. No tempo onde a tribo de Judá e as demais tribos de Israel ficaram separadas, algumas vezes elas lutaram entre si. No reinado do rei Abias, houve uma guerra entre Judá e Israel, este último liderado por Jeroboão.

A tribo de Israel estavam em maior número, eram oitocentos mil lutando contra quatrocentos mil. A tribo de Judá tinha um soldado para cada dois israelitas. Além disso, os mais preparados da tribo de Israel se colocaram à frente da tribo de Judá e colocaram emboscadas por detrás deles. Imagine essa situação, eles estavam cercados de todos os lados, não havia lugar para eles se refugiarem.

Em meio a toda essa pressão, eles clamaram ao Senhor, que veio em socorro a eles, e derrotou o exército de Jeroboão. Naquele dia, foram mortos quinhentos mil homens. 

Essa guerra do reino de Judá nos ensina de onde vem o nosso socorro. Em nossa vida enfrentamos momentos dramáticos que parecem não ter solução. Olhamos de um lado para o outro e nos sentimos cercados por todos os lados. Nesses momentos, podemos clamar ao Senhor, pois se o homem já não pode agir, Ele pode. É nos momentos de maior dificuldade que podemos ver a mão do Senhor.

O salmista Davi disse que não temia milhares do povo que o cercavam por todos os lados (Salmos 3:6). Semelhantemente, não precisamos temer as diversas afrontas recebidas pelo maligno, pois temos um Deus que é o nosso escape. Quando não houver solução, clame a Deus pois ele dará a solução que você sozinho não pode encontrar.


terça-feira, 24 de agosto de 2021

Josué: o homem que não se afastava da presença de Deus

 "O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo. Depois Moisés voltava ao acampamento; mas Josué, filho de Num, que lhe servia como auxiliar, não se afastava da tenda." Êxodo 33:11


A história de Josué começa mesmo antes do seu nascimento, quando é contado sobre o seu antepassado, Berias, um homem que nasceu em um período de dificuldade na família, e cuja vinda não foi celebrada. Josué nasceu dessa linhagem. O seu nome a princípio era Oséias, que significa "salvo", mas depois passou a se chamar Josué, cujo significado é "o Senhor salva". A mudança do nome de Josué indica o que ele seria dali por diante, o homem usado pelo Senhor para fazer o povo entrar na terra prometida.

Em sua juventude, Josué viveu no Egito, como escravo, vivenciando na própria pele o sofrimento do povo de Israel. Ele também presenciou as dez pragas e a abertura do mar vermelho. Mas foi no deserto que o ministério de Josué se iniciou de fato. Ele estava sempre com Moisés, que confiava a ele as batalhas contra adversários do povo. Josué se tornou um grande guerreiro, habilidade que lhe foi muito útil na entrada à terra prometida, pois Josué venceu mais de trinta reais em combates.

Mas a vida vitoriosa de Josué era marcada por um fato, ele não se afastava da tenda da congregação, lugar onde Deus falava ao povo e manifestava a Sua presença. Diante dessa revelação bíblica, podemos inferir que Josué era um homem sedento pela presença de Deus e que buscava estar sempre perto d'Ele. Essa intimidade levou Josué a ter fé e coragem necessárias para ele vencer as batalhas necessárias para entrar na terra prometida.

A história de Josué é para nós um exemplo. Como ele, Deus nos coloca à frente de muitos desafios, que requerem de nós força e coragem para vencê-los. Deus não poupou Josué dos diversos reinos que ele enfrentaria, pois sabia que ele estava preparado para lutar contra eles e vencê-los. Essa preparação não ocorreu da noite para o dia, mas foi resultado de toda uma vida de Josué dedicada ao Senhor. Deus espera também de nós coragem para vencer os obstáculos e dedicação para não nos afastarmos da presença d'Ele. Como foi com Josué, também teremos a vitória.

sábado, 21 de agosto de 2021

A melhor oração

Texto de referência: 2 Crônicas 1:7-12


Salomão é considerado o homem mais sábio que já existiu. Durante a sua vida, ele compôs milhares de provérbios. Reis de diversos países vinham até Israel para ver e ouvir a sabedoria de Salomão. Mas toda essa sabedoria começou com uma oração.

