quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Nunca é tarde para buscar ao Senhor: meditando sobre o rei Josias

 Texto de referência: 2 Crônicas 34


Dentre os reis de Judá, Josias foi o último rei que a Bíblia relata que serviu ao Senhor. Todos os que vieram após ele fizeram o que era mau diante de Deus e a partir daí começaram os períodos de exílio dos judeus.

Mas a devoção de Josias ao Senhor não começou logo no início do seu reinado, até porque Josias tinha apenas oito anos quando começou a reinar.

Ele também não teve referências familiares para o temor do Senhor, pois seu pai e avô, Amom e Manassés, respectivamente, foram talvez os piores reis que Judá já teve.

Josias tinha tudo para seguir o exemplo dos seus pais, e consequentemente fracassar, mas ele resolveu seguir outra direção. A Bíblia diz que aos 16 anos ele começou a buscar ao Senhor, e quatro anos depois ele começou uma restauração espiritual no território de Judá, destruindo todos os altares idólatras que haviam sido construídos nos reinados anteriores. Inclusive ele destruiu um altar feito no período do rei Jeroboão, centenas de anos antes do seu reinado.

Aos 26 anos, Josias renova a aliança do povo com o Senhor e realiza a celebração da maior Páscoa feita por reis desde que Israel virou uma monarquia.

A vida de Josias nos mostra que nunca é tarde para o nosso despertar para Deus. Josias não tinha referências para buscar a Deus, mesmo assim ele o fez. Ele não iniciou sua trajetória servindo ao Senhor, mas um dia seus olhos foram abertos e aquele homem passou a servir a Deus de todo coração, se santificado e buscando a santificação do povo de Judá.

E por isso, o seu reinado durou trinta e um anos, vivendo em paz com as nações ao redor, porque o seu coração se converteu de verdade ao Senhor.


domingo, 28 de setembro de 2025

Você tem dado ouvidos a conselhos imprudentes?

 Texto de referência: 1 Crônicas 19


A história que nós vamos meditar nesse texto fala sobre prudência ao ouvir conselhos e gratidão com aqueles que nos fazem o bem. Ela está narrada na Bíblia no contexto da história do rei Davi.

O local onde a história se passa é entre o reino de Israel e de Amom. Os amonitas eram descendentes de e estrangeiros, todavia, o rei Davi tinha amizade com Naás, o rei de Amom. Quando este morreu, Davi enviou mensageiros até Hanum, filho do falecido rei, para consolá-lo acerca da morte do seu pai. 

O jovem, ouvindo conselhos dos príncipes do reino, começaram a dizer falácias a Hanum, dizendo que aqueles mensageiros de Davi não queriam senão espiar a terra para depois guerrear contra eles. Hanum acreditou na história e humilhou os mensageiros de Davi, raspando seus cabelos e barbas e cortando suas roupas.

Quando os homens, envergonhados, chegam até o território de Israel, Davi se enfurece contra Hanum e vai pelejar contra os amonitas. 

Em uma guerra travada, Davi vence e derrota os amonitas que fogem diante de Israel.

Toda essa guerra poderia ser evitada se Hanum agisse com prudência, não dando ouvidos a homens tolos, que o aconselharam para o mal. Muitas vezes nós também agimos dessa forma, ouvindo conselhos imprudentes e acreditando que aquilo é o melhor para nós.

O livro de provérbios 22:17 nos orienta: “Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento.” Nós devemos nos esforçar para ouvir os sábios. Aquilo que os tolos aconselham, não pode servir de base para a nossa conduta.

A posição de Hanum frente a Davi deveria ser de gratidão, haja vista toda a amizade dele com o seu pai, Naás. Aqueles que nos fazem bem devemos retribuir de semelhante modo. Quando pagamos o bem com o mal, estamos atraindo a guerra sobre a nossa casa. “Quanto àquele que paga o bem com o mal, não se apartará o mal da sua casa”. Provérbios 17:13.




sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Não olhe as circunstâncias

 Se Jairo tivesse olhado as circunstâncias e desse ouvidos às pessoas ao seu redor que lhe desanimavam, sua filha não teria ressuscitado.

Se a viúva de Sarepta tivesse olhado as circunstâncias da fome severa em sua região e não tivesse dado ouvidos às palavras de Deus, ditas por meio de Elias, provavelmente ela e seu filho teriam morrido em decorrência da fome.

Se Davi tivesse olhado para o tamanho do gigante Golias ou tivesse dado ouvidos às palavras de Eliabe que tentava desencorajá-lo, certamente não teria vencido o gigante.

Se Josué olhasse para as muralhas de Jericó, grandes e bem fechadas, não teria pelejado e aquelas muralhas não teriam caído.

Pedro olhou as circunstâncias, observou a força do vento e da tempestade, e começou a afundar no mar. Ele só não submergiu porque Jesus lhe segurou pela mão.

Somos frequentemente tentados a olhar as circunstâncias ao invés de olhar para o Senhor e para o Seu poder. O medo frequentemente nos faz esquecer como é grande o Deus ao qual servimos.

Mas não devemos olhar as circunstâncias e não devemos dar ouvidos àqueles que nos dizem que é impossível. Como Jesus disse a Jairo, não devemos temer, somente crer.

Deus está acima de toda circunstância. Ele é maior do que a morte e a fome, é maior do que o gigante, as muralhas e o vento. Ele é Deus e, sem dúvida, pode nos ajudar.


sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Quem foram Zorobabel e Josué

 Após ficarem exilados por setenta anos na terra da Babilônia o povo judeu tem a oportunidade de voltar para Jerusalém a fim de reconstruí-la. A ordem foi dada pelos próprios reis persas, local onde se encontravam os cativos.

Ao retornarem do exílio o povo passou a reconstruir os muros de Jerusalém e o templo do Senhor. Para esse propósito, elegeram Zorobabel como governador e Josué como sumo sacerdote.

Apenas os livros pós-exílicos de Esdras, Neemias, Ageu e Zacarias mencionam Zorobabel. Ele era da linhagem de Judá e a sua principal missão foi reconstruir o Templo. Nesse período, Zorobabel desanimou após alguns adversários se levantarem contra a reconstrução. Mas fortalecido pelas palavras proféticas de Ageu e Zacarias, Zorobabel se levanta para continuar a construção.

Zorobabel é um símbolo do reinado de Jesus, pois ele fazia parte da descendência de Davi. Como governador do povo, Zorobabel foi o último líder da linhagem antes da chegada de Jesus, o eterno Rei de Israel.

Com relação a Josué, ele era da linhagem de Levi e tinha a função de exercer o sacerdócio no novo templo. Os livros de Ageu e Zacarias os quais mencionam Josué não relatam detalhes sobre a continuidade do seu ministério sacerdócio, mas sabe-se que Josué era uma prefiguração do sacerdócio perfeito vindo através de Jesus.

Tanto que ele é chamado também de Renovo (Zacarias 6:9-13), mesma palavra utilizada para se referir a Jesus em outra parte das Escrituras, no livro do profeta Isaías (Isaías 11:1).


segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Neemias: de copeiro do rei a governador de Jerusalém

 Neemias foi um personagem bíblico dos tempos durante e pós-exílio. Ele provavelmente nasceu durante o exílio no império babilônico (que depois virou o império medo-persa) e trabalhava como copeiro do rei. Após se revoltar com a situação de pobreza e desamparo de Jerusalém, ele pediu ao rei para voltar à terra dos seus pais para reconstruir os muros, e foi prontamente atendido pelo rei. A partir de então passou a ser governador de Jerusalém.

Alguns aspectos sobre Neemias nos chamam a atenção:

Era um homem extremamente alegre. O rei nunca havia visto Neemias triste e no dia que isso aconteceu, o rei se preocupou. Imagina uma pessoa ser vista como alguém que nunca ficou triste no trabalho.

Não se intimidava diante dos adversários. Por algumas vezes os adversários dos judeus tentaram paralisar a reconstrução dos muros e até mesmo matar Neemias, mas ele colocou as suas armas e continuou o seu trabalho.