Tudo aconteceu em um dia que o rei Salomão junto com o povo adoraram a Deus e lhe ofereceram sacrifícios. Naquela noite, Deus apareceu a Salomão e lhe disse para pedir aquilo que ele quisesse que Ele lhe daria. Será que temos a noção do que isso significa? O que nós pediríamos se Deus nos dissesse o mesmo que falou a Salomão?

A resposta de Salomão foi muito surpreendente, pois ele pediu a Deus sabedoria e conhecimento para reinar sobre o povo de Deus. Essa resposta agradou muito a Deus, pois Salomão estava diante de um quase "cheque em branco" de Deus, onde poderia pedir inúmeras coisas para si, mas preferiu pedir algo que favorecesse o Seu povo, ao invés de si próprio.

Podemos definir a oração de Salomão como uma prova de humildade e abnegação da sua parte, onde ele colocou o povo de Deus acima de si mesmo. E por ter pedido isso, Deus concedeu a Salomão sabedoria e conhecimentos singulares, diferentes de qualquer homem que já havia existido e dos que existiriam após ele.

Além disso, Deus também concedeu a Salomão coisas para si mesmo, como riquezas e honra. No reinado de Salomão, os israelitas experimentaram um tempo de riquezas como nunca haviam experimentado. Todas essas bênçãos na vida de Salomão ocorreram por causa de uma oração, que eu denominei como "a melhor oração", onde Salomão abriu mão dos seus desejos próprios, por amor a Deus e ao Seu povo.

Estamos vivendo em um tempo de muito egoísmo, onde as pessoas só pensam em si próprias. O desejo de exaltação do "eu" tem feito com que cada um só pense naquilo que acredita que precisa, sem olhar para o seu próximo. Mas, a exemplo de Salomão, enquanto olhamos com amor para o nosso próximo, Deus está olhando para as nossas necessidades, a fim de supri-las. Assim como Salomão, que o Senhor encontre em nossos lábios a melhor oração.


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Jonas: o profeta imaturo

 Texto de referência: Jonas 1-4


Jonas foi um profeta que existiu nos tempos do rei Jeroboão II em Israel. Ele recebeu do Senhor a ordem para anunciar a destruição da cidade de Nínive, capital da Assíria, que tinha cerca de 120 mil habitantes. Mas ao invés de Jonas obedecer, ele pegou um navio e fugiu para outra cidade, alegando estar "fugindo da presença do Senhor".

Após o navio quase ser afundado por uma tempestade enviada pelo Senhor, Jonas é jogado ao mar pelos marinheiros e acaba sendo tragado por um grande peixe, também enviado pelo Senhor. Após três dias no ventre do peixe, refletindo sobre a sua situação, Jonas reconhece o seu erro e Deus ordena ao peixe que o devolva à Terra.

Novamente, Deus ordena a Jonas que pregue contra Nínive. Dessa vez, Jonas obedece e vai até a cidade. A pregação surte efeito, pois os moradores da cidade se arrependem e se convertem ao Senhor, que se arrepende e desiste de destruí-la. Jonas então murmura contra Deus por ter perdoado Nínive e começa uma série de comportamentos infantis, onde pede a morte para si por Deus não ter destruído Nínive e por Deus ter destruído uma planta que lhe fazia sombra.

A história de Jonas é muito conhecida pelo extraordinário fato dele ter sido engolido por um peixe e ter ficado vivo lá dentro. Mas muitas vezes nos esquecemos de meditar em um aspecto que envolve a história de Jonas, a sua imaturidade enquanto profeta. 

Na verdade, Jonas queria que Nínive fosse destruída, haja vista ela ser uma grande inimiga de Israel, e por isso ele relutou contra a ordem de Deus em pregar para aquela cidade. Mas o fato é que não podemos levar a palavra de Deus a quem queremos, mas a quem Deus quer nos enviar. Aceitar o chamado de Deus exige de nós consciência de que não faremos mais o que queremos, mas o que Deus nos manda fazer. Além disso, quando Deus envia uma mensagem de juízo, não é para destruir as pessoas, mas para levá-las ao arrependimento. 