Confiava plenamente em Deus. Neemias se mostrou um homem muito temente a Deus e em várias situações demonstrou a sua confiança nele. Ao pedir ao rei para ir a Jerusalém e ao confiar que Deus iria protegê-lo e continuar a obra, apesar dos adversários.

Teve uma firme posição como governador. Neemias soube liderar os judeus durante a reconstrução, convocando o povo para a obra, não se intimidando com as ameaças adversárias e reestabelecendo o culto em Jerusalém, bem como as funções eclesiásticas.

Era justo e temente a Deus. Neemias não apenas liderou o povo, mas cuidou da espiritualidade também. Ele reestabeleceu o sacerdócio em Jerusalém, trouxe aos judeus a leitura da Lei, convocou o povo ao arrependimento, não cobrou o salário de governador, devido a pobreza extrema do povo, e eliminou a exploração financeira existente. 

Neemias foi uma referência para o seu tempo, uma vez que ele agiu de forma ética e temente a Deus em um dos períodos mais difíceis para os judeus, que foi a reestruturação de Jerusalém. Devido ao seu grande exemplo, a sua história está nas páginas das Escrituras, para nos inspirar.

Você escolhe chorar de alegria ou tristeza?

 “E todo o povo jubilou com altas vozes, quando louvaram ao Senhor, pela fundação da casa do Senhor. Porém muitos dos sacerdotes, e levitas e chefes dos pais, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em altas vozes quando à sua vista foram lançados os fundamentos desta casa; “ Esdras 3:11,12

Quando o templo de Deus foi construído na época de Salomão foi algo glorioso. Diversos utensílios de ouro, madeiras da mais alta qualidade, uma construção grandiosa, que exalava glória. Naquele lugar estava a glória de Deus.

Mas quando o povo se dobrou à idolatria, aos poucos tudo foi sendo demolido. Diversos utensílios foram saqueados por nações inimigas, mas a construção continuava lá, imperial. Até que no ano 586 a.C. Jerusalém foi tomada e o templo destruído. 

Setenta anos mais tarde o povo, que havia sido levado cativo, volta para Jerusalém e o templo é reerguido, a partir da iniciativa de homens santos, como Esdras, Zorobabel, Neemias e outros.

No ano 516 a.C. a construção do novo templo termina. Para alguns era dia de grande alegria ver novamente de pé o templo do Senhor, mas para outros, principalmente os mais antigos que viram o templo construído por Salomão, era motivo de choro, pois o novo templo não se comparava à grandiosidade daquele antigo.

O texto diz que enquanto uns choravam de alegria outros choravam de tristeza e não se podia discernir o choro de alegria do choro de tristeza, tamanha estava a divisão na congregação.

Essa passagem me fez refletir sobre as escolhas que temos a fazer. Aqueles que choravam de alegria estavam gratos pelo que Deus tinha feito por eles, a libertação do cativeiro, a oportunidade de cultuar novamente no templo, a alegria de estar novamente em Jerusalém.

Os que choravam de tristeza se lembravam dos dias antigos. Saíram do cativeiro, mas continuavam cativos da nostalgia e estavam se comportando da forma contrária ao que a Bíblia nos orienta: “Não diga: ‘Por que os velhos tempos foram melhores que os de hoje?’. pois não é sábio fazer esse tipo de pergunta.” Eclesiastes 7:10

Em todo tempo nós temos a oportunidade de nos alegrar ou deixar que a tristeza pelo passado tome conta de nós. Algumas lembranças antigas são muito boas, mas não voltam mais. Precisamos nos desgarrar do passado e viver o que Deus preparou para nós HOJE. Viver contentes com o que Deus nos deu HOJE. Agradecer pelo que vivemos ontem, mas ser ainda mais gratos porque temos a oportunidade de ver o HOJE

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Quando fazemos coisas para Deus do nosso jeito

 Texto de referência: 1 Crônicas 13 e 15.


O ide por todo mundo é uma ordem, não é uma opção. Fazer a obra de Deus é o que ele espera de um cristão que ama o Evangelho. Entretanto, às vezes mesmo com boas intenções não cumprimos essa ordenança da maneira correta.

O rei Davi quando assumiu o reino de Israel resolveu trazer a arca da aliança que havia ficado vinte anos na casa de Abinadabe, abandonada, sem cumprir o seu propósito que era de aproximar o povo de Israel de Deus.

E para trazer a arca Davi fez um grande aparato. Arrumou um carro de bois novo e colocou dois homens - Uzá e Aiô - para guiarem o carro com a arca dentro dele. Todavia, no meio da festa, enquanto eles caminhavam e tocavam instrumentos, os bois tropeçaram e Uzá estendeu a mão para segurar a arca. Naquele instante, ele foi ferido por Deus e morreu ali mesmo.

Davi então ficou com medo de trazer a arca para o seu reino e a deixou na casa de Obede-Edom, o qual foi muito abençoado enquanto a arca estava com ele.

Após certo tempo Davi então percebeu o seu erro e disse:

“ Somente levitas podem carregar a arca da aliança porque foram eles que o Senhor Deus escolheu a fim de carregá-la e para servi-lo para sempre.” 1Crônicas 15:2


Ele então recomeçou o processo de trazer a arca para Jerusalém, agora da forma correta, colocando os levitas para carregá-la, nos ombros, segurando pelas varas, conforme o Senhor já havia ordenado.

E agora a festa foi completa, eles trouxeram a arca até Jerusalém ao som de músicas e danças, sacrificando animais e regozijando na presença do Senhor.

Essa história nos mostra que muitas vezes tentamos fazer as coisas certas, mas o nosso método não é o ordenado por Deus. Fazer o que Deus quer de nós implica em fazer tudo conforme Ele ordena, sem pegar atalhos ou criar métodos que não provém dele. E a nossa melhor bússola é a palavra de Deus, que nos guia em tudo segundo a vontade de Deus.


quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Apesar do sofrimento do mundo, Deus continua sendo bom o tempo todo

 Os dias são maus. Muitas tragédias, notícias tristes. O noticiário nos apresenta pessoas sendo assassinadas, crianças abandonadas, pessoas com doenças terríveis, algumas desenganadas pelos médicos.

Muitas vezes nos perguntamos o porquê de tanto sofrimento no mundo. Mas existe um versículo na Bíblia que diz que "A terra está cheia da bondade do Senhor" (Salmos 33:5). Não parece ser o planeta Terra em que habitamos, mas é. Essa mesma terra cheia de sofrimento está também cheia da bondade de Deus.

Essa palavra precisa confortar o nosso coração e nos fazer acreditar que apesar de tantas notícias ruins, Deus enche a terra todos os dias com a sua bondade. Se por um lado todos os dias tragédias acontecem, por outro lado todos os dias pessoas são curadas, famílias são protegidas de acidentes fatais, homens e mulheres são resgatados da depressão, pessoas recebem a Jesus em suas vidas e são livres da condenação eterna.

Neste dia, que a certeza de que Deus é bom o tempo todo possa encher o nosso coração de alegria, e nos traga o consolo de que o tempo de sofrimento está chegando ao fim, pois Jesus está voltando. E quando Ele vier, 

"(...) enxugará dos olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor" (Apocalipse 21:4).


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

O segundo chamado de Pedro

 Mateus 4:18-19; João 21:15-19


O chamado dos discípulos na Bíblia é algo interessante, pois cada um teve o seu chamado de uma forma diferente dos outros. Para alguns apóstolos a Bíblia não relata como ocorreu o chamado deles.

Com o apóstolo Pedro nós sabemos. Ele estava exercendo o seu trabalho quando foi chamado por Jesus para segui-Lo. Ele não hesitou, mas largou tudo e foi andar com o Mestre.

Todavia, em algum período da vida de Pedro o seu chamado esfriou. Quando Jesus estava prestes a morrer no calvário, Pedro negou diante de alguns judeus que o conhecia, ele que andou por três anos lado a lado com o Mestre agora afirma não saber quem era Ele.

Condoído com a sua covardia perante os judeus e triste pela morte de Jesus, Pedro volta a pescar. Mas o chamado de Jesus é para sempre. Pedro havia sido chamado para ser pescador de homens, ele não podia mais voltar atrás.