Outro aspecto que indica que Jonas era imaturo é o fato dele pegar um navio para tentar fugir da presença de Deus. Provavelmente Jonas não conhecia o autor do Salmos 139, que reconheceu ser impossível fugir de Deus, pois Ele é Onipresente, isto é, Deus está em todos os lugares, ao mesmo tempo. Por fim, o fato de Jonas ficar discutindo com o Senhor coisas bastante fúteis, demonstra uma certa imaturidade por parte dele.

Para vivermos a vocação para o qual fomos chamados, precisamos de maturidade, característica que nos fará fazer as coisas certas no momento certo. Apesar de ser um homem que Deus queria usar, Jonas não tinha maturidade para encarar a sua missão. E nós, será que temos nos comportado com a maturidade que o nosso ministério exige?

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O que significa servir a Deus de coração íntegro e alma voluntária?

 "E serve-o de coração íntegro e alma voluntária." 1 Crônicas 28:9


Esse trecho da Bíblia é um conselho do rei Davi dado ao seu filho Salomão quando já estava perto de morrer. Davi foi um homem temente a Deus e durante a sua vida, serviu-o de todo o coração. Apesar dos seus erros, Davi não se afastou do Senhor, pois quando errou, teve a humildade de reconhecer seu pecado e se arrepender.

Agora, próximo à sua partida, Davi aconselha Salomão acerca de como deveria ser o seu relacionamento com Deus. Segundo Davi, Salomão deveria servi-lo de coração íntegro e alma voluntária.

Primeiramente vamos meditar acerca do que é um coração íntegro. A palavra íntegro diz respeito a algo inteiro, completo. Servir a Deus de coração íntegro é dar a ele todo o nosso coração, não apenas algumas partes. A falta de integridade no servir a Deus tem sido uma das principais falhas que temos visto no cristianismo do nosso tempo. Isso porque as pessoas até querem servir a Deus, mas não desejam abdicar das coisas do mundo. E assim, servem a Deus juntamente com o mundo. 

Mas na verdade, sabemos que aqueles que agem dessa forma, não estão servindo a Deus, mas ao diabo, pois a Bíblia diz que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24). Quando tentamos trazer as práticas do mundo para a nossa vida cristã, estamos abandonando o Senhor. E portanto a importância de servi-Lo de coração íntegro, pois quando damos a Ele todo o nosso coração não há espaço para outros senhores.

O segundo conselho é servir a Deus de alma voluntária. A alma se refere a algo que está dentro de nós, no mais profundo do nosso ser. Por outro lado, fazer as coisas voluntariamente é fazê-las sem se sentir obrigado, realizando de forma espontânea.

Servir a Deus com uma alma voluntária é obedecê-Lo de forma espontânea, sem se sentir obrigado. Uma alma voluntária para Deus é aquela que fará a sua vontade por amor a Ele, não por medo de que algo ruim lhe aconteça. O Salmos 1 nos fala sobre um homem bem-sucedido em tudo o que executava. O segredo desse homem era ter prazer nos mandamentos do Senhor. Quando servimos a Deus de alma voluntária, tudo o que fazemos para Ele é permeado de amor e o maior intuito das nossas atitudes é agradá-Lo.

Esses foram os dois sábios conselhos de Davi a Salomão. Essa também é a palavra do Senhor para nós. Que possamos servi-Lo de coração íntegro e alma voluntária, pois essas são as chaves para uma caminhada vitoriosa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Quando somos de Deus, Ele opera em nosso favor

"para que tudo se confirme, para que o teu nome seja engrandecido para sempre e os homens digam: ‘O SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, é Deus para Israel!’ E a descendência de teu servo Davi se manterá firme diante de ti." 1 Crônicas 17:24


Esse trecho da Bíblia foi dito por Davi quando ele engrandeceu a Deus acerca do que Deus havia dito a ele, de que estabeleceria o seu reino para sempre. Conforme disse Davi, o cuidado de Deus para com o seu povo, dando a eles um reinado sólido, engrandeceria o nome do Senhor, pois os homens reconheceriam que o Senhor dos Exércitos era Deus de Israel e Deus para Israel.

Perceba que há uma diferença sutil entre essas duas expressões. Na primeira, nós temos um Deus que é do povo, e na segunda, nós temos um Deus que é para o povo.

A primeira expressão, Deus de Israel, remete ao pertencimento do povo ao Senhor. Ser o Deus de Israel significa que o povo pertencia a Deus. Ele era o Senhor do seu povo. Pertencer a Deus significa ser sua propriedade exclusiva. Isso só é possível quando a nossa vida está totalmente entregue a Ele, não superficialmente, mas verdadeiramente. Uma vida entregue a Deus se solidifica quando Ele passa a fazer parte da nossa intimidade, quando Ele está presente nas coisas mais pequenas da nossa vida. 

Convidar a Deus para tomar café conosco, para estar conosco enquanto lavamos a louça ou tomamos banho não é ser louco ou fanático, mas desejar que Ele faça parte da nossa vida como um todo. Muitas pessoas têm selecionado as áreas da sua vida as quais desejam que Deus faça parte, pois em outras elas não desejam ter o Senhor envolvido. Mas quem age assim engana-se a si mesmo, pois ou temos o Senhor em todas as áreas da nossa vida, ou não o temos. Deus não se contenta com metade de nós. Entregar uma parte da nossa vida para Ele, no fundo significa não entregar nada. Foi o próprio Jesus quem disse que não podemos servir a dois senhores (Mateus 6:24).

A segunda expressão diz que Deus é para Israel. Nessa expressão a ênfase está na palavra para. Quando Davi diz que Deus é para Israel, ele se refere a um Deus que age em favor de Israel. Em toda a caminhada do povo de Deus, vemos como o Senhor agiu em favor daquele povo, guerreando em favor deles, e lhes dando a vitória em diversas situações.

Mas essa segunda expressão está relacionada à primeira, isto é, quando a nossa vida está entregue a Deus, ele age em nosso favor. Israel só poderia dizer que Deus era por eles, se eles fossem de Deus. Uma vida entregue a Deus abre caminhos para que o Senhor opere nesta vida. Só experimentaremos o favor do Senhor se a nossa vida estiver unida ao coração de Deus. Aí sim, poderemos dizer: Deus é por mim!


sábado, 14 de agosto de 2021

A história de Berias: o significado da nossa vida é Deus quem dá

 Texto de referência: I Crônicas 7:20-27


Quando José desceu ao Egito, ele teve dois filhos, Efraim e Manassés. Essas duas tribos se tornaram como se fossem uma só, e substituíram José na linhagem real. José era um homem temente a Deus. O seu filho Efraim também teve filhos, mas dois deles, chamados Ézer e Eleade, foram assassinados por terem roubado o gado dos homens daquela terra. O relato bíblico diz que Efraim chorou muito a morte dos seus filhos.

Algum tempo depois, sua esposa fica grávida novamente, e quando nasce o seu filho, Efraim lhe põe o nome de Berias, porque as coisas iam mal na sua casa.

Não se sabe o significado certo do nome Berias. Em algumas traduções, vemos como "desgraça" ou "calamidade". Mas o certo é que aquele nome não tinha um significado agradável. Sem dúvida, todas as vezes que Berias era chamado, ele sentia o peso da dor que o seu nome carregava. Em outras palavras, Berias sabia que nasceu em um momento de dor, e por isso, tinha aquele nome.

Tem sido muito comum nas famílias os pais transferirem a sua dor sobre os seus filhos. Foi o que Efraim fez com Berias. Ao invés de celebrar o nascimento do filho, deu a ele um nome que o fazia sempre se lembrar do drama que a sua família estava sofrendo. Essa atitude dá lugar a filhos que nascem revoltados ou deprimidos, por acharem que não deveriam ter nascido.

Mas Berias não se contentou com esse título de dor, pois ele foi o cabeça da linhagem de Josué, o homem que centenas de anos mais tarde, lideraria o povo de Israel na conquista da Terra Prometida. Muitas vezes a nossa história pode começar mal, mas existe um Deus que pode lhe dar um final feliz. Não importa a nossa situação hoje, Deus é poderoso para nos tirar os rótulos que a sociedade nos impõe e nos dar um novo nome.