E assim, quando Jesus apareceu a Pedro junto ao mar de Tiberíades, após curar o coração de Pedro da dor por tê-lo negado, Jesus chama novamente aquele homem. Ele afirma a Pedro que agora era a hora de apascentar as ovelhas de Jesus. No primeiro chamado Pedro seria pescador de homens, agora ele cuidaria da primeira comunidade cristã que iria existir, a Igreja Primitiva.

Semelhantemente ao que Jesus já havia feito no início do Seu ministério, Jesus diz a Pedro Segue-me. E Pedro o seguiu.

Aquele era o segundo chamado de Pedro. Com maturidade Pedro aceitou e pouco tempo depois estava pregando com ousadia a milhares de pessoas, sendo que em uma de suas pregações cerca de 3 mil pessoas se converteram.

Essa história nos mostra que há sempre uma segunda chance vinda de Deus.

Se um dia você foi chamado mas deixou essa chama morrer, Deus pode reavivá-lo.


quinta-feira, 7 de agosto de 2025

O poder da rendição

Textos-base: Mateus 15:21-28 e Marcos 7:24-30

Como cristãos ouvimos muito falar sobre a adoração, e quando nos vem essa palavra à mente logo lembramos de músicas, de expressões como “Aleluia”, ou então de gestos típicos de adoração como levantar as mãos. Todos esses elementos podem ser expressões de adoração a Deus, mas também podem ser apenas simbologias se não forem feitos de coração.

A verdadeira adoração a Deus está na nossa rendição a Ele. Adoramos a Deus quando nos rendemos, quando reconhecemos a nossa condição de fracos, pobres de espírito, pecadores e nos submetemos à sua graça para nos ajudar, nos salvar e nos perdoar. Quando reconhecemos que não temos o controle de uma situação difícil, mas que temos um Deus que possui esse controle.

Muitas vezes pensamos sobre o porquê não temos alcançado ainda o favor do Senhor em alguma área que há tanto tempo temos clamado, orado, jejuado, e talvez o nosso milagre ainda não tenha chegado porque ainda não tomamos uma pequena atitude: nos render verdadeiramente a Deus.

O texto de hoje nos fala sobre uma mulher grega, das regiões de Tiro e Sidom, portanto, estrangeira, mas que mesmo distante dos territórios de Israel ouviu falar e creu no poder de Jesus. O problema daquela mulher era sua filha que estava terrivelmente endemoninhada. Não se sabe quanto tempo aquela mulher passava por aquela aflição, mas era tempo suficiente para que ela estivesse desesperada, a ponto de ao saber que Jesus estava em seu território, sair gritando atrás dele, clamando pela Sua ajuda.

Mas o milagre aconteceu quando aquela mulher se prostrou a Jesus e O adorou. Ela se rendeu a Ele, se submeteu ao Seu poder, e mesmo Jesus sendo aparentemente ríspido com ela, a mulher mostrou a Ele que cria que o poder d'Ele era suficiente para agir independentemente de sua territorialidade e que ela sabia que a misericórdia de Jesus alcançava a todos, independente de seu passado ou de seus erros.

O demônio saiu de sua filha, mas não precisou Jesus mandar uma palavra de repreensão como o fez em outras vezes. O próprio Jesus disse que pelas palavras daquela mulher ela já poderia ir, pois o demônio já havia se retirado. Não pela palavra, mas pela atitude por trás daquela fala. Pela atitude de rendição, de reconhecimento do poder de Deus.

Provavelmente a mulher não disse a Jesus “Aleluia” quando o adorou, ela se rendeu com a sua fé de que havia poder em Jesus e com a sua atitude de se prostrar mesmo Ele não tendo respondido inicialmente seu clamor. Ela se entregou de coração a Jesus, e o milagre na vida dela foi inevitável.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Quem foi o profeta Habacuque?

 O profeta Habacuque é considerado um dos profetas menores da Bíblia. Ele viveu em Judá no período anterior ao exílio, mas provavelmente num período já bem próximo a este acontecimento.

Não existem outras menções a Habacuque na Bíblia, mas pelas suas profecias descritas, pode-se inferir que a sua atividade profética foi anterior ao exílio.

Seu livro é dividido em três fases, a primeira onde o profeta se indigna contra a rebeldia e perversidade do povo de Judá e questiona a Deus porque Este não ouve a sua petição para cessar toda aquela injustiça.

Deus então responde ao questionamento do profeta, dizendo que enviaria os caldeus para castigar o povo judaico.

Ao saber a maldade dos caldeus contra os seus adversários, o profeta passa a clamar a Deus para livrá-lo, agora, destes inimigos que estavam por vir. Deus também responde ao questionamento, dizendo que daria livramento ao povo. Esta é a segunda etapa do livro.

Por fim, Deus se manifesta de uma maneira teofânica ao profeta, indicando que, de fato, Ele agiria em favor dos judeus. Ao ver a grandeza e o poder de Deus, Habacuque se cala, reconhece o poder de Deus e reconhece que mesmo sendo inevitável que o povo sofresse o exílio, Deus estaria com eles e daria a eles forças em meio ao caos.

O livro de Habacuque nos ensina que muitas vezes o sofrimento vem em decorrência dos nossos pecados, mas nestes momentos podemos nos voltar ao Deus da compaixão e clamarmos ao Senhor que nos perdoa e faz um novo recomeço.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Com o que estamos saciando a nossa sede?

 Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.

Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom, e vos deleitareis com finos manjares. Isaías 55:1-2


Muitos oram a Deus lhe pedindo fome e sede por Ele. John Bevere em seu livro “Paixão por Sua Presença” relata que aquilo que satisfaz o homem é aquilo pelo qual ele está cheio. Se nos alimentamos das coisas do mundo, seremos cheios das coisas terrenas e não haverá espaço para Deus em nós. Se pelo contrário nos enchemos das coisas de Deus, é d'Ele que seremos mais e mais saciados.

Através do profeta Isaías, Deus nos convida a ter mais d'Ele, nos saciando das suas águas. Vamos meditar em como os primeiros versículos do texto de Isaías 55 nos mostra em que deve estar o nosso foco.

Quando Deus nos diz para vir às águas, Ele chama aqueles que têm sede. Como foi dito, só podemos ter sede de Deus se nos esvaziarmos de nós mesmos e do mundo. Sendo assim, percebemos que o primeiro convite é para aqueles que querem algo da parte de Deus e que estão de algum modo se esforçando por isso.

Mas o texto também relata outro elemento que também satisfaz as necessidades humanas, que é o alimento. É com essa estratégia que Deus também nos convida a nos achegarmos a Ele, para ter alimento, que no texto é denominado como vinho, leite e finos manjares.

Mas o Senhor nos afirma que para ter acesso a comida não será preciso dinheiro, porque ela não tem preço. Veja bem, não é que ela não tem valor financeiro, é porque o que Deus nos oferece nenhum dinheiro no mundo é capaz de comprar. E por isso a ênfase de que, aqueles que querem o alimento de Deus não precisam de dinheiro.

Antes de oferecer o alimento, o Senhor repreende o povo, dizendo que eles estavam dispensando esforço e dinheiro em coisas que não podiam satisfazer, mas logo depois Ele afirma que o que vem d'Ele é bom e nos traz vida (v. 3).

Essa é uma palavra que nos confronta, pois temos vivido em busca de coisas materiais, de sucesso terreno e estamos esquecendo do que realmente é bom e importa. Isso não significa que seja errado a busca pelo prazer terreno, mas que ele não pode ofuscar o nosso desejo e anseio por Deus.

Enquanto não nos enchermos de Deus, vamos continuar vazios, buscando o tempo todo nos satisfazer, mas sem sucesso. Quando Ele for a nossa prioridade, vamos desfrutar do prazer da Sua presença e veremos a nossa vida terrena fluir. Se não fosse a vontade de Deus desfrutarmos dessa vida, Ele não nos daria tantos anos para viver, mas o que está em pauta é: vamos desfrutar de tudo aqui com Ele ou preferir viver correndo atrás do vento? A decisão é nossa, mas a Sua Palavra nos ensina neste dia qual é a melhor escolha.

sábado, 2 de agosto de 2025

Não olhe para trás

 Há algum tempo atrás ouvi uma mensagem muito interessante e que tinha por lema: “Não fique preso ao passado”. Comecei a observar o quanto temos a mania de lembrar do nosso passado e lamentarmos por ele, quer por ele ter sido bom ou ruim. Se o passado for bom, vem a nostalgia, se tiver sido ruim, vem o remorso ou arrependimento. Desde então passei a observar o quanto é prejudicial viver olhando para trás. 

A partir daí aprendi que o passado só tem que servir como adubo para o nosso crescimento. Isso não quer dizer que devemos esquecer e apagar o nosso passado, e sim que, se formos olhar pra ele, que seja para adquirir dele experiência, não pesares.

Jesus nos manda não olhar para trás (Lucas 9:62). Se já colocamos a mão no arado, por que vamos olhar para trás?

O anjo que salvou Ló da destruição de Sodoma e Gomorra também lhe recomendou a não olhar para trás. E Paulo recomenda aos Filipenses que também não olhassem para seu passado. (Filipenses 3:13-14). O próprio Paulo tinha um passado lamentável, se ele fosse lamentar tudo de ruim que já havia feito aos cristãos, talvez não se sentisse digno ou não conseguisse levar seu ministério adiante.

Mas ele preferiu se esquecer do que ficou para trás e decidiu avançar para o que diante dele estava.

Quem olha para trás tem que virar a cabeça, isso quer dizer que não conseguimos olhar para trás e para frente ao mesmo tempo. Quem olha para trás não consegue olhar para frente e é na frente que Deus tem o melhor para nós, pois é para o nosso futuro que Deus está trabalhando (Jr. 29:14).

Eu não sei o seu passado, Deus sabe, mas Ele não quer que você viva dele, pois o melhor de Deus pra você está na sua frente, diante dos seus olhos!

quinta-feira, 31 de julho de 2025

O jovem que tinha 5 pães e 2 peixes

 Texto de referência: João 6:8-12


Imagine você sair de casa para encontrar alguém muito famoso em um show, um espetáculo, algo desse tipo. Você não sabe que horas irá voltar, então coloca em sua bolsa uma pequena quantidade de alimento para se alimentar lá.

Agora imagine que ao chegar no evento alguns participantes peçam a você o alimento que você trouxe. É um pouco arriscado dar o seu lanche, pois você correrá o risco de mais tarde ficar com fome e não ter o que comer.

Uma história semelhante a esta se encontra nas Escrituras. Um jovem que tinha cinco pães e dois peixes saiu de sua casa para ir a um local onde Jesus estava, muito distante do seu local de origem. Ao chegar lá, foi surpreendido com os discípulos de Jesus lhe pedindo o alimento que estava em sua bolsa. Somente ele havia levado algo para comer, ou então somente o alimento dele era conhecido por outras pessoas. Há a possibilidade de alguns presentes no local terem levado alimentos e escondido, por medo de alguém lhes pedir e eles ficarem sem nada.

O fato é que o jovem, mesmo correndo o risco de ficar sem comida, resolveu compartilhar o que tinha e o fim da história todos nós conhecemos. Aqueles poucos pães e peixes alimentaram uma grande multidão, mais precisamente cerca de 10 mil pessoas.

E esse milagre só foi possível porque alguém ali se dispôs a dividir o pouco que tinha.

Essa história nos ensina o quanto precisamos aprender a dividir aquilo que Deus tem nos dado, a fim de vermos milagres através do nosso gesto de partilhar.

Só é possível vermos uma multiplicação através do pouco. Ninguém faz render algo que já é muito. Jesus usou um ambiente de escassez para mostrar o seu poder de abundância. Mas ele fez isso a partir de um coração generoso, que ousou dar o pouco que tinha.

A generosidade em nossos dias é pouca porque a nossa sociedade capitalista prega o acúmulo cada dia maior. Mas ao lermos a história da multiplicação percebemos que para Deus não faz diferença a quantidade porque Ele é o dono de tudo. Transformar o pouco em muito faz parte do processo de aprender mais sobre um Deus que é abundante e que está disposto a derramar sobre o coração generoso o transbordar de tudo o que Deus reservou para ele.

sábado, 26 de julho de 2025

A nossa semelhança com Jesus

 Textos de referência: Efésios 1:19-21; 2:5-6


Somos muito semelhantes a Jesus, afinal fomos criados à sua imagem (Gênesis 1:26). Se fôssemos elencar todos os aspectos em que somos semelhantes a Jesus, somente um texto não bastaria. Mas nesta pequena reflexão a minha intenção é abordar um aspecto da nossa semelhança com Jesus, que é a sua morte e ressurreição.

Todos sabemos o propósito da morte de Jesus, nos libertar do império das trevas e nos reconciliar com Deus. Se Ele não tivesse vindo ao mundo e morrido por todos nós, continuaríamos a depender de sacrifícios de animais para fazer expiação por nossos pecados.

Mas um único Cordeiro, Santo e Imaculado se ofereceu para expiar de vez todos os pecados de todas as pessoas. Esse Cordeiro é Jesus.

Ao ler o livro de Efésios, logo em seu primeiro capítulo, Paulo faz uma explanação sobre a vinda, morte e ressurreição de Jesus, explicando como hoje Ele é o cabeça de todas as coisas e está acima de tudo. Entretanto, ao continuar a leitura do livro, no segundo capítulo, Paulo nos assemelha a Cristo, dizendo que com Ele nós fomos mortos, ressuscitados e também assentados nos lugares celestiais.

Todas essas constatações nos fazem entender que quando Jesus morreu, nós também morremos. O sacrifício vivo foi Ele, o sangue derramado foi d'Ele, mas ao morrer em nosso favor, pela redenção dos nossos pecados, nós também morremos para o pecado. E ao ressuscitar e vencer a morte, nós também ressuscitamos no mundo espiritual e vencemos os poderes e as potestades do mal. E agora, assim como ele está assentado no alto, acima de todos eles, nós também estamos.

Tudo isso é maravilhoso! O pecado não nos domina mais, as forças inimigas já não tem poder para nos atingir e agora somos livres e vencedores em Cristo. Que possamos nos apropriar cada dia dessas verdades e desfrutar dessa liberdade que só em Cristo podemos ter.


terça-feira, 8 de julho de 2025

Quando a nossa iniquidade é perdoada

 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Salmos 32:1

Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mateus 11:30

O pecado é um fardo difícil de carregar. Na verdade, ele é como um saco, que carrega dentro de si elementos que vão sutilmente pesando a carga total. Isso se justifica pelo fato de que, quando pecamos, não estamos carregando apenas o pecado, mas todas as cargas que ele carrega em si, que são o remorso, as consequências que o pecado traz, a tristeza de espírito por ter pecado, as acusações do maligno, dentre outras.

E por isso quando pecamos nos sentimos pesados, porque de fato estamos carregando um fardo em nós. Mas se o pecado pesa, existe Jesus que declara ter um jugo suave e um fardo leve. Como pode um jugo (carga) ser suave e uma fardo (algo que pesa) ser leve? Humanamente não são, mas Jesus faz eles serem.

Andar com Jesus é não mais carregar fardos, é não possuir nenhum peso nos ombros, é viver em liberdade. E essa leveza só é sentida pelo perdão que Ele nos concede pelos nossos pecados. 

Não existe nada melhor do que quando pecamos e estamos nos sentindo mal por isso, ir aos pés de Jesus, confessar e receber perdão. Essa atitude nos traz uma leveza tão grande que é como se tirássemos uma carga das costas. E na verdade estamos tirando, mas não uma carga física e sim, uma carga espiritual, que não podemos ver, só podemos sentir.

Por isso é tão importante confessar os nossos pecados, porque o perdão nos dignifica novamente diante de Deus. Esconder os pecados nos envelhece (Salmos 32:3). Confessar nos rejuvenesce. Pelo que você precisa pedir perdão a Deus hoje? Não espere mais, confesse e sinta a leveza de espírito que só Ele pode te dar.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

O que importa é como tudo termina

 Textos de referência: 2 Crônicas 24;26


A Bíblia é uma fonte inesgotável de conhecimento. Quando mergulhamos nas histórias que são contadas nela, podemos aprender muito e temos a oportunidade de ser muito edificados.