Apesar de ser chamado de calamidade, Berias fez diferença na sua descendência, pois apesar de seu nascimento não ter sido planejado pelo homem, foi planejado por Deus para através dele, gerar a descendência do libertador de Israel. Não nascemos por acaso, todos nós temos uma missão dada por Deus. Nós não somos um erro nesta Terra, somos escolhidos por Deus para deixar um legado na nossa geração.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Dando a volta por cima: a história de Jabez

 Texto-base: 1 Crônicas 4:9-10


As genealogias na Bíblia não são textos muito fáceis de ler. Frequentemente saltamos essas partes nas escrituras por acharmos que elas só contém nomes de pessoas. Mas não devemos fazer isso, pois no meio dos nomes estranhos que encontramos nas descendências, nos deparamos com algumas histórias interessantes. Além disso, tudo o que está na Bíblia nos ensina de algum modo.

Uma dessas histórias interessantes é sobre Jabez, um descendente de Judá. Esse homem foi considerado mais ilustre do que seus irmãos, mas o início da sua vida não foi fácil. Ao nascer, sua mãe lhe colocou o nome de Jabez porque o havia dado à luz com dores. Nos tempos bíblicos o nome era algo muito importante, na verdade ele simbolizava algo sobre a pessoa ou sobre a conjuntura em que a pessoa nasceu. Não que nos dias de hoje o nome não seja importante, mas em nossa cultura, muitas vezes o nome é escolhido mais pela afinidade do que pelo seu significado.

Para Jabez, ser chamado pelo seu nome era sempre lembrar que ele gerou dores em sua mãe. Mas Jabez não se conformou com aquela situação. Em certa ocasião ele orou ao Senhor pedindo-lhe para que ele fosse abençoado, próspero, que o Senhor estivesse sempre presente em sua vida e que ele fosse livre do mal e das aflições. Então, Deus lhe concedeu tudo o que ele havia pedido. E por isso, aquele homem se destacou na sua geração.

O pedido de Jabez foi ousado, pois ele pediu diversas coisas de uma só vez. Ele pediu a bênção de Deus, a prosperidade, a Sua presença e a proteção d'Ele. Jabez pediu tudo o que precisamos e gostaríamos de pedir ao Senhor. E Deus concedeu a ele o que pediu.

A vida de Jabez nos ensina duas coisas importantes: a primeira é que não precisamos nos conformar com os rótulos que colocaram em nós. Se algum dia fomos rotulados de forma preconceituosa ou pejorativa, sabemos que Deus é aquele que muda a nossa história. Não importa em qual condição estamos hoje, importa quem nós podemos ser em Deus.

O segundo fato que aprendemos com Jabez é que podemos pedir ao Senhor com fé, que Ele nos ouvirá. O fato de Jabez não se conformar com a sua condição a qual lhe impuseram, já era uma atitude de fé, de que algum dia sua situação mudaria. Ele teve fé, ousou confiar no poder de Deus e foi referência entre o seu povo.

Assim como Jabez, nós podemos hoje nos levantar, sair da condição de humilhação a qual fomos impostos e nos colocarmos na posição que Deus tem para nós, mais que vencedores (Romanos 8:37)! Nada menos que isso. 

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Apolo: o pregador que conheceu o poder do Espírito Santo

Texto de referência: Atos 18:24-28


Nos tempos da igreja primitiva surgiu entre os apóstolos um homem chamado Apolo. Ele era um judeu seguidor de Jesus. Conhecia bem as escrituras e falava sobre elas, sempre de modo muito persuasivo. Apolo era um habilidoso pregador, pois tinha em si todas as habilidades externas necessárias a alguém com esse dom, pois ele conhecia as escrituras e sabia explicá-las de forma convincente.

Entretanto, após ser ouvido por dois discípulos da igreja, chamados Áquila e Priscila, eles perceberam que faltava algo em Apolo. Ao lhe conhecerem melhor, o casal percebeu que ele conhecia apenas o batismo de João, isto é, aquele homem não havia recebido o batismo no Espírito.

Eles então convidaram Apolo a estar um tempo com eles, onde puderam falar a ele acerca do Espírito. Apolo compreendeu que o caminho de Deus não é completo sem o Espírito e com Ele caminhando conosco, a exposição da Palavra ganha um novo sentido.