Muitas pessoas ali descritas tiveram uma vida completa de temor ao Senhor, nos deixando um legado impressionante. Por outro lado, alguns viveram uma vida de impiedade, e tiveram um trágico fim. Outros, no entanto, começaram bem mas se desviaram no decorrer da caminhada, como é o caso de dois reis de Judá, Joás e Uzias.

Ambos da mesma descendência, Uzias foi neto do rei Joás. Este último, estava sentenciado à morte, quando Atalia, uma mulher perversa que queria se apossar do trono, resolveu matar todos os descendentes reais, membros da sua própria família.

Mas Deus, através de uma mulher piedosa, salvou a vida de Joás que posteriormente foi criado e guardado pelo sacerdote Joiada. Joás fez muitas coisas boas e serviu ao Senhor, mas no fim da sua vida deu ouvidos a pessoas erradas e acabou se desviando, inclusive assassinando o filho do sacerdote Joiada, demonstrando uma profunda ingratidão àquele que tanto lhe ajudou. Pelos seus erros, acabou sendo assassinado e não foi sepultado junto com os reis.

O outro exemplo é o rei Uzias, que também começou o reino de uma forma espetacular. Construiu muitas obras, fortaleceu seu exército e andou nos caminhos do Senhor, mas no fim da sua vida se ensoberbeceu e começou a acreditar que era poderoso e especial demais, chegando a tentar fazer atividades no templo que eram devidas somente aos sacerdotes. Acabou ficando leproso e vivendo isolado pelo restante dos seus dias.

São duas histórias que tinham tudo pra terminar bem, mas que deixam um pouco de tristeza no leitor quando terminam. Elas nos ensinam muitas coisas, mas uma delas é que não importa como começa, mas como termina. Mesmo que tudo esteja bem, se no final não permanece, parece que todo o positivo se esvanece.

E é por isso que temos que vigiar a nossa caminhada diariamente. É preciso analisar como estamos conduzindo a nossa vida para não seguirmos caminhos sem volta. Ambos os reis foram alertados dos seus erros, mas não quiseram mudar.

Quando estamos atentos, cuidando do processo, estamos contribuindo para terminar com sucesso a nossa trajetória.


sábado, 14 de junho de 2025

Você não precisa de atalhos, só de Jesus

 Texto de referência: João 5:1-9


Segundo o dicionário online, um atalho é um caminho alternativo que encurta a distância entre dois lugares, diferente do caminho principal, utilizado pelas pessoas para evitar demoras.

No nosso cotidiano imediatista vivemos em busca de atalhos. Um certo homem relatado na Bíblia um dia buscava um atalho, mas foi ensinado que o caminho certo estava em outra direção.

Este homem era um paralítico, que há 38 anos estava definhando em uma cama, triste e desanimado. Sua única esperança era um poço, chamado Betesda, que ficava em Jerusalém. Naquele lugar ficavam muitas pessoas doentes, que acreditavam em uma história que de tempos em tempos um anjo agitava as águas do poço e o primeiro que entrasse nessas águas seria curado. 

A bíblia não desmente a história, então acredita-se que o fato era verdade. Entretanto, o paralítico nunca conseguia entrar porque pela sua enfermidade ele não conseguia a mobilidade necessária para entrar na água e sempre alguém fazia isso antes dele. E para ele não havia mais esperança de cura.

Mas chega Jesus que lhe pergunta se ele queria ser curado. Ao contar a sua história, Jesus não dá ouvidos aos murmúrios, somente lhe dá a ordem de cura. Aquele homem prontamente se levanta e deixa no passado aquela enfermidade.

Ah se todos ali soubessem que não precisavam daquele tanque, só precisavam invocar o nome de Jesus para serem sarados.

Ao curar aquele homem, Jesus nos ensina que Ele está acima de qualquer estratégia humana de resolução de problemas. Enquanto estamos matutando inúmeras soluções para tantos conflitos, com calma Jesus nos ensina que clamando a Ele tudo se resolve. Ao crer nisso, podemos deixar de lado os atalhos que criamos e olhar para a fonte de todo poder: Jesus, Aquele que tem todas as coisas debaixo dos seus pés (Hebreus 2:5-8).

terça-feira, 10 de junho de 2025

Não deixe o amado Jesus ir embora

 Texto de referência: Cânticos 5:2-8


Nas poesias relatadas no livro de Cânticos, em uma delas a esposa relata que por algum tempo perdeu o seu amado. Ela estava em casa, dormindo, ele estava na rua. Quando ele chegou em sua casa e bateu na porta, ela hesitou em abrir, pois já havia preparado toda a rotina do seu sono.

Quando a esposa resolveu finalmente abrir a porta, seu amado já havia ido embora.

A amada então relata que o seu coração se estremeceu quando o noivo lhe falou, mas agora já era tarde, pois ele já havia ido embora.

A noiva então sai pelas ruas para encontrá-lo, mas é em vão. Para piorar, os guardas que rondavam a cidade a encontraram e, talvez achando que ela fosse alguma prostituta ou delinquente, espancaram-na e levaram seu manto.

É uma poesia simbólica, não se sabe ao certo se de fato isso aconteceu entre os noivos, mas sabendo da analogia do livro de Cânticos com Cristo (noivo) e a Igreja (noiva), podemos associar a poesia com o que às vezes acontece em nossa vida com Jesus.

Muitas vezes nos encontramos em situações que acomodamos, como a noiva que já estava em seus aposentos, quietinha, preparada para dormir. Já não nos lembramos de Jesus, mas Ele está lá, sempre batendo em nossa porta, nos convidando a estar com Ele.

Muitas vezes o nosso coração até se estremece, sentimos o seu chamado, mas continuamos a procrastinar. E quando resolvemos abrir a porta, o amado já está longe de nós. 

Isaías 55:6 diz: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Isso nos leva a entender que em algum momento o Senhor pode sim se afastar, e isso não quer dizer que nunca mais teremos a sua presença, mas que estar bem perto d’Ele vai requerer de nós uma busca contínua.

Recusar ouvir a voz de Jesus é abrir a porta para os problemas, como a noiva, que quando foi atrás do noivo, foi espancada. Longe de Jesus estamos fadados a enfrentar sozinhos situações que ao lado d'Ele seriam enfrentadas com muito mais facilidade, e com vitória ao final, pois com Jesus somos sempre conduzidas em triunfo (2 Cor. 2:14).


quinta-feira, 5 de junho de 2025

Usando o que você tem em mãos para operar o milagre

 Texto de referência: 2 Reis 4:1-7


Todos nós (ou quase todos) ansiamos por viver um milagre algum dia. Milagres são instrumentos de Deus para demonstrar à humanidade o seu poder. Eles também são formas de mostrar a nós seres humanos o quanto somos frágeis.

Quando uma viúva chega até o profeta Eliseu pedindo a ele ajuda para pagar uma dívida do seu falecido marido e evitar a prisão dos seus dois filhos, Eliseu não pega uma varinha mágica e resolve imediatamente o problema, mas ele pergunta a ela: “Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa.” Ela respondeu: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.” (v. 4)

Aquilo que para ela não era nada foi o instrumento usado por Deus para transformar a vida dela e da sua família, pois aquela pequena botija de azeite multiplicou-se o suficiente para encher uma grande quantidade de vasilhas, para então serem vendidas e pagar a dívida da família.

Na nossa vida Deus também utiliza instrumentos que nós temos para operar os seus milagres. É a partir de uma pequena coisa que Ele transforma em grande, mas nós precisamos colocar ao seu dispor aquilo que temos para que Ele opere.

Foi assim também na multiplicação dos pães e peixes, a criança tinha um pequeno cesto com pães e peixes, que foram colocados à disposição de Jesus para alimentar milhares de pessoas.

Se hoje nós estamos pedindo um milagre, que possamos olhar ao nosso redor e pedir a Deus o discernimento para enxergar o que nós temos para que seja instrumento em suas mãos para operar o Seu grande poder


terça-feira, 20 de maio de 2025

Quem eram os filisteus?

As estratégias para vencermos nas batalhas

 Texto de referência: II Samuel 5:17-25


A história do rei Davi foi marcada por muitas batalhas, algumas delas contra os filisteus, inimigos assíduos dos israelitas, que sempre que podiam tentavam combatê-los.

Em uma destas batalhas, Davi e o reino de Israel foram atacados por duas vezes seguidas.

Quando os filisteus ficaram sabendo que Davi havia se tornado rei, eles se uniram para atacá-lo. Davi, em plena comunhão com o Senhor, consulta-o a fim de ter uma direção espiritual.

Deus então instrui o rei a subir contra eles, Davi assim o fez e saiu vitorioso. Neste dia, ele tomou os ídolos filisteus e os queimou.

Mas os filisteus, insistentes, se recomporam e voltaram a atacar a Davi. Novamente, ele orou a Deus que lhe deu outra direção, dizendo:  "Não os ataque de frente, mas rodeie por detrás deles e ataque-os por diante das amoreiras."  2Samuel 5:23 Novamente, os filisteus foram derrotados.

O inimigo era o mesmo, mas a forma de combatê-lo não foi a mesma. Essa passagem reflete muito o que acontece em tantas batalhas na nossa vida. Nem todas as guerras são vencidas da mesma forma, temos que andar em constante comunhão com o Senhor pois a cada luta Ele nos dá uma direção.

Davi experimentava essa comunhão e por isso ele também experimentou o agir de Deus em favor dele, dando-lhe a vitória em ambas as batalhas.


segunda-feira, 12 de maio de 2025

Como você está construindo a sua casa?

 O nosso leito é de viçosa relva. As vigas da nossa casa são os cedros, e o nosso teto são os ciprestes. Cântico dos Cânticos 1:16-17


Nas poesias relatadas no livro de Cânticos, em uma delas a esposa relata um pouco acerca de como era a casa dela com o esposo, tendo um leito de relvas viçosas, as vigas feitas de cedro e o teto feito de ciprestes.

Seja essa linguagem utilizada no sentido literal ou figurado, essas conotações podem nos ensinar muito acerca de como tem sido construído o nosso lar.

O leito é lugar de intimidade entre o casal. Relvas viçosas indicam folhas que estão sempre verdes. Um leito feito de relvas viçosas significa dizer que a intimidade deles era sempre renovada, a monotonia não fazia parte da vida daquele casal,e se formos ler todo o livro de Cânticos percebemos isso, pois em várias partes do livro o casal conta detalhes que dão a entender que o relacionamento deles estava sempre em evolução, nunca algo parado ou rotineiro.

As vigas são o sustentáculo de uma construção, são elas que sustentam o peso das paredes e do teto. O cedro é uma árvore extremamente forte e resistente. A noiva quis então afirmar que o lar do casal não era sustentado de qualquer forma. Existia uma estrutura forte para que ele não desabasse. Essa estrutura em termos espirituais significa Cristo, a nossa Rocha. Se um lar não for estabelecido em Jesus ele não terá sustentação para suportar as intempéries as quais qualquer família está sujeita.

Por fim, o teto daquele lar era feito de ciprestes, uma árvore que pode chegar até 25 metros de altura, está sempre verde e possui muitas características medicinais. O teto de uma casa representa o abrigo que ela pode dar. Ele protege contra a chuva, o vento e o sol. Um teto de ciprestes indica que aquela casa era um local de refúgio e cura. O nosso lar precisa ser um lugar onde encontramos paz e tranquilidade.


Que os ensinamentos de Cânticos nos ajudem a refletir sobre como estamos construindo o nosso lar, a fim de que a nossa casa seja como aquela do homem que teme ao Senhor, edificada sobre a rocha, sobrevivendo aos ventos e temporais destes dias difíceis.



quinta-feira, 8 de maio de 2025

A antiga e nova aliança: o que elas representam para nós hoje?

 Textos de referência: Êxodo 24:1-8; Mateus 26:27-28


Aqueles que acreditam que o Antigo e Novo Testamento na Bíblia são livros separados estão bastante enganados, pois toda a Bíblia em si está totalmente integrada. Os escritos do Antigo Testamento testificam aquilo que foi escrito no Novo. 

Um exemplo disso se encontra em Êxodo, quando o Senhor dá ao povo os seus ensinamentos, escritos em um livro que Moisés denominou o Livro da Aliança pois o cumprimento dele era um ato de compromisso do povo com Deus.

Após ler os ensinamentos ao povo, Moisés pegou o sangue dos sacrifícios de novilhos que haviam sido oferecidos e aspergiu sobre o povo, dizendo: “Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras.”

Cerca de 1200 anos mais tarde, em uma mesa de ceia Jesus se assentava com os seus discípulos, horas antes de ser entregue para a morte, e ao tomar o cálice disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados.”

Perceba a semelhança entre as frases. Na primeira o sangue representava uma aliança, mas ele tinha origem de animais sacrificados. Na segunda era um vinho mas representava um sangue que seria derramado dentro de poucas horas, que também tinha o sentido de uma aliança, mas agora uma nova aliança, de Jesus para com todos os que creriam nele, sendo que o propósito daquela aliança era fazer a remissão, isto é, o perdão dos pecados.

A aliança dos tempos de Moisés era uma preparação de um povo que estava se comprometendo a seguir as palavras de Deus. A aliança de Jesus é que aquele que tomar o cálice (em outras palavras, crer no sacrifício do sangue de Jesus) tem remido os seus pecados, isto é, não deve mais nada, está livre, perdoado e em plenas condições de herdar a vida eterna com Jesus.

Percebeu como antigo e novo testamento estão interligados? A nova aliança de Jesus é para todos nós, não precisamos mais de sangue de novilhos aspergidos sobre nós, hoje temos o sangue de Cristo vertido na cruz que tem poder para nos limpar de todo pecado.


segunda-feira, 5 de maio de 2025

Usando o que você tem em mãos para operar o milagre

 Texto de referência: 2 Reis 4:1-7


Todos nós (ou quase todos) ansiamos por viver um milagre algum dia. Milagres são instrumentos de Deus para demonstrar à humanidade o seu poder. Eles também são formas de mostrar a nós seres humanos o quanto somos frágeis.

Quando uma viúva chega até o profeta Eliseu pedindo a ele ajuda para pagar uma dívida do seu falecido marido e evitar a prisão dos seus dois filhos, Eliseu não pega uma varinha mágica e resolve imediatamente o problema, mas ele pergunta a ela: “Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa.” Ela respondeu: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.” (v. 4)

Aquilo que para ela não era nada foi o instrumento usado por Deus para transformar a vida dela e da sua família, pois aquela pequena botija de azeite multiplicou-se o suficiente para encher uma grande quantidade de vasilhas, para então serem vendidas e pagar a dívida da família.

Na nossa vida Deus também utiliza instrumentos que nós temos para operar os seus milagres. É a partir de uma pequena coisa que Ele transforma em grande, mas nós precisamos colocar ao seu dispor aquilo que temos para que Ele opere.

Foi assim também na multiplicação dos pães e peixes, a criança tinha um pequeno cesto com pães e peixes, que foram colocados à disposição de Jesus para alimentar milhares de pessoas.

Se hoje nós estamos pedindo um milagre, que possamos olhar ao nosso redor e pedir a Deus o discernimento para enxergar o que nós temos para que seja instrumento em suas mãos para operar o Seu grande poder.


domingo, 27 de abril de 2025

Os conselhos para não virarmos os fariseus do nosso século

 Texto de referência: Mateus 23:1-36


Durante seu período na Terra Jesus criticou duramente algumas classes religiosas, dentre elas a dos fariseus, tanto que o capítulo 23 de Mateus é praticamente todo dedicado a eles. Talvez os fariseus tenham sido os religiosos mais criticados por Jesus. Nesse texto eu busquei explicar, com base neste capítulo, como os fariseus viviam sua religiosidade. 