Após esse aprendizado, Apolo saiu para a região da Acaia e ali começou a expor a Palavra. Agora o ministério de Apolo estava diferente, pois ele estava cheio do poder de Deus e não apenas falava de forma eloquente, mas convencia publicamente os judeus que o ouviam.

Apolo já era um servo de Cristo e já tinha a palavra em seu coração, mas faltava algo mais em seu ministério, faltava-lhe o Espírito Santo. Quando somos batizados no Espírito Santo, a exposição da Palavra de Deus ganha um novo formato, pois é o Espírito que dá poder e convencimento às nossas palavras. Sem o Espírito, as nossas palavras se tornam meras letras.

O problema é que nós cristãos  temos nos contentado em apenas receber o Espírito Santo, sem buscarmos ser batizados n'Ele. O batismo no Espírito é que nos fará sermos cheios d'Ele, na medida em que necessitamos, não apenas queremos. Apolo teve essa experiência e o seu ministério foi totalmente transformado.

domingo, 8 de agosto de 2021

Acaz: o rei que criou o seu próprio altar

 Texto de referência: 2 Reis 16:10-18


Dentre os diversos reis que Judá teve no período bíblico, um deles se chamava Acaz. Apesar de ser neto de Uzias, um rei muito próspero e que servia a Deus, Acaz teve um reinado deplorável. Naquela época, o reino de Judá estava cercado por diversas nações idólatras, que adoravam deuses estranhos. Uma dessas nações era a Assíria.

Para tentar fugir da perseguição da Síria, Acaz fez aliança com o rei da Assíria. Em certa ocasião, quando foi a Damasco (que na época pertencia à Assíria) visitar o rei assírio, Acaz viu ali um altar que este fez aos seus deuses. Acaz, que estava com o coração tomado pela idolatria, enviou a planta do altar e pediu ao seu sacerdote Urias que fizesse um igual para ele.

O sacerdote, em vez de recusar a fazer parte daquele ato idólatra, obedeceu a ordem de Acaz. Quando o rei de Judá chegou e viu o altar, queimou holocaustos, fez ofertas e sacrifícios. Como se não bastasse tudo isso, ele ainda retirou da casa do Senhor o altar da verdadeira adoração.

Acaz não construiu um altar para deuses estranhos, mas para si mesmo. Usurpando o lugar de um sacerdote, Acaz intentou fazer em seu altar idólatra os mesmos rituais que se faziam no altar do Senhor. Acobertado pelo sacerdote Urias, que não repreendeu a loucura de Acaz, ele buscou um ritual vazio de adoração.

Nem todo ritual de adoração é ao Deus verdadeiro, e nem toda adoração a Deus, Ele recebe. Muitas vezes temos entrado no ambiente da adoração para exaltar a nós mesmos, em vez de adorarmos a Deus. Lançamos as nossas dificuldades, os nossos anseios, as nossas preocupações, nos colocamos no centro do processo, e nos esquecemos de nos entregar por inteiro, que é o verdadeiro sentido da adoração.

A adoração simboliza a entrega, e por isso Deus diz que se agrada de um coração contrito mais do que de sacrifícios (Salmos 51:17). Deus também diz que glorificamos a Ele quando oferecemos sacrifícios de ações de graças (Salmos 50:23). Acaz criou um altar para adorar a si mesmo, para satisfazer o seu ego inflado. Que possamos dar a Deus a verdadeira adoração, que não se limita a lugares ou rituais, mas que vem de dentro, e é verdadeira. 

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Eliseu: o profeta da ousadia, da santidade e abnegação

 Textos de referência: 1 Reis 19:19-21; 2 Reis 4-7


O início da descrição bíblica do ministério de Eliseu se inicia quando Elias o chama para segui-lo e Eliseu, que estava cuidando de bois, larga tudo, despede-se da sua família, imola os bois os quais estava cuidando e começa a seguir Elias. A partir daí, a Bíblia relata que Eliseu o servia. Em outro relato mais adiante, Eliseu é conhecido como aquele que lavava as mãos de Elias. Dessa forma, percebemos que o ministério de Eliseu começou com ele servindo o homem que exercia autoridade sobre ele.