Falar mas não fazer: Uma característica dos fariseus é que eles sempre orientavam as pessoas acerca de como deveriam viver, mas eles mesmos não praticavam nada do que diziam. É o famoso faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Jesus nos ensinou sobre muitos aspectos da vida, mas em tudo Ele dava exemplo com as suas atitudes.

Criar regras rígidas: Os fariseus não se preocupavam em agradar a Deus, mas apenas estavam focados em suas performances. Com isso, eles acabavam enchendo os seus seguidores de normas e doutrinas, a maioria delas tão rígidas que nem eles mesmos conseguiam praticar.

Querer ser visto pelos outros: uma característica dos fariseus é que eles não queriam fazer as coisas de forma anônima, mas de forma explícita, para serem vistos pelas pessoas de fora. E o objetivo de serem vistos não era para dar exemplo, mas para serem bajulados pelas pessoas.

Serem avarentos: Jesus alertou os fariseus sobre o amor que eles tinham ao dinheiro, e a forma como tentavam manipular as pessoas para que contribuíssem muito no templo, a fim de pegarem parte para si, haja vista serem eles os que controlavam as finanças eclesiásticas.

Viver de aparências: Por fim, uma característica muito comum dos fariseus é que eles queriam mostrar nas aparências uma vida de pureza, todavia, pela desobediência deles a Deus por dentro eles estavam sujos pelo pecado. Entretanto, eles não se importavam com o interior, se eles conseguissem fazer as pessoas acreditarem que eles eram “santos” era o suficiente.

Agora podemos compreender o porquê Jesus criticava tanto a classe farisaica, pela vida falsa e dissimulada que eles viviam. Tanto que Jesus confirmou que publicanos e meretrizes tinham mais lugar no reino dos céus do que os fariseus, porque pelo menos aqueles viviam no pecado mas se assumiam pecadores, enquanto estes pecavam, mas faziam de tudo para maquiar seus próprios erros.

A classe dos fariseus não acabou, ainda hoje existem pessoas que se dizem cristãs mas que só estão preocupadas com a religião. Atitudes como as descritas acima são comumente vistas no mundo “gospel”. Que o temor do Senhor inunde o nosso coração para que o farisaísmo não seja a nossa opção de caminhada nesta terra.



quinta-feira, 27 de março de 2025

Com o que estamos saciando a nossa sede?

Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom, e vos deleitareis com finos manjares. Isaías 55:1-2


Muitos oram a Deus lhe pedindo fome e sede por Ele. John Bevere em seu livro “Paixão por Sua Presença” relata que aquilo que satisfaz o homem é aquilo pelo qual ele está cheio. Se nos alimentamos das coisas do mundo, seremos cheios das coisas terrenas e não haverá espaço para Deus em nós. Se pelo contrário nos enchemos das coisas de Deus, é d'Ele que seremos mais e mais saciados.

Através do profeta Isaías, Deus nos convida a ter mais d'Ele, nos saciando das suas águas. Vamos meditar em como os primeiros versículos do texto de Isaías 55 nos mostra em que deve estar o nosso foco.

Quando Deus nos diz para vir às águas, Ele chama aqueles que têm sede. Como foi dito, só podemos ter sede de Deus se nos esvaziarmos de nós mesmos e do mundo. Sendo assim, percebemos que o primeiro convite é para aqueles que querem algo da parte de Deus e que estão de algum modo se esforçando por isso.

Mas o texto também relata outro elemento que também satisfaz as necessidades humanas, que é o alimento. É com essa estratégia que Deus também nos convida a nos achegarmos a Ele, para ter alimento, que no texto é denominado como vinho, leite e finos manjares.

Mas o Senhor nos afirma que para ter acesso a comida não será preciso dinheiro, porque ela não tem preço. Veja bem, não é que ela não tem valor financeiro, é porque o que Deus nos oferece nenhum dinheiro no mundo é capaz de comprar. E por isso a ênfase de que, aqueles que querem o alimento de Deus não precisam de dinheiro.

Antes de oferecer o alimento, o Senhor repreende o povo, dizendo que eles estavam dispensando esforço e dinheiro em coisas que não podiam satisfazer, mas logo depois Ele afirma que o que vem d'Ele é bom e nos traz vida (v. 3).

Essa é uma palavra que nos coloca contra a parede, pois temos vivido em busca de coisas materiais, de sucesso terreno e estamos esquecendo do que realmente é bom e importa. Isso não significa que seja errado a busca pelo prazer terreno, mas que ele não pode ofuscar o nosso desejo e anseio por Deus.

Enquanto não nos enchermos de Deus, vamos continuar vazios, buscando o tempo todo nos satisfazer, mas sem sucesso. Quando Ele for a nossa prioridade, vamos desfrutar do prazer da Sua presença e veremos a nossa vida terrena fluir. Se não fosse a vontade de Deus desfrutarmos dessa vida, Ele não nos daria tantos anos para viver, mas o que está em pauta é: vamos desfrutar de tudo aqui com Ele ou preferir viver correndo atrás do vento? A decisão é nossa, mas a Sua Palavra nos ensina neste dia qual é a melhor escolha.


sexta-feira, 21 de março de 2025

Por que Deus compara a idolatria à prostituição?

O meu povo consulta o seu pedaço de madeira, e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus. Sacrificam sobre o cimo dos montes e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, dos choupos e dos terebintos, porque é boa a sua sombra; por isso, vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram. Oseias 4:12‭-‬13


Em diversas passagens bíblicas vemos Deus condenando a idolatria. Adorar falsos deuses é transgredir o primeiro mandamento o qual nos ordena não ter outros deuses. Quando adoramos qualquer coisa que não seja o Senhor Jeová estamos praticando a idolatria.

Entretanto outro pecado também muito condenado na Bíblia é a prostituição, mas não necessariamente refiro ao ato sexual ilícito entre um homem e uma mulher. Sim, a Bíblia também condena essa prática, mas ela também nomeia a idolatria como uma forma de prostituição.

No texto de referência acima, vemos Deus repreendendo a Israel por consultarem ídolos para buscar respostas e afirmando que eram enganados por um espírito de prostituição, na verdade seria uma espécie de prostituição espiritual. Essa passagem deixa clara a ligação que o Senhor faz entre a idolatria e a prostituição, prática comum nos tempos da época (e continua nos tempos atuais), que se refere ao ato sexual entre um homem e uma mulher em troca de algo, dinheiro, bens ou favores.

Quando cedemos o nosso coração a qualquer ídolo (pessoa, objeto ou sentimento que toma o lugar de Deus em nós) estamos praticando não somente a idolatria, mas também nos prostituindo contra o Senhor Deus, quebrando a aliança que temos com ele em troca do prazer que esse ídolo nos traz.

E assim, ao invés do nosso coração estar em Deus passamos a ter a centralidade dos nossos desejos em outra coisa/divindade que não é Ele, cometendo a idolatria seguida de prostituição.

Essa é uma prática perigosa, que leva a outros pecados, mas que, como qualquer outro erro é passível de perdão quando de fato e de verdade nos arrependemos e voltamos o nosso coração ao único e verdadeiro Deus.

terça-feira, 18 de março de 2025

Resumo do livro de Juízes

 Não se sabe com certeza quem é o autor do livro de Juízes, mas ele é atribuído ao profeta Samuel, o último juiz que a nação de Israel teve. A existência dos juízes era devido ao fato de Israel não ter nenhum rei, então os juízes eram uma espécie de líder moral e espiritual para o povo.

Os juízes julgaram o povo logo após a morte de Josué. O livro relata a existência de 12 juízes no meio do povo de Deus. Dentre os juízes apresentados no livro (Samuel e Eli não foram citados), alguns não tiveram problemas morais ou espirituais relatados, como é o caso de Otniel, Eúde, Sangar e Débora. Outros, todavia, tiveram a sua história manchada por situações de idolatria, imoralidade e desobediência, como Gideão, Sansão ou Jefté. Alguns juízes não são muito citados e pouco se sabe sobre eles, como é o caso de Tola, Jair, Ibsã, Elom, Abdom.

O período dos juízes em Israel relata um tempo triste em Israel, onde o povo vivia em desobediência a Deus, sofrendo as consequências do pecado, e sendo afligidos por nações inimigas crueis.

Quando o Senhor enviava os juízes, eles eram libertos, mas quando aquele juiz falecia eles voltavam a pecar e recomeçava o ciclo de opressão. O propósito do livro de Juízes é mostrar que o pecado gera consequências terríveis, quando desobedecemos a Deus damos legalidade para o inimigo atuar em nossas vidas.


quinta-feira, 13 de março de 2025

Arrepender-se é diferente de converter-se



"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor." Atos 3:19

Apesar de serem utilizadas muitas vezes como palavras sinônimas, o versículo acima nos mostra que existe uma diferença entre arrepender-se e converter-se. Ambos estão relacionados ao pecado, mas cada um faz parte de uma fase diferente na tarefa de se afastar dele.
O arrependimento mostra que o pecador entendeu que a sua prática é pecaminosa. Arrepender-se é inclinar o seu coração para Deus, assumindo e confessando a sua culpa. Quando nos arrependemos, estamos entendendo as consequências do pecado, e reconhecendo que não queremos mais ele na nossa vida.
Mas arrepender-se não é somente sobre o pecado, mas demonstra que entendemos a santidade de Deus e queremos ser santos porque Ele é santo.
Por outro lado, a conversão indica que queremos viver uma nova vida, abandonando os velhos hábitos pecaminosos e nos consagrando ao Senhor. No trânsito, conversão significa mudança de percurso, por exemplo, a conversão à direita indica que você estava em uma via e agora irá sair dela para pegar um caminho à direita.
Da mesma forma é a conversão no sentido espiritual. Estávamos em um caminho de erro e decidimos sair dele, através do arrependimento, e ir para o caminho da retidão, da integridade, da santidade, ou seja, deixar para trás os erros que anteriormente cometemos.
Perceba que o arrependimento é a primeira etapa, depois vem a conversão. O arrependimento é sentir o peso do pecado, enquanto que a conversão representa a nossa mudança de vida. Ambos vem do coração, mas a conversão externa o interior de alguém que se arrependeu.
Se somente houver arrependimento no coração, mas não transformarmos esse sentimento em atitudes práticas, voltaremos a pecar novamente. Mas se aliado ao arrependimento houver um coração disposto a mudar de atitudes, seremos novas criaturas e assim o pecado ficará para trás.

quinta-feira, 6 de março de 2025

Como você está construindo a sua casa?

O nosso leito é de viçosa relva. As vigas da nossa casa são os cedros, e o nosso teto são os ciprestes. Cântico dos Cânticos 1:16-17


Nas poesias relatadas no livro de Cânticos, em uma delas a esposa relata um pouco acerca de como era a casa dela com o esposo, o leito de relvas viçosas, as vigas feitas de cedro e o teto de ciprestes.

Seja essa linguagem utilizada no sentido literal ou figurado, essas conotações podem nos ensinar muito acerca de como tem sido construído o nosso lar.

O leito é lugar de intimidade entre o casal. Relvas viçosas indicam folhas que estão sempre verdes. Um leito feito de relvas viçosas significa dizer que a intimidade deles era sempre renovada, a monotonia não fazia parte da vida daquele casal,e se formos ler todo o livro de Cânticos percebemos isso, pois em várias partes do livro o casal conta detalhes que dão a entender que o relacionamento deles estava sempre em evolução, nunca algo parado ou rotineiro.

As vigas são o sustentáculo de uma construção, são elas que sustentam o peso das paredes e do teto. O cedro é uma árvore extremamente forte e resistente. A noiva quis então afirmar que o lar do casal não era sustentado de qualquer forma. Existia uma estrutura forte para que ele não desabasse. Essa estrutura em termos espirituais significa Cristo, a nossa Rocha. Se um lar não for estabelecido em Jesus ele não terá sustentação para suportar as intempéries que qualquer família está sujeita.

Por fim, o teto daquele lar era feito de ciprestes, uma árvore que pode chegar até 25 metros de altura, está sempre verdes e possui muitas características medicinais. O teto de uma casa representa o abrigo que ela pode dar. Ele protege contra a chuva, o vento e o sol. Um teto de ciprestes indica que aquela casa era um local de refúgio e cura. O nosso lar precisa ser um lugar onde encontramos paz e tranquilidade.

Que os ensinamentos de Cânticos nos ajudem a refletir sobre como estamos construindo o nosso lar, a fim de que a nossa casa seja como aquela do homem que teme ao Senhor, edificada sobre a rocha, sobrevivendo aos ventos e temporais destes dias difíceis.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

O propósito da circuncisão


“Esta é a minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês.” Gênesis 17:10-11

“Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.” Romanos 2:28-29

Em diversas partes da Bíblia podemos encontrar a palavra circuncisão ou outras palavras advindas dela, como por exemplo, circuncidar.

A circuncisão refere-se a uma prática adotada desde a antiguidade que significa remover o prepúcio - uma pele que envolve ou cobre a cabeça do pênis - órgão sexual masculino.

Essa prática surge na Bíblia no Antigo Testamento, em Gênesis 17, quando Deus ordena a Abraão que ele e todos os moradores de sua casa fossem circuncidados. Apesar da origem da circuncisão ser desconhecida, pode ser que esta seja uma prática realizada bem antes da ordenança bíblica a Abraão.

O propósito da circuncisão na Bíblia era reafirmar a aliança de Deus com o Seu povo. Eles teriam no corpo uma marca que lhes traria a certeza de que pertenciam a Deus. Assim, todo aquele que fosse servo do Deus Altíssimo deveria se submeter à circuncisão. Essa prática se difundiu entre os hebreus, que depois foram denominados judeus.

Entretanto, com o passar dos anos, as convicções espirituais do povo acabaram resumindo-se apenas em rituais religiosos, e algumas práticas foram ficando distorcidas, entre elas a circuncisão.

O povo já não adorava mais a Deus de coração sincero, mas apenas para exibir uma falsa espiritualidade, baseada na performance e não nas intenções do coração. E com o passar do tempo, a circuncisão que era um sinal da aliança entre Deus e eles, tornou-se apenas um mero ritual religioso. 

Deus então, chamou o povo a voltar-se para Ele, estabelecendo uma nova aliança, declarada a partir de Jesus, não baseada em aspectos físicos, mas firmada com o coração. Nesta aliança, a circuncisão passou a ser do coração, e não da carne. 

Em suma, Deus estava abolindo a prática da circuncisão, mesmo que Jesus tenha sido circuncidado, e agora ele estava declarando que aqueles que cressem Nele não precisavam mais ter essa marca no corpo, se a tivessem no coração.

A circuncisão da carne ficou para trás, apenas como parte da história do povo de Deus. Hoje, homens e mulheres são chamados a circuncidarem o coração e fazer uma aliança com o Senhor Jeová, estabelecendo Ele como único Deus e Senhor. 


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A serpente de bronze

 Texto de referência: Números 21:4-9


Durante o tempo que o povo de Deus estava no deserto, muitas foram os episódios de murmuração. Já no fim da caminhada deles pelo deserto, em mais uma vez reclamando, Deus enviou uma praga que matou a muitos. Eram serpentes que picavam e matavam as pessoas.

O povo, vendo que a praga se alastrava, pediu a Moisés para interceder por eles. Para cessar o mal, Deus mandou Moisés construir uma serpente de bronze e deixar no meio do arraial, de forma que todos que fossem picados por uma serpente, e em seguida olhassem para a serpente de bronze, seriam curados.

Essa história pode nos intrigar pelo fato de que o próprio Deus proíbe alguém de fazer uma imagem de escultura, todavia, essa serpente não era um objeto divino, mas prefigurava a vinda de Cristo à Terra, o qual morreria numa cruz para trazer cura espiritual a todos nós.

Foi o próprio Jesus que comparou o episódio da serpente de bronze com a sua vinda a essa Terra (João 3:14) em uma conversa que teve com Nicodemos. Essa história também nos mostra o quanto o antigo testamento anunciava a vinda de Jesus.

E assim como naquele tempo, todos que olhassem para a serpente de bronze seriam curados, ainda hoje, todos que olharem para a cruz de Cristo receberão perdão dos seus pecados e reconciliação com Deus Pai.