Após a subida de Elias ao céu, Eliseu assume o seu lugar como líder dos profetas. A princípio, ele mesmo não se impõe através da sua fé, pois para abrir e atravessar o rio Jordão, ele utiliza a capa de Elias e ora ao Senhor, clamando ao "Deus de Elias". Mas aos poucos, o ministério de Eliseu começa a ganhar notoriedade.

Assim como Elias, percebe-se que uma das características marcantes do ministério de Eliseu era a sua ousadia no Senhor. Eliseu não tinha medo e confiava no poder do Senhor para operar milagres. Através da sua vida, Deus operou grandemente em diversas situações, até mesmo na ressurreição de mortos. Mas um atributo de Eliseu que nos chama a atenção era a santidade. Foi por ser visto como um homem santo, que a mulher sunamita fez exclusivamente para ele um quarto em sua casa.

Por fim, Eliseu demonstrou em seu ministério que não era ganancioso. Essa atitude é vista logo no início, quando ele foi chamado e largou o seu trabalho e família para cumprir a sua vocação ministerial. É confirmada quando o Senhor o usou para trazer a cura da lepra ao comandante do exército siro. Nesta oportunidade, ele ofereceu a Eliseu muitas riquezas, as quais foram recusadas por ele. Essa atitude foi tão surpreendente que causou indignação no seu ajudante, que ao tentar pegar para si um pouco das riquezas que Eliseu desprezou, acabou sendo castigado.

Mesmo após a sua morte, o ministério de Eliseu continuou a frutificar, pois os seus ossos ao tocarem um cadáver que havia sido enterrado em seu túmulo, fez reviver um homem.

Todo o ministério de Eliseu não cabe nesse pequeno relato, pois ele foi um profeta e homem extraordinário. Mas se formos caracterizar o ministério de Eliseu em três características, podemos citar a ousadia, a santidade e a abnegação. São características que Deus quer também em nós, ousadia para crer no poder d'Ele, não importa a dificuldade da situação, santidade para renunciar diariamente o pecado e o mundo, abnegação para que as coisas terrenas não venham a ocupar o lugar do Senhor em nosso coração.


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

As virtudes da mulher sunamita

 Textos de referência: 2 Reis 4:8-37; 8:1-6


Em um período em Israel onde houve uma fome severa, o profeta Eliseu alertou uma certa mulher, da qual não sabemos o nome, apenas a sua origem de Suném, e por isso era chamada sunamita. Essa mulher saiu de Israel e retornou apenas após a fome ter findado, tendo todas as suas terras restituídas pelo rei, após ele saber que aquela mulher foi uma das protagonistas de um milagre que Deus operou por meio de Eliseu. Mas o que tinha de tão especial nessa mulher que fez o profeta lhe alertar sobre a fome e para o rei lhe devolver os seus pertences? Quando vamos estudar sobre a sunamita, vemos que aquela mulher tinha virtudes especiais.

A princípio Eliseu conheceu a sunamita ao frequentar a sua casa apenas para lanchar.  Após algum tempo, ao perceber que ele era um homem santo de Deus, ela se aproximou mais dele. O fato da sunamita ressaltar em Eliseu a qualidade de santo, indica que aquela qualidade era algo que importava para ela, isto é, ela buscava a santidade e prezava por conviver com pessoas que tinham essa qualidade. 

Além disso, a sunamita não se aproximou de  Eliseu porque ele era um homem conhecido e que fazia prodígios. Ela se aproximou dele pela sua abnegação, reconhecida pelo próprio profeta. Para a sunamita, o que importava era fazer bem ao homem de Deus e honrar a autoridade dele. Ela não se tornou amiga dele por interesse, mas porque tinha prazer em honrar aqueles que trabalhavam para o Senhor.

Com o passar do tempo, Eliseu fez uma proposta tentadora à sunamita, dizendo a ela que poderia levar ao próprio rei alguma demanda que ela tivesse. Mas a resposta da sunamita demonstrou a nobreza daquela mulher, ela disse a Eliseu que estava satisfeita com o que ela tinha. Na verdade, a sunamita não tinha tudo o que queria, pois ela ainda não tinha um filho, mas ao ser abordada por Eliseu, aquela mulher se mostrou satisfeita com aquilo que ela tinha. Esse era outro segredo da sunamita, apesar de não ter tudo o que ela desejava, ela vivia contente com o que tinha, o que fez o Senhor dar a ela aquilo que ela desejava. Quando vivemos satisfeitos com o que temos, o Senhor nos concede aquilo que desejamos.

Por fim, a última característica da sunamita foi a sua fé. Apesar de ver seu filho morto, aquela mulher não desistiu ou blasfemou, mas foi até Eliseu, reivindicando perante o Senhor a bênção que Ele mesmo havia lhe dado. Após Eliseu orar, o filho dela reviveu.

A sunamita foi uma mulher que fez parte de um período da vida de um dos maiores profetas da Bíblia. Não se sabe o nome dela, mas esse fato não diminuiu aquilo que ela foi para o seu tempo. Em uma geração onde falta santidade, abnegação, contentamento e fé, que possamos olhar para o modo de viver da sunamita, para aprendermos com ela.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Humildade, perseverança e obediência: a história de Naamã

 Texto de referência: 2 Reis 5:1-19


Naamã era o segundo homem mais importante da Síria. Por ser o comandante do exército, tinha contato direto com o rei e uma excelente posição social perante a nação. Porém o fato de ser leproso era algo que amargava a vida daquele homem.

Certo dia, uma jovem israelita que servia na casa de Naamã revelou que em Israel havia um profeta, que poderia dar fim àquele problema. Entusiasmado, Naamã vai até Israel com a sua comitiva até a casa de Eliseu, o profeta mencionado pela jovem. Entretanto, Eliseu não se impressiona com o poder social de Naamã e não o recebe pessoalmente, mas apenas lhe dá o recado para se lavar sete vezes no rio Jordão. 

Naamã resolve ir embora, indignado com a desconsideração de Eliseu à sua pessoa, mas após conselho dos seus servos, resolve seguir o conselho de Eliseu. Ao mergulhar no rio, ele fica limpo da sua lepra.

Ao ver a sua pele tão lisa como a de uma criança, Naamã se rende ao Senhor e reconhece que Ele é o único Deus. Um homem estrangeiro, acostumado a servir deuses estranhos, agora reconhece o poder do verdadeiro Deus.

Ao experimentar o milagre de Deus em sua vida, Naamã compreendeu algumas coisas sobre o Senhor:

A primeira coisa é que Deus não atende a orgulhosos. Naamã chegou até Israel achando que iria ser curado devido à sua posição social, mas Ele se deparou com um profeta que nem mesmo o recebeu pessoalmente e lhe deu a ordem de se lavar em um rio considerado humilhante por ele. Deus não queria menosprezar Naamã, mas fazê-lo entender que para Deus não há acepção de pessoas. O rico e o pobre são os mesmos diante Dele e Ele não se vende ou se submete a quem quer que seja.

Ao ordenar que ele se lavasse sete vezes no rio Jordão, o Senhor queria mostrar a Naamã que os caminhos de Deus exigem perseverança da nossa parte. Ele poderia se lavar apenas uma vez e ficar curado, mas a ordem era mergulhar por sete vezes. Grandes vitórias são precedidas de grandes batalhas, que exigem de nós atitudes de fé e de perseverança para alcançarmos o propósito para o qual Ele nos chamou.

Por fim, os caminhos de Deus exigem de nós obediência total. Naamã se questionou sobre o porquê ele não poderia se lavar em outro rio que não fosse o Jordão, mas o que o Senhor queria mostrar àquele comandante era que, assim como ele na sua posição oficial exigia obediência total dos seus subordinados, Deus exige de nós obediência total ao que Ele nos diz. Poderia ser qualquer rio ou até mesmo não ter rio, mas a ordem de Deus específica para ele era se lavar no rio Jordão e o milagre só ocorreria com a obediência àquela ordem dada.

Após Naamã presenciar todos esses fatos, não havia como não reconhecer que o Deus de Eliseu era diferente dos deuses siros, aos quais ele cultuava. E assim, ele se rende ao Senhor. Deus não muda.  Quando temos a oportunidade de conhecê-lo e experimentar o seu poder em nós, percebemos que Ele é singular. E assim passamos a servi-lo não apenas pelo que Ele faz por nós, mas por quem Ele é